No dia 6 de abril, um dia antes do aniversário da minha digníssima, faz 30 anos que o Blackmore botou fogo no palco na Ontario Speedway, no famoso e infame California Jam (que foi o primeiro vídeo lançado pelo Purple).
Nas próximas duas semanas vou postar coisas aqui sobre a Mark 3, o Cal Jam e o Burn, que vai ser relançado agora em abril. Pra começar, encontrei esta bela frase:
"Acho que sou pessoalmente responsável por Blackmore ter batido sua guitarra contra a câmera. Eu falei com ele na noite anterior. O Deep Purple fez um ensaio técnico, e eu perguntei se ele ia quebrar a guitarra dele. E Richie disse: 'sim, talvez. Sei lá, que merda'. Ele estava meio puto com várias coisas que não tinham nada a ver comigo. E eu disse: 'Veja, se você for quebrar a guitarra, privilegie a câmera. Vou fazer uma bela filmagem e vai ficar genial'. E ele privilegiou bem a câmera, gerando US$ 8 mil de prejuízo."
JOSH WHITE, diretor de filmagens do evento California Jam
segunda-feira, 15 de março de 2004
segunda-feira, 1 de março de 2004
Cinquentona
A Fender Stratocaster, corpo e timbre de guitarra que consagrou o Ritchie Blackmore (notório destruidor de várias delas), completa meio século.
O Estadão lembra alguns de seus principais usuários (como Eric Clapton, que teria dado a primeira strato para o homedepreto) e conta fatos interessantes da história dessa guitarra. Diz, por exemplo, que as melhores guitarras Fender são as anteriores a 1965, quando Leo Fender estava morrendo e vendeu a empresa para o conglomerado CBS.
Nas primeiras gravações do Purple, até o In Rock, Ritchie usa uma Gibson. A partir de então, é tudo na base da stratocaster. É nítida a mudança do timbre. Compare, por exemplo, o som da guitarra no solo de Child in Time com o de Strange Kind of Woman.
"Prefiro a Stratocaster porque ela tem um som mais 'de ataque'. No começo, eu não conseguia me acostumar com a Strat depois da Gibson. Os braços são bem diferentes. Mas agora não consigo mais me acostumar com a Gibson. Uma Stratocaster também é mais difícil de tocar do que uma Gibson. Sei lá por quê. Acho que é porque não dá pra correr tão rápido os dedos pela escala de uma Strat. Com uma Gibson você tende a se perder. É bem fácil zunir de cima a baixo, e você acaba tocando formas físicas ao invés de realmente trabalhar algum som original. (...) Tocar uma Fender é uma arte em si. Elas estão sempre desafinando. Mas, do jeito como eu toco, eu mantenho um bom controle sobre ela."
(Entrevista à Guitar Player em 1973, a mesma em que Blackmore afirma que seu principal efeito na guitarra é o amplificador a todo volume e diz que o melhor jeito de aprender é copiando dos outros; "simplesmente roube", diz ele.)
Por ter acostumado tanto o ouvido, minha guitarra dos sonhos é uma Fender Stratocaster especial, modelo Ritchie Blackmore, existente desde 1993. Vem com o braço escavado (coisa que ele faz com as guitarras desde os 15 anos, pra dar mais sensibilidade ao toque nas cordas e, portanto, mais rapidez) e outras especificações semelhantes às usadas pelo bruxo, como o captador do meio lááááá embaixo ("fica no caminho da palheta", justificou em 1973).
Nas lojas brasileiras, custava mais ou menos o preço de um fusca em bom estado certa vez que comparei.
O Estadão lembra alguns de seus principais usuários (como Eric Clapton, que teria dado a primeira strato para o homedepreto) e conta fatos interessantes da história dessa guitarra. Diz, por exemplo, que as melhores guitarras Fender são as anteriores a 1965, quando Leo Fender estava morrendo e vendeu a empresa para o conglomerado CBS.
Nas primeiras gravações do Purple, até o In Rock, Ritchie usa uma Gibson. A partir de então, é tudo na base da stratocaster. É nítida a mudança do timbre. Compare, por exemplo, o som da guitarra no solo de Child in Time com o de Strange Kind of Woman.
"Prefiro a Stratocaster porque ela tem um som mais 'de ataque'. No começo, eu não conseguia me acostumar com a Strat depois da Gibson. Os braços são bem diferentes. Mas agora não consigo mais me acostumar com a Gibson. Uma Stratocaster também é mais difícil de tocar do que uma Gibson. Sei lá por quê. Acho que é porque não dá pra correr tão rápido os dedos pela escala de uma Strat. Com uma Gibson você tende a se perder. É bem fácil zunir de cima a baixo, e você acaba tocando formas físicas ao invés de realmente trabalhar algum som original. (...) Tocar uma Fender é uma arte em si. Elas estão sempre desafinando. Mas, do jeito como eu toco, eu mantenho um bom controle sobre ela."
(Entrevista à Guitar Player em 1973, a mesma em que Blackmore afirma que seu principal efeito na guitarra é o amplificador a todo volume e diz que o melhor jeito de aprender é copiando dos outros; "simplesmente roube", diz ele.)
Por ter acostumado tanto o ouvido, minha guitarra dos sonhos é uma Fender Stratocaster especial, modelo Ritchie Blackmore, existente desde 1993. Vem com o braço escavado (coisa que ele faz com as guitarras desde os 15 anos, pra dar mais sensibilidade ao toque nas cordas e, portanto, mais rapidez) e outras especificações semelhantes às usadas pelo bruxo, como o captador do meio lááááá embaixo ("fica no caminho da palheta", justificou em 1973).
Nas lojas brasileiras, custava mais ou menos o preço de um fusca em bom estado certa vez que comparei.
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