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domingo, 15 de março de 2009

Made in Japan

O The Highway Star publicou um pedaço do rolo de fita restaurado do Made in Japan, com o Gillan cantando Highway Star. Deleitem-se:

domingo, 29 de junho de 2008

Made in Japan

Não havia câmeras apontadas para o palco em Osaka, nas noites de 15 e 16 de agosto de 1972, e nem em Tóquio, na noite seguinte. Por isso, a performance ao vivo mais conhecida e admirada do Deep Purple - a do disco Made in Japan - nunca foi vista por olhos ocidentais.

[EDITADO: Havia, sim.]

Por engenho e arte do amigo Iuri, da comunidade Profundo Papo, Roxos de Rir, tive acesso a este vídeo bem divertido de uma banda cover japonesa, vestida a caráter como os mestres se vestiam na época, tentando reconstruir uma daquelas noites. O alvo é Black Night, tocada nota por nota como se ouve no segundo disco do remaster. O vocalista deixa um tanto a desejar, mas a banda não faz feio.

Fica aí como minha modesta homenagem aos 100 anos da imigração japonesa em São Paulo.

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Rolam as pedras

Esta aqui embaixo é a capa do número mil da revista Rolling Stone, lendária bíblia da música pop. Vocês conseguem identificar algum membro do Deep Purple nesse onde-está-Wally? Eu ainda não procurei direito.



Vale a pena ler, no site da Rolling Stone, as resenhas de alguns discos do Deep Purple. Eles começam em Machine Head e resenham todos os principais discos até House of Blue Light (incrivelmente considerado melhor do que Perfect Strangers pela revista).

Como muitos de nós não vivemos a época original do lançamento dos discos (eu nasci uma semana antes da resenha de Made in Europe), ainda mais nos EUA, é sempre uma preciosidade encontrar essas coisas pra ver como os vaivéns do Deep Purple foram recebidos na época. Sente só, no original:

Machine Head - "Now, I can't be that much of a purist, because I'm sure that "Highway Star" and "Space Truckin'" took at least 20 minutes each to compose, but I do know that this very banality is half the fun of rock 'n' roll. And I am confident that I will love the next five Deep Purple albums madly so long as they sound exactly like these last three." (Ele comenta três músicas na resenha. Nenhuma delas é Smoke on the Water.)

Made in Japan - "While Purple refuses to take themselves too seriously, all of the solos on Made In Japan are technically superior to most instrumental melodramatics one hears from supposedly more serious bands."

Who Do We Think We Are - "Jeez, what an unsettling album! For the life of Reilly I can't understand how Deep Purple evidently lost the macho glory which made their In Rock LP such an Owsleyan mindfuck."

Burn - "Deep Purple's first album since last year's departure of vocalist Ian Gillan and bassist/composer Roger Glover is a passable but disappointing effort. On Burn, new lead singer David Coverdale sounds suitably histrionic, like Free's brilliant Paul Rodgers (rumored to have been Purple's first replacement choice). But the new material is largely drab and ordinary, without the runaway locomotive power of the group's best work."

Stormbringer - "While the two newcomers are just as competent as their predecessors (as witnessed on the title cut, one of the few real throwbacks to Machine Head days), the attempts that the band has made at diversifying its sound have been only partly successful. (...) Stormbringer still exhibits a few points of flash—the occasional familiar Blackmore riff or Lord organ wail—but in toto it's a far cry from the band's peak."

Come Taste The Band - "Like Blackmore, Bolin establishes tension between Purple's solid rhythm foundation and his own sustained clarity and agitated upper-fret playing. While Blackmore was largely confined by this style, Bolin employs it as only one of many. His more flexible approach to writing and arranging produces a more melodic and dynamic feel. With him, Purple's music has outgrown the predictability of the past. Textures replace a reliance on volume, and changes in tone and pace more frequently contrast and augment each other. There is evidence of give and take that Deep Purple hasn't shown for some time. (...) A visible attempt to experiment has expanded the group's music beyond the heavy-metal trap, and this could lead them to rediscover the progressive style that somehow vanished after In Rock."

Made in Europe - "Composed of five extended tracks from three European concerts in early 1975, Made in Europe chronicles the last moments of guitarist Ritchie Blackmore's membership in Deep Purple, and the opportunity to glean a few more bucks from Blackmore's currently rising status seems to be the sole reason for its release. (...) The only interesting moments occur on "Burn," the seven-minute opening cut. It's a well-done, solid rocker, but its fascination stems largely from how hard vocalist David Coverdale tries to mimic his popular predecessor Ian Gillan." (Acuma?)

Perfect Strangers - "Excepting the title cut and the rambunctious but less effective "Knocking at Your Back Door," the material consists of hastily knocked-off jams that allow guitar demigod Ritchie Blackmore to whip out his finger exercises in public. The band spent about six to eight weeks recording this comeback. (The current lineup is actually neither the original nor the final Deep Purple but the most successful – of "Smoke on the Water" fame.) It doesn't sound as if they spent much more time thinking about it, either. (...) Then again, did Deep Purple ever have more than one or two really good, concise numbers on an album? Maybe they're just making the kind of record they always did, the only kind they know how to make."

House of Blue Light - "Of the seventies hard-rock dinosaurs that still roam the earth, Deep Purple is one of the few with any credibility left in its crunch. The House of Blue Light – the second album by Purple's classic In Rock lineup since their return to active duty – is certainly a marked improvement over their lukewarm '84 comeback, Perfect Strangers, and, except for a couple of outright duds on side two, is as good as this band has ever been since its "Smoke on the Water" salad days."

O que eles falam de outros discos:

Os primeiros - "Their first two American albums on Tetragrammaton were mostly uninspired, despite some good cover versions of songs like "I'm So Glad" and "Hush." The basic problem seemed to be that the group hadn't really learned to write yet, so the covers were the best way to grow without losing the audience. Except that no self-respecting late-Sixties rock band wants to put out an album with nothing but covers on it, so we were left with a bunch of boring originals, half of them instrumental. When, that is, they weren't indulging in long "improvisational" forays such as their first album's bolero rendition of Hey Joe."

Concerto - "The pretentious side of Deep Purple found its fullest expression in their first album for Warner's, Concerto For Group and Orchestra, written by Lord and performed with the aid of Malcolm Arnold and the "Royal Philharmonic Orchestra." It was an atrocity."

In Rock - Deep Purple in Rock was a dynamic, frenzied piece of work sounding not a little like the MC5 (anybody who thinks that all heavy bands put out thudding slabs of "downer" music just hasn't gotten into Deep Purple).

sábado, 28 de janeiro de 2006

Dream Theater grava Made in Japan

Consta que a banda, que eu conheço só de nome, tocou o Made in Japan inteiro em Tóquio e em Osaka, em 15 e 17 de janeiro. Alguém aí ouviu pirataria disso? Ficou bom?

terça-feira, 29 de novembro de 2005

Para desfazer mal-entendidos

Saiu há pouco tempo o DVD que tem o show do Deep Purple em Copenhague, em 1º de março de 1972. É o primeiro lançamento oficial disso que já circulava em vídeo pirata, em mpg e em DVD semipirata de banca. Ao mesmo tempo, saiu lá fora (mais) um DVD que afirma ser de Made in Japan. Atenção: cuidado pra não comprar gato por lebre. O show de Copenhague é o único show do verdadeiro Deep Purple da Era de Prata de que sobraram imagens em vídeo do espetáculo inteiro.

Para desfazer alguns mal-entendidos, observem atentamente a argumentação abaixo:

1) Não havia câmeras apontadas para o palco nem em Osaka e nem em Tóquio em agosto de 1972. Levem em conta a tecnologia disponível na época. Era muito mais complicado (e caro) levar todo um aparato de câmera para o palco há 33 anos. Hoje, até com celular se grava. [CORRIGINDO: HAVIA, SIM. AS IMAGENS MAL ESTÃO SENDO RESGATADAS.]

2) O único show completo gravado em vídeo da Mk2 de que se tem notícia é o gravado em Copenhague, em 1º.mar.1972. Fora isso, existem trechos de aparições na TV e de outros shows (como o da universidade de Hofsfra, em Nova York, que aparece no DVD de Copenhague lançado oficialmente há pouco).

3) Made in Japan é um dos discos ao vivo mais bem-sucedidos de toda a história do rock. Por isso, quando o videocassete se popularizou, passou a ser grande a demanda por um vídeo dele. Na falta disso, alguns espertos pegaram outras gravações em vídeo do Purple (como o show de Copenhague e o Doing Their Thing, de 1970) e espalharam por aí como se fossem "Made in Japan".

4) A versão mais comum é a que dá o nome de "Made in Japan" ao show de Copenhague. Isso porque o setlist é bastante parecido com o de Made in Japan. Mas atenção: o show de Copenhague é o último antes da introdução de "Smoke on the Water" no setlist. Isso aconteceu nove dias depois, em um show na BBC (que está no disco "In Concert 70-72").

5) Ainda não acreditou? Pois veja lá em Highway Star. Se o Gillan começa a brigar com a platéia no meio de uma estrofe ("oy! oy!!!"), é Copenhague. Em um dos shows do Made in Japan ele briga com a platéia também, mas é em Speed King. (Isso está no CD duplo e remasterizado de MiJ.) Parece que o rolo foi ainda mais feio do que o que houve em Copenhague, mas não existem imagens disso pra saber o quanto foi feio. Apenas a palavra do Glover de que houve um qüiproqüó.

5) O show de Copenhague também circula com os nomes de "Machine Head Live" (bastante descritivo) e "Scandinavian Nights" (que é o mesmo nome de um CD com um show de 1970).

6) Fiquem ligados. Esse novo DVD que se anuncia como "Made in Japan" é na verdade uma colagem de músicas do Gillan solo, que já haviam aparecido em outras gravações antes. A entrevista do Blackmore também é coisa velha. Não que Gillan solo seja ruim, mas evitem comprar gato por lebre. Mais ainda: boicotem as picaretagens.

sábado, 5 de julho de 2003

De brinde

O melhor jornal do mundo em espanhol, o El Pais, lançou uma promoção que bota nas bancas toda semana um disco importante do século 20. Chama-se EL PAÍS/Los discos de tu vida. Pois o CD vendido com o jornal esta semana é o Made in Japan, do Deep Purple.

sexta-feira, 6 de setembro de 2002

Gillanismos

"Thank you, this next thing is like an old song, and it's a about fat Joey this time, and an evil woman, evil woman he got mixed up with, she did all sorts of rotten things to him, and it ended up that it was a very sad ending to the song anyway. Why I'm talking such a lot is cos like we got to tune up again, cos the there's a big time change from England you see, and the guitars are still not recovered from it, they're a bit sleepy and they're gone out of tune. So here's what it's called, it's a thing called Strange kind of woman.
Very important announcement to make at this stage, we're pleased to announce that next week we're turning professional, ha."


Antes de cantar Strange Kind of Woman, na segunda noite da turnê em Osaka, há 30 anos, que deu origem ao Made in Japan

"I'll tell you what we want you to do: if you don't feel too cold we want you to get all your gear off, take all your clothes off, and and let it all hang down to your knees and everything like that. You know, I mean there's no one around, and the fuzz are all at the back, so, so, get it all off and be very rude here's a filthy, rude song, it's a thing ha?, yeah it's very rude it's a diabolically rude song, so if you feel like getting all your diaboliclies out let's do it, it's a thing called Mandrake root"

Esta é a minha favorita. Foi dita em Aachen, 1970, antes de Mandrake Root. Sempre que eu ouço as versões ao vivo que eles faziam dessa música naquela fase eu lembro dessa.

terça-feira, 6 de agosto de 2002

Made in Japan, 30 anos depois

Daqui a dez dias, fazem 30 anos que foi gravado um dos melhores discos ao vivo de todos os tempos: Made in Japan. Na verdade, a Rolling Stone classificou o álbum como "simplesmente o melhor disco ao vivo já lançado". Em comemoração a ele, o The Highway Star colocou no ar um especial sobre aquela bela turnê (clique no link acima).

Os três shows em Osaka, no Japão, entre 15 e 17 de agosto de 1972 renderam três lançamentos, na verdade. Primeiro o clássico "Made in Japan" (1973). Vinte anos depois, foi lançado "Live in Japan", com 3 CDs contendo a íntegra dos três shows, de onde foram selecionadas as músicas para o clássico. Gillan está em sua melhor forma. Os agudos de Child in Time nesse disco já foram classificados como "celestiais". E é impagável quando chega "The Mule" e ele pede para deixar tudo "mais alto que todo o resto".

Em 1998, foi lançada e edição de 25 anos do Made in Japan, dupla e com faixas bônus: uma impagável versão de Speed King, além de Black Night (uma versão que já havia saído em Powerhouse) e Lucille. Essa versão é encontrável com alguma facilidade nas chamadas melhores casas do ramo.

Os competentíssimos caras do The Highway Star botaram no ar inclusive resenhas de quem esteve nos shows na época. Por acaso, um japonês que era baterista de uma banda local. E o que mais sobressai no Made in Japan é sem dúvida o trabalho do Ian Paice. Até hoje, Paice diz que MiJ é o melhor disco que já gravou (ouça em especial o solo dele em "The Mule" para saber por quê).

Os shows que o Purple fez no Japão em sua primeira fase foram especialmente marcantes. O primeiro de todos rendeu o melhor disco ao vivo de todos os tempos, além da inspiração para escrever "Woman From Tokyo", do disco de estúdio que viria a seguir. A segunda passagem pelo Japão, em 1973, marcou o fim da mais vigorosa formação do Deep Purple. E a seguinte, em 1975, marcou o fim da Mark 4, com Tommy Bolin completamente chapado e sem conseguir tocar direito.

Veja abaixo todas as capas de Made in Japan. Adivinha se eu não estou ouvindo o disco agora...


O lançamento clássico. Originalmente em vinil duplo, depois um só CD.


A caixa com três CDs, lançada nos vinte anos do original.


A edição de 25 anos, que um dia ainda vou comprar.