Hoje, às 22h inglesas (cerca de 19h aqui), um show clássico do Deep Purple no programa Dream Ticket, da rádio BBC Six Music. Esse programa reprisa shows antigos que ocorreram sob os auspícios da gigante inglesa do rádio.
Dica da Deep Purple Appreciation Society: provavelmente NÃO vão repetir o Live in London, visto que já transmitiram esse show outro dia. Então, provavelmente --eu disse PROVAVELMENTE--, vão transmitir um dos dois shows registrados no disco In Concert (1980).
O primeiro, de 19.fev.1970, mostra todo o vigor do começo da segunda formação do Deep Purple, dois meses antes de eles lançarem In Rock. São quatro músicas: Speed King, Wring That Neck, Child in Time e Mandrake Root.
O segundo aconteceu no momento de maior fama deles, lá pelo lançamento de Machine Head. Em 9 de março de 1972, os cinco entraram no Paris Theatre, convidados pela BBC, para gravar um show genial. Começava por Highway Star, passava por uma versão SEMINAL de Strange Kind of Woman (com o melhor duelo voz/guitarra que já ouvi - que acabou inspirando a Gal Costa a duelar com a guitarra dizendo que seu nome é Gal), depois Maybe I'm a Leo, Never Before, Lazy, Space Truckin', Smoke on the Water e Lucille (um clássico dos anos 50).
Seja qual for o show, vale a pena dar uma clicadinha neste link a partir das 19h desta terça. O programa fica gravado por uma semana.
terça-feira, 30 de julho de 2002
segunda-feira, 29 de julho de 2002
Lembranças de 1997
Ouvindo o CD do Deep Purple aqui, lembrei do show que assisti deles em Porto Alegre, no Opinião, meses antes desse delicioso CD que comprei. Meu ingresso do show deles aqui em 1997 era o número 0002. Foi um dos ingressos que mandaram para redações de jornais, no caso a do Correio do Povo, onde eu trabalhava à noite.
Foi muito engraçada aquela noite... ganhei o ingresso na última hora. O Paulinho Moreira tava lá no Opinião cobrindo o show... e passando para a redação as duas primeiras músicas que eles tinham tocado. Eu estava trabalhando, mas nervoso. Fui lá na Variedades para bisbilhotar e vi a Valquíria Rey escrevendo errado o nome de uma música. Sacrilégio. Corrigi. Ela perguntou como é que eu sabia, e respondi: "tenho todos os discos deles em casa..." E ela: "Tá fazendo o que que não foi lá? Pega meu ingresso e vai!"
Peguei o primeiro táxi e fui. Cheguei no meio de um solo quilométrico do Jon Lord. Era um dia quente pra caramba em março de 97... e o lugar com mais visibilidade que achei foi no meio de uns gringos bêbados. Fiquei tomando uísque com eles e tal. Aí a gente começou a brincar de subir nos ombros um do outro por uns segundos para ver melhor. Cantei todas as músicas. Ainda conheci a mulher do Gillan na saída, com minha camisa toda suada. Cheguei na redação de volta depois da meia-noite, com a camisa abertona, o vento batendo e secando o suor.
Fui pra sala do diretor de redação e disse pra ele: "olha só, fiz uma coisa muito feia hoje... escapei do trabalho para ir ao show do Deep Purple". Ele olhou bem para mim e perguntou: "Guri, tu qué levá um gancho?" E eu: "Não, claro". E ele: "Ah, bom, então eu não ouvi isso". Eu fiquei completamente sem jeito e fui saindo de fininho. E ele: "Deixa eu esquecer por um minuto que sou teu chefe. Senta aí e conta como tava, ontem eu botei foto deles na capa do jornal porque também gosto..."
Foi muito engraçada aquela noite... ganhei o ingresso na última hora. O Paulinho Moreira tava lá no Opinião cobrindo o show... e passando para a redação as duas primeiras músicas que eles tinham tocado. Eu estava trabalhando, mas nervoso. Fui lá na Variedades para bisbilhotar e vi a Valquíria Rey escrevendo errado o nome de uma música. Sacrilégio. Corrigi. Ela perguntou como é que eu sabia, e respondi: "tenho todos os discos deles em casa..." E ela: "Tá fazendo o que que não foi lá? Pega meu ingresso e vai!"
Peguei o primeiro táxi e fui. Cheguei no meio de um solo quilométrico do Jon Lord. Era um dia quente pra caramba em março de 97... e o lugar com mais visibilidade que achei foi no meio de uns gringos bêbados. Fiquei tomando uísque com eles e tal. Aí a gente começou a brincar de subir nos ombros um do outro por uns segundos para ver melhor. Cantei todas as músicas. Ainda conheci a mulher do Gillan na saída, com minha camisa toda suada. Cheguei na redação de volta depois da meia-noite, com a camisa abertona, o vento batendo e secando o suor.
Fui pra sala do diretor de redação e disse pra ele: "olha só, fiz uma coisa muito feia hoje... escapei do trabalho para ir ao show do Deep Purple". Ele olhou bem para mim e perguntou: "Guri, tu qué levá um gancho?" E eu: "Não, claro". E ele: "Ah, bom, então eu não ouvi isso". Eu fiquei completamente sem jeito e fui saindo de fininho. E ele: "Deixa eu esquecer por um minuto que sou teu chefe. Senta aí e conta como tava, ontem eu botei foto deles na capa do jornal porque também gosto..."
"O novo" isto, "o novo" aquilo e o Deep Purple
Permitam-me quebrar um pedacinho do meu sigilo de correspondência para postar aqui uma mensagem que mandei para a lista Morsas. Fecha bem com a "linha editorial" do Cabide - se é que o Cabide tem isso.
Mano Velho perguntou, na lista, quem é o Harry Connick Jr. O Délio Freire respondeu, e eu teci comentários em cima.
> É um músico que a mídia tentou vender
> como o 'novo' Frank Sinatra um pouco pelo repertório
> parecido de seus CDs e pela tentativa de emplacar uma
> carreira como ator em cinema.
O Harry Connick Jr. é um crooner bem bonzinho, que canta standards do jazz. Coisa que o Frank Sinatra fazia no começo da carreira junto com uma penca de outros - inclusive o Louis Armstrong. O diferencial do Connick era que hoje ele é o único a gravar isso.
O problema é que a indústria pornofonográfica vê uma coisa legal dessas e tenta vender como "o novo" isto, aquilo ou aquele outro. Várias vezes já vi cantoras jovens e boas (por vezes duplamente) de jazz serem vendidas como "a nova" Ella Fitzgerald, Aretha Franklin ou Billie Holiday, só para serem esquecidas depois - sem merecerem.
Tudo por causa dessa mania da indústria pornofonográfica de achar que "o novo" algo antigo vende. Aliás, para citar um exemplo que o pessoal deve conhecer melhor, Black Crowes era uma banda bem boazinha de rock que caiu no ostracismo só porque, quando apareceu, foi vendida como "a nova" banda "com som dos anos 70" - o que parecia, mas não era. Eles eram eles e era isso. Só que é mais fácil de criar sucessos instantâneos anunciando "o novo" do que "este".
Coisa que não acontecia trinta anos atrás, antes da hiperprofissionalização das relações públicas e da indústria do entretenimento. Andei lendo bastante sobre essas coisas por causa do meu fascínio pelo Deep Purple. Uma coisa que me deixava de queixo caído era o fato de eles serem praticamente desconhecidos em 1969,
terem acabado de sair de uma experiência com empresários altamente profissionais para a época e terem entrado num projeto ousado e autoral - nomeadamente com o Concerto para Grupo e Orquestra (de 1969, algo revolucionário na época e a que alguns músicos da Sinfônica de Londres reagiram com frases como "eu não vou tocar com Beatles de segunda categoria") e com o disco "In Rock" (1970).
Pois bem, com as facilidades do MP3, consegui pegar programas de rádio, da BBC, em que o Deep Purple ia tocar. A BBC dava uma força enorme para essas bandas da época - era cultura inglesa, bem ou mal, que seria exportada. Vide a recente proliferação de CDs "Led Zeppelin at the BBC", "Beatles at the BBC" e etc. Os caras iam lá para gravar versões de suas músicas, e essas versões iam ao ar. Não eram anunciados como "o novo", mas como "este" - até porque não havia precedentes na época.
(Adendo especial para o Purpendicular: ao que tudo indica, o apoio da BBC parou porque o apresentador John Peel ficou chateado ao ver que o Purple lançara um single - "Black Night" - entrando, portanto, no esquemão do industrião. Até então, o Deep Purple vivia na tensão dialética entre o pop e a contracultura, puxado para o lado da cultura britânica de exportação pela BBC.)
Quanto mais eu leio sobre aquele momento específico, mais me deprimem os efeitos deletérios da hiperprofissionalização da máquina de relações públicas, marketing e da indústria do entretenimento. Mata-se a criatividade com um piscar de olhos.
Leiam o artigo do Julio Medaglia sobre isso na Folha de hoje. Está muito bom.
Mano Velho perguntou, na lista, quem é o Harry Connick Jr. O Délio Freire respondeu, e eu teci comentários em cima.
> É um músico que a mídia tentou vender
> como o 'novo' Frank Sinatra um pouco pelo repertório
> parecido de seus CDs e pela tentativa de emplacar uma
> carreira como ator em cinema.
O Harry Connick Jr. é um crooner bem bonzinho, que canta standards do jazz. Coisa que o Frank Sinatra fazia no começo da carreira junto com uma penca de outros - inclusive o Louis Armstrong. O diferencial do Connick era que hoje ele é o único a gravar isso.
O problema é que a indústria pornofonográfica vê uma coisa legal dessas e tenta vender como "o novo" isto, aquilo ou aquele outro. Várias vezes já vi cantoras jovens e boas (por vezes duplamente) de jazz serem vendidas como "a nova" Ella Fitzgerald, Aretha Franklin ou Billie Holiday, só para serem esquecidas depois - sem merecerem.
Tudo por causa dessa mania da indústria pornofonográfica de achar que "o novo" algo antigo vende. Aliás, para citar um exemplo que o pessoal deve conhecer melhor, Black Crowes era uma banda bem boazinha de rock que caiu no ostracismo só porque, quando apareceu, foi vendida como "a nova" banda "com som dos anos 70" - o que parecia, mas não era. Eles eram eles e era isso. Só que é mais fácil de criar sucessos instantâneos anunciando "o novo" do que "este".
Coisa que não acontecia trinta anos atrás, antes da hiperprofissionalização das relações públicas e da indústria do entretenimento. Andei lendo bastante sobre essas coisas por causa do meu fascínio pelo Deep Purple. Uma coisa que me deixava de queixo caído era o fato de eles serem praticamente desconhecidos em 1969,
terem acabado de sair de uma experiência com empresários altamente profissionais para a época e terem entrado num projeto ousado e autoral - nomeadamente com o Concerto para Grupo e Orquestra (de 1969, algo revolucionário na época e a que alguns músicos da Sinfônica de Londres reagiram com frases como "eu não vou tocar com Beatles de segunda categoria") e com o disco "In Rock" (1970).
Pois bem, com as facilidades do MP3, consegui pegar programas de rádio, da BBC, em que o Deep Purple ia tocar. A BBC dava uma força enorme para essas bandas da época - era cultura inglesa, bem ou mal, que seria exportada. Vide a recente proliferação de CDs "Led Zeppelin at the BBC", "Beatles at the BBC" e etc. Os caras iam lá para gravar versões de suas músicas, e essas versões iam ao ar. Não eram anunciados como "o novo", mas como "este" - até porque não havia precedentes na época.
(Adendo especial para o Purpendicular: ao que tudo indica, o apoio da BBC parou porque o apresentador John Peel ficou chateado ao ver que o Purple lançara um single - "Black Night" - entrando, portanto, no esquemão do industrião. Até então, o Deep Purple vivia na tensão dialética entre o pop e a contracultura, puxado para o lado da cultura britânica de exportação pela BBC.)
Quanto mais eu leio sobre aquele momento específico, mais me deprimem os efeitos deletérios da hiperprofissionalização da máquina de relações públicas, marketing e da indústria do entretenimento. Mata-se a criatividade com um piscar de olhos.
Leiam o artigo do Julio Medaglia sobre isso na Folha de hoje. Está muito bom.
O dia em que Steve Morse casou na House of Blues
Comprei hoje um CD sensacional do Deep Purple. É um pirata: "Deep Purple - The Legendary Show at the House of Blues - Steve Morse Wedding Day". É um show em 17 de dezembro de 1997, que tem o casamento do Steve Morse logo no começo. Ian Gillan anuncia, a galera vai ao delírio. Eu também - estou ouvindo acompanhado de um Marcus James Cabernet Sauvignon, e com meus fones no volume mais apropriado possível.
O padre comenta que o casamento ocorre "perante Deus e esse montão de testemunhas". A gravação foi feita no meio da galera, provavelmente na frente do palco pela qualidade do som... mas dá para ouvir superbem as gracinhas do povo - inclusive o pessoal se acotovelando e pedindo licença (merda é que às vezes os gritos e palmas atrapalham o som). "Aí, Steve!", eles gritam quando a noiva fala. O organista é ninguém menos do que um dos melhores tecladistas do mundo - conseguem imaginar o Jon Lord tocando a marcha nupcial?
E eu, que era absolutamente contra casamentos, fiquei emocionado com este. Decidi: só caso quando, além de eu ter achado uma vítima à altura, o Jon Lord aceitar tocar a música de fundo.
O CD é duplo - R$ 25 cada. Vale cada centavo. Para parcelar no cartão, comprei um do Pearl Jam de R$ 10 para o meu irmão.
O padre comenta que o casamento ocorre "perante Deus e esse montão de testemunhas". A gravação foi feita no meio da galera, provavelmente na frente do palco pela qualidade do som... mas dá para ouvir superbem as gracinhas do povo - inclusive o pessoal se acotovelando e pedindo licença (merda é que às vezes os gritos e palmas atrapalham o som). "Aí, Steve!", eles gritam quando a noiva fala. O organista é ninguém menos do que um dos melhores tecladistas do mundo - conseguem imaginar o Jon Lord tocando a marcha nupcial?
E eu, que era absolutamente contra casamentos, fiquei emocionado com este. Decidi: só caso quando, além de eu ter achado uma vítima à altura, o Jon Lord aceitar tocar a música de fundo.
O CD é duplo - R$ 25 cada. Vale cada centavo. Para parcelar no cartão, comprei um do Pearl Jam de R$ 10 para o meu irmão.
quinta-feira, 18 de julho de 2002
Whitesnake de volta
David Coverdale, vocalista do Deep Purple entre 1974 e 1976, vai relançar o seu conjunto, o Whitesnake. O que ele chama de "uma versão" do Whitesnake vai fazer uma turnê pela Europa e Reino Unido no começo do ano que vem, para promover a compilação "25 Years of Whitesnake" - um CD duplo que sai em fevereiro próximo. Sim, a palavra é essa: caça-níqueis. Mas nisso o Coverdale andava especialista (lembram daquele CD "do Whitesnake" que só tinha ele e o Vandenberg tocando violão?).
sexta-feira, 12 de julho de 2002
Nóis na fita
Estou no site do Ian Gillan de novo - inaugurando o novo design do site. Minha carta está na Q&A. Nela, eu pergunto sobre o projeto Cherkazoo. Não sei se vocês sabem, mas Cherkazoo era um desenho animado de que o Gillan fez o projeto nos anos 70. Não chegou a ser produzido, mas as musiquinhas foram gravadas e são ótimas.
Em 92, Simon Robinson pegou esse material e lançou em CD. Tenho esse em casa. Leiam aqui a resenha da Kerrang sobre o disco. Conheçam um trecho do roteiro (completamente louco, mas que explica mais ou menos a quem Gillan se refere quando canta "My name is professor Pig, I'm gonna be something big in mathematics").
Vejam o que o Gillan diz sobre o projeto:
"Dear Marcelo,
Cherkazoo was originally an animated musical fantasy which never really saw the light of day. I remember a meeting in the seventies with all the senior people at Disney. I did a presentation at their studios in Hollywood and they were very enthusiastic. However it coincided with a sea change of company policy and they were in production with Robin Hood, having decided to go back to classic stories as the basis for their films, due to bad figures on some recent contemporary stuff.
So, the music lay idle for quite a while until Simon Robinson at rpm records resurrected them along with some other material of the same era. The CD is sort of confusing in terms of its title, but has some value as a record of its time.
More recently Cherkazoo has been revived, rewritten and recorded for four sellout shows at the Guildhall in Axminster, Devon, performed by the local kids who have a music society of which I am honoured to be the president.
The concept was, and still is with the rewrite, about a youngster (Laura now and Julian then) dealing with the world as it is, in all it's bewildering manifestations, with the help of some pretty cosmic characters from a planet called Cherkazoo.
You've given me an idea now, I'll put the script up on 'Wordography' then you can plough through the whole thing.
Cheers, ig"
Em 92, Simon Robinson pegou esse material e lançou em CD. Tenho esse em casa. Leiam aqui a resenha da Kerrang sobre o disco. Conheçam um trecho do roteiro (completamente louco, mas que explica mais ou menos a quem Gillan se refere quando canta "My name is professor Pig, I'm gonna be something big in mathematics").
Vejam o que o Gillan diz sobre o projeto:
"Dear Marcelo,
Cherkazoo was originally an animated musical fantasy which never really saw the light of day. I remember a meeting in the seventies with all the senior people at Disney. I did a presentation at their studios in Hollywood and they were very enthusiastic. However it coincided with a sea change of company policy and they were in production with Robin Hood, having decided to go back to classic stories as the basis for their films, due to bad figures on some recent contemporary stuff.
So, the music lay idle for quite a while until Simon Robinson at rpm records resurrected them along with some other material of the same era. The CD is sort of confusing in terms of its title, but has some value as a record of its time.
More recently Cherkazoo has been revived, rewritten and recorded for four sellout shows at the Guildhall in Axminster, Devon, performed by the local kids who have a music society of which I am honoured to be the president.
The concept was, and still is with the rewrite, about a youngster (Laura now and Julian then) dealing with the world as it is, in all it's bewildering manifestations, with the help of some pretty cosmic characters from a planet called Cherkazoo.
You've given me an idea now, I'll put the script up on 'Wordography' then you can plough through the whole thing.
Cheers, ig"
sábado, 6 de julho de 2002
Relançado o Concerto, 33 anos depois
Anotem esta data: 23 de setembro de 2002. Sim, são os 33 anos do Concerto para Grupo e Orquestra... e é quando será lançada a maior reedição possível do Concerto, pelas mãos experientes de Simon Robinson, o cara que mais entende de Deep Purple neste mundo. Vejam só:
1) DVD - o filme do show do Concerto. Sem a banda tocando antes.
2) DVDA - só o áudio do show, remixado. Inclui TODO o set: a sexta sinfonia de Malcolm Arnold (inédita), as três músicas tocadas pelo Deep Purple (Hush, Wring That Neck e Child in Time - só as duas últimas entraram no último lançamento do Concerto, em 90, e Hush entrou em Powerhouse), os três movimentos do concerto e o bis, ainda inédito, com uma versão mais curta do terceiro movimento.
3) SACD duplo - mesma coisa, mas possível de ouvir em CD players normais.
4) CD duplo - remixado. Mesma coisa, mas sem a sexta do Arnold.
1) DVD - o filme do show do Concerto. Sem a banda tocando antes.
2) DVDA - só o áudio do show, remixado. Inclui TODO o set: a sexta sinfonia de Malcolm Arnold (inédita), as três músicas tocadas pelo Deep Purple (Hush, Wring That Neck e Child in Time - só as duas últimas entraram no último lançamento do Concerto, em 90, e Hush entrou em Powerhouse), os três movimentos do concerto e o bis, ainda inédito, com uma versão mais curta do terceiro movimento.
3) SACD duplo - mesma coisa, mas possível de ouvir em CD players normais.
4) CD duplo - remixado. Mesma coisa, mas sem a sexta do Arnold.
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Concerto remaster,
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remasters
Shades of Deep Purple
Hoje, na Radio 2 da BBC, no programa Stuart Maconie's Critical List, o tema é Beatles. E covers pouco conhecidas deles, como a versão de Help que saiu no Shades of Deep Purple. Merece ou não uma ouvidinha? Clica aqui às seis da tarde (21h em Londres). O programa fica arquivado por uma semana.
quarta-feira, 3 de julho de 2002
No Boston Herald
Headbangin' to the oldies
by Brett Milano
Friday, June 28, 2002
Deep Purple, Scorpions and Dio, at the Tweeter Center, Mansfield, Tuesday.
For anybody who's into classic-rock trivia, Tuesday's triple bill of Deep Purple, the Scorpions and Dio offered a real nightmare in genealogy.
Consider the connections: Purple bassist Roger Glover used to produce albums by the Scorpions' guitarist. Dio singer Ronnie James Dio used to be in the Purple spinoff band Rainbow. Purple's new keyboardist, Don Airey, was also in Rainbow, as was Glover. All the above have been on the same record label. And Purple singer Ian Gillan once replaced Dio as the post-Ozzy singer for Black Sabbath.
You figure they'd just merge into one band and get it over with. They stuck with separate sets Tuesday, but all three bands played the kind of plodding metal that you can only hear from old war horses - and yes, that's sort of a compliment.
After years without a personnel change, Deep Purple just lost founding keyboardist Jon Lord, who has retired. Lord's raunchy organ sound is definitely missed; so far, Airey sounds too flashy and technical. But as long as singer Gillan is still upfront, it's still going to sound like Deep Purple, and this band tends to play harder when it's breaking in a new member.
Ex-Dixie Dregs guitarist Steve Morse, who joined in the '90s, is now the real star of the band; he has kept them from getting too tired or always playing the same songs. When they kicked into their anthems ``Speed King'' and ``Highway Star,'' they sure didn't sound like guys pushing 60.
The Scorpions were already a little long in the tooth when they had their MTV success in the '80s, and they're even more of a throwback now. Though they had a few ballad hits, their real moment of sleazy glory was ``The Zoo,'' a dinosaur blues played early in Tuesday's set. Everything about the song is so dumb it's great - especially the lyric about New York City, sung in a thick German accent. The big surprise was their pulling off a song about German reunification, ``Wind of Change.''
Dio's preference for weighty swords-and-sorcery themes may make him ripe for parody, but his strong voice is intact. And you have to like a guy who can sing ``Long Live Rock 'n' Roll'' without a trace of irony.
by Brett Milano
Friday, June 28, 2002
Deep Purple, Scorpions and Dio, at the Tweeter Center, Mansfield, Tuesday.
For anybody who's into classic-rock trivia, Tuesday's triple bill of Deep Purple, the Scorpions and Dio offered a real nightmare in genealogy.
Consider the connections: Purple bassist Roger Glover used to produce albums by the Scorpions' guitarist. Dio singer Ronnie James Dio used to be in the Purple spinoff band Rainbow. Purple's new keyboardist, Don Airey, was also in Rainbow, as was Glover. All the above have been on the same record label. And Purple singer Ian Gillan once replaced Dio as the post-Ozzy singer for Black Sabbath.
You figure they'd just merge into one band and get it over with. They stuck with separate sets Tuesday, but all three bands played the kind of plodding metal that you can only hear from old war horses - and yes, that's sort of a compliment.
After years without a personnel change, Deep Purple just lost founding keyboardist Jon Lord, who has retired. Lord's raunchy organ sound is definitely missed; so far, Airey sounds too flashy and technical. But as long as singer Gillan is still upfront, it's still going to sound like Deep Purple, and this band tends to play harder when it's breaking in a new member.
Ex-Dixie Dregs guitarist Steve Morse, who joined in the '90s, is now the real star of the band; he has kept them from getting too tired or always playing the same songs. When they kicked into their anthems ``Speed King'' and ``Highway Star,'' they sure didn't sound like guys pushing 60.
The Scorpions were already a little long in the tooth when they had their MTV success in the '80s, and they're even more of a throwback now. Though they had a few ballad hits, their real moment of sleazy glory was ``The Zoo,'' a dinosaur blues played early in Tuesday's set. Everything about the song is so dumb it's great - especially the lyric about New York City, sung in a thick German accent. The big surprise was their pulling off a song about German reunification, ``Wind of Change.''
Dio's preference for weighty swords-and-sorcery themes may make him ripe for parody, but his strong voice is intact. And you have to like a guy who can sing ``Long Live Rock 'n' Roll'' without a trace of irony.
O homem de preto
Tá lá no blog do Marcelo Moreira: Blackmore, o Homem de Preto, lança em setembro um álbum ao vivo chamado "Home Again", que inclui músicas do Purple e do Rainbow. Será que é uma dica de que ele está cansando desse negócio de um chapéu de bruxo e um violão? Volta para o rock, meu velho!!!
Acabei de catar também nos fóruns do Deep Purple uma confissão que o Blackmore deu para um documentário britânico sobre os "badboys do rock". Vestido com roupas de bruxo do século 16 e com um bigodinho semimexicano, Blackmore disse ao repórter que costumava colocar seus amplificadores "virados para o cantor" e evitava ficar perto de seu próprio amplificador (numa entrevista clássica à Guitar Player, em 1973, ele havia dito que quanto mais alto, melhor). E diz: "Consequentemente, até hoje o cantor tem problemas de audição, mas eu ouço bem."
É, mas o Gillan não anda por aí vestido de bruxo...
Acabei de catar também nos fóruns do Deep Purple uma confissão que o Blackmore deu para um documentário britânico sobre os "badboys do rock". Vestido com roupas de bruxo do século 16 e com um bigodinho semimexicano, Blackmore disse ao repórter que costumava colocar seus amplificadores "virados para o cantor" e evitava ficar perto de seu próprio amplificador (numa entrevista clássica à Guitar Player, em 1973, ele havia dito que quanto mais alto, melhor). E diz: "Consequentemente, até hoje o cantor tem problemas de audição, mas eu ouço bem."
É, mas o Gillan não anda por aí vestido de bruxo...
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