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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Contrataram o produtor de "The Wall", do Pink Floyd????


A DPAS catou de passagem numa entrevista do Steve Morse a informação de que o Deep Purple teria contratado Bob Ezrin como produtor do novo disco.

Simon Robinson diz que isso é um indicativo de que a banda está levando muito a sério o trabalho, porque Ezrin já produziu discos de Pink Floyd, Kiss e outros comercialmente bem-sucedidos. Mas quais? No artigo sobre Ezrin na Wikipedia constam vários que eu não sei avaliar, todos os grandes discos do Alice Cooper, três de uma boa fase do Kiss, aquele do Aerosmith em que eles gravaram "Train Kept A-Rollin" e... "The Wall", do Pink Floyd.

Os grandes discos do Deep Purple nos anos 70, incluindo "Machine Head", foram produzidos por Martin Birch, mas ele não está mais com a banda há algum tempo.

De "Perfect Strangers" até "Abandon", quem produziu foi Roger Glover, vindo de uma experiência produzindo outras bandas. Nada a reparar - ele é um bom produtor. Mas, quando Michael Bradford assumiu a produção de "Bananas" e "Rapture of the Deep", o baixo de Glover apareceu bem mais. Acho que é pela modéstia do Glover.

Quando Bradford foi anunciado, eu fiquei com o pé atrás. Dá pra ver aqui nos arquivos do blog. Poxa, ele estava gravando com o Charlie Brown Jr. Mas aí o cara é tão gente boa, respondendo e-mails inclusive durante os trabalhos de mixagem, e o "Bananas" ficou tão legal, que achei fabuloso. Gostei da ideia de trazerem um produtor de fora.

Os remasters também se beneficiaram de um produtor externo. "Stormbringer" e "Come Taste the Band" tiveram o dedo de Kevin Shirley, que produz os discos do Black Country Communion. Soam que é uma maravilha. 

Então, se for Ezrin mesmo, que seja muito bem-vindo.

Mal posso esperar pelo novo disco. Eu já não podia antes, agora posso ainda menos.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Stormbringer saiu no Brasil

Saiu no Brasil o remaster do Stormbringer. Está R$ 45 na Livraria Cultura. Se dois leitores deste blog comprarem o disco por este link, vocês estarão me pagando uma cerveja em fevereiro do ano que vem, sem tirar um tostão a mais do bolso.

Pra quem comprou importado e agora lamenta, não fique assim. É complicado o histórico dos lançamentos dos remasters do Deep Purple no Brasil:

* Shades of Deep Purple, Book of Taliesyn e Deep Purple saíram.
* Concerto for Group and Orchestra saiu em CD e DVD (valeu a dica!).
* In Rock não saiu.
* Fireball saiu sete anos depois (eu paguei R$ 60 pelo importado, e hoje se acha o nacional até a R$ 9). A sobrecapa de cartolina não vem na maior parte dos que se acha.
* Machine Head não saiu.
* Made in Japan saiu alguns anos depois.
* Who Do We Think We Are não apenas não saiu como é dificílimo de achar até importado.
* Burn até hoje não saiu.
* Stormbringer saiu junto com o importado.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Três resenhas

Recebi na última semana dois discos que eu estava esperando. Também ouvi um terceiro, que ganhei inesperadamente. Ouvi os três com bastante calma nos últimos dias, então estou pronto pra fazer a resenha pra vocês. Duvido que qualquer um deles saia no Brasil, infelizmente.

1) STORMBRINGER (Remaster)

    Nunca esperei tanto tempo por um remaster do Purple. Este estava por sair desde 2005. Eu já estava roendo as unhas, porque o vinil de Stormbringer foi o disco que me apresentou ao Purple. Valeu a pena a espera? Acho que sim, especialmente porque, com a cotação atual da libra, importá-lo saiu mais ou menos o preço de um CD duplo nacional. Fosse mais caro, meu bolso teria doído. A remasterização desabafou todas as faixas. O som é mais claro, não apenas mais alto. Dá pra ouvir bem todos os instrumentos (ouça "Love Don't Mean a Thing", por exemplo). As faixas extras são mais ou menos no mesmo nível das de Burn: acrescentam apenas detalhes saborosos ao que a gente já sabia. Não há papo de estúdio, não há faixas inéditas. Há alguns vocais novos. A escolha das faixas, remixadas pelo Glenn Hughes, realça a contribuição dele ao álbum: nenhuma delas nunca foi tocada pelo Purple ao vivo, porque são exatamente as que o Blackmore julgava funkeiras demais para a idéia dele do que o Deep Purple devia ser. O Rasmus Heide, do The Highway Star, diz que elas realçam os motivos pelos quais o Blackmore saiu da banda - o que faz sentido. Ao mesmo tempo, são as mais improváveis de ouvir versões diferentes. Não são óbvias. Não fizeram uma nova versão da faixa-título, que sempre levanta a galera nos shows de tributo, por exemplo. Holy Man, posta em primeiro lugar entre os remixes, não traz absolutamente nenhuma novidade que eu tenha notado. Mas é o grande momento da carreira do Hughes, seu primeiro número-solo no Deep Purple. You Can't Do It Right está com um baixão mais agressivo, gostoso de ouvir. Diz o livreto do Simon Robinson que essa foi a primeira faixa que foi descoberta nos arquivos profundos da EMI - e quem descobriu achou que era Earth, Wind and Fire. Love Don't Mean a Thing trouxe um pandeiro e um tecladão mais alto no final, sobre o "looking for lovin'... I need a livin...". Apesar de o teclado ser genial, ele abafou o solo de guitarra, que eu acho mais genial ainda. No livreto, diz que essa letra na verdade vem de um cantor de rua que parou o Blackmore pra cantar pra ele um negócio que tinha composto. Aí, o Blackmore levou o cara pro Starship 1 e chamou o Hughes pra compor. O nome do cantor de rua nunca apareceu. Hold On ficou muito legal, com alguns versos cantados de um jeito diferente. Instigante. High Ball Shooter é instrumental - pra você e eu e todo mundo cantar junto. Se preferir não cantar, preste atenção no baixo funkeado. Acho que foi por isso que o Hughes remasterizou essa.


2) ONE EYE TO MOROCCO (Ian Gillan)

    O Ian Gillan tem uma coisa que eu acho muito legal nos discos dele fora do Purple: ele realmente SAI do Purple nesses discos. Mais ainda: ele não tem a mínima preocupação em seguir um estilo definido. Pra pegar só os discos que ele assina com o próprio nome (sem ser uma banda), Naked Thunder é de um jeito, o Toolbox é de outro, o Dreamcatcher é de outro, Gillan's Inn é de outro e One Eye to Morocco é de outro diferente. A faixa-título começa com um floreado meio árabe, cítaras e um riff que bem podiam estar na novela da Juliana Paes. Mas o Marrocos do título é uma referência obscura - é uma expressão comum na República Tcheca pra se referir aos distraídos. O disco traz uns rocks bem vigorosos, como "No Lotion for That" e "Change My Ways" (que aliás é a que mais parece Purple, mas é diferente). Três faixas são compostas pelo guitarrista Michael Lee Jackson, incluindo "Texas State of Mind", que também está no DVD "Live in Anaheim". O que me chamou mais a atenção nesse disco é que ele enfatiza o novo jeito que o Gillan descobriu de cantar pelo menos desde 2002/2003. Ele não tem mais os agudos dos anos 70, e seria covardia exigir isso dele. Em outras resenhas eu observei que ele saboreia mais as palavras. Ouvindo esse disco é que me caiu a ficha: hoje, ele canta mais com os recursos da boca do que com os da garganta.


3) A LIGHT IN THE SKY (Don Airey)

    Este eu ganhei autografado do próprio tecladista, depois de um duelo de máquinas fotográficas no backstage do Purple (ele disparou primeiro e ganhou). É um material quase completamente instrumental, focado nos teclados. E Airey usa vários teclados. Alguns efeitos saem direto das brincadeiras sonoras que ele faz durante seus solos que fazem tremer o chão dos shows do Deep Purple. Se você ouvir o disco casualmente, apenas botar e ouvir, ele é um ótimo disco de tecladista. Você pode dizer: "pombas, esse Airey toca bem pra cacilda". Mas experimente ouvi-lo prestando atenção nos títulos das músicas. Pense neles enquanto ouve faixas como "Ripples in the fabric of time" (rasgos no tecido do tempo) e "Space troll patrol" (patrulha dos trolls do espaço). As faixas são altamente evocativas de imagens de viagens no tempo, monstros espaciais, odisséias no espaço. Algumas faixas têm vocal. Elas lembram um pouco o Purple, um pouco o Rainbow, com seus riffs pesadões. O poderoso pulmão do cantor Carl Sentance lembra o do Dio. Gosto muito de música instrumental. Conhecia muito pouco do trabalho solo do Airey. Isso me estimulou a ir atrás de "K2", o álbum anterior dele. Mas não percam de jeito nenhum o site pessoal do tecladista. É uma experiência visual e tanto.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

E por falar em Stormbringer...

A DPAS postou em seu site alguns trechos de músicas do remaster. Hold On está cheio de vocais novos. Inicialmente fiquei meio com a pulga atrás da orelha com a voz do Hughes. Parecia grave demais - parecida demais com a atual - pra ter sido feita na época. Mas depois ouvi o original e vi que naquela música ele canta mais grave mesmo.

Ouçam lá e comentem aqui.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dois atrasos

Dois discos muito esperados devem atrasar. O remaster de Stormbringer vai sair em fevereiro, não mais em 19 de janeiro. E o novo do Gillan solo deve sair só lá por março.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Como comprar da DPAS

O Bruno perguntou como ele faz para encomendar o Stormbringer também.

Simples: entre no site da Purple Records e clique em "Forthcoming Titles". Na lista de lançamentos já no forno, o quarto é o de Stormbringer. Clique em "Pre-Order". Clique em "ADD". Dê seus dados, incluindo número de cartão de crédito internacional. E aguarde.

Outra coisa legal no site da Purple Records - que pra mim, pelo menos é nova - é a seção "Purple Download".

Ali, você pode comprar o download legalizado de vários discos da gravadora que, de outra forma, dificilmente chegarão ao Brasil, como "First of the Big Bands", do Tony Ashton e Jon Lord, e o "Gemini Suite" que o Lord gravou SEM o Purple e com letra diferente da molecagem do Gillan ("How I wish... that I wasn't here..."). O preço é bem mais em conta do que a versão física: o mais caro dá uns R$ 28, pelo câmbio de ontem.

Você pode argumentar que pode baixar o MP3 de graça em outros sites - e é verdade. Mas baixar pagando garante fôlego à Purple Records pra garimpar e lançar mais coisas. O catálogo deles conta com 587 títulos até agora.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Agora é oficial: VAI SAIR!

Já tem data pra sair na Europa o remaster de Stormbringer: 19 de janeiro de 2009. Bastante apropriado: nada mais justo que a versão melhorada do primeiro disco do Purple que eu ouvi na minha vida sair um dia antes do meu aniversário.

Eu já encomendei o meu.

Segundo a DPAS:

    Haverá uma edição limitada, com 2 CDs e capa externa, com os mixes quadrafônicos originais e outros acepipes, incluindo o excelente trabalho de remixagem do Glenn, elementos em vídeo e mais. Está planejada uma edição dupla em vinil, também limitada. ambas estão disponíveis para reserva com a DPAS. Assim que acabar a edição limitada com 2 CDs, o disco será relançado como uma edição mais barata, com um só disco, incluindo o álbum, os remixes e alguns outros itens. Parece que a velha versão em CD vai sair de catálogo. (...) Glenn contribuiu com textos para o encarte, e uma transparência supergrande da pintura original da capa foi desencavada na América para usar na nova capa.

As faixas:

DISCO 1:

01. Stormbringer 4.03
02. Love Dont Mean A Thing 4.24
03. Holy Man 4.37
04. Hold On 5.08
05. Lady Double Dealer 3.17
06. You Cant Do It Right 3.25
07. High Ball Shooter 4.24
08. The Gypsy 4.10
09. Soldier Of Fortune 3.12
10. Holy Man 4.38 remix
11. You Cant Do It Right 3.53 remix
12. Love Dont Mean A Thing 5.21 remix
13. Hold On 5.23 remix
14. Soldier Of Fortune 3.12 remix
15. High Ball Shooter (instrumental) 4.30

DISCO 2:

01. Stormbringer 4.03 Quad 4.1
02. Love Dont Mean A Thing 4.24 Quad 4.1
03. Holy Man 4.37 Quad 4.1
04. Hold On 5.08 Quad 4.1
05. Lady Double Dealer 3.17 Quad 4.1
06. You Cant Do It Right 3.25 Quad 4.1
07. High Ball Shooter 4.24 Quad 4.1
08. The Gypsy 4.10 Quad 4.1
09. Soldier Of Fortune 3.12 Quad 4.1
10. Stormbringer 4.03 Quad 2.0
11. Love Dont Mean A Thing 4.24 Quad 2.0
12. Holy Man 4.37 Quad 2.0
13. Hold On 5.08 Quad 2.0
14. Lady Double Dealer 3.17 Quad 2.0
15. You Cant Do It Right 3.25 Quad 2.0
16. High Ball Shooter 4.24 Quad 2.0
17. The Gypsy 4.10 Quad 2.0
18. Soldier Of Fortune 3.12 Quad 2.0
19. Stormbringer video footage

sábado, 23 de agosto de 2008

'Cause it's coming our way, ay-ay!


Esta, mais ou menos, deve ser a cara da "slipcase" (capa de cartolina que envolve o CD) do remaster de Stormbringer. Por dentro, a capa do encarte deve ser a mesma do CD. Vai ser um CD duplo. No encarte, vai ter também um texto do Hughes. Também vai sair em vinil duplo.

Nada foi dito sobre datas e preços. Eu chuto uns R$ 120 pela brincadeira toda. Mas nunca na vida estive tão doido pra gastar uma grana assim.

Quem me conhece, e conhece minha história com o Deep Purple, sabe o quanto o Stormbringer significa pra mim. Tenho melhores lembranças da adolescência tocando guitarra no ar em Lady Double Dealer do que cantando o solo de Highway Star. Simples: porque Stormbringer eu conheci aos 13 anos, enquanto só botei as mãos no Machine Head aos 15. Adolescente pobre é uma desgraça.

Com vocês, Lady Double Dealer ao vivo no último show do Blackmore com a Mk3. Como não existe vídeo disso, um gênio botou as moças de Kill Bill e outras cenas de mulheres lutando:

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

E continua a saga de Stormbringer

O lançamento do remaster de Stormbringer já está quase tão mitológico quanto o animal que adorna sua capa. Sendo otimista, acho que ele será lançado como edição dos 35 anos do disco. Já se sabe que será duplo e que terá mixes quadrafônicos. Já se falou em publicar como um livro de capa dura e do tamanho de um CD, tipo os da coleção Folha. Mas ainda não se falou em data.

Em junho, o problema era conseguir restaurar a capa do disco - a arte estava perdida. Aí, parece que a EMI conseguiu uma transparência que daria uma impressão de alta qualidade. Aí, foi encontrada uma pintura de 1927 em que a capa se baseou.

Agora, foram encontradas mais fitas da gravação do disco, além das que o Glenn Hughes trouxe de casa no ano passado. A EMI está vendo se essas fitas têm alguma novidade. Então, vai demorar mais um pouco.

Esse remaster está em produção pelo menos desde 2003. Foi inicialmente anunciado para o começo de 2005, depois para meados de 2006, foi reprogramado algumas vezes e ainda não rolou, entre idas e vindas. Mas já é lucro, porque está sendo produzido: em 2002, sequer se sabia se rolaria esse remaster, até que foram encontradas algumas fitas master do disco, há muito perdidas (em maio daquele ano).

Apenas para ter uma idéia, veja como foram lançados os outros remasters do Deep Purple:

    Junho de 1995: Inaugura-se a série, com a edição de 25 anos de In Rock. Capa autografada, trechos bem sacados de papo de estúdio, faixas extras. Só faltou Hallellujah pra ficar completo, mas tudo bem: eu tenho o Singles A's & B's. E ganhamos no mesmo disco TRÊS versões de Speed King, sendo uma delas a do piano que eu também tinha no Singles. O encarte, com um texto cuidadoso do Simon Robinson, imagens difíceis e reminiscências de praticamente todos os membros do Purple, me pirou o cabeção. Criou um alto padrão que se repetiria nos seguintes. 1996: Na seqüência, vem o remaster de 25 anos de Fireball. Meu disco favorito do Deep Purple vinha pela primeira vez em sua existência com Demon's Eye E Strange Kind of Woman no mesmo disco (antes, se o vinil seguia a Inglaterra vinha D'sE e se seguia os EUA vinha SKOW). Mais ainda: embora não tivesse papo de estúdio como o anterior, tinha a galinhagem "The Noise Abatement Society Tapes". Não coube o Gillan improvisando letra para Fools - que entrou numa caixa, depois - e salvo engano foi o Jon Lord quem não deixou entrar um "Show me the Way to Go Home" etílico. 8 de setembro de 1997: sai o remaster duplo de Machine Head, também mantendo o intervalo de 25 anos. Fora os gloriosos solos alternativos e a abstenção do corte em algumas faixas do disco extra, não tinha tantos petiscos de estúdio. Mas não tinha problema - é muito legal que tenha saído um disco semelhante ao que tínhamos junto com um disco como ele podia ter sido. Também se juntou pela primeira vez When a Blind Man Cries ao restante do disco, sem falar nas versões quadrafônicas (que nunca consegui ouvir em todo seu esplendor por falta de caixas de som). Fevereiro de 1998: vai às lojas lá fora o remaster duplo de 25 anos e uns meses de Made in Japan. É o disco que conhecemos, com um extra de apenas três faixas. Mas vale muito a pena. É um disco raçudo. Pena que cortou boa parte do papo do Gillan entre as músicas (todo transcrito, anteriormente, nas letras do The Highway Star). Fevereiro de 2000: saem de uma só vez os remasters da Mk1: Shades of Deep Purple, The Book of Taliesyn e Deep Purple. Coisa fina, interessante, abrindo os ouvidos dos fãs para a novidade do Deep Purple pré-Gillan. Os extras vinham principalmente da BBC, mas também do programa de TV do Hugh Hefner. O encarte é mais modesto do que os dos outros remasters, mas compensa. Pelo menos o do terceiro disco foi produzido na época dos seus 30 anos. 2000: é lançado o remaster de Who do We Think We Are, evitando chamar atenção sobre sua data comemorativa. Não eram mais 25 anos, e sim 27. Mas a faixa First Day Jam e a introdução de guitarra do Blackmore para Rat Bat Blue compensaram tanto a demora quanto a grana absurda que eu paguei por ele. Ralei durante meses, para encontrá-lo apenas numa edição sueca. Nem na Galeria do Rock tinha. 2002: vai às lojas, surpreendentemente até no Brasil, o remaster do Concerto for Group and Orchestra, nas versões CD e DVD. No CD, além do concerto inteiro, tem o bis resumindo o terceiro movimento e um CD extra com o set do Deep Purple antes de começar o concerto. Quem tinha o Powerhouse já conhecia, mas mesmo assim, pela primeira vez, o pré-set e o próprio concerto estavam juntos reunidos. No DVD, a leve decepção era em ver que o vídeo começava com o som já rolando. 2004: sai a edição de 30 anos de Burn. Eu, pessoalmente, fiquei babando quando saiu. Comprei na Amazon assim que vi anunciada. Achei que era um ótimo negócio, mas fui obrigado a perder minha inocência a respeito quando a Receita me garfou metade do preço do disco em impostos. Em termos de extras, nem tanto. Mas os duetos entre o Coverdale e o Hughes ficaram bem mais nítidos, o que pra mim foi uma epifania. Uma coisa de que não gostei foi a versão "modernosa" de Coronarias Redig. Não tem a versão "careta" da música - cuja introdução eu prefiro. E tem um barulhinho chato antes de You Fool No One. De qualquer forma, o disco valeu - embora tenha saído mais caro do que o anterior, no fim das contas.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Stormbringer coming...

Quatro anos após os 30 anos de Stormbringer, parece que finalmente vai sair o disco. O site da DPAS sugere que vai ser algo tipo o que foi feito em Machine Head. Acho que vai sair uns R$ 150 agora...:

    Parece que a roda está girando de novo sobre o remaster de Stormbringer. Agora, ele está se desenvolvendo para virar um lançamento em CD duplo. O CD 1 será o álbum original remasterizado, mais os novos mixes de Glenn Hughes e Pete Mew. O CD 2 trará os mixes quadrafônicos originais em 4.1 e estéreo. É provável que o lançamento saia com uma edição especial, que pediram a Simon (Robinson) para produzir 'Estou pensando em um livro de capa dura no tamanho de um CD, com extras incluindo reproduções perfeitas do cartaz de publicidade que era colocado nas lojas americanas e outras delícias'. Ainda não há data de lançamento confirmada, mas agora parece estar muito mais próximo.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Stormbringer coming... time to die!

Vai ser hora de morrer com uns cem paus quando sair o remaster de Stormbringer. Vejam só o que o Hughes diz a respeito, em entrevista ao Music Street Journal:

    Estive no estúdio, em Abbey Road, há uns três meses pra fazer a mixagem de "Holy Man", e fiz bem rápido. Pus a fita de 24 pistas de 1974 e o som era tão bom que eu mixei. Mixei mais algumas músicas. Mixei "Holy Man", "You Can't Do It Right", "Love Don't Mean a Thing". Mixei tudo de tarde. Fiz uma mixagem um pouco diferente do que você já ouviu, com um vocal meio cru, provavelmente com mais funk nessas faixas, mais do que você deve lembrar. Acrescentei algumas coisas de guitarra que a gente não tinha no original. E coloquei um novo vocal em "Hold On", então o mix ficou bem interessante.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Hughes no estúdio

No início de julho, este blog publicou uma entrevista com Glenn Hughes em que ele dizia que ia participar do processo de remasterização de Stormbringer. Dizia ele: "eu VOU achar algo novo". Pois há pouco tempo o ex-baixista do Deep Purple esteve no estúdio Abbey Road, da EMI, dando uma força. Veja a foto aqui embaixo, diretamente do site da DPAS:



Diz a DPAS:

"O som do material estava fascinante; a qualidade da gravação de estúdio é muito, mas muito, melhor que a de Burn, muito mais definida, e a única coisa que aqueles que foram ao estúdio disseram durante o dia é que era difícil acreditar que o material era de 1974 - soava muito contemporâneo. Glenn queria muito fazer Holy Man e começou com isso, mas logo ele pegou o jeito e no final cinco músicas foram trabalhadas em uma longa sessão. Os resultados soam realmente excelentes, e haverá algumas surpresas para fãs deste álbum em particular, já que Glenn trouxe algumas novas linhas vocais e outros trechos nunca antes ouvidos, assim como uma ênfase em diferentes aspectos do material."

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Stormbinger coming... time to die!

STORMBRINGER COMING... TIME TO DIE!

Sim, tempo de morrer. Morrer com uns noventa paus no remaster importado, que deve sair neste ano. O Glenn Hughes vai fazer parte da equipe de produção.

Vai ter pérolas, como a versão original do que o Coverdale diz ao contrário no início da faixa-título ("cocksucker, muthafucker, Stormbringer") e uma versão instrumental de Highball Shooter pra qualquer fanático pelo Deep Purple fazer seu purpleoquê em casa se achando o próprio Coverdale ou Hughes. Sem falar em TRÊS VOCAIS DIFERENTES para Soldier of Fortune.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Convite ao granicídio

Olha o que vem por aí no ano que vem, segundo a DPAS:

1) Deep Purple
Live In London (CD) : pela primeira vez, lançado oficialmente em CD. Ah, você tem? Eu também. Mas é um semipirata nipo-brasileiro.

Stormbringer (CD) : remasterizado, remixado. Diz o Simon Robinson que Hold On tá de babar. É principalmente voltado a malucos como eu, que já tiveram o vinil e o CD normal e que estão gradualmente substituindo a coleção convencional pela aditivada dos remasters comemorativos.

Live In Europe 1993 (4CD) : a íntegra dos shows editados para o CD de Come Hell or High Water, com os últimos registros do Blackmore na banda. Quatro discos. Facada!!!

Live In Aachen 1970 (CD) : isso já tinha sido lançado, mas com uma capa feia pra caraco e saiu de catálogo. É o meu show favorito do Deep Purple, de julho de 1970. Mestre Gillan quase não canta, mas o instrumental é de pirar o cabeção.

Archive Collection (DVD) : vem mais coisa boa aí, além de 72/73 e California Jam. "Deve incluir um monte de material raro, incluindo coisas que os pirateiros perderam", diz o Simon Robinson.

Amsterdam Paradiso 1969: um dos primeiros shows do Purple que circularam em pirataria pode sair pela Purple Records. Esse ainda tem Kneel and Pray com a letra original ("You were good/I was bad/I wanted the things you had").

Scotland 1974: O Nigel Young não conhecia nem pirataria dos quatro shows feitos pelo Purple na terra de Macbeth em abril de 74. O primeiro show dessa perna da turnê do Coverdale/Hughes foi feito logo após a pirotécnica passagem dos mestres pela California (também pela Purple records)

2) Rainbow
German Tour 1976 (CD) : três shows, numa caixinha que deve sair no Japão em abril e separadamente na Europa a partir de março.

Rockpalast 1977 (DVD) : show gravado em outubro de 1977 na TV alemã. Primeiro DVD oficial da banda do Homem de Preto.

Promos (DVD) : todos os clipes oficiais da banda.

3) Blackmore's Night
Village Lantern : o novo álbum de estúdio deles, que sai no final de janeiro. Pra quem curte, beleza. A DPAS perdeu a conta, acha que é o sétimo de estúdio; acho que é o quinto de estúdio e sétimo no geral.

4) Paice, Ashton & Lord
Live In London (DVD) : nunca antes lançado em vídeo.

Tony Ashton / Testimonial (CD - DVD) : show em homenagem ao parceiro de Paice e Lord, gravado em 2000. Além do Tony, há John Entwhistle, Whitesnake (com Lord e Paice mas sem Coverdale) e PAL - a única reunião deles ao vivo depois dos anos 70.

5) Ian Gillan
Gillan's Inn 40th Anniversary CD : cheio de convidados. Todos estamos babando e já existe um preview de Smoke on the Water no ar. Deve sair em fevereiro.

Gillan / Live (CD) : shows ao vivo dos anos 80 das bandas solo do mestre!

6) Whitesnake
Live In The Still Of The Night (DVD / CD) : filmado em Londres, em 2004. Sai junto o DVD e o CD, em março - separado, não rola. Quando eu disse que essa turnê era caça-níqueis, me criticaram.

Whitesnake remasters (CD) : tão anunciando há tempos, mas nada certo.

7) Tommy Bolin
Tommy Bolin / Masters Series (CD) : coisas raras, coisas remixadas. É pra trazer novos fãs.

8) Steve Morse
Dixie Dregs Live In Montreux (DVD) : Steve bem novinho, recém-saído da faculdade, tocando no festival de jazz de Montreux em 1978.

9) Glenn Hughes
Glenn Hughes / Studio album (CD) : disco novo e possível retrospectiva na Austrália.

10) Jon Lord
Gemini Suite de estúdio: pela primeira vez em CD, é basicamente Jon Lord e convidados. Yvonne Elliman (a Maria Madalena de Jesus Christ Superstar) canta no lugar do Ian Gillan, uma letra completamente diferente do "how I wish that I wasn't here"

Windows (DVD): Sim, Jon Lord solo, com convidados! Em vídeo! Tudo sai pela Purple Records.

quinta-feira, 21 de outubro de 2004

Chegou

Depois de várias idas e vindas, finalmente chega às minhas mãos, ao meu discman e aos meus ouvidos o remaster de Burn, lançado no último dia 4 em Londres e devidamente comprado na Amazon britânica (cuidado: o Leão tunga R$ 36,96 quando o sujeito compra um CD desses).

É o primeiro trabalho do Purple de que eu historicamente tive três versões: vinil, CD convencional e CD remasterizado, importado, com faixas extras e o escambau. Sempre saltei do vinil pro especial.

Algumas matérias sobre o novo Burn nos sites gringos:

- Seção especial do The Highway Star
- Trechinhos de Coronarias Redig e You Fool No One remixadas
- Resenhas contemporâneas
- Looking Back, May 1974
- Discografia do Burn
- Discografia do Live in London
- Discografia do California Jam

Enquanto ouço essa maravilha, pra postar depois a resenha, queria aproveitar o espaço e a atenção dos amigos pra recordar o longo e extenuante processo que levou à confecção disto.

4.mar.2002
Ainda não se sabia que fim haviam levado as fitas originais do estúdio. O Cabide deu:

"Alguém aí com conexões suecas poderia tentar descobrir onde estão as fitas com outtakes do disco Burn, do Deep Purple? Há alguns anos, Glenn Hughes, baixista e vocalista do Purple na época, as teria entregue a um jornalista sueco, que as repassou a outro sueco. (Dizem as más línguas que Hughes as trocou por drogas.) Sem essas fitas, não sai a edição remasterizada de Burn, a próxima da série Purple Remasters. Sem ela, não saem as seguintes."

15.abr.2002
Um dia depois do aniversário do Blackmore, o Purpendicular noticia:

"Simon Robinson conseguiu. Ele achou todas as masters de Burn, o primeiro disco da quarta formação do Deep Purple. Até o final do ano ele consegue terminar de ouvi-las, e a edição remasterizada só deve sair lá por 2003. Roger Glover deve supervisar o trabalho, apesar de não ter participado do disco. Por isso, ele consultou Jon Lord e Ian Paice, que estavam lá. Ainda não é garantido que saiam os outros dois discos da primeira fase do Purple (Stormbringer e Come Taste the Band). Glenn Hughes teria trocado por drogas todas as masters em que ele esteve envolvido."

11.mai.2002
Não só as fitas de Burn, mas também as de Stormbringer haviam sido encontradas, o que garante meu granicídio do ano que vem:

"Algumas semanas depois da descoberta das masters de Burn, a DPAS conseguiu botar as mãos nas fitas originais do disco Stormbringer. A partir do ano que vem podem sair os dois remasters. Segundo Simon Robinson, as fitas estão em excelente estado e têm três versões diferentes de vocais para a balada "Soldier of Fortune", uma poderosa versão instrumental de "Highball Shooter" e os vocais originais de Coverdale para as palavras ditas ao contrário no começo de Stormbringer: "Cocksucker, muthafucker, Stormbringer". Singelo, né?"

24.nov.2002
A EMI francesa lança uma caixa especial com as gravações convencionais de Burn e Stormbringer. Caça-níqueis.

31.jan.2003
A EMI convida Roger Glover a fazer o remaster:

"Planeta: Terra. Cidade: Londres. A EMI pediu e o Roger Glover aceitou supervisar a reedição do disco Burn, ainda que ele estivesse fora do Purple na época. Ian Paice e Jon Lord, que estavam dentro, deram seu OK. O Simon Robinson, da DPAS, conseguiu achar todas as fitas originais ainda no ano passado. Então, é extremamente possível que saia ainda este ano o disco. Já estou preparando minhas burras."

19.abr.2003
Uma notícia boa e uma ruim: Glover já estava com as fitas originais na mão, mas as gravações dos ensaios não eram boas o bastante:

"Mestre Roger Glover, que se comprometeu a remasterizar o Burn, está com as fitas já há algumas semanas, segundo a DPAS. A associação localizou as fitas com os ENSAIOS do disco, mas "infelizmente a qualidade do som não era boa o bastante". Triste, muito triste. Mas esse remaster vai ser um puta disco, de qualquer forma. Já tenho todos os das Mk 1 e 2. Estou só no aguardo dos da 3."

8.mai.2003
Roger Glover desistiu de remasterizar Burn, e eu já desconfiava que não ia muito pra frente a coisa:

No último email que eu mandei pra ele, eu o parabenizei por pegar a bronca e perguntei o que ele estava achando do material. Ele não respondeu.

9.mai.2003
Roger Glover se explica:

"Decidi não fazer a remixagem de Burn. Como eu não estava no disco originalmente, me senti meio estranho no começo por me envolver, mas eu achava que podia dar um ar diferente às gravações. Peter Denenberg e eu ouvimos as transferências digitais (feitas nos estúdios Abbey Road) e começamos a trabalhar em várias músicas, incluindo a faixa-título. Depois de alguns dias brigando com os sons, escutamos às versões remasterizadas que saíram na caixa New Live and Rare e eu cheguei à conclusão de que não estávamos trazendo nada de novo para a música. Assim, saí do projeto. A EMI vai levar adiante, mas eu não tenho mais nada a acrescentar."

19.out.2003
"Está andando o remix de Burn. Segundo o Simon Robinson, o que já está pronto ficou poderoso, "com um trabalho deslumbrante em Sail Away, em particular". O remix deve ficar pronto em outubro e o disco em si sai no ano que vem, como edição especial de 30 anos de Burn."

5.nov.2003
Promete-se que o disco sairia em abril:

"Deve sair lá por abril do ano que vem, nos trinta anos do disco original. Essa é, na minha opinião, a jóia da coroa do que vai sair. É aquela versão remasterizada, remixada, com faixas extras e o escambau, incluindo livretinho escrito pelo Simon Robinson, da DPAS. Parece que o Glenn Hughes vai supervisar a remixagem. Diz o site da DPAS que há belos trabalhos em Sail Away, Mistreated e You Fool No One. Em breve haverá trechos no site da DPAS e, claro, o Purpendicular vai dar a dica."

27.nov.2003
São anunciadas as faixas do disco:

01. Burn
02. Might Just Take Your Life
03. Lay Down Stay Down
04. Sail Away
05. You Fool No One
06. What's Goin' On Here
07. Mistreated
08. A 200
09. Mistreated remix
10. You Fool No One remix
11. Burn remix
12. Sail Away remix
13. Coronarias Redig


15.mar.2004
Ainda em Porto Alegre, eu posto aqui uma frase de um produtor do show California Jam, que se considerava culpado por Blackmore ter posto fogo no palco 30 anos antes:

"Acho que sou pessoalmente responsável por Blackmore ter batido sua guitarra contra a câmera. Eu falei com ele na noite anterior. O Deep Purple fez um ensaio técnico, e eu perguntei se ele ia quebrar a guitarra dele. E Richie disse: 'sim, talvez. Sei lá, que merda'. Ele estava meio puto com várias coisas que não tinham nada a ver comigo. E eu disse: 'Veja, se você for quebrar a guitarra, privilegie a câmera. Vou fazer uma bela filmagem e vai ficar genial'. E ele privilegiou bem a câmera, gerando US$ 8 mil de prejuízo."

11.abr.2004
Com isso, eu reedito o Clássicos Purpendicular: California Jam

27.abr.2004
Aniversário de 30 anos do lançamento de Burn. Eu reproduzo do deep-purple.net alguns cartazes promocionais da época:



15.set.2004
Posto aqui um link para as memórias do Coverdale sobre a gravação de Burn. Com observações assim:

"Passei boa parte da noite escrevendo toneladas de letras para o que virou 'Burn'... mais tarde, brinquei que eu estava tão empolgado que escrevi pelo menos doze letras pra música!!! Não era verdade, mas apenas um leve exagero... provavelmente fiz umas 3 ou 4 versões... a mais memorável pra mim se chamava... olha só... 'The Road'!!! Então, em vez de 'All I hear... is BUUUUUUURRRNNN!' era 'Take me down... the ROOOOOOAAAADDD!!!'.

Longe de ser uma das minhas melhores letras... e foi uma fonte de grande alegria para o sr.Lord. De qualquer forma... eu deixei todas as letras... incluindo a letra completamente sci-fi de 'Burn', que eu tinha escrito especificamente pensando no Ritchie... num piano de cauda no estúdio, para os caras olharem e escolherem. Não preciso nem dizer... eu estava me sentindo bem satisfeito de dar tantas escolhas a eles... e então eu saltei pra cama... absolutamente detonado..."

quarta-feira, 5 de novembro de 2003

Pra programar o bolso

A EMI anunciou seu calendário de relançamentos de discos do Deep Purple e correlatos:

• DEEP PURPLE - THE EARLY YEARS.
• WHITESNAKE - THE EARLY YEARS.
Devem sair em fevereiro de 2004, em uma série da EMI que mostra trabalhos dos primeiros anos de bandas contratadas pela gravadora. Nada de material novo aqui.

• DEEP PURPLE - BURN.
Deve sair lá por abril do ano que vem, nos trinta anos do disco original. Essa é, na minha opinião, a jóia da coroa do que vai sair. É aquela versão remasterizada, remixada, com faixas extras e o escambau, incluindo livretinho escrito pelo Simon Robinson, da DPAS. Parece que o Glenn Hughes vai supervisar a remixagem. Diz o site da DPAS que há belos trabalhos em Sail Away, Mistreated e You Fool No One. Em breve haverá trechos no site da DPAS e, claro, o Purpendicular vai dar a dica.

• DEEP PURPLE - THE PLATINUM COLLECTION.
Uma coletânea de três CDs, sem nada de novo pra quem já tem tudo o que já saiu de oficial da banda. Pra quem não tem tudo o que já saiu de oficial, melhor procurar completar...

• DEEP PURPLE - LIVE IN LONDON.
Opa! Vai sair remixado em setembro de 2004. O CD de Live in London só saiu no Japão (no Brasil existe à venda uma versão semioficial, na prática pirata); o primeiro lançamento oficial do mais famoso disco ao vivo da Mk3 vai incluir uma versão de 30 minutos de Space Truckin', que ficou de fora no vinil original, de 1980.

• DEEP PURPLE - STORMBRINGER.
Versão remixada, remasterizada, com faixas extras e o escambau. Deve sair no começo de 2005.

segunda-feira, 13 de outubro de 2003

Ride the rainbow, crack the sky

A Deep Purple Appreciation Society botou no ar uma discografia ilustrada de Stormbringer. Foi o primeiro disco do Purple que eu ouvi, num vinil comido por traças (!), então tenho um carinho especial por ele.

Além das curiosas capas internacionais (como a argentina, em que o disco é renomeado Traetormentas, e da moçambicana, que é cor de laranja), a discografia traz algumas curiosidades que eu não sabia. Quais sejam:

1) Na Coréia do Sul, a faixa "Stormbringer" foi censurada e o disco foi renomeado "Soldier of Fortune". Será que foi por causa da "violência" da letra ("ride the rainbow, crack the sky, Stormbringer coming, time to die")? A imagem da capa, que tudo tem a ver com o título Stormbringer e com a letra da faixa vetada, foi mantida. Mais um exemplo de que toda censura é fundamentalmente burra.

2) O disco originalmente se chamaria Silence; a capa original tinha a imagem de uma mulher maquiada pedindo silêncio (é essa que vai aí do lado).

3) Quando foi decidido o nome Stormbringer, eles pensaram em usar a famosa foto que vai lá embaixo, em que uma audiência japonesa enfurecida destruiu a arena no penúltimo show do Ian Gillan no grupo. A imagem foi rejeitada por ser muito destrutiva.

4) A imagem definitiva da capa é uma pintura baseada numa foto famosa de um tornado nos EUA. Alguém conhece essa foto?

Há mais curiosidades sobre Stormbringer num artigo do xiru Giuliano Ventura para o qual eu dei uns pitacos. A coluna dele no site Backstage Pass é bem legal: chama-se "O Grito dos Excluídos" e faz resenhas de discos mezzo obscuros mas muito legais da história do rock.

sábado, 11 de maio de 2002

Aparecem originais de Stormbringer

Algumas semanas depois da descoberta das masters de Burn, a DPAS conseguiu botar as mãos nas fitas originais do disco Stormbringer. Agora, é altíssima a probabilidade de sair o remaster (e baixíssima a probabilidade de eu comprar o nacional nas próximas semanas, como eu pretendia). A partir do ano que vem podem sair os dois remasters. Segundo Simon Robinson, as fitas estão em excelente estado e têm três versões diferentes de vocais para a balada "Soldier of Fortune", uma poderosa versão instrumental de "Highball Shooter" e os vocais originais de Coverdale para as palavras ditas ao contrário no começo de Stormbringer: "Cocksucker, muthafucker, Stormbringer". Singelo, né?

Stormbringer foi o primeiro disco do Deep Purple que eu ouvi, aos 13 anos. Minha prima Karla tinha deixado ele lá em casa porque tinha ganho de um ex-namorado cujo nome estava carimbado no selo do disco. O atual marido dela, namorado na época, não gostava nada da história. Um dia decidi botar esse disco pra rodar, na primeira faixa do lado B ("Lady Double Dealer"), e o Deep Purple me pegou em cheio. Não larguei mais. Logo depois acabei comprando Burn (em promoção em um supermercado lá perto de casa) e Slaves and Masters (lançado no ano seguinte). Minha vida nunca mais foi a mesma, principalmente depois que ouvi Ian Gillan cantando nos meus vinis de Singles As & Bs e Powerhouse.

Parabéns ao Simon Robinson, o maior especialista do mundo em Deep Purple.