sábado, 30 de março de 2002

Jon e Don juntos - em 1985

Não, os dois ainda não dividiram as teclas no palco do Deep Purple, embora isso possa acabar acontecendo nos shows britânicos em setembro.

A parceria aconteceu em 1985, num show de Eddie Hardin, e está no CD "Wind in the Willows", que acaba de ser lançado pela Purple Records.

A gravadora também deve lançar, em junho, um CD duplo do Episode Six, a banda de onde vieram Ian Gillan e Roger Glover. O título, "Cornflakes and Crazyfoam", se refere ao que chovia no palco no final dos shows e eles atiravam no público. Sim, muito trash, mas o som é sensacional para quem gosta de rock inglês dos anos 60.

São CINQÜENTA FAIXAS, das quais 40 nunca tinham vindo a público antes. Entre elas estão faixas obscuras de estúdio, singles não-lançados, apresentações no rádio, shows e ensaios. Vão desde o começo da banda, em 1964 (ainda sem Gillan) até o finalzinho, em 1969 --consta que Gillan e Glover fizeram um de seus últimos shows no E6 na noite do dia em que gravaram "Hallellujah", seu teste no Deep Purple.

segunda-feira, 25 de março de 2002

Elemental, meu caro Glover

Conhecem essa raridade aqui do lado?

Como percebem, é um trabalho solo do Roger Glover. O CD foi lançado em 1993, coletando dois discos solo do baixista do Deep Purple: "Elements" (1978) e "The Mask" (1984). Só saiu lá fora, está fora de catálogo e eu consegui comprar em uma loja de raridades aqui em Porto Alegre, onde eu comprava meus vinis há dez anos. Tinham que ver a festa que o cara fez quando me reconheceu.

Musicalmente, o CD é um colosso, especialmente na parte de Elements. The Mask é legal, mas é mais pop. Tem uma musiquinha que acho que ou foi hit de FM em 1984 ou esteve em filme de sessão da tarde e tela quente do final dos anos 80 (a faixa-título, de letra quase genivalacerdesca e refrão pegajoso: "Take it off/Take off the mask...").

The Mask virou uma sombra. Logo depois de seu lançamento o Deep Purple voltou, lançando Perfect Strangers...

Apesar de ser um ótimo produtor, Glover nunca teve nem sucesso relativo na carreira solo (como o que o Gillan teve). O que me faz perguntar: será que o Lord vai obter sucesso em sua promissora carreira de compositor clássico moderno? Talento ele tem.

Mais dados sobre o CD no The Highway Star.

sexta-feira, 22 de março de 2002

Marcada a despedida oficial

Os shows do Deep Purple no Reino Unido, em setembro, serão a despedida oficial do Jon Lord. Ele já não toca nos próximos shows, porque está gravando projetos solo e as viagens não deixariam tempo para que ele gravasse.

A melhor notícia de todas para os fãs do Purple é que ele se ofereceu para contribuir com o próximo disco da banda, que será gravado em agosto. Que tal um Deep Purple com dois tecladistas?

Simon Robinson, o homem por trás da Deep Purple Associated Society e um dos maiores especialistas em Deep Purple no mundo inteiro (manja mais até que eu!), colocou no ar uma nota explicando por que motivo só o site deles publicou as idas e vindas dos indícios da aposentadoria do Lord:

"O motivo foi dar aos fãs como eu e você a chance de ver uma ou duas apresentações extras, sabendo que seriam as últimas de Jon Lord. Pode-se entender que, como o Deep Purple quer continuar, fazer muito alarde em cima disso poderia ter um impacto negativo, daí abordarmos o assunto em um tom mais baixo."

terça-feira, 19 de março de 2002

We all came out to moscow

Sábado ocorreu o primeiro show do Deep Purple com a nova formação, que tem o tecladista Don Airey. Ele já fez shows com a banda, mas apenas substituindo temporariamente Jon Lord.

Quando Gillan foi cantar Child in Time em São Petersburgo, antiga Leningrado, apresentou a música da seguinte forma: "Esta foi escrita especialmente para vocês".

Sweet child in time
You'll see the line
The line that's drawn between
The good and the bad
See the blind man
Shooting at the world
Bullets flying
Taking toll
If you've been bad
Airey I bet you have (hehehehehehehe)
And you've not been hit
By flying lead
You'd better close your eyes
Bow your head
And wait for the ricochet

segunda-feira, 18 de março de 2002

Editorial do The Highway Star

O Rasmus Heide colocou um editorial no The Highway Star sobre a saída do Jon Lord. Leiam.

domingo, 17 de março de 2002

Confirmada a aposentadoria

CONFIRMADA A APOSENTADORIA

Mestre Lord se aposentou mesmo do Deep Purple. Abaixo, a primeira foto da nova formação da banda, com Don Airey (D) nos teclados.

O bigode deve ser homenagem ao Tomato.

quinta-feira, 14 de março de 2002

Here be friends, here be heroes



Mestre Jon Lord, fundador do Deep Purple e conhecido como TOMATO (The Old Man At The Organ), pode estar se aposentando. Ele fez 60 anos no ano passado. Os rumores estão cada dia mais fortes. O Deep Purple deve lançar um disco este ano. Deverá ser o terceiro da formação atual. Ele participou da primeira parte da turnê britânica, mas deve ser substituído a partir da Rússia por Don Airey. Ninguém sabe dizer se o tecladista de sólida formação clássica que esteve em todas as formações do Deep Purple vai se aposentar de vez agora, sem dizer nem um tchau, ou se ele vai participar ainda da gravação do disco do Purple. O vocalista Ian Gillan foi evasivo quando recebeu uma pergunta sobre isso em seu website. Ele reafirmou a importância de Lord para o grupo mas disse que, mesmo sem ele, o Deep Purple continuaria --nada de "sim" ou "não".

Em agosto do ano passado, Lord pediu licença do grupo por um tempo para fazer uma cirurgia no joelho. Ele foi substituído durante 23 shows por Don Airey, um bom tecladista que fez parte do Rainbow (de Ritchie Blackmore, ex-guitarrista do Purple). Lord também parou de responder e-mails de fãs --só eu mandei três nos últimos meses, e anteriormente ele sempre respondia-- e de participar dos fóruns de discussão sobre o grupo. Mandei mais um email para ele, só para testar.

Jon Lord, para mim, pode ser considerado um gênio da música. E não é por ser fã, não. Seu Concerto para Grupo e Orquestra, que ele começou a compor quando tinha a minha idade e apresentou aos 27 anos, é uma obra-prima. Foi apresentado no mês passado na Austrália, pela primeira vez sem o mestre. É o primeiro passo para que ele se torne um compositor à altura de Beethoven ou Mozart. Quem regeu o concerto foi Paul Mann, da Sinfônica de Londres. Ainda este mês, deve ser lançado o CD duplo com o set completo do Concerto.

Sim, o Concerto é uma obra-prima, mal-falado até hoje por quem não ouviu e não sabe o que está perdendo. Foi o primeiro dos dois trabalhos de banda/orquestra que Lord criou. O segundo foi Gemini Suite, dois anos depois. É bom também. Para vocês terem uma idéia, o Concerto foi uma das inspirações de Paul Mann, o maestro que conduziu a versão recuperada da partitura, para ser maestro. Mann conta que ele era criança e brincava de maestro na frente do espelho quando ouvia o Concerto (seu tio era um dos caras da administração do Purple, o lendário Colin Hart).

Voltando à formação atual do Purple: a banda está no sétimo ano de uma de suas melhores fases. Não há atritos entre seus membros como os que ocorriam durante a gestão de Ritchie Blackmore (também fundador do grupo) na guitarra. Eles fizeram a volta ao mundo várias vezes desde 1995, passando três vezes pelo Brasil, mas gravaram apenas dois discos de estúdio. Ambos muito bons, superiores a toda a produção dos anos 80 e começo dos anos 90. A atual gestão também viu o restauramento da partitura do Concerto para Grupo e Orquestra, reinaugurada no Royal Albert Hall no trigésimo aniversário da primeira apresentação.

Se o Lord realmente se aposentar, vou ficar muito chateado. Não só porque gosto muito de seu trabalho e tenho todos seus discos, mas porque perdi, por be$teira, o último show que ele fez no Brasil, em setembro de 2000, em São Paulo. O ingresso mais barato que achei para a noite em que poderia ir (nas outras eu estava trabalhando) custava R$ 110. Já estava chateado porque era a única turnê na minha vida em que eles tocariam o Concerto --isso cansa os músicos, e eles não pretendem repetir a dose. Posso acabar tendo motivos para ficar ainda mais chateado. Aliás, já estou.

Airey vai substituir o Lord

Jon Lord prepara sua aposentadoria, cada dia mais.

Don Airey, ex-tecladista do Rainbow e que cobriu as férias do bom e velho TOMATO, vai voltar a substituí-lo a partir da turnê russa, daqui a alguns dias. Já foi tirada uma foto promocional da nova banda.

Sim, é Deep Purple Mark 8. E eu ainda não voltei a ver Jon Lord.

Corto os pulsos?

segunda-feira, 11 de março de 2002

O homem de preto

Ritchie Blackmore, o homem mal-humorado e vestido de preto que fundou o Deep Purple e hoje toca música medieval com sua banda Blackmore's Night, vai começar uma turnê pela Europa no dia de seu aniversário (14 de abril). Serão duas noites na Rússia, uma na Finlândia, três na Suécia, uma na Alemanha, uma na Polônia, uma na Holanda e uma na Bélgica.

quarta-feira, 6 de março de 2002

Habeas datas

Argh, péssimo trocadilho.

Mas os shows que ficaram faltando na turnê do Deep Purple pela Inglaterra devem ocorrer em setembro. As datas, direto da Deep Purple Appreciation Society, estão abaixo. Entre 17 e 25 de março, eles vão estar tocando na Rússia. We all came out to Moscow...

Sep 07 Hammersmith Apollo - London, England (unconfirmed)
Sep 08 Barbican Centre (new show) - York, England
Sep 09 St.George's Hall - Bradford, England
Sep 11 City Hall - Newcastle, England
Sep 12 Clyde Auditorium - Glasgow, Scotland
Sep 14 NEC - Birmingham, England
Sep 15 Guildhall (new show) - Portsmouth, England
Sep 17 Plymouth Pavilions - Plymouth, England
Sep 18 Colston Hall - Bristol, England
Sep 19 Regent - Ipswich, England