sábado, 23 de junho de 2007

O mestre do gênio

Parte do motivo pelo qual o Ritchie Blackmore tem aquela presença ao mesmo tempo discreta e inflada no palco é o fato de ele ter tocado com Screaming Lord Sutch nos anos 60. Sutch tinha bandas malucas, homenageando o império romano e Jack, o Estripador. Presença de palco era tudo, até o fim de sua vida. Em 1999, quando Sutch se suicidou, seus amigos cumpriram à risca seu último desejo expresso no testamento: uma grande festa de rock'n'roll até o dia clarear.

Mais de 30 anos antes de dar cabo à vida, porém, Sutch era um gênio do rock. Descobriu grandes como Blackmore e Jeff Beck. Beck, aliás, apareceria no filme "Blow Up", de Michelangelo Antonioni, tocando uma música famosa na versão de Sutch: "Train Kept a-Rolling". No filme, porém, a letra da música foi mudada.

Abaixo, dois vídeos do Lorde Gritão Sutch. O primeiro mostra um Blackmore MUITO novinho tocando (e cantando!) "Jack the Ripper". O segundo mostra Sutch usando o suspeito traje da banda Screaming Lord Sutch and the Roman Empire para cantar a música do cara que entrou no trem e conheceu uma dama que não era muito bonita, mas que ele não podia deixar passar. Chega junto, mocinha maneira, chega junto...



sexta-feira, 8 de junho de 2007

A eterna polêmica do setlist

O The Highway Star colocou no ar uma pesquisa para cada um votar quais são as 15 músicas que acha que deviam estar no setlist do Deep Purple.

Só quatro das que eu escolhi ficaram entre as 15 primeiras.

O mais legal é o seguinte: as 15 primeiras não mudam em quase nada a estrutura das últimas turnês. Do que eles não andaram tocando ultimamente, só Anya e Rat Bat Blue. Se for olhar as 25 primeiras, só duas músicas da turnê atual, mais o solo do Steve Morse, não estão na lista.

Ou seja: a gente reclama, reclama, reclama que o setlist é engessado, mas na hora de brincar de escolher a média não varia muito. Continuam as mesmas seis músicas do Machine Head e as mesmas duas do Perfect Strangers.

Ou seja: na média, as escolhas que eles fazem agradam à maioria. Não a cada um especificamente, mas à maioria. Eles acertam ao usar a lógica do "em time que está ganhando não se mexe" - embora um golzinho a mais não faça mal a ninguém.