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domingo, 22 de maio de 2011

Vitor Benvindo, do MOFODEU, resenha o Who Cares

O Vitor Benvindo, do MOFODEU, faz uma análise do single duplo do Who Cares, com Gillan, Lord, Iommi e outros. Manda ver, Vitão!


Há 27 anos Ian Gillan (DEEP PURPLE, EPISODE SIX) deixava o BLACK SABBATH. Sua passagem pelo grupo deixou um legado de críticas e dúvidas. O disco “Born Again” (1983) foi recebido com frieza e o que poderia ser um encontro histórico hoje em dia não passa de uma curiosidade na carreira dos artistas. Sempre que se fala em Ian Gillan no Sabbath, uma interrogação aparece no rosto de quem ouve a frase. A sensação que se tem é que existe ainda uma dúvida a ser paga pela dupla Ian Gillan e Tony Iommi.

Pois bem, depois de tanto tempo eles estão juntos novamente, mesmo que eventualmente. Sem a preocupação de se pagar dívidas, eles se uniram a grandes músicos da história do Hard Rock e Heavy Metal em uma causa beneficente: ajudar a reconstrução de uma escola de música, na Armênia, destruída por um terremoto. Entre os convidados estão: Jon Lord (DEEP PURPLE, WHITESNAKE), Nicko McBrain (IRON MAIDEN), Jason Newsted (METALLICA), Linde Lindström (HIM), entre outros.

O projeto, chamado de WhoCares, resultará em um single CD com duas faixas inéditas compostas exclusivamente para a causa: “Out Of My Mind” e “Holy Water”. O single tem previsão de lançamento para 24 de maio na Europa e 24 de junho na América do Norte.

No entanto, as duas faixas já estão disponíveis no YouTube. Seguem os vídeos com as canções, os dados de produção, além de uma breve análise sobre cada uma delas.

01 – “Out Of My Mind”

* Ian Gillan (DEEP PURPLE, BLACK SABBATH) – Vocais
* Tony Iommi (BLACK SABBATH) – Guitarra
* Linde Lindström (HIM) – Guitarra
* Nicko McBrain (IRON MAIDEN) – Bateria
* Jason Newsted (METALLICA) – Baixo
* Jon Lord (DEEP PURPLE, WHITESNAKE) – Teclado

Por mais que Gillan e Iommi não estivessem preocupados em pagar dívidas pode-se dizer que está faixa seria digna de estar em qualquer álbum da discografia não só do Sabbath como também do Purple. A canção tem elementos marcantes da carreira das duas bandas e traz uma fusão de elementos dos grupos que talvez não aparece nem mesmo no primeiro encontro entre os músicos, em “Born Again”.

Do Sabbath nota-se, a introdução ligeiramente soturna e, como sempre, o riff pesado e marcante. É impressionante como Tony Iommi tem uma fonte inesgotável de riffs maravilhosos. No caso de “Out Of My Mind”, trata-se de um riff absolutamente simples, mas que nem por isso deixa de ser genial, já que é ele leva conduz a faixa de uma maneira em que é quase impossível não se balançar a cabeça. O solo da canção também é um capítulo a parte, com o carimbo de qualidade “Tony Iommi”, porém mais melódico do que o guitarrista costuma fazer em seus trabalhos com o Black Sabbath.

As características que remetem ao Deep Purple estão ligadas mais aos trabalhos mais recentes da banda do que aos discos clássicos da banda. A música lembra bastantes algumas das canções dos bons álbuns lançados depois de 1996, com Steve Morse na guitarra. A canção tem uma característica bem próxima às do disco “Bananas” (2003), com guitarras marcadas e com peso e com o habitual vocal melódico de Ian Gillan. Esses discos, apesar de serem encarados pelos mais xiitas com preconceitos, revigoraram a banda nos anos 90 e 2000, trazendo uma nova forma de cantar para Gillan. É esse vocal que está em “Out of My Mind”. Quem espera os agudos dos 60 e 70, pode esquecer.

Outra característica que nos remete ao Purple é o teclado de Jon Lord, que se não está tão marcante como no auge da banda, nos remete um pouco ao que foi feito nos anos 80, especialmente no álbum “Perfect Strangers” (1984). Não, não espere aqueles clássicos duelos entre o órgão Hammond de Lord e a Stratocaster de Blackmore (ou a Gibson SG de Iommi). O que percebemos em “Out Of My Mind” é algo mais básico, mas fundamental para dar corpo à canção.

Portanto, “Out Of My Mind” pode ser considerado um hard rock com o DNA do Sabbath e do Purple, que poderia completar qualquer um dos álbuns da banda, mas certamente não se tornaria um clássico. É um ótimo trabalho, digno, honesto e por uma boa causa.

02 – “Holy Water”

* Ian Gillan (DEEP PURPLE, BLACK SABBATH) – Vocais
* Tony Iommi (BLACK SABBATH) – Guitarra
* Steve Morris – Guitarra
* Michael Lee Jackson – Guitarra
* Randy Clarke – Bateria
* Rodney Appleby – Baixo
* Jesse O’Brien – Órgão Hammond
* Arshak Sahakyan – Solo de Duduk
* Ara Gevorgyan – Duduk na Introdução

A segunda canção do álbum é um pouco mais experimental. Trata-se de uma balada com elementos mais sofisticados como a inclusão de instrumentos pouco convencionais como o duduk, um instrumento de sopro típico da região do Cáucaso, de onde a Armenia faz parte.

Ao contrário da outra faixa, “Holy Water” traz poucas características das bandas clássicas dos idealizadores do projeto. Apesar de uma vigorosa guitarra, a falta do peso habitual quase não f nos faz reconhecer Iommi na faixa. Ao invés dos tradicionais riffs arrastados, notamos uma guitarra apresenta maior versatilidade, indo da quase ausência de efeitos a uma distorção moderada. A combinação a guitarra base de Steve Morris, traz uma característica pouco presente nos trabalhos de Iommi.

Talvez os vocais de Gillan seja o ponto de contato mais próximo da canção com o trabalho do Deep Purple. Apesar de a banda ter se especializado em fazer grandes baladas desde “When I Blind Man Cries” (1971) até “Sometimes I Feel Like Screaming” (1996), nenhuma delas tem as características de “Holy Water”. No caso dessa nova canção, nota-se forte influência da música caucásia não só na incorporação dos instrumentos, mas também na melodia introdutória. Algum ouvinte mais atento pode associar o órgão Hammond bem marcado ao trabalho de Don Airey nas baladas dos dois últimos discos do Deep Purple, como em “Haunted” (Bananas, 2003) ou “Before Time Began” (Rapture of the Deep, 2005), essa segunda no que se refere a sua parte introdutória. Não nego essa semelhança, mas não acredito que esses trabalhos são suficientes para deixar marcas de característica no trabalho da banda.

Acredito ser “Holy Water” uma boa faixa, porém menos impactante que a primeira. A faixa serve como um justo tributo a ser prestado ao país que Ian Gillan e Iommi prestam assistência desde final dos anos 80, quando promovorem o Rock Aid Armenia. Naquela ocasião a dupla se reuniu para regravar o maior clássico do Purple, “Smoke on the Water”, com a participação de astros como Bruce Dickinson (IRON MAIDEN), David Gilmour (PINK FLOYD), Paul Rodgers (FREE, BAD COMPANY), Brian May e Roger Taylor (QUEEN), Ritchie Blackmore, entre muitos outros.

Confira:

Coincidentemente ou não estão previstas para lançamento ainda esse ano uma versão remixada de “Rock Aid Armenia” e uma edição “deluxe expanded” para a primeira parceria entre Gillan e Iommi, o disco “Born Again”, de 1983, do Black Sabbath

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Presidente da Armênia dá disco da Who Cares para presidente da Rússia


Saiu na semana passada o disco da Who Cares, resenhado ontem pelo Vitor Benvindo. O disco é beneficiente, e sua receita vai para uma escola de música da Armênia.

Ontem, o presidente armeno Serzh Sargsyan mandou o disco de presente para o mais famoso fã do Deep Purple no mundo: seu colega russo Dmitry Medvedev.

Que, por sinal, nunca respondeu meus tweets pedindo uma entrevista para o Purpendicular, nem meus emails pedindo entrevista pra MTV, quando veio ao Brasil no ano passado.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pro seu bolso chorar, como o meu

Encomendei da DPAS nesta semana o DVD "Phoenix Rising", que deve sair no final de maio. Hoje, recebi um simpático email da Ann Warburton, administradora da Purple Records (e, salvo engano, mulher do Simon Robinson), contando o que mais vai sair neste ano. Algumas coisas eu não tinha ouvido falar. Olha só:

* Ainda não tem data, mas está em planejamento uma edição especial de Perfect Strangers com 3 discos. Da DPAS: "CD1 será o remaster incluindo 'Not Responsible'. CD3 será o velho disco de entrevistas que a Polydor lançou como promo no final de 1984. CD2 será um disco de material variado, com faixas do show de Knebworth (já lançado como um pacote por si), Son Of Alerik e com espera-se que também as jams que sobraram da gravação" (Cozmic Jazz e RIJIR). Cozmic Jazz já circula há tempos por aí como pirataria:



* Vai sair uma edição limitada de 2 mil cópias do Phoenix Rising em vinil. Ela não disse o que vai ter nessa versão, mas suponho que seja algo como o Last Concert in Japan (base do Rises Over Japan, vídeo que estará incluído no documentário). Eu não tenho onde ouvir vinil, então não me emociono ainda. O trailer do documentário:



* Vai sair uma versão em CD do single beneficiente "Who Cares", com Ian Gillan, Tony Iommi e Jon Lord. São duas faixas. Uma delas, "Out of My Mind", vai estar à venda oficialmente em 6 de maio.
Um gostinho do single:



* Já foi anunciado antes que vai sair uma reedição do Born Again, o famoso disco do Black Sabbath com o Gillan que é fabuloso musicalmente mas tem o som abafado. "Infelizmente não conseguiram achar as fitas master, então um remix não foi possível. Ao invés disso, o disco será remasterizado, e vão pelo menos acrescentar a apresentação no festival de Reading feita para a Radio 1 da BBC (o único show da banda no Reino Unido) como disco bônus, mais o single", escreveu Ann. Ou seja: pela primeira vez, oficialmente, teremos "The Fallen" (yeah!) e o Gillan cantando "War Pigs" - minha versão favorita da música - e "Paranoid", como no vídeo abaixo:



* Já dá pra encomendar o segundo disco da Black Country Communion, o genial projeto do Glenn Hughes com o Joe Bonamassa e o Jason Bonham. Ainda não se sabe os formatos finais. O primeiro vídeo do novo disco deve sair agora em junho. Eu fiquei fascinado por BCC logo na primeira faixa do primeiro disco, com este baixo aqui:



* Vai sair um musical italiano sobre a vida do Blackmore. "Já me garantiram que não é tosco!", disse Ann. Eu ainda não tinha ouvido falar a respeito. Pedi mais detalhes.

* Blackmore e Paice vão tocar no disco "Seeking Major Tom", do capitão Kirk William Shatner. Paice vai tocar "Space Truckin'", do Deep Purple, e o Blackmore vai tocar "Space Oddity", do David Bowie. Já está no YouTube um vídeo com Shatner gravando "Iron Man" com Zakk Wylde - e encarnando o personagem de "S@#$ My Dad Says".



* Vai sair uma versão remasterizada do Long Live Rock'n'Roll, do Rainbow com o Dio. Sempre faz bem rever: