O Castanheira garimpou do YouTube o vídeo de um programa gravado na TV estatal italiana, a RAI, em 1971. O nome do programa é Blob. A primeira banda a se apresentar é o Deep Purple, tocando Strange Kind of Woman. Eu nunca tinha visto.
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quarta-feira, 18 de abril de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Smoke on the Water, 40 anos - 1
Acabo de bolar aqui uma nova seção comemorativa para o Purpendicular.
Dia 9 de março, vai fazer 40 anos que "Smoke on the Water" estreou ao vivo nos palcos do Deep Purple. Foi nos estúdios da BBC, naquele show que está no "In Concert 70-72".
Até lá, vamos postar aqui várias versões em vídeo da música. Serão três por post: uma original, do próprio Deep Purple, uma excelente, dos outros, e uma exótica (divertida, vergonhosa ou de outro tipo). Se você tiver dicas, especialmente das excelentes e exóticas, mande aqui nos comentários.
Começo hoje.
Original
Deep Purple ao vivo na Universidade de Hofstra, em maio de 1973. É a primeira versão em vídeo conhecida (ao menos completa) de Smoke on the Water. Aí, já fazia mais de um ano que a música estava no setlist.
Excelente
Cover do Metallica, enviado numa comunidade do Facebook pelo cantor Abdalla Kilsam. Vale lembrar que o baterista do Metallica é fã da banda. O primeiro show a que assistiu na vida foi também o primeiro show da terceira formação do Deep Purple, em Copenhague.
Exótica
Em 1992, fiquei furioso ao saber que o Kid Abelha havia gravado uma versão de Smoke on the Water em seu mais novo disco de então. Ouvi e achei uma porcaria aguada. Outro dia estava fuçando no YouTube e descobri a pérola abaixo. São eles no Programa Livre, do Sérgio Groismann, fazendo cover da música em português em 1993. O causo contado, porém, é deles mesmos. Troque Frank Zappa and the Mothers por Paralamas do Sucesso e incêndio no cassino por um piti em que a Paula Toller se mandou de Montreux e foi para Portugal. Acrescente os versos "se eu ficasse em Montreux/ teria sido mais feliz". Diversão garantida.
Dia 9 de março, vai fazer 40 anos que "Smoke on the Water" estreou ao vivo nos palcos do Deep Purple. Foi nos estúdios da BBC, naquele show que está no "In Concert 70-72".
Até lá, vamos postar aqui várias versões em vídeo da música. Serão três por post: uma original, do próprio Deep Purple, uma excelente, dos outros, e uma exótica (divertida, vergonhosa ou de outro tipo). Se você tiver dicas, especialmente das excelentes e exóticas, mande aqui nos comentários.
Começo hoje.
Original
Deep Purple ao vivo na Universidade de Hofstra, em maio de 1973. É a primeira versão em vídeo conhecida (ao menos completa) de Smoke on the Water. Aí, já fazia mais de um ano que a música estava no setlist.
Excelente
Cover do Metallica, enviado numa comunidade do Facebook pelo cantor Abdalla Kilsam. Vale lembrar que o baterista do Metallica é fã da banda. O primeiro show a que assistiu na vida foi também o primeiro show da terceira formação do Deep Purple, em Copenhague.
Exótica
Em 1992, fiquei furioso ao saber que o Kid Abelha havia gravado uma versão de Smoke on the Water em seu mais novo disco de então. Ouvi e achei uma porcaria aguada. Outro dia estava fuçando no YouTube e descobri a pérola abaixo. São eles no Programa Livre, do Sérgio Groismann, fazendo cover da música em português em 1993. O causo contado, porém, é deles mesmos. Troque Frank Zappa and the Mothers por Paralamas do Sucesso e incêndio no cassino por um piti em que a Paula Toller se mandou de Montreux e foi para Portugal. Acrescente os versos "se eu ficasse em Montreux/ teria sido mais feliz". Diversão garantida.
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Hughes com o Trapeze, aos 17 anos
Glenn Hughes postou ontem em sua conta do Twitter um link para um vídeo, com a seguinte observação: "fez uma lágrima cair do meu olho". O vídeo, de 1969, mostra ele aos 17 anos cantando em Wolverhampton, sua terra natal, com o Trapeze, sua primeira banda. Veja só que preciosidade:
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Preciosidades encontradas no YouTube
O Luciano Nunes indicou nos comentários do post abaixo um perfil curioso do YouTube. Chamado DPurple1968, ele tem onze vídeos de que eu nunca tinha ouvido falar. A maior parte deles é de boa qualidade. Como ele não permite embedar os vídeos, fica aí o link - e não deixem de agradecer ao Luciano nos comentários!
Os três vídeos mais curiosos são da TV alemã. O som é da Mk1 ("And the Address", "Hey Joe" e "April"), mas as imagens mostram a Mk2 no palco e em campo. Consultei no Facebook alguns dos maiores especialistas no assunto.
Mestre Nigel Young, o autor de um livro a ser publicado com o diário do Deep Purple, já conhecia os vídeos. Segundo ele, esses três foram gravados no começo de outubro de 1969 e apresentados no começo de 1970. John Barnes, que posta fotos ótimas, lembrou que foi da gravação desses vídeos que saiu a imagem que ilustra este post.
Existe uma falta muito grande de registros da Mk1 ao vivo. Esses vídeos que apareceram agora mostram um pouco mais de como eles eram no palco. Até agora, os que eu conhecia eram os do programa da Playboy, o vídeo de Copenhague no History, Hits and Highlights e as imagens borradas da gravação do show de Los Angeles em dezembro de 1968.
Nessa coleção que apareceu no YouTube, constam três vídeos e uma entrevista dessa formação:
Hush (dublado) - Berna, Suíça, 21.set.1968
Mais um (as mina pira) - Berna, Suíça, 21.set.1968
Hush (mudo) - Upbeat show, na turnê dos EUA, em 9.nov.1968
Entrevista do Jon Lord em Vancouver, no Canadá, em 1969 (estiveram lá em 4 de abril)
Da Mk2, temos:
Speed King dublado em Rotterdam, 1.jan.1971
Deep Purple no cassino de Montreux meses antes do incêndio, em 16.abr.1971 (Yodel, erro em Speed King e trechos)
Tem um vídeo da Mk4 que dizem ser em Melbourne, em 25.jan.1975, mas pode não ser, segundo um sujeito que esteve no show disse nos comentários.
Essas novas aparições me dão uma ideia interessante. Aguardem.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Finalmente: "What's Going On Here?" ao vivo
Burn é um dos meus discos favoritos do Deep Purple. Em várias das vezes em que eu ouço o álbum, minha faixa favorita fica sendo "What's Going On Here?". Gosto dos jograis entre Coverdale e Hughes - essa e "Hold On", do Stormbringer.
Sempre quis ver ao vivo, mas a música só foi tocada em alguns shows do começo da turnê da Mk3. Só existe áudio em bootlegs muito chiados. Quando chegou aos shows oficialmente gravados, na Califórnia e em Londres, já não estava mais no setlist.
Embora a Mk3 tenha nos privado desse privilégio, especialmente em vídeo, Glenn Hughes tocou essa música em Wolverhampton (Reino Unido), em junho de 2009. A banda é mais ou menos a mesma que veio ao Brasil no final daquele ano. O show foi lançado como "bootleg oficial" em CD e DVD pela Edel Records. Foi a gravadora que pôs o vídeo no YouTube pra dar um gostinho.
Hughes encara as partes das duas vozes muito bem. Compreensivelmente para um sujeito que se livrou dos excessos todos, ainda que não dê pra saber se é consciente, ele enrola as palavras na hora de falar "I've been drinking all night" e outros excessos do gênero.
Sempre quis ver ao vivo, mas a música só foi tocada em alguns shows do começo da turnê da Mk3. Só existe áudio em bootlegs muito chiados. Quando chegou aos shows oficialmente gravados, na Califórnia e em Londres, já não estava mais no setlist.
Embora a Mk3 tenha nos privado desse privilégio, especialmente em vídeo, Glenn Hughes tocou essa música em Wolverhampton (Reino Unido), em junho de 2009. A banda é mais ou menos a mesma que veio ao Brasil no final daquele ano. O show foi lançado como "bootleg oficial" em CD e DVD pela Edel Records. Foi a gravadora que pôs o vídeo no YouTube pra dar um gostinho.
Hughes encara as partes das duas vozes muito bem. Compreensivelmente para um sujeito que se livrou dos excessos todos, ainda que não dê pra saber se é consciente, ele enrola as palavras na hora de falar "I've been drinking all night" e outros excessos do gênero.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
1991+20: os vídeos
Hoje faz 20 anos do dia do show do Deep Purple no Gigantinho, em Porto Alegre - aquele que eu perdi porque tinha só 14 anos. Separei bastante material aqui pra escrever um bom post sobre a turnê brasileira, mas não consegui tempo ainda. Calhou de o vintenário coincidir com uma mudança importante no trabalho.
Então, pra não deixar a peteca cair enquanto tento arrumar um tempinho, publico aqui os quatro vídeos que estão no YouTube com músicas do segundo show da turnê brasileira. Foi no ginásio do Ibirapuera, em 17 de agosto de 1991. Meus comentários seguem antes de cada um dos vídeos.
A Mk5 foi a única formação que homenageou praticamente todas as anteriores, tendo na média o mais representativo setlist de toda a história do Deep Purple. Faltou uma tiradinha de chapéu para a Mk4, mas o Blackmore não toparia (como o Gillan não topa tirar o chapéu pra Mk3). Turner também é mais respeitoso com as formações anteriores do que Coverdale e Hughes foram com seus antecessores durante a Mk3. Ao vivo, eles eram excelentes com material próprio mas baixavam de qualidade quando tocavam (poucas) músicas de antes do seu tempo.
Em sua crítica dos shows para a Bizz, meu mestre André Forastieri resumiu: "Pô, qualquer show que começa com Burn, acaba com Smoke on the Water e tem no meio Perfect Strangers é maravilhoso", ainda que o Forasta ponderasse que "o novo vocalista Joe Lynn Turner tem menos voz que a Xuxa".
Nos comentários dos vídeos que estão na internet, mesmo fãs de Turner estranham o quanto sua voz está ruim. E, embora seu estilo não feche bem com o do Purple, ao menos em estúdio ele não é um mau cantor. Basta ouvir sua voz no disco "Slaves & Masters".
O show abriu com Burn. Todo mundo nervoso pra testemunhar esse momento histórico enquanto rolava uma gravação e um show de laser. Blackmore e Paice tinham uma combinação: o guitarrista fica sentado atrás dos amps e dá o sinal para o baterista começar a música quando ele, Blackmore, estiver pronto. Nesse show funcionou, embora num dos últimos não tenha funcionado (falo no próximo post). O que não funcionou foi o microfone do Turner.
Repare que os aplausos ao final da primeira música são bem menores do que os aplausos antes de ela começar.
A segunda música foi Black Night, que fazia medley com Child in Time e Long Live Rock'n'Roll. Child in Time empolgou mais antes de Turner efetivamente cantá-la (sem os gritos). Na gravação em áudio do show da noite anterior, dá pra ouvir gente questionando a masculinidade do Turner e chamando o Gillan de volta.
Como Turner não toca congas e tampouco sai do palco, ele fica meio perdido durante os solos dos colegas. Fica na frente da bateria, brinca com o pedestal do microfone.
A seguir, vem a primeira música nova da noite: Truth Hurts. Sério? Sério. Ao vivo tem um arranjo diferente, mais lento, aproveitando mais o feeling do Blackmore. E a música acaba indo por nove minutos. Abstraia a voz e letra sertaneja ("I wanna know who you've been loving in my place") e a experiência é quase hipnótica.
Se você assistiu tudo, deve ter notado a falta de jeito ampliada do Turner aqui. Mas confesso que achei simpática aquela parte lá no final, com o Turner, o Blackmore e o Glover sentados na frente da bateria, Glover quase consolando o Turner, "calma, esse negócio de chifre não existe, é só uma coisa que colocaram na sua cabeça". Aí eles levantam abruptamente, como quem diz "CORRE QUE A CANA VEM VINDO!"
No setlist daquele ano, logo depois vinha Hey Joe. Não encontrei esse vídeo nos shows brasileiros. E na verdade o último vídeo que encontrei é do que vem depois de Hey Joe: um medley entre The Cut Runs Deep (minha segunda favorita daquele disco, depois de Fire in The Basement) com Hush. O engraçado é que o Turner apresenta The Cut Runs Deep como sendo de "um ex-amigo meu", mas nos créditos do disco constam apenas membros da banda. Será que ele está se referindo a Blackmore, de quem até hoje se diz amigo, ou a Jon Lord, com quem nunca se bicou?
Destaque pra brincadeira entre bateria e guitarra. Turner é competente em chamar a platéia com o "Ô, ooô, ô". Mas eu preferia mais brincadeira entre bateria e guitarra. Até porque depois do ooô entra uma versão meio matada da letra de Hush.
Na biografia do Blackmore, Turner conta que "The Cut Runs Deep" foi a sua primeira colaboração criativa no Purple. Quando ele entrou no estúdio, Blackmore começou a tocar "Hey Joe" (a que vem logo antes no set) e ele agarrou o microfone e saiu cantando. Aí começaram as novidades. Eles começaram a tocar o riff dessa música e ele bolou o refrão na hora, no melhor estilo protoemo: "e quanto à mágoa? E quanto ao vazio por dentro?"
E assim terminam os vídeos do segundo show do Purple no Brasil que encontrei no YouTube. Segundo o The Highway Star, o restante do setlist daquele ano era este:
Perfect Strangers
Fire In The Basement
(incluindo) Bass solo
King Of Dreams
Stand By Me (Ben E King) only occasionally
Love Conquers All
Ritchie's Blues instrumental
Difficult To Cure
(incluindo) Keyboard Solo
Knocking At Your Back Door
(incluindo) Teddy Bear's Picnic instrumental
Tutti Frutti (Little Richard)only occasionally
A Whiter Shade Of Pale (Procol Harum)only occasionally
Yesterday (The Beatles)only occasionally
That'll Be The Day (Buddy Holly)only occasionally
Lazy
Wicked Ways
Highway Star
(incluindo) Bourree from Sarabande (Jon Lord)
Smoke On The Water
(incluindo) Drum Solo
(incluindo) In The Hall Of The Mountain King
(incluindo) Woman From Tokyo
Você conhece mais vídeos de shows do Brasil naquele ano? Mande aqui nos comentários. E conte mais sobre os shows que viu!
Então, pra não deixar a peteca cair enquanto tento arrumar um tempinho, publico aqui os quatro vídeos que estão no YouTube com músicas do segundo show da turnê brasileira. Foi no ginásio do Ibirapuera, em 17 de agosto de 1991. Meus comentários seguem antes de cada um dos vídeos.
A Mk5 foi a única formação que homenageou praticamente todas as anteriores, tendo na média o mais representativo setlist de toda a história do Deep Purple. Faltou uma tiradinha de chapéu para a Mk4, mas o Blackmore não toparia (como o Gillan não topa tirar o chapéu pra Mk3). Turner também é mais respeitoso com as formações anteriores do que Coverdale e Hughes foram com seus antecessores durante a Mk3. Ao vivo, eles eram excelentes com material próprio mas baixavam de qualidade quando tocavam (poucas) músicas de antes do seu tempo.
Em sua crítica dos shows para a Bizz, meu mestre André Forastieri resumiu: "Pô, qualquer show que começa com Burn, acaba com Smoke on the Water e tem no meio Perfect Strangers é maravilhoso", ainda que o Forasta ponderasse que "o novo vocalista Joe Lynn Turner tem menos voz que a Xuxa".
Nos comentários dos vídeos que estão na internet, mesmo fãs de Turner estranham o quanto sua voz está ruim. E, embora seu estilo não feche bem com o do Purple, ao menos em estúdio ele não é um mau cantor. Basta ouvir sua voz no disco "Slaves & Masters".
O show abriu com Burn. Todo mundo nervoso pra testemunhar esse momento histórico enquanto rolava uma gravação e um show de laser. Blackmore e Paice tinham uma combinação: o guitarrista fica sentado atrás dos amps e dá o sinal para o baterista começar a música quando ele, Blackmore, estiver pronto. Nesse show funcionou, embora num dos últimos não tenha funcionado (falo no próximo post). O que não funcionou foi o microfone do Turner.
Repare que os aplausos ao final da primeira música são bem menores do que os aplausos antes de ela começar.
A segunda música foi Black Night, que fazia medley com Child in Time e Long Live Rock'n'Roll. Child in Time empolgou mais antes de Turner efetivamente cantá-la (sem os gritos). Na gravação em áudio do show da noite anterior, dá pra ouvir gente questionando a masculinidade do Turner e chamando o Gillan de volta.
Como Turner não toca congas e tampouco sai do palco, ele fica meio perdido durante os solos dos colegas. Fica na frente da bateria, brinca com o pedestal do microfone.
A seguir, vem a primeira música nova da noite: Truth Hurts. Sério? Sério. Ao vivo tem um arranjo diferente, mais lento, aproveitando mais o feeling do Blackmore. E a música acaba indo por nove minutos. Abstraia a voz e letra sertaneja ("I wanna know who you've been loving in my place") e a experiência é quase hipnótica.
Se você assistiu tudo, deve ter notado a falta de jeito ampliada do Turner aqui. Mas confesso que achei simpática aquela parte lá no final, com o Turner, o Blackmore e o Glover sentados na frente da bateria, Glover quase consolando o Turner, "calma, esse negócio de chifre não existe, é só uma coisa que colocaram na sua cabeça". Aí eles levantam abruptamente, como quem diz "CORRE QUE A CANA VEM VINDO!"
No setlist daquele ano, logo depois vinha Hey Joe. Não encontrei esse vídeo nos shows brasileiros. E na verdade o último vídeo que encontrei é do que vem depois de Hey Joe: um medley entre The Cut Runs Deep (minha segunda favorita daquele disco, depois de Fire in The Basement) com Hush. O engraçado é que o Turner apresenta The Cut Runs Deep como sendo de "um ex-amigo meu", mas nos créditos do disco constam apenas membros da banda. Será que ele está se referindo a Blackmore, de quem até hoje se diz amigo, ou a Jon Lord, com quem nunca se bicou?
Destaque pra brincadeira entre bateria e guitarra. Turner é competente em chamar a platéia com o "Ô, ooô, ô". Mas eu preferia mais brincadeira entre bateria e guitarra. Até porque depois do ooô entra uma versão meio matada da letra de Hush.
Na biografia do Blackmore, Turner conta que "The Cut Runs Deep" foi a sua primeira colaboração criativa no Purple. Quando ele entrou no estúdio, Blackmore começou a tocar "Hey Joe" (a que vem logo antes no set) e ele agarrou o microfone e saiu cantando. Aí começaram as novidades. Eles começaram a tocar o riff dessa música e ele bolou o refrão na hora, no melhor estilo protoemo: "e quanto à mágoa? E quanto ao vazio por dentro?"
E assim terminam os vídeos do segundo show do Purple no Brasil que encontrei no YouTube. Segundo o The Highway Star, o restante do setlist daquele ano era este:
Perfect Strangers
Fire In The Basement
(incluindo) Bass solo
King Of Dreams
Stand By Me (Ben E King) only occasionally
Love Conquers All
Ritchie's Blues instrumental
Difficult To Cure
(incluindo) Keyboard Solo
Knocking At Your Back Door
(incluindo) Teddy Bear's Picnic instrumental
Tutti Frutti (Little Richard)only occasionally
A Whiter Shade Of Pale (Procol Harum)only occasionally
Yesterday (The Beatles)only occasionally
That'll Be The Day (Buddy Holly)only occasionally
Lazy
Wicked Ways
Highway Star
(incluindo) Bourree from Sarabande (Jon Lord)
Smoke On The Water
(incluindo) Drum Solo
(incluindo) In The Hall Of The Mountain King
(incluindo) Woman From Tokyo
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domingo, 12 de junho de 2011
Que tal o Deep Purple com a orquestra ao fundo?
No documentário "Classic Albums: Machine Head", Jon Lord diz que compôs o solo de Highway Star numa sequência bachiana de acordes.
Na turnê atual, "Songs that Built Rock", o Deep Purple está colocando orquestras no palco para dar uma turbinada em suas músicas. Encontrei um vídeo de Highway Star que começa no solo de teclado. Ficou interessante.
Segundo o Press of Atlantic City, a orquestra "certamente fez muitas das músicas ainda mais memoráveis e até transformou Rapture of the Deep, de 2005, de uma música medíocre numa experiência memorável ao vivo".
Bora conferir? A imagem tá horrível, mas o som ficou excelente aqui:
Cá pra nós? Ficou legal. Mas, por mais que o Roger Glover não curta a comparação, não é nada muito diferente do que o Metallica fez com orquestra há alguns anos.
Em 2002, o maestro Paul Mann, que regeu a turnê mundial do Concerto for Group and Orchestra, disse que esse tipo de roupagem era "importantite". Na tradução que postei aqui, na época:
E você, o que acha?
Na turnê atual, "Songs that Built Rock", o Deep Purple está colocando orquestras no palco para dar uma turbinada em suas músicas. Encontrei um vídeo de Highway Star que começa no solo de teclado. Ficou interessante.
Segundo o Press of Atlantic City, a orquestra "certamente fez muitas das músicas ainda mais memoráveis e até transformou Rapture of the Deep, de 2005, de uma música medíocre numa experiência memorável ao vivo".
Bora conferir? A imagem tá horrível, mas o som ficou excelente aqui:
Cá pra nós? Ficou legal. Mas, por mais que o Roger Glover não curta a comparação, não é nada muito diferente do que o Metallica fez com orquestra há alguns anos.
Em 2002, o maestro Paul Mann, que regeu a turnê mundial do Concerto for Group and Orchestra, disse que esse tipo de roupagem era "importantite". Na tradução que postei aqui, na época:
"Uma banda que apenas usa uma orquestra como um apoio de luxo, mas sem que isso adicione muita coisa ao material. Acho que escolhemos (na turnê com o Deep Purple, em que a orquestra fez o fundo de algumas) músicas que ganharam uma dimensão completamente nova com o uso da orquestra, ao lado, claro, da forma como o Concerto explora a relação entre os dois mundos."Nesta turnê, a orquestra basicamente acrescenta uma roupagem ao setlist que a banda já toca, como diz Steve Morse:
"Estamos fazendo o que sempre fazemos, com mais textura onde é apropriado."Enfim, preciso ouvir um show inteiro da nova turnê do Purple pra formar opinião a respeito. Mas, em se tratando da banda que fez o Concerto for Group and Orchestra, parece meio retrocesso.
E você, o que acha?
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Ian Gillan acústico
Pela primeira vez em sua carreira, Gillan cantou um acústico nesta semana, na Absolute Radio, com o guitarrista Steve Morris. Cantou "When a Blind Man Cries", outtake do Machine Head, e "Better Days", do One Eye to Morocco.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Ensaio do Lord com a orquestra
O filho de um dos membros da Orquestra Sinfônica Municipal esteve no ensaio do Jon Lord, sexta passada, e gravou esta maravilha: "Soldier of Fortune" e "Child in Time"
sábado, 18 de abril de 2009
Possível setlist do Jon Lord
Dei uma pesquisada na internet pra ver se conseguia descobrir algo sobre o possível setlist do Jon Lord em São Paulo. No YouTube, tem um show inteiro feito na Eslováquia dia 12 de março com a mesma banda que vem ao Brasil. Eles tocaram pelo menos estas:
- Concerto
- Pictures of Home
- One From the Meadow (Beyond the Notes)
- Bourèe (Sarabande)
- Pictured Within (Pictured Within)
- The Telemann Experiment (Beyond the Notes)
- Child in Time
Deve ser simplesmente genial assistir Child in Time tocada ao vivo pelo Jon Lord. Pelas minhas contas, será a primeira vez em que alguém envolvido no original toca essa música aqui no Brasil.
O Steve Balsamo, um dos dois vocalistas que vêm com o Lord, tem a voz mais ou menos parecida com a do Gillan quando jovem. O problema, como vocês podem ver no vídeo abaixo, é que na hora dos gritos cantam ele e a também ótima cantora Kasia Laska. Problema porque o resultado me lembra mais a versão de Blackmore's Night do que a do verdadeiro Deep Purple da Era de Prata amigos.
- Concerto
- Pictures of Home
- One From the Meadow (Beyond the Notes)
- Bourèe (Sarabande)
- Pictured Within (Pictured Within)
- The Telemann Experiment (Beyond the Notes)
- Child in Time
Deve ser simplesmente genial assistir Child in Time tocada ao vivo pelo Jon Lord. Pelas minhas contas, será a primeira vez em que alguém envolvido no original toca essa música aqui no Brasil.
O Steve Balsamo, um dos dois vocalistas que vêm com o Lord, tem a voz mais ou menos parecida com a do Gillan quando jovem. O problema, como vocês podem ver no vídeo abaixo, é que na hora dos gritos cantam ele e a também ótima cantora Kasia Laska. Problema porque o resultado me lembra mais a versão de Blackmore's Night do que a do verdadeiro Deep Purple da Era de Prata amigos.
domingo, 15 de março de 2009
Made in Japan
sexta-feira, 13 de março de 2009
Santo graal
O The Highway Star dá o furo:
HAVIA, SIM, câmeras apontadas para o palco em um dos shows do Made in Japan. O filme encontrado tem 26 minutos, é mudo e tem apenas trechos de várias músicas.
Um pedaço de Highway Star, mudo e com 90 segundos, pôde ser recuperado e sincronizado com o som. Ele vai estar no DVD duplo que eu mencionei ontem.
Os outros 24 minutos e meio devem ser usados num documentário sobre o Made in Japan, tipo o genial "Classic Albums: Machine Head".
O The Highway Star também fala que o vídeo completo de Rises Over Japan deve sair oficialmente em DVD junto com o remaster de Come Taste the Band - possivelmente em 2010. Preparem seus bolsos.
HAVIA, SIM, câmeras apontadas para o palco em um dos shows do Made in Japan. O filme encontrado tem 26 minutos, é mudo e tem apenas trechos de várias músicas.
Um pedaço de Highway Star, mudo e com 90 segundos, pôde ser recuperado e sincronizado com o som. Ele vai estar no DVD duplo que eu mencionei ontem.
Os outros 24 minutos e meio devem ser usados num documentário sobre o Made in Japan, tipo o genial "Classic Albums: Machine Head".
O The Highway Star também fala que o vídeo completo de Rises Over Japan deve sair oficialmente em DVD junto com o remaster de Come Taste the Band - possivelmente em 2010. Preparem seus bolsos.
domingo, 8 de março de 2009
Em Montreux, antes do incêndio
O Rasmus Heide, do The Highway Star, encontrou no YouTube um vídeo do Deep Purple tocando em Montreux em abril de 1971 - oito meses antes de voltarem à cidade a tempo de presenciarem o incidente que gerou "Smoke on the Water".
Segundo minha planilha, eles tocaram lá em 16 e 17 de abril daquele ano, logo depois de uma turnê na Alemanha que gerou vários bootlegs.
Em 1971, o Deep Purple tinha o costume de tocar ao vivo uma versão de "Yodel", aquela música dos montanheses, antes de começar a botar pra quebrar. Há um bootleg famoso, gravado na Dinamarca dias depois desse show de Montreux, em que caiu a luz. Chama-se "Danish Yodel - Beware". "Beware" é um poema de autoria do Gillan, que ele leu ao final do show.
O vídeo também inclui uma entrevista com os mestres. A repórter insiste em perguntar ao Gillan e ao Lord se a música do Purple era um produto de consumo, como a Coca-Cola. Eles riem. Lord fecha a questão: "Não. Não bebemos muita Coca-Cola." Gillan nega que a música deles tenha atitude política, e todos definem música como "diversão". Interessantíssima entrevista, apesar de a repórter ser mala.
Nunca imaginei que pudesse haver vídeo disso - ainda mais nessa qualidade. Também há trechos de todas as outras músicas do show, inclusive uma Child in Time poderosíssima. O som é poderoso, apesar de uns cortes chatos. Fora isso, deliciem-se.
Segundo minha planilha, eles tocaram lá em 16 e 17 de abril daquele ano, logo depois de uma turnê na Alemanha que gerou vários bootlegs.
Em 1971, o Deep Purple tinha o costume de tocar ao vivo uma versão de "Yodel", aquela música dos montanheses, antes de começar a botar pra quebrar. Há um bootleg famoso, gravado na Dinamarca dias depois desse show de Montreux, em que caiu a luz. Chama-se "Danish Yodel - Beware". "Beware" é um poema de autoria do Gillan, que ele leu ao final do show.
O vídeo também inclui uma entrevista com os mestres. A repórter insiste em perguntar ao Gillan e ao Lord se a música do Purple era um produto de consumo, como a Coca-Cola. Eles riem. Lord fecha a questão: "Não. Não bebemos muita Coca-Cola." Gillan nega que a música deles tenha atitude política, e todos definem música como "diversão". Interessantíssima entrevista, apesar de a repórter ser mala.
Nunca imaginei que pudesse haver vídeo disso - ainda mais nessa qualidade. Também há trechos de todas as outras músicas do show, inclusive uma Child in Time poderosíssima. O som é poderoso, apesar de uns cortes chatos. Fora isso, deliciem-se.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Novo CD do Gillan em janeiro
O novo CD solo do Ian Gillan, "One Eye in Morocco", deve sair em janeiro de 2009.
O disco foi gravado com o guitarrista Steve Morris, que já esteve ao lado do mestre em seus trabalhos solo dos anos 90: Naked Thunder (ok, 1989), Toolbox (1992) e Dreamcatcher (1998). Ele também foi um dos convidados especiais do "Gillan's Inn", na faixa "Loving on Borrowed Time".
Os dois se conheceram por conta de uma fita jogada na lata do lixo. Morris havia enviado ao Gillan, e ele botara no lixo. Um dia, o cantor estava jogando sinuca com um amigo e o sujeito botou uma fita pra tocar. Gillan pergunta: "sensacional, de onde você tirou isso?" E ele: "Da lixeira!" Das quatro faixas daquela fita, três foram parar no Naked Thunder. Uma delas era "Gut Reaction".
Morris subiu ao palco com Gillan pela primeira vez em fevereiro de 1989, cinco meses após o Gillan fazer seu último show com o Purple, quando o mestre passou sete meses se apresentando sob um dos seus primeiros nomes artísticos: Garth Rockett and the Moonshiners. Ele chegou a vir ao Brasil com o Gillan na primeira vez em que o mestre pôs o pé no país, na turnê de "Naked Thunder", mas deixou a banda meses antes da primeira vez em que eu vi o Gillan pessoalmente, em 92. Basicamente por conta de sua agitação no palco ser inversamente proporcional ao tanto que toca.
Veja abaixo Gillan em sua banda com Steve Morris, tocando "Demon's Eye" em 1990:
O disco foi gravado com o guitarrista Steve Morris, que já esteve ao lado do mestre em seus trabalhos solo dos anos 90: Naked Thunder (ok, 1989), Toolbox (1992) e Dreamcatcher (1998). Ele também foi um dos convidados especiais do "Gillan's Inn", na faixa "Loving on Borrowed Time".
Os dois se conheceram por conta de uma fita jogada na lata do lixo. Morris havia enviado ao Gillan, e ele botara no lixo. Um dia, o cantor estava jogando sinuca com um amigo e o sujeito botou uma fita pra tocar. Gillan pergunta: "sensacional, de onde você tirou isso?" E ele: "Da lixeira!" Das quatro faixas daquela fita, três foram parar no Naked Thunder. Uma delas era "Gut Reaction".
Morris subiu ao palco com Gillan pela primeira vez em fevereiro de 1989, cinco meses após o Gillan fazer seu último show com o Purple, quando o mestre passou sete meses se apresentando sob um dos seus primeiros nomes artísticos: Garth Rockett and the Moonshiners. Ele chegou a vir ao Brasil com o Gillan na primeira vez em que o mestre pôs o pé no país, na turnê de "Naked Thunder", mas deixou a banda meses antes da primeira vez em que eu vi o Gillan pessoalmente, em 92. Basicamente por conta de sua agitação no palco ser inversamente proporcional ao tanto que toca.
Veja abaixo Gillan em sua banda com Steve Morris, tocando "Demon's Eye" em 1990:
domingo, 9 de novembro de 2008
O último chilique final
A noite de 9 de novembro de 1993 - registrada originalmente no CD e no DVD "Come Hell or High Water" - foi aquela em que a fricção entre Gillan e Blackmore fez surgir o fogo. Ou a água, se preferirem. Blackmore entrou no palco na metade de Highway Star e sumiu no começo de Black Night. Jogou água no câmera. O homem estava com a macaca.
Nos últimos cinco anos, este blog juntou todas as versões que encontrou a respeito daquela noite fatídica. Em setembro, cheguei a conversar, em Copenhagen, com o megafã Rasmus Heide, autor de uma completa e empolgante, porém triste resenha feita para o The Highway Star. Ele estava lá naquela noite. E foi ele quem viu a cena que eu li pela primeira vez quando foi escrita pelo Gillan em sua autobiografia:
- When Blackmore finally did appear, it was only to leave the venue. He was disguised in his roadie's medieval peasant's outfit (which has since formed the basis of his dress code with Blackmore's Night!) and his girlfriend lead him to the door by way of a dog collar and leash. Very strange.
No ano passado, traduzi neste blog três versões sobre o caso da água. Uma era da autobiografia de Ian Gillan; outra, do website de Candice Night (possivelmente a moça que puxava Blackmore pela coleira); a terceira, do Darker Than Blue, fanzine da DPAS.
Eu tenho o vídeo (em VHS) e o CD daquela noite. Está longe de ser minha performance favorita do Deep Purple. O DVD é editado com entrevistas em que os quatro remanescentes falam mal do Blackmore - algo como a mais comentada do que vista edição do debate do Lula com o Collor em 1989.
A EMI tentou relançar o CD com o show completo, mas em fevereiro do ano passado o Ian Gillan chiou a respeito. Disse ele à BBC:
- "Foi um dos pontos mais baixos da minha vida. De todas as nossas vidas, aliás. De fato, aquela formação só durou cinco ou seis shows depois daquele de Birmingham. Aí, o Ritchie saiu da banda. Desde então, temos 13 anos de estabilidade."
O protesto do Gillan fez efeito. Hoje, você não encontra o DVD de "Come Hell or High Water", novo, por menos de R$ 60 nas principais lojas especializadas. O CD desapareceu feito fumaça. E o CD com o show completo, só em ponta de estoque. No site da Livraria Cultura, custa R$ 90.
Desde a primeira vez em que vi o show, apenas uma parte dele me abre um largo sorriso. Não é nenhuma música do próprio Deep Purple, e sim dos Rolling Stones: "Paint it Black". Eles tocavam isso no início dos anos 70 para o Paice fazer um longo solo de bateria e os outros descansarem um pouco ou talvez irem pra baixo do piano com alguma fã mais empolgada. Em 1993, a música virou uma vitrine dos talentos de cada um dos mestres.
Blackmore esmerilha sua guitarra. Lord põe seus dedos pra dançar sobre o teclado de seu brinquedo favorito. Gillan sorri enquanto surra as congas. Glover, sempre discreto, toca as mesmas duas notas que tocava aos 25 anos pra garantir uma base firme pra piração dos amigos. E Paice bota pra trabalhar os pigmeus percussionistas que traz escondidos sob sua manga. Vá lá que o Blackmore desapareça durante a maior parte do tempo, quando devia trocar solos com o Lord, e volte só no final. Mas aí todos eles estão completamente à vontade fazendo o que sabem fazer melhor.
É esse o Deep Purple para o qual eu tiro o chapéu desde a adolescência:
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Sem Mickey Mouse
Um colaborador do The Highway Star descobriu uma pérola no YouTube: um vídeo de No No No, daquela mesma sessão em que eles tocaram no Beat Club, em 1971, só que sem aqueles defeitos especiais no fundo e sem o "Do you like me? No, No, No! Do you like Mickey Mouse? No, no, no!" É um take de ensaio da música, que aparentemente foi achado nos arquivos da emissora.
O fundo de tela é azul forte, vívido. Faz sentido. Aqueles defeitos especiais do Beat Club são feitos em chroma-key. Pra isso, precisa ter um fundo chapadão, tipo azul ou verde (o do estúdio de TV da minha faculdade de jornalismo era azul). O Homem-Cromaqui do programa Quinta Categoria, da MTV, usa uma roupa verde por causa disso, pra poder refletir os efeitos especiais. O filme "300" foi todo feito com essa tecnologia.
Compare abaixo os dois vídeos. Especial atenção para o solo do Lord no do ensaio, que é o primeiro.
O fundo de tela é azul forte, vívido. Faz sentido. Aqueles defeitos especiais do Beat Club são feitos em chroma-key. Pra isso, precisa ter um fundo chapadão, tipo azul ou verde (o do estúdio de TV da minha faculdade de jornalismo era azul). O Homem-Cromaqui do programa Quinta Categoria, da MTV, usa uma roupa verde por causa disso, pra poder refletir os efeitos especiais. O filme "300" foi todo feito com essa tecnologia.
Compare abaixo os dois vídeos. Especial atenção para o solo do Lord no do ensaio, que é o primeiro.
domingo, 29 de junho de 2008
Made in Japan
Não havia câmeras apontadas para o palco em Osaka, nas noites de 15 e 16 de agosto de 1972, e nem em Tóquio, na noite seguinte. Por isso, a performance ao vivo mais conhecida e admirada do Deep Purple - a do disco Made in Japan - nunca foi vista por olhos ocidentais.
[EDITADO: Havia, sim.]
Por engenho e arte do amigo Iuri, da comunidade Profundo Papo, Roxos de Rir, tive acesso a este vídeo bem divertido de uma banda cover japonesa, vestida a caráter como os mestres se vestiam na época, tentando reconstruir uma daquelas noites. O alvo é Black Night, tocada nota por nota como se ouve no segundo disco do remaster. O vocalista deixa um tanto a desejar, mas a banda não faz feio.
Fica aí como minha modesta homenagem aos 100 anos da imigração japonesa em São Paulo.
[EDITADO: Havia, sim.]
Por engenho e arte do amigo Iuri, da comunidade Profundo Papo, Roxos de Rir, tive acesso a este vídeo bem divertido de uma banda cover japonesa, vestida a caráter como os mestres se vestiam na época, tentando reconstruir uma daquelas noites. O alvo é Black Night, tocada nota por nota como se ouve no segundo disco do remaster. O vocalista deixa um tanto a desejar, mas a banda não faz feio.
Fica aí como minha modesta homenagem aos 100 anos da imigração japonesa em São Paulo.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
A explosão do prurido das cordas
A prestigiada revista de música orquestral Audiophile publicou uma nota sobre o novo trabalho do compositor Jon Lord: "The Boom of the Tingling Strings". O disco mereceu cinco estrelinhas.
Durante toda sua carreira, Lord foi um cara que demonstrou na prática que não existe esse negócio de gêneros musicais: existe música boa e existe música ruim, e ele só faz música do primeiro tipo. Ao longo de sua passagem pelo Deep Purple, Lord tocava seu Hammond até com os joelhos e pés. Em 2002, aposentou-se para se dedicar à composição de música orquestral. Sua primeira aventura nesse campo foi com o Concerto, em 1969, em que ele fundia guitarras e oboés no Royal Albert Hall.
No novo trabalho, ele evoca Bach, o jazz e um poema de D.H.Lawrence chamado "Piano":
Na entrevista abaixo, dá para ouvir a explosão do prurido das cordas entre uma fala e outra. Bom proveito.
No novo trabalho, ele evoca Bach, o jazz e um poema de D.H.Lawrence chamado "Piano":
- vejo uma criança sentada debaixo do piano, na explosão do prurido das cordas
E pressionando os pequenos, suspensos pés de uma mãe que sorri enquanto ela canta.
Na entrevista abaixo, dá para ouvir a explosão do prurido das cordas entre uma fala e outra. Bom proveito.
domingo, 27 de abril de 2008
A grande família
O Deep Purple teve o juízo de sempre contar com grandes músicos. Mesmo os de nível menos elevado eram bons para rock em geral. Antes ou depois de passarem pelo Deep Purple, fizeram grandes trabalhos em nome do rock, gerando uma das mais espetaculares árvores genealógicas já vistas. Vamos conhecer abaixo algumas dessas bandas.
1963 - "LAW AND DISORDER", THE OUTLAWS
Ritchie Blackmore é o rapaz serelepe com uma enorme Gibson a tiracolo.
1964 - "KEEP LOOKING", THE ARTWOODS
Jon Lord tocava nesta banda. Esta é minha faixa favorita deles. Claro, não há exatamente um vídeo. Mas um gênio fez o favor de nos mostrar o vinil. Aumente o volume e saia dançando pela casa.
1967 - "I HEAR TRUMPETS BLOW", EPISODE SIX
Dois anos antes de Gillan e Glover entrarem no Deep Purple, eles cantavam nesta ótima banda londrina. Vejam o que era a qualidade dos rapazes.
1970 - "RITUAL", WARHORSE
Nick Simper, trocado pelo Glover, criou esta banda.
1972 - "DANCING MADLY BACKWARDS", CAPTAIN BEYOND
Rod Evans, o primeiro vocalista do Deep Purple, criou esta belíssima banda depois de ser trocado pelo Gillan. Vale a pena ouvir.
1973 - "STRATUS", BILLY COBHAM
Tommy Bolin toca guitarra aqui. Cobham foi o baterista do Miles Davis em "Bitches Brew". Ótima companhia, não?
1975 - "BEHIND THE SMILE", BUTTERFLY BALL
Roger Glover, o amigão de todos os membros do Deep Purple, conseguiu reunir vários amigos para tocar o Baile da Borboleta. Foi a primeira aparição pública do Ian Gillan depois de o mestre se aposentar do Purple. Neste vídeo, vocês podem ver Glover tocando ao lado do David Coverdale.
1976 - "TEASER", TOMMY BOLIN
Esta foi pouco antes de o cara morrer. Não é um vídeo. Vale a música.
1977 - "LONG LIVE ROCK'N'ROLL", RAINBOW
Blackmore saiu do Deep Purple e montou o Rainbow. Abaixo, Ronnie James Dio em toda sua glória.
1978 - "LEPRECHAUN PROMENADE", DIXIE DREGS
Steve Morse no Festival de Jazz de Montreaux.
1978 - "LOVEHUNTER", WHITESNAKE
Três quintos da Mk3: Coverdale, Lord e Paice. É a melhor fase do Whitesnake.
1980 - "SMOKE ON THE WATER", BOGUS DEEP PURPLE
O Deep Purple tinha acabado em 1976. Aí, alguém convenceu o Rod Evans a criar um novo Deep Purple. O resultado, além desse desastre aí embaixo, foi o fato de o Evans ter perdido todo o direito a qualquer direito autoral sobre o que gravou com o Purple. Crianças, não façam isso em casa.
1981 - "TROUBLE", GILLAN
É a banda metaleira do Ian Gillan tocando Elvis Presley na BBC. Fabuloso.
1982 - "DEATH ALLEY DRIVER", RAINBOW
Três quintos da Mk5, dois quintos da Mk8. Relevem o teatrinho todo.
1983 - "WAR PIGS", BLACK SABBATH
É o mestre Ian Gillan detonando com o Black Sabbath. Atenção para o que ele faz sobre a guitarra.
1985 - "LOVE AIN'T NO STRANGER" - WHITESNAKE
David Coverdale no Rock in Rio: o primeiro ex-membro do Deep Purple a pisar no Brasil.
1988 - "SHE TOOK MY BREATH AWAY" - GILLAN & GLOVER
É pra puxar a mulher mais próxima pra dançar. Isto o Gillan gravou pouco antes de ser chutado pra fora do Deep Purple.
1990 - "TUMENI NOTES" - STEVE MORSE
Olha o homem aí.
1991 - "SUMMER SONG" - JOE SATRIANI
Mal sabia o Satch que viria a ser parte do Purple.
1992 - "NO GOOD LUCK" - IAN GILLAN
O mestre bancando o galã de padaria no Rio de Janeiro. Imperdível.
1993 - "BLACK DOG" - COVERDALE/PAGE
Hey hey mama, I said the way you moooove, gonna make you sweat, gonna make you groove!
1996 - "YOU ARE THE MUSIC, WE ARE THE BAND", GLENN HUGHES
A música é do Trapeze.
1997 - GOOD OLD BOYS
É a banda atual de Nick Simper, o ex-baixista do Deep Purple.
1998 - "HEAVEN TONIGHT" - YINGWIE MALMSTEEN
Com Joe Lynn Turner.
1999 - "STORMBRINGER" - GLENN HUGHES
Acho que foi a primeira vez em que um ex-Deep Purple tocou isso no Brasil.
2001 (?) - "SOLDIER OF FORTUNE" - BLACKMORE'S NIGHT
Ou Plastic Night Band.
2004 - "LOSING MY HEAD" - HUGHES TURNER PROJECT
1963 - "LAW AND DISORDER", THE OUTLAWS
Ritchie Blackmore é o rapaz serelepe com uma enorme Gibson a tiracolo.
1964 - "KEEP LOOKING", THE ARTWOODS
Jon Lord tocava nesta banda. Esta é minha faixa favorita deles. Claro, não há exatamente um vídeo. Mas um gênio fez o favor de nos mostrar o vinil. Aumente o volume e saia dançando pela casa.
1967 - "I HEAR TRUMPETS BLOW", EPISODE SIX
Dois anos antes de Gillan e Glover entrarem no Deep Purple, eles cantavam nesta ótima banda londrina. Vejam o que era a qualidade dos rapazes.
1970 - "RITUAL", WARHORSE
Nick Simper, trocado pelo Glover, criou esta banda.
1972 - "DANCING MADLY BACKWARDS", CAPTAIN BEYOND
Rod Evans, o primeiro vocalista do Deep Purple, criou esta belíssima banda depois de ser trocado pelo Gillan. Vale a pena ouvir.
1973 - "STRATUS", BILLY COBHAM
Tommy Bolin toca guitarra aqui. Cobham foi o baterista do Miles Davis em "Bitches Brew". Ótima companhia, não?
1975 - "BEHIND THE SMILE", BUTTERFLY BALL
Roger Glover, o amigão de todos os membros do Deep Purple, conseguiu reunir vários amigos para tocar o Baile da Borboleta. Foi a primeira aparição pública do Ian Gillan depois de o mestre se aposentar do Purple. Neste vídeo, vocês podem ver Glover tocando ao lado do David Coverdale.
1976 - "TEASER", TOMMY BOLIN
Esta foi pouco antes de o cara morrer. Não é um vídeo. Vale a música.
1977 - "LONG LIVE ROCK'N'ROLL", RAINBOW
Blackmore saiu do Deep Purple e montou o Rainbow. Abaixo, Ronnie James Dio em toda sua glória.
1978 - "LEPRECHAUN PROMENADE", DIXIE DREGS
Steve Morse no Festival de Jazz de Montreaux.
1978 - "LOVEHUNTER", WHITESNAKE
Três quintos da Mk3: Coverdale, Lord e Paice. É a melhor fase do Whitesnake.
1980 - "SMOKE ON THE WATER", BOGUS DEEP PURPLE
O Deep Purple tinha acabado em 1976. Aí, alguém convenceu o Rod Evans a criar um novo Deep Purple. O resultado, além desse desastre aí embaixo, foi o fato de o Evans ter perdido todo o direito a qualquer direito autoral sobre o que gravou com o Purple. Crianças, não façam isso em casa.
1981 - "TROUBLE", GILLAN
É a banda metaleira do Ian Gillan tocando Elvis Presley na BBC. Fabuloso.
1982 - "DEATH ALLEY DRIVER", RAINBOW
Três quintos da Mk5, dois quintos da Mk8. Relevem o teatrinho todo.
1983 - "WAR PIGS", BLACK SABBATH
É o mestre Ian Gillan detonando com o Black Sabbath. Atenção para o que ele faz sobre a guitarra.
1985 - "LOVE AIN'T NO STRANGER" - WHITESNAKE
David Coverdale no Rock in Rio: o primeiro ex-membro do Deep Purple a pisar no Brasil.
1988 - "SHE TOOK MY BREATH AWAY" - GILLAN & GLOVER
É pra puxar a mulher mais próxima pra dançar. Isto o Gillan gravou pouco antes de ser chutado pra fora do Deep Purple.
1990 - "TUMENI NOTES" - STEVE MORSE
Olha o homem aí.
1991 - "SUMMER SONG" - JOE SATRIANI
Mal sabia o Satch que viria a ser parte do Purple.
1992 - "NO GOOD LUCK" - IAN GILLAN
O mestre bancando o galã de padaria no Rio de Janeiro. Imperdível.
1993 - "BLACK DOG" - COVERDALE/PAGE
Hey hey mama, I said the way you moooove, gonna make you sweat, gonna make you groove!
1996 - "YOU ARE THE MUSIC, WE ARE THE BAND", GLENN HUGHES
A música é do Trapeze.
1997 - GOOD OLD BOYS
É a banda atual de Nick Simper, o ex-baixista do Deep Purple.
1998 - "HEAVEN TONIGHT" - YINGWIE MALMSTEEN
Com Joe Lynn Turner.
1999 - "STORMBRINGER" - GLENN HUGHES
Acho que foi a primeira vez em que um ex-Deep Purple tocou isso no Brasil.
2001 (?) - "SOLDIER OF FORTUNE" - BLACKMORE'S NIGHT
Ou Plastic Night Band.
2004 - "LOSING MY HEAD" - HUGHES TURNER PROJECT
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