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segunda-feira, 23 de abril de 2012

O que realmente houve?

Que bagunça essa do festival Metal Open Air, no Maranhão. Houve desorganização e calote confirmados, da parte do festival. Na impossibilidade de saber a história inteira, reproduzo abaixo as duas notas oficiais, da banda Rock'n'Roll All-Stars e da organização do festival.

A da banda não fala na questão do pagamento. Diz apenas que eles largaram porque muitas outras bandas deixaram o evento.

Rock N’ Roll Allstars are saddened to annouce the cancellation of our performance at Metal Open Air Festival in Sao Luis, Brazil.
We regret not being able to attend. We are in South America and are ready to rock, but the circumstances are beyond our control: We were informed before flying to Brazil today that many other artists have pulled out of the event, as well as local security. We are very concerned for the safety of the fans and artists whom are already at the festival.
We are receiving confirmed reports from other bands and friends on the ground that the event is dangerous and a disaster. Please be safe, and we look forward to rocking for you in the future.
A do evento acusa a banda de quebrar o contrato, exigindo mais hospedagens do que o combinado, e de dizer que sem Charlie Sheen apresentando eles não tocariam.
"A Banda Rock and Roll All Stars quebrou contrato com a produção do MOA, maior festival de rock das Américas, que acontece até este domingo, em São Luís, e cancelou sua participação no evento. A banda se apresentaria neste sábado e era a principal atração do evento neste sábado. A produção se surpreendeu com a decisão do grupo e lamenta o fato, já que muitos aguardavam ansiosos por essa apresentação.De acordo com a Natanael Júnior, produtor e proprietário da empresa Lamparina, responsável pela produção do evento, a dois dias do evento eles foram informados que o ator Charlie Sheen não viria mais. Ele seria o apresentador e uma das atrações principais deste sábado. Pelo contrato, a produção local teria direito a substituir o artista ou reduzir o valor contratual, o que não aceito pela banda.
Além disso, segundo Natanael, a banda fez exigências que não estavam previstas em contrato, que envolviam quantidade de hospedagens, por exemplo. 'Temos o contrato assinado e a prova de que ele foi quebrado. Lamentamos muito e pedimos desculpas aos fãs que esperavam ansiosos pela apresentação', disse o produtor.
De acordo com Natanael Júnior, a programação deste sábado está confirmada e oficialmente apenas duas bandas teriam cancelado sua apresentação em São Luís. Natanael disse que a produção enfrentou alguns problemas, mas que todos estão sendo contornados".

Acho estranho isso, porque o Glenn Hughes me disse não saber de Sheen, quando anunciaram o ator como mestre de cerimônias. Como membro da banda, ele certamente saberia. 
Estou tentando conversar com os empresários da banda e com os organizadores do show, para chegar a uma versão mais apurada sobre o que houve.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Bagunça na Sarneylândia

A banda Rock'n'Roll All-Stars, que tem Glenn Hughes e outros grandes astros do rock, tomou o maior cano dos produtores do festival Metal Open Air, no Maranhão.

Seria um grande festival na Sarneylândia depois dos gritos de "ei, Sarney, vá tomar no *" no Rock in Rio. Seria.

A banda inclusive desmarcou o show que faria em São Paulo para se concentrar lá. Pena que não rolou.

No Twitter, a mulher de Gene Simmons reclamou:

"Não conseguimos localizar a produção do evento no Brasil, então não podemos pagar a equipe, os músicos, os pilotos etc e não faremos o show!"

Não foi a única banda a cancelar sua participação no festival na Sarneylândia. O Venom não conseguiu visto, o Saxon tomou cano da produção 

O festival ficou muito popular nas redes sociais ao prometer a presença do comediante Charlie Sheen como mestre de cerimônias. Recentemente, Sheen gravou um vídeo confirmando a presença. Mas, segundo a reportagem, ele também ainda não apareceu.

sábado, 3 de março de 2012

Hughes só em outubro em São Paulo?

Acabo de ser informado de que aparentemente a banda Rock'n'Roll All Stars, que marcou shows no Brasil em abril, não vem a São Paulo. Mestre Glenn Hughes, portanto, viria em outubro com sua banda solo. O único show da banda no Brasil será no... Maranhão.

Tem outra história meio doida nessa turnê que reúne ex-membros de várias bandas. Ontem, o G1 falou que Charlie Sheen apresentaria o show no Maranhão. Perguntei para essa mesma fonte, altamente posicionada na banda. Segundo ele, não teria como - Sheen está ocupado gravando um novo programa de TV.

Não é a primeira mudança de última hora. A banda antes se chamava "Titans of Rock", mas de repente mudou de nome. Originalmente ela também teria Jason Newsted, do Metallica, mas ele disse que nunca assinou contrato.

E agora, o que será que vai rolar? Qualquer coisa que role será épica, possivelmente. Mas quanto do prometido inicialmente vai rolar de fato?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hughes com o Trapeze, aos 17 anos

Glenn Hughes postou ontem em sua conta do Twitter um link para um vídeo, com a seguinte observação: "fez uma lágrima cair do meu olho". O vídeo, de 1969, mostra ele aos 17 anos cantando em Wolverhampton, sua terra natal, com o Trapeze, sua primeira banda. Veja só que preciosidade:

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Finalmente: "What's Going On Here?" ao vivo

Burn é um dos meus discos favoritos do Deep Purple. Em várias das vezes em que eu ouço o álbum, minha faixa favorita fica sendo "What's Going On Here?". Gosto dos jograis entre Coverdale e Hughes - essa e "Hold On", do Stormbringer.

Sempre quis ver ao vivo, mas a música só foi tocada em alguns shows do começo da turnê da Mk3. Só existe áudio em bootlegs muito chiados. Quando chegou aos shows oficialmente gravados, na Califórnia e em Londres, já não estava mais no setlist.

Embora a Mk3 tenha nos privado desse privilégio, especialmente em vídeo, Glenn Hughes tocou essa música em Wolverhampton (Reino Unido), em junho de 2009. A banda é mais ou menos a mesma que veio ao Brasil no final daquele ano. O show foi lançado como "bootleg oficial" em CD e DVD pela Edel Records. Foi a gravadora que pôs o vídeo no YouTube pra dar um gostinho.

Hughes encara as partes das duas vozes muito bem. Compreensivelmente para um sujeito que se livrou dos excessos todos, ainda que não dê pra saber se é consciente, ele enrola as palavras na hora de falar "I've been drinking all night" e outros excessos do gênero.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Glenn Hughes e grande elenco tocam no Brasil em abril


Dez anos depois de visitar São Paulo com a banda "Voices of Classic Rock", que tinha ex-membros de várias bandas famosas, Glenn Hughes volta ao país no aniversário do Brasil com outro tributo de luxo: Titans of Rock. Eles tocarão por aqui no dia 22 de abril, em meio a uma grande turnê latino-americana.

Estes são os membros da banda, com as respectivas banddas de que fizeram parte:
Duff McKagan (Guns N 'Roses)
Joe Elliot (Def Leppard)
Gilby Clark (Guns N' Roses)
Ed Roland (Collective Soul)
Steve Stevens (Billy Idol)
Glenn Hughes (Deep Purple)
Matt Sorum (Guns N 'Roses)
Jason Newsted (Metallica)
Sebastian Bach (Skid Row)
Vince Neil (Mötley Crüe)
Pessoalmente? Preferia que o Hughes viesse ao Brasil com a Black Country Communion, que é a coisa nova mais legal que qualquer ex-membro do Purple anda fazendo.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Gillan e Hughes fazem tributo a Dio


Wendy Dio, a viúva do baixinho com pulmão de gigante, chamou alguns amigos do ex-cantor do Rainbow e do Black Sabbath para gravar um tributo. Eles incluem Ian Gillan (foto) e Glenn Hughes. Também estarão lá Lemmy Kilmister, Alice Cooper, Dave Grohl, Rob Halford e Sebastian Bach. Cada um escolherá as canções que vai cantar.

Gillan substituiu Dio por duas vezes na história do Deep Purple. A primeira foi em 1975, quando uma turnê do Rainbow impediu que Dio fizesse a voz do simpático Froggy em "Sitting in a Dream" na apresentação ao vivo de Butterfly Ball. Gillan estava aposentado do rock, mas atendeu ao chamado do amigo Roger Glover para sair da toca pela primeira vez após sair do Deep Purple. A segunda foi em 1983, quando Ronnie deixou o Black Sabbath.

Em 1999/2000, o Deep Purple fez a turnê dos 30 anos do Concerto para Grupo e Orquestra. Aproveitaram e homenagearam as carreiras-solo dos membros. De Glover, entraram duas músicas do Butterfly Ball, ambas cantadas por Dio - "Love is All" e "Sitting in a Dream". Dio foi convidado para o show e acabou entrando na turnê. Ao final, cantava "Smoke on the Water" com Gillan. Em 2006, Gillan chamou Dio para gravar vocais em "A Day Late and a Dollar Short", no disco Gillan's Inn.

Hughes também foi do Black Sabbath, depois do Ian Gillan, mas sua amizade com Dio é mais da brodagem mesmo. Dio morava em Los Angeles, onde Hughes mora até hoje. Na véspera de Natal de 2011, Hughes tuitou que estava indo com a patroa dar um abraço na Wendy Dio.

Minhas apostas?

Eu gostaria de ver Gillan cantar "Sitting in a Dream" de novo, depois de tantos anos. Já Hughes eu não sei. Acho que ele cantaria algo do Black Sabbath, talvez queira cantar "Heaven and Hell". Não sei o quanto a religião de Hughes permite cantar sobre o inferno. Mas a letra permite interpretações mais afeitas a ele, talvez.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre o Glenn Hughes

O Fernando Gilliatt colocou um comentário muito legal ali na caixinha, cuja resposta demanda mais do que o espaço de um comentário. Foi isto que ele escreveu:

    Só não é perfeito, não que vc deseje isso e nem eu tb espero isso afinal é um blog pessoal com SUAS impressões e tals, acho que exagera com o Hughes. Sempre leio suas críticas ao jeito meio "extravagante" e sem feeling do Hughes me causa um desconforto danado. As excentricidades e birras do Gillan são vistas com humor e como se fossem algo que fazem o personagem se tornar maior, enquanto as do Hughes são molecagens e frescuras de um velho imaturo. Os exageros vocais do Hughes são coisas de menino mimado querendo aparecer enquanto Gillan com qualquer coisa que o faça atualmente, mesmo que sendo apenas um fantasma da voz que foi, é "coisa de gênio" que se reinventou. Enfim, só tenho a agradecer pelo Purpendicular mas não acha que exageras com o Hughes?
Isso já foi verdade em boa parte. Sempre respeitei o Hughes como músico, até porque foi com o Stormbringer que eu comecei a curtir o Purple. Mas durante um bom tempo peguei pesado com a figura dele. Injustamente.

Quando mexi na cara do Purpendicular, antes de retomá-lo, fui atrás de todos os posts antigos para colocar tags sobre os membros. Esta, por exemplo, é a do Hughes. Algumas coisas que eu escrevi sobre ele me deixaram espantado. Apaguei várias, editei outras. Talvez tenha a ver com o fato de que ele andou associado ao Joe Lynn Turner, esse sim um cantor bom mas caricato. Botei os dois no mesmo saco durante um tempo.

Esse tom mordaz deixou de existir nos últimos dois anos. E deixou de existir porque finalmente eu conheci o que o Glenn Hughes fez fora dos discos do Deep Purple. Desde que eu pesquisei muito sobre a vida e a obra do Hughes pra entrevistá-lo, em 2009. E ainda mais especialmente desde que ele supervisou a produção dos remasters de Stormbringer e Come Taste The Band e inventou o Black Country Communion.

Pra mim, Hughes fazia um excelente trabalho no estúdio, mas no palco estragava. Não consigo deixar de ter essa impressão ouvindo os shows e sua performance neles, e tenho pilhas de exemplos concretos. Pra mim, havia muito pouco que diferenciasse isso do que o Joe Lynn Turner fez, em essência.

Outra coisa que me desinteressou do Glenn Hughes por muito tempo foi o fato de ele ter se detonado usando drogas. As únicas substâncias alteradoras de consciência que eu uso são bebida (geralmente com moderação), música e gibis. E durante muito tempo acabei medindo meus músicos favoritos por essa minha régua. Até porque as coisas que Hughes usava o prejudicavam demais. Sendo que ele é um BAITA músico em situações controladas. Excelente baixista, grande cantor. Se mistura soul na sua música, e se isso não é do meu gosto direto geralmente, é o menor dos fatores.

Pesquisando sua vida, porém, descobri o que mais ele gravou depois de limpar a cara. Descobri o quanto ele é gente fina, aberto, bonachão. Ainda não li sua biografia inteira, só trechos, mas estou doido para ler. Do pouco que li, achei bem mais interessante que a do Gillan ou a do Blackmore, as outras duas que já li.

A diferença é basicamente a mesma entre um filme e um documentário. O que é mais interessante nas vidas de Blackmore e Gillan é a música que fizeram. Já a vida de Hughes é turbulenta. Se algum membro do Deep Purple se reinventou várias vezes, foi ele. Perto dos perrengues dele, os dos outros são fichinha.

Ganhei muito respeito pelo Hughes por conta dessa pesquisa. Mas isso não mudou minha avaliação musical sobre sua atuação no Deep Purple.

Não faço segredo de que para mim o melhor do Deep Purple está na Mk2. Ainda acho que ao vivo o Hughes queria tanto mostrar seu talento como cantor que a banda inteira acabava se perdendo sem uma linha de baixo firme na hora do improviso - pra mim, esse improviso é o ponto alto dos shows da Mk2. Tenho como provar, especialmente com o DVD "Phoenix Rising", que os exageros de Hughes foram fatores importantíssimos para o Deep Purple quase acabar em 1975 e acabar no ano seguinte. Ele mesmo diz que achava chato esse negócio de solar por sei lá quanto tempo, que é o que eu mais gosto na Mk2.

Acho, porém, que com a idade fui ficando mais propenso a avaliar os outros pelo que são, com suas qualidades e seus defeitos, em vez de avaliá-los pelo que eu gostaria que fossem. E, caramba, eu posso não gostar da performance do Hughes tocando Space Truckin' em 1974, mas hoje sei o quanto ele estava prejudicado.

Mas nunca vou esquecer o quanto eu fiquei grato quando:

1) Ouvi o remaster de Stormbringer, o meu primeiro disco do Purple. Com um sorrisão de orelha a orelha.

2) Eu não conseguia piscar vendo Hughes ensaiar Holy Man acústico em São Paulo, depois de eu entrevistá-lo.

3) Eu estava deprimido numa tarde de sábado, cheio de problemas na cabeça, e casualmente ouvi pela primeira vez o primeiro disco do Black Country Communion. Aquele baixo supersônico da abertura mandou meus problemas pra muito longe. IIIII am a messengeeeer... and this is my prophecyyyy... I'm going baaaaaaack... to the Blaaaaack Country...

Na mesma hora tuitei: "Has @glenn_hughes forgotten he's not a kid anymore? Old men are not supposed to play like this". Ele me mandou uma DM na hora, faceiríssimo.

Hoje, se tem algum ex-membro do Deep Purple fazendo música nova de um jeito que empolgaria o Marcelo que descobriu um Stormbringer empoeirado em 1990, é o Glenn Hughes. Pena, porém, que ele apanhou tanto da vida (e deste blog) até chegar a este ponto. Acho até que é pra compensar isso que eu falei tanto nele aqui nos últimos meses.

Abração, meu grande. Depois diga lá o que achou dos posts recentes sobre ele.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A solidariedade dos velhos amigos

O Deep Purple ainda não fez nenhuma manifestação oficial sobre o tratamento do Jon Lord. Nem seus membros, em seus sites oficiais.

Até agora, apenas dois ex-membros já se manifestaram: Glenn Hughes, no Twitter, e David Coverdale, no fórum do seu site oficial.

Glenn Hughes
Prayers please: to my friend Jon Lord...we all hope for a speedy recovery...much love..GH
8/9/2011 9:58:05 AM #163487

My sincere thoughts, prayers & love are with Jon & his Family at this time...Such sad news...XX

sábado, 25 de junho de 2011

Um documentário dolorido. E fascinante.



Acabo de assistir ao documentário do DVD de Phoenix Rising, que conta a história do Deep Purple desde o final da Mk2 até o fim da banda, em 1976. Foram entrevistados Jon Lord e Glenn Hughes, e a sinceridade deles chega a ser brutal em várias partes do documentário. Especialmente a sinceridade do Hughes.

O DVD, que ainda não foi lançado no Brasil, tem feito certo sucesso comercial na Europa. E tem ótimos motivos. Phoenix Rising é um documento definitivo sobre os excessos que acabaram com as melhores bandas de rock do mundo - inclusive o Deep Purple.

Veja o trailer aqui:



Ele não tem comparação, por exemplo, com "Classic Albums: Machine Head". Naquele, o grande fascínio é a música (o que não é pouco) - mas nem as brigas entre os membros aparecem. Não se compara também com "Heavy Metal Pioneers", o documentário lançado durante os anos em que Joe Lynn Turner estava na banda. O DVD novo não busca contar o passado da banda do ponto de vista de seu presente.

Em Phoenix Rising, o ponto central é a história de uma grande banda em plena desintegração. Contada em primeira pessoa por dois ex-membros.

Dói ver a banda que eu mais aprecio no mundo chegando ao fim. Tudo bem que foi antes de eu nascer. Mas dói igual.

Dói ver músicos talentosos, como Hughes e Tommy Bolin, se detonando do jeito como se detonaram. Por sorte, e basicamente apenas sorte, Hughes sobrou pra contar a história.

Dói ver músicos ainda mais talentosos e extremamente disciplinados, como Jon Lord, contarem das vezes em que tinham que empurrar os colegas mais displicentes para o palco ou chamar sua atenção devido aos excessos. Lord, sempre carinhoso com os amigos, faz questão de fazer várias vezes a ressalva "não estou dizendo que eu era santo, mas...". Quando você acha que ele contou podres muito fortes dos ex-colegas, vem Hughes e conta seus próprios podres com mais detalhes.

Exatamente por isso, trata-se de um documentário fabuloso. Eles não estão preocupados em agradar ninguém - e nem precisam ter vergonha de expor colegas. Bolin, o que mais pisou na jaca, morreu há 35 anos. O vice-campeão, Hughes, faz questão de falar da jaca em que pisou até pra contrastar com o quanto sua vida melhorou.

Algumas notícias a respeito anunciam como inéditos os 30 minutos do show no Japão.

É mentira. "Rises Over Japan" foi lançado em VHS, nos anos 80. Está fora de catálogo há muitos anos, mas é facinho de achar no YouTube. Partes dele já saíram oficialmente em DVDs como o "History, Hits and Highlights". Inédito é ele ser lançado inteiro em DVD.



Mas esse DVD tem cenas inéditas, sim. Delas, pouquíssimo se falou até agora. Pelas minhas contas, são:

* Alguns segundos de "Smoke on the Water" do Made in Japan, na parte onde se fala do final da Mk2. As imagens do mais mitológico show do Deep Purple estão sendo lançadas a conta-gotas. No "History, Hits and Highlights", saíram segundos de "Highway Star". No "Deepest Purple", saíram segundos de "Space Truckin'". Um dia ainda sai a gravação completa, espera-se.

* Alguns segundos em preto-e-branco com o Gillan usando um traje meio que de marinheiro.

* Algumas cenas em vídeo de shows da Mk3, possivelmente do finalzinho da formação, lá em 1975. Impossível para mim identificar qual é o show.

* Trechos fabulosos da turnê do Deep Purple na Indonésia, em dezembro de 1975. Eles filmaram desde a chegada da banda à capital, Jacarta, até o momento em que roadies tiveram de encher o pneu do avião para a banda conseguir sair do país. Trechos dos dois shows, incluindo a polícia ameaçando a plateia com cachorros, estão lá.

Como não podia deixar de ser, a parte mais dolorosa do documentário é aquela que se aproxima do final. Toda a descrição da turnê do Deep Purple em Jacarta - a corrupção, os achaques, o calote, as drogas, a morte de Patsy Collins - é muito forte. E fica mais forte ainda com os depoimentos de Lord e Hughes sendo contrastados com as imagens daqueles dias pesados.



E fica ainda mais pesado quando você chega ao final do DVD, aos créditos, e aparece uma declaração de que as opiniões emitidas por Hughes e Lord sobre a morte de Patsy Collins não refletem a opinião de David Coverdale a respeito. Os dois acreditam que Collins - um homem forte, treinado como segurança - não tropeçaria assim tão fácil pra cair no poço de um elevador desativado e fechado. Lord diz que Collins foi certamente assassinado. Hughes, que chegou a ser preso por ter sido um dos últimos a ver o roadie vivo, diz que precisaria da ajuda de cinco homens fortes pra um homem daquele porte cair por acidente no poço de um elevador.

Eu lembro da primeira vez em que ouvi pedaços do "Last Concert in Japan". Foi num sebo de discos em Porto Alegre, acho que em 1992. O vendedor, Paulo, me mostrava o disco e lamentava o quanto as drogas haviam detonado aquele guitarrista. Sua guitarra estava inaudível. Anos depois, quando comprei o "This Time Around", com a versão completa e remasterizada do mesmo show, consegui ouvir a guitarra e disse a mim mesmo: "uau, o cara não estava tão mal assim".

No DVD de agora, Hughes coloca a coisa em contexto ao lembrar que o show do Japão foi o primeiro logo depois da experiência traumática em Jacarta. Segundo ele e Lord, o que detonou Bolin ali não foram as drogas. Não exatamente. O promotor local deu morfina para o guitarrista, e ele acabou dormindo em cima de sua própria mão esquerda. Assim, tudo o que ele conseguia fazer era uma posição só. Suas guitarras foram afinadas cada uma num tom diferente para ele poder tocar.

O final do Deep Purple, em março de 1976, foi melancólico. Sua última turnê foi praticamente em casa, no interior do Reino Unido. Hughes, literalmente o homem que tocou a última nota num show da primeira encarnação do Deep Purple, conta que nos últimos dias da banda ele virou de um show a outro sem dormir e sem comer, apenas bebendo e usando drogas. A bronca que Jon Lord conta ter dado no colega é daquele tipo que você nunca gostaria de ouvir de ninguém. Já contei aqui um par de vezes o final daquele show.

Se você é fã do Deep Purple, assista Phoenix Rising. Seus depoimentos são muito sinceros e chocantes. Você é trazido para os bastidores da fase mais shakespeariana da banda.

Se você é fã de rock, ainda que não especialmente do Deep Purple, assista Phoenix Rising. É um documento de uma fase do rock, tão completo e pungente quanto "The Decline Of Western Civilization Part 2: The Metal Years".

Se você não curte nem rock e nem Deep Purple, mas tem interesse em antropologia e sociologia, ou quem sabe em documentários em geral, assista Phoenix Rising. É um documentário fascinante.

terça-feira, 21 de junho de 2011

BCC usa vídeos de fãs como estratégia de divulgação



O Black Country Communion, a superbanda do Glenn Hughes, está se promovendo de um jeito especial: pedindo que os fãs filmem a banda nos shows e abrindo um concurso pra esses vídeos. Os fãs postam o vídeo no site da banda e quem tiver mais views pode levar uma graninha modesta, créditos pra comprar no site da banda e uma guitarra Epiphone autografada pelos músicos.

Hughes, arrisco dizer, é um dos músicos que mais entende como funciona a internet. Há cinco anos, quando você entrava num show, ainda era revistado e corria o risco de ter de deixar sua máquina fotográfica na portaria. Depois, quando câmeras de foto e vídeo migraram para os celulares, as casas de espetáculo descobriram que não dava mais para reprimir. Até porque não funciona - taí o YouTube que não me deixa mentir.

Se você não pode evitar que as câmeras entrem, pode torná-las parte do espetáculo. E é isso que o Black Country Communion fez. Estimula neguinho a ir ao show, fazer um baita vídeo e ficar rondando o site da banda. Ficar torcendo pro seu vídeo ser o mais visto. Chamar os amigos pra ver o vídeo no site, o que também não faz mal pra banda.

David Coverdale, numa entrevista recente, fez as contas: a estreia do clipe de "Love Will Set You Free" no YouTube deu mais audiência do que a chegada de qualquer clipe do Whitesnake na MTV nos anos 80. Isso significa o seguinte: o YouTube vai estar lá. Os downloads estarão lá. Você pode queimar neurônios pra incorporar isso à sua estratégia ou pode reclamar da vida.

Hughes e Coverdale resolveram queimar neurônios digitais. Compare isso com declarações recentes, por parte do Steve Morse, de que testar músicas novas no palco expunha o Deep Purple porque no dia seguinte um monte de gente postou no YouTube. Isso não reduz a admiração e respeito que tenho pelo Morse. Só me diz que dois músicos que admiro estão usando a internet a seu favor. Outros cinco, alguns dos quais admiro até mais do que os dois, não.

O BCC também tem uma estratégia interessante (embora meio insistente demais) de e-mail marketing. Dia sim, dia não, recebo algum email cujo remetente é "Glenn Hughes", "Joe Bonamassa", "Derek Sherinian" ou "Jason Bonham". Na verdade é um email institucional da banda contando as novidades. Neste press-release, seus empresários falam dessa estratégia.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hughes: "eu uivo de rir com Coverdale"

Glenn Hughes se sente meio excluído da "família" Deep Purple. Em entrevista ao Geeks of Doom, ele revelou isso e revelou que fala com o Coverdale todo santo dia.

"Olha, vou te contar a verdade. Eu nunca falo sobre isto a menos que alguém cave lá fundo como você está cavando agora, David Coverdale e eu... eu entrei na banda três meses antes dele. Ele nunca tinha subido num palco antes, e eu já tocava com o Trapeze havia 3 anos na América. Ficamos amigos. Nós dois somos do norte da Inglaterra; ele é de Yorkshire, eu sou de West Midlands. O resto do Purple estava estabelecido, sabe? O Jon Lord, o Ian Paice, o Ritchie Blackmore estavam estabelecidos. Eu saí da banda há muitos anos e não tenho contato nenhum com ninguém além do David. Na verdade, eu não falo com o Blackmore e nem o vejo desde 1977. Estar numa banda por três anos, três anos, e não receber nenhum cartão de natal, nem oi, nem foda-se, nem nada, é bizarro. É bizarro, então eu recebo do David Coverdale todo o amor que eu preciso daquela banda. Somos muito bons amigos. Ele me faz uivar de rir! Conversamos pela internet todo dia; todo santo dia. Não passa um dia em que eu não fale com o David, então recebo dele todo o amor que preciso do Deep Purple."
Duas observações, portanto:

1) Como já falei outro dia, acho excelente que os dois se deem bem hoje depois de coroas, e gostaria que mais deles se dessem bem. (Ele também, aliás.) Mas quando eles eram colegas no Deep Purple, rolava uma grande competição da parte do Hughes pra aparecer mais que o Coverdale. É natural, por se tratar de um músico altamente talentoso. Mas, enfim, essa amizade de infância é coisa da maturidade deles.

2) Hughes fala que não conversa com o Blackmore desde 1977. Com o Jon Lord, só falou em 2009 - mas mesmo mais ou menos por aquela época ainda lamentava de ter perdido a namorada para o tecladista. O Ian Paice está bem no Deep Purple. O David Coverdale tem lá o Whitesnake. Não sei como é que a imprensa especializada conseguiu entrar no bonde da boataria toda vez em que o Hughes levantou a lebre de sua vontade de voltar com a Mk3.

Falta de assunto, talvez?

terça-feira, 7 de junho de 2011

O primeiro vídeo do BCC 2

É "Man in the Middle", que Hughes considera uma história pessoal. Ele contou a história desta e de todas as outras faixas numa entrevista ao MusicRadar.

Curtam o vídeo:

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Glenn Hughes: radialista

Glenn Hughes vai ser apresentador de um programa dominical na rádio Planet Rock, de Londres. Ele vai apresentar as músicas que fizeram e fazem sua cabeça e também vai contar causos de sua vida na estrada.

As rádios rock inglesas são fascinantes porque trazem os músicos pra apresentar. Bruce Dickinson e Suzi Quatro tinham, e Roy Davies ainda tem, programas na BBC 6 Music. Alice Cooper, Joe Bonamassa (também da Black Country Communion) também apresentam programas na Planet Rock. Ronnie Wood apresenta na Absolute Classic Rock.

E o legal é que essas rádios transmitem na internet. Clique nos links acima, ajuste seu relógio e ouça a estreia do Hughes no outro domingo, dia 5 de junho. Lembre que, por conta do fuso horário, 18h lá são 14h aqui.

No Brasil, o que tem de mais parecido com isso?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Trechos da biografia de Glenn Hughes

O site oficial do Glenn Hughes postou e depois tirou do ar um preview de várias páginas da autobiografia do baixista e segunda voz do Deep Purple entre 1973 e 1976. A edição de luxo do livro custa 500 libras, mas é um troço vistoso pra caramba. Tem fotos raríssimas, incluindo uma do Roger Glover dando um pedala no Coverdale.

Enquanto ela esteve no ar, havia vários trechos interessantes disponíveis. Eles tratam de sexo, drogas e rock'n'roll - a tríade de excessos que acabou com o Deep Purple em 76, como o próprio Hughes admitiu a este blog numa entrevista há algum tempo.

SEXO

Hughes fala do seu namoro com Vicky, gêmea da mulher do Ian Paice e há 35 anos patroa do Jon Lord. O preview não entra no trecho sertanejo da história. Mas tem uma foto das gêmeas na época em que derretiam corações. Sinceramente? Pode ser que eu conheça mais mulheres bonitas do que a média (duvido), mas achei bem normaizinhas.

As aventuras de Hughes na chifrolândia continuam quando ele menciona ter casado posteriormente com a namorada do Tommy Bolin. Não fica claro se é a mesma moça exuberante que vestia quase nada quando o guitarrista chegou pra fazer teste no Purple.


DROGAS

A autobiografia do Hughes é um livro altamente sincero. Hughes não tem motivo pra esconder o que fez ou deixou de fazer. Pelo contrário: ele faz questão de contar, até pra mostrar do que se livrou. E não tem pudor de apontar o dedo pra quem fazia junto.

Segundo ele, até ele e Coverdale entrarem, o Deep Purple não era uma banda chegada a drogas. O negócio da banda era cachaça mesmo. "Remy Martin [o conhaque] era a droga favorita dele [Lord]". Talvez experiências, mas nada de hábito - e certamente não vício.

A coisa começou a mudar lá por 1974, com mais grana e mais viagens pros EUA. Segundo Hughes, seu primeiro acesso fácil à cocaína foi ao lado do Paice e das respectivas namoradas. Também diz que costumava "dar um teco" com Lord e Coverdale, embora os dois não tenham se viciado.

Hughes admite que foi perdendo o limite com a química gradualmente, até que sentia não ter ninguém no Purple que acompanhasse seu pique pra cair na farra. Aí entrou o Tommy Bolin, que tinha menos limite ainda - e a partir deste ponto os trechos se tornam mais espaçados.


ROCK'N'ROLL

Esta parte é a minha favorita. Os trechos pulam muito, então não dá pra ler o Hughes contar como ele e o Coverdale pesaram forte a mão na direção musical do grupo.

Mas é divertido saber finalmente qual foi a música que Coverdale gravou bêbado na fita que mandou pro teste do Deep Purple: "You've Lost That Lovin' Feeling". O teste do Coverdale foi no Scorpio Sound Studios, na Marylebone Road.

Hughes queria ser o principal cantor do Deep Purple ("esta é a verdade, e eu tô cagando se parecer arrogante: eu nasci pra estar no palco com uma banda como essa"). E descreve assim o papel que, segundo ele, Blackmore tinha em mente:

"Ritchie achava que o meu papel seria o de ser a cola entre os membros da banda, unindo as harmonias. Ele me via como um instrumentista-cantor tipo Paul McCartney, trabalhando ao lado de outro cara (...) que seria mais tipo Paul Rodgers, com aquela voz de blues."

Aqui tem o primeiro de dois exageros, ouso dizer. Pode ser que o papel buscado para Hughes fosse esse mesmo. Mas, possivelmente por imaturidade, um tanto também por conta da química, Hughes não conseguiu cumprir bem esse papel.

Isso fica bastante claro quando a gente ouve a Mk3 tocar "Space Truckin" ao vivo. Na Mk2, Glover fica de canto segurando a linha de baixo enquanto seus colegas piram. Um ano depois, na Mk3, Hughes quer mostrar seu talento tanto quanto os outros. Natural, em se tratando de uma banda cheia de gênios. Mas com isso ele perde o pulso no baixo, e como a música se estende os solos degringolam. Pena, mas acaba não sendo a cola.

O segundo exagero é que Hughes força um pouco a barra ao classificar como sempre muito amigável a relação entre ele e Coverdale no palco. Faz sentido se for olhar pelo ponto de vista de hoje, quando são dois tiozinhos sessentões que praticamente "serviram juntos" quando moleques. Coverdale hoje é o ex-membro que mais tem contato com ele. Hughes sempre se refere a ele como "meu irmão".

Eu acho muito legal que eles se dêem bem hoje - e eu adoraria que mais deles se dessem bem entre si. Mas qualquer um que ouça os registros ao vivo de 1974 a 1976 percebe que havia uma clara competição entre os dois - provocada especialmente por Hughes, que às vezes invadia o espaço da voz do Coverdale. Infelizmente, foi o que aconteceu. No estúdio, era perfeito. Ao vivo, a coisa mudava de figura.

Enfim: o livro parece bem interessante, mas vou esperar sair o paperback em outubro para comprar. A edição de luxo custa 500 libras!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

BCC libera primeiro preview do novo disco

Glenn Hughes mandou ontem aos cadastrados em seu site um e-mail cheio de novidades. A autobiografia dele já está saindo, por exemplo. Estou curioso pra caramba pra ler. O título é "Deep Purple & Beyond - Scenes From the Life of a Rock Star". Cá pra nós, bem melhor que o título do livro que o Coverdale pretende lançar: "How White Is Your Snake", que em português podia ser título de pornochanchada.

Também tem data do lançamento do segundo disco do Black Country Communion - 13 de junho no Reino Unido e no dia seguinte pro resto do mundo. As datas já estão no calendário aqui do lado.

Quer uma palhinha da porradaria?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Glenn Hughes vai gravar música "inédita" do Led Zeppelin

Jason Bonham, filho do pai dele, baterista do Black Country Communion e membro da curta reunião do Led Zeppelin em 2007, disse ao Toronto Sun que o próximo disco do BCC vai ter uma música que começou a ser composta para uma volta do Led.

"There's a song that started off as an idea that I worked on with (them), so I was happy to finish it off with this band and have it come out," the 44-year-old drummer says. "It's called Save Me. You'll notice it in the riff. You'll hear a slight Zepesque riff ... it's got a definite feel to it."

Bonham, the son of late Led Zeppelin drummer John Bonham, rehearsed with Page and Jones for several months after the band's 2007 reunion concert in London -- but the project fell apart after singer Robert Plant declined to participate and they were unable to find a way forward.

"I was very much under the illusion that we were going to write an album and we were going to put together a new project," Bonham says. "It was winter, like early December of 2008 when it kind of came to a halt, which was a hard thing for me to get over for a while. I had just played the concert of my life."

A volta do Led acabou dando à luz uma federação de superbandas, então. Bonham Jr. foi pro BCC, JPJ foi pro Them Crooked Vultures e lança disco novo em 2011, Robert Plant reformou sua velha Band of Joy e Jimmy Page disse no ano passado que queria voltar a fazer turnê neste ano.

Mas vai ser bem interessante ver uma música nova "do Led Zeppelin" na voz do Hughes.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ecos de um assassinato na Indonésia?

Em 1975, quando o Deep Purple tocou em Jacarta com a Mk4, uma coisa horrível aconteceu. Um roadie da banda foi encontrado morto no fosso de um elevador. Uma queda de seis andares.

O Deep Purple tinha tocado para 55 mil pessoas em 3 de dezembro. Na volta do show, o roadie Patsy Collins discutiu com dois caras da equipe. Saiu do quarto deles pra ir pro seu, no andar acima. A história que contam é que o elevador estava lento, então ele teria resolvido pegar a escada de incêndio. A porta do andar estava trancada. Ele voltou por onde deu e encontrou uma porta destrancada, sem indicação nenhuma. Era a do fosso do elevador, de onde ele caiu. Morreu na manhã seguinte. Logo em seguida, a polícia chegou querendo prender os dois roadies que teriam discutido com Collins, mais o empresário da banda, Rob Cooksey. E a polícia ainda pedia autógrafos.

Era 4 de dezembro de 1975. Ouça "Getting Tighter" aqui. O som não está bom, nem na gravação, nem na execução:



No show do dia seguinte, seis mil policiais patrulhavam o estádio - que tinha mais dezenas de milhares de pessoas. Mal começou o show, começou a pancadaria - a polícia baixava o cacete em quem tentasse dançar. O show acabou na metade.

Esse é o episódio mais sombrio da história do Deep Purple, sem sombra de dúvida. Ainda mais que exatamente um ano depois dele o Tommy Bolin morreu.

Pois o DVD Phoenix Rising vai ter, além do velho "Rises Over Japan", um documentário que vai do fim da Mk2 até o fim da Mk4, mais uma entrevista com Lord e Hughes especialmente sobre esse episódio macabro.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Hughes vai tocar o Burn inteiro em praça pública

É o que consta em seu fórum oficial. Vai ser a primeira vez em que ele toca todo o álbum Burn, na ordem exata. E vai ser de graça. Só que vai ser em Kavarna, na Bulgária. Ele foi contratado por Tsonko Tsonev, prefeito metaleiro da cidade e, segundo ele, seu grande amigo. Hughes também vai cantar para abrir a Maratona Nacional Búlgara, no dia anterior.