domingo, 21 de setembro de 2003

Chuva de cadeiras em São Paulo

Segundo a Folha, 33 mil caras foram ao Pacaembu ver o Purple no sábado.

É o Albertino quem conta. Pelo visto, a marcha da imbecilidade continuou em São Paulo, ao contrário do que garantiu um fã do Sepultura que entrou neste blogue e disse que o que eu presenciei era coisa de gaúcho...

"O show ontem foi marivilhoso, o set foi o mesmo dos últimos shows, com Space Truckin no lugar de Bananas. No solo do Airey teve um pequeno trecho de Mr Crowley,Aquarela do Brasil, Star Wars e uma música clássica, acho que do Vivaldi. Pena foi que quase no final de Haunted um imbecil jogou um negócio no rosto do Gillan. Pensei qté que ele ia parar de cantar, mas continuou. Não sei o que um débil mental desses tem na cabeça.
No Sepultura, além de haver uma invasão em massa do setor mais caro, houve uma chuva de cadeiras. Ainda bem que pelo visto ninguém se machucou. É ridículo querer fazer um show deles com cadeiras, estavam pedindo pra isso acontecer. Lamentável.
O Gillan cantou muito. O clima da banda no palco estava ótimo: um brincando com o outro, e o Morse sorriu praticamente o show inteiro. Dá gosto de ver eles tocando com tanta empolgação e harmonia.
Antes da Smoke o Morse tocou Sweet Child o Mine do Guns, Honky Tonk Women(Stones), Day Tripper(Beatles), Manic Depression(Hendrix).
Don Airey me surpreendeu: o solo dele foi bom demais. Eu conheço o trabalho dele há muitos anos pelas bandas e projetos onde tocou, mas não imaginava o quanto o cara toca. Em alguns desses momentos de sua carreira ele não tinha lá muito destaque, muitas vezes ele tocava e nem era considerado membro das bandas, apenas músico convidado. É claro que o mestre Lord faz muita falta e é por tudo que fez no Purple insubstituível, mas Don Airey está dando conta do recado."


O Zé Roberto dá mais detalhes:

"10 e 20 mais ou menos, entra o Sepultura e aí o bicho pegou. Eu estava em um setor meio distante (Setor G), e de onde eu estava, comecei a ver cadeiras voando no setor Vip Premium, (aquele dos convidados), arrancadas, desmembradas e atiradas longe pelos sem cérebro. Formou uma pilha enorme que os seguranças começaram a recolher. No nosso setor, som bom e ordem. Todos curtindo por incrivel que pareça. O Sepultura parecia que não acabava mais, mas acabou, e então passaram-se longos minutos de uma espera interminável, até que as 00:20, apagam-se as luzes e aí o estádio veio abaixo!!! Os primeiros acordes de Highway Star dão um arrepio de levantar até os pelos do nariz. Delírio total. É incrivel como podemos ver um Deep Purple super bem entrosado, com um bom humor incrivel entre todos. É como se eles tivessem formando a banda agora, com gás total. O Gillan era só alegria e estava num super astral, assim como o resto da banda. O set list foi o mesmo de Porto Alegre:

Highway Star
Woman from Tokyo
Silver Tongue
Lazy
Contact Lost
Haunted
Space Truckin' (com solo de bateria)
I Got Your Number
Knockin at Your back Door
Well Dressed Guitar
House of Pain
Solo do Don Airey, incluindo Aquarela do Brasil e o tema de Star Wars.
Perfect Strangers
Riff-raff do Morse: (trechos de Guns n Roses, Rolling Stones, Led Zeppelin, AC/DC e Beatles)
Smoke on the Water
Bis:
Hush (com solo de bateria)
Black Night

Grande parte da platéia, ficou boiando com as músicas novas, mas é impressionante como Contact Lost ficou linda ao vivo. Haunted nem se fala. House of Pain uma porrada e I got your number, do cacete pra não falar outra coisa. Houveram dois mini solos de bateria do Ian Paice e um puta solo do Don Airey. Aliás falando nisso, acho que o Steve Morse poderia voltar a fazer com o Don Airey, aqueles duelos Guitarra/Teclado que fazia com o Jon Lord. O Pacaembú estava lotado e a vibração da platéia em algumas músicas como Perfect Strangers por exemplo, fizeram o Estádio tremer e ao terminar o showzaço do Deep Purple, eu nem lembrava mais quem tinha tocado antes. Meu amigo gravou os treis shows e eu estou curiosissimo pra ouvir. Tirou 80 fotos do Deep Purple, algumas de cima do palco e não vejo a hora dele revelar. Cheguei as 4 da matina em casa, quebrado e rouco, mas de alma lavada mais uma vez e dizendo: Long Live Rock n Roll, Long Live Deep Purple!!!!
Na volta pra casa, ouvindo o CD Bananas no carro, pensei nos Fãs de Curitiba e me senti muito triste, porque eles perderam o melhor show do ano. "


A Thaís também foi:

"o show começou demais, a banda estava alucinada com a platéia (amazing, unbeliaveble...), no começo uma energia muito boa e o show prometia ser daqueles muuuuuito intensos, mas eis que durante a Silver Tongue (acho), um IDIOTA qualquer lá da ala dos convidados jogou um troço qualquer na cara do Ian, bem no final da música e aquilo eu vi que foi um banho de água gelada no vocalista... o Roger, já no começo da outra música fez um sinal de "toma cuidado" para a platéia e até que depois eles conseguiram manter o ritmo, mas aquilo deu uma esfriada na banda, eu senti muito isso. Deu pra ver que o Gillan ficou p. mesmo, mas o show tinha que continuar então a coisa continupu acontecendo... ele interagia muito com a platéia. O Morse tocando com aquele carinho e olhava para a platéia como quem só tinha aquilo a oferecer e meio que mostrava os acordes, era muito legal. Glover uma simpatia, sempre... altíssimo astral para a banda. Paice com suas caras e bocas na bateria, demais tb... "

Nenhum comentário:

Postar um comentário