segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

200 anos de Smoke on the Water

É o Luiz Antonio Ryff quem chama a atenção: na semana passada, a Quinta Sinfonia do Beethoven (tchan-tchan-tchan-tchaaan) completou 200 anos.

Em entrevista recente à CNN, o Blackmore andou dizendo que foi nela que ele se inspirou pra compor o riff de Smoke on the Water.



Mas não esqueça também a conexão bossa nova do riff.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

É ela ou não é?

O Luciano, membro das melhores comunidades sobre o Deep Purple no Orkut e de uma banda de tributo à Mk3, trouxe uma curiosidade interessante. Aparentemente, Candice Night aparece de mãos dadas com o Blackmore, os dois dando tchauzinho para a câmera, na abertura do vídeo Heavy Metal Pioneers.

Blackmore se faz acompanhar de uma loura sorridente. Ela parece um pouco mais gordinha que a Candice, e talvez um pouco mais velha - mas pode bem ser efeito daqueles cabelos dos anos 80. Sabe-se, por entrevistas da própria, que os dois estão juntos desde 1989, mas o vídeo tem imagens de shows só até 1988. Será que é? Assista o vídeo abaixo e vote na enquete aqui do lado.

O vídeo é esse aí embaixo, e o casal aparece entre os 45 e os 50 segundos.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Uma velha resenha

Entrou no ar um arquivo digital da revista Veja. Você pode pesquisar por palavra dentro desse arquivo. Pesquisei "Deep Purple". Uma pobreza: apenas 10 menções, sendo duas ao Whitesnake (e aí fala de onde o Coverdale começou) e outras muito casuais, de passagem, no meio de outras matérias e declarações.

O único resultado que realmente fala no trabalho do Deep Purple é este, da seção de notas sobre novos discos pop na edição de 17 de julho de 1974. É uma resenha do Tárik de Souza sobre o então mais novo disco da banda:

    BURN, com o grupo Deep Purple, LP Purple/Odeon (9003) -- Várias vezes reformulado, o Deep Purple parece sensivelmente afetado por sua última transformação, quando deixaram o quinteto inglês o vocalista Ian Gillan e o baixista e compositor Roger Glover. Sua incendiária energia, porém, foi diluída pelo próprio desgaste do gênero guitarras-gargantas-e-baterias-abertas-a-todo-volume.

A resenha imediatamente anterior é sobre o disco "Shinin' On", do Grand Funk. O Bento daria risada ao ler. Alguém comenta a resenha do Burn?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Candice solo em 2009! E o Blackmore?

Em entrevista à rede de jornais McClatchy-Tribune, Candice Blackmore disse que deve lançar seu primeiro disco solo no início de 2009, depois que Blackmore's Night terminar sua turnê com músicas de natal. O repórter aponta a surpresa, visto que os dois músicos acabaram de casar de papel-passado após viverem juntos por 19 anos.

Ela diz que resolveu partir para a carreira solo porque tinha muitas idéias de músicas e o Blackmore não tinha tempo para compor porque estava ocupado demais fazendo outras coisas. O jornal The Oklahoman não diz que coisas são essas. Mas vai que é uma volta do Rainbow, por exemplo. Nada foi anunciado, mas eu não duvidaria.

Na entrevista, Candice diz que nunca havia pensado em fazer carreira-solo. Mas eu já havia visto muitas pistas para esse resultado. Em setembro de 2002 eu já tinha indicações disso, tiradas do site da Candice. Com o tempo, achei que estava errado porque ela não é mais exatamente da idade da Amy Winehouse, Mallu Magalhães ou Britney Spears. É difícil lançar uma cantora nova com quase 40 anos de idade.

Quando soube que haveria um projeto de música renascentista do Blackmore, achei genial. Depois de ouvir o primeiro CD de Blackmore's Night, meio que me decepcionei. Sempre me pareceu que a idéia de Blackmore's Night era lançar a patroa do meu guitarrista favorito como uma espécie de Anya, cantando música para solteironas que curtem incenso e bonequinhos de duendes.

O tempo foi passando e me pareceu que Blackmore, um cara de personalidade dominante que não aceitava menos do que ascendência criativa total no Deep Purple, havia se resignado ao papel de ser o cara que faz os solos geniais no show. Aturar música new-age era o imposto que se pagava para ouvir o gênio dar umas palinhas com seus dedos mágicos.

Blackmore's Night amealhou uma boa quantidade de fãs. No início, havia mais fãs do Deep Purple e do Rainbow do que da música da Candice. O jeito mais fácil de ganhar uma camiseta de Blackmore's Night era ir ao show deles vestindo alguma imagem do Deep Purple. Aos poucos, a banda foi ganhando seu próprio público, e de fato hoje não me parece mais necessário ter o gênio na banda para que haja interesse no show da Candice.

No fim, por obra e graça do amor, Blackmore pôde passar alguns anos sem se irritar no palco, Candice ganhou seu público e fãs de música new-age já sabem cantar refrões de coisas do Deep Purple e do Rainbow.

Que venha o velho Blackmore. Genial, genioso e quebrando tudo. Será muito bem-vindo pelos fãs de rock. Agora, o frio na barriga é pra saber o que vem por aí.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sobre datas e datas

Eu queria ter escrito nos últimos dias sobre os primeiros shows do Deep Purple com o Satriani, que aconteceram há 15 anos no Japão. Pena que estou curto de tempo.

Mas vejam só: hoje tem dois aniversários relevantes para o Deep Purple. Muito significativos, aliás.

Neste dia, há 38 anos, o Deep Purple foi a um show do Frank Zappa em Montreux. Vocês sabem o que aconteceu lá.

E, no mesmo dia, há 32 anos, o Tommy Bolin morreu de overdose. O Deep Purple já havia acabado.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Dois atrasos

Dois discos muito esperados devem atrasar. O remaster de Stormbringer vai sair em fevereiro, não mais em 19 de janeiro. E o novo do Gillan solo deve sair só lá por março.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Nobody's gonna take my car...

O gesseiro Shaun Maddix, 39, da cidade de Dewsbury, na Inglaterra, teve sua Ford Transit roubada. Com a ajuda de seu filho, de 16 anos, ele correu atrás dos ladrões por mais de um quilômetro, num carro emprestado, e conseguiu recuperar o carro bloqueando sua passagem. Ao alcançar o bandido, ele o arrancou do carro e segurou-o no chão até a chegada da polícia, diz o Yorkshire Evening Post.

A história fica mais interessante quando você fica sabendo que todos esses esforços foram porque em seu porta-luvas estava um objeto precioso: o seu CD favorito do Deep Purple: Machine Head, segundo ele disse a um programa de rádio.

"Eu ouvi a van dando a partida. Demorei apenas dez passos pra chegar lá fora, fui bem rápido. Eu fiquei puto da cara - acima de tudo porque meu CD favorito do Deep Purple estava na van", disse ele. "A primeira coisa em que eu pensei foi no CD. Eu escuto ele o tempo inteiro quando estou dirigindo, e ele me mantém animado o dia inteiro. Não consigo ficar sem ele."

Qual CD do Deep Purple faria você caçar um bandido? Responda aqui a enquete:

Que disco do Deep Purple faria você caçar bandido se fosse roubado?


In Rock
Fireball
Machine Head
Made in Japan
Burn
Perfect strangers
Slaves & Masters
Outro
Todos

Crie sua enquete também

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Turnê à vista!!!

O The Highway Star está anunciando, ainda que sem confirmação oficial, que um show do Deep Purple está sendo anunciado para o dia 14 de fevereiro na Argentina, no festival Cosquin Rock, em Córdoba.

Há alguns meses, quando foi anunciado localmente e depois cancelado um show do Purple em Manaus, os organizadores me informaram que os empresários do Purple é que pediram pra transferir para março de 2009.

Levando em conta as duas datas - que, lembrem, ainda não foram confirmadas -, dá pra chutar que o Deep Purple seguiria sua turnê pelo Brasil na segunda metade de fevereiro, primeiro pedaço de março.

Assim sendo, vale a pena já ir preparando o bolso. Até porque em janeiro FINALMENTE sai o remaster de Stormbringer.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Blackmore topa entrar na banda-tributo do Turner

Lembra a banda Purple Rainbow, criada pelo Joe Lynn Turner com o Bobby Rondinelli pra fazer tributos às duas bandas citadas no nome? Pois é. Blackmore aceitou o convite para tocar guitarra com eles. A turnê mundial vai começar pela Rússia.

Mas peraí, peraí, peraí. Não é o Ritchie Blackmore. É o filho dele, Jurgen Blackmore, informa o The Highway Star.

domingo, 16 de novembro de 2008

Quinze anos depois

Nesta segunda, completam-se 15 anos do último show do Blackmore no Deep Purple. Ele ocorreu no Icehall, em Helsinki (Finlândia). Naquele ponto, há muito tempo não rolavam mais as colaborações criativas que ganharam a imaginação dos fãs duas décadas antes em duelos como este:


Em 1993, nos 25 anos do Deep Purple, Blackmore topou a contragosto reformar a Mk2 por uma segunda vez - o que significava voltar a dividir o palco com seu ex-melhor amigo Ian Gillan, com quem não se bicava direito desde os anos 70. Cinco anos antes, Blackmore havia proposto e os outros membros do Purple haviam topado demitir o vocalista, que andava abusando da cachaça e não tinha mais o mesmo controle nem da voz, nem da memória. Só que a formação que viera depois, com Joe Lynn Turner, não havia agradado nem à crítica e nem ao público.

Com o jubileu de prata a caminho, basicamente foi uma imposição da gravadora trazer o Gillan de volta, pra um disco e uma turnê. Para fazer o disco, gravado entre novembro de 1992 e fevereiro de 1993, o Purple puxou da gaveta algumas faixas compostas com Turner e com o instrumental já pré-gravado. Não encaixaram 100% na voz do Gillan, mas o disco saiu com algumas coisas bem boas, embora sempre com um leve travo de amargor. Blackmore, por exemplo, não gostou do jeito como ficou "Time to Kill". Segundo a biografia do Gillan, ele teria dito:

    "Não gostei da letra, não gostei do tom e não gostei do título! Quer dizer, a palavra 'kill' (matar) não fecha exatamente com aquele acorde, fecha? Pra ser honesto, eu preferia que você usasse a letra que o Joe escreveu."

No DVD "Highway Star", que comemora os 40 anos de carreira do Gillan, Roger Glover diz: "foi o melhor disco que pudemos fazer naquele momento". É uma boa definição dele.

Aí, viria a turnê. Originalmente, ela começaria no final de julho de 1993, nos Estados Unidos. Mas 24 shows, nos EUA e no Canadá, foram cancelados. A turnê só começou em 24 de setembro, em Roma. Empolgou os fãs por incluir novo material velho praticamente inédito no palco, como "Anyone's Daughter". Mas os ensaios eram tensos, como se pode ver neste vídeo de 21 de setembro:



A caravana purpleana passaria pela Alemanha, França, Suíça, Espanha e Áustria sem notícias de stress visível. Mas, ao encerrar-se o show em Praga, no dia 30 de outubro - 37 dias e 28 shows após o início da turnê -, Blackmore pediu que Colin Hart entregasse aos colegas uma carta em que apresentava os termos de sua demissão. Ele teria rasgado seu passaporte para não ir tocar no Japão após a turnê européia. Seu último show seria duas semanas depois, em 17 de novembro. Nada de novo no Purple: Gillan já fizera isso em 1973, dando seis meses de antecedência. Jon Lord o faria mais tarde, em termos muito mais amigáveis.

Quando houve o incidente da água, em 9 de novembro, apenas os fãs não sabiam que o Blackmore já tinha pedido o boné. Sabendo disso, e revendo o gestual e as trocas de olhares entre Gillan e Glover no vídeo de "Come Hell or High Water", fica claro que eles comentavam um com o outro que o homem de preto estava especialmente chato porque já havia ligado o foda-se.

Como o primeiro show no Japão seria em 2 de dezembro, a banda teria menos de um mês para achar e treinar um substituto. Teria de ser um excelente guitarrista, não apenas para dar conta do repertório (quase 50% formado por material novo ou raro), mas também pra ser aceito pelos fãs no lugar do gênio que criou todos os riffs do Purple. Udo, o promotor japonês, propôs Joe Satriani - e o fã do Surfista Prateado topou. Nesse meio tempo, enviaram uma fita do show de Stuttgart, considerado um dos melhores da turnê (lançado comercialmente há alguns anos), para que ele fosse ensaiando.

No dia 14, um domingo, a BBC anunciou que Blackmore deixaria a banda. Então, Helsinki era uma data obrigatória para todos os fãs que pudessem ir. Antes do show, Glover deu uma entrevista a uma revista finlandesa confirmando a saída do guitarrista.

Naquela noite, Blackmore subiu ao palco e tocou soberbamente bem (aqui estão os links para baixar o boot inteiro). Estava até simpático. Conta o Rasmus Heide sobre o duelo de guitarra e teclado em Speed King:

    um ocupado Blackmore tentava sem sucesso alcançar seu velho parceiro Jon Lord em uma complexa caçada de guitarra e órgão. O senso de humor de Blackmore emergiu quando, depois de um tempo, ele desistiu e pôs as mãos nos quadris, brincando como quem diz: "quem você pensa que é?"

Ao sair do show, Blackmore foi para o hotel fazendo mistério. Uma rádio finlandesa fez uma reportagem a respeito, na hora, mas eu não entendi nada do que eles disseram exceto a única frase que Blackmore teria dito aos repórteres: "Have a nice day". Gillan, ao sair do Icehall, anunciou que a turnê continuaria com Satriani.

Na manhã seguinte, Blackmore partiu de volta para casa e Gillan deu uma entrevista à TV finlandesa. Ele anuncia a saída do guitarrista e responde a uma provocação do repórter dizendo que topou a segunda reunião porque seu empresário ameaçou pedir demissão se ele não topasse. E reclama do agora ex-colega: "Não tem muita fricção. Blackmore é o problema. Ele é muito difícil, não escuta ninguém, quer tudo do jeito dele, não deixa ninguém dar contribuições à música, cancela turnês no último minuto. Essas coisas são difíceis, e eu não gosto disso. O único motivo pelo qual o Deep Purple pára de tempos em tempos é essa dificuldade dele." Gillan também promete que o Deep Purple continuaria rolando até que o óleo acabasse.

O programa também mostra o Blackmore faceiro, fazendo seu último solo de Highway Star com o Purple:


Depois disso, Ritchie primeiro falou em gravar um disco só seu. Retirou-se para sua casa em Long Island e jogava futebol todo domingo às três da tarde num parque da cidade. Até o final de 1994, porém, Blackmore tirou um tempo pra si próprio.

Ex-colegas se aproximaram. Glenn Hughes convidou Blackmore para fazer uns solos em shows seus. Não rolou. Com o fim da parceria entre David Coverdale e Jimmy Page, chegou-se a anunciar uma participação do Blackmore em shows do Whitesnake, e até gravações dele com Coverdale. Os shows nunca rolaram. Se gravações houve, nunca apareceram. Nem o disco solo chegou a sair.

No final de 1994, era certo que sairia uma nova formação do Rainbow, com o vocalista Doogie White. Em 1995, saiu o álbum "Stranger in Us All", com participações especiais da então desconhecida namorada do Blackmore. Antes de iniciar a turnê, a banda já tinha mudado de baterista. O primeiro show foi em 30 de setembro. Sabe onde? Helsinki, na Finlândia. A turnê chegou a passar pelo Brasil, em julho de 1996 - começando pelo Opinião, em Porto Alegre, em 2 de julho, e seguindo para mais quatro datas. O show anunciado no Rio foi cancelado.

Tal como acontecera com a formação do Turner, menos de um mês após os shows no Brasil aquela formação do Rainbow tinha terminado. Mas naquele ponto já se falava no tal projeto medieval do Blackmore. O nome seria "Medieval Moons And Dances". A primeira menção que vi a Blackmore's Night foi no final de 1997, quando ele deu uma entrevista à Guitar Player brasileira.

Fez bem ao ânimo de Blackmore sair do Deep Purple. Fez bem ao ânimo do Deep Purple a saída do Blackmore. Mas sempre fica um travo no fundo da garganta pensar que nunca mais veremos Blackmore e Gillan dividindo o palco criativamente. Mas, também, nunca mais veremos o Pelé fazendo gols pela Seleção. Vivamos com isso. O importante é nossos mestres estarem felizes e compondo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O sósia

Esta eu não sabia, mas a Associated Press me informou.

Em 13 de novembro de 1974, um impostor se fazendo passar pelo Ritchie Blackmore pegou um Porsche emprestado e bateu o carrão em Iowa City. Acabou sendo processado por falsidade ideológica.

Em 2005, o Blackmore também teve outro sósia espertinho, desta vez em Southampton, na Inglaterra. Esse se internou num hospital e até compôs uma música pra uma enfermeira. Leia aqui o que escrevi a respeito na época.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Novo CD do Gillan em janeiro

O novo CD solo do Ian Gillan, "One Eye in Morocco", deve sair em janeiro de 2009.

O disco foi gravado com o guitarrista Steve Morris, que já esteve ao lado do mestre em seus trabalhos solo dos anos 90: Naked Thunder (ok, 1989), Toolbox (1992) e Dreamcatcher (1998). Ele também foi um dos convidados especiais do "Gillan's Inn", na faixa "Loving on Borrowed Time".

Os dois se conheceram por conta de uma fita jogada na lata do lixo. Morris havia enviado ao Gillan, e ele botara no lixo. Um dia, o cantor estava jogando sinuca com um amigo e o sujeito botou uma fita pra tocar. Gillan pergunta: "sensacional, de onde você tirou isso?" E ele: "Da lixeira!" Das quatro faixas daquela fita, três foram parar no Naked Thunder. Uma delas era "Gut Reaction".

Morris subiu ao palco com Gillan pela primeira vez em fevereiro de 1989, cinco meses após o Gillan fazer seu último show com o Purple, quando o mestre passou sete meses se apresentando sob um dos seus primeiros nomes artísticos: Garth Rockett and the Moonshiners. Ele chegou a vir ao Brasil com o Gillan na primeira vez em que o mestre pôs o pé no país, na turnê de "Naked Thunder", mas deixou a banda meses antes da primeira vez em que eu vi o Gillan pessoalmente, em 92. Basicamente por conta de sua agitação no palco ser inversamente proporcional ao tanto que toca.

Veja abaixo Gillan em sua banda com Steve Morris, tocando "Demon's Eye" em 1990:

domingo, 9 de novembro de 2008

O último chilique final

Se você é um viúvo da Mk2, passe sua melhor camisa preta neste domingo e guarde luto. Há 15 anos, neste mesmo dia, ficou cristalinamente claro que seria inviável Ritchie Blackmore continuar na banda. Pouco mais de uma semana depois, ele saiu, embora já tivesse pedido demissão em 30 de outubro. (Aguarde o post do dia 17 para mais detalhes.)

A noite de 9 de novembro de 1993 - registrada originalmente no CD e no DVD "Come Hell or High Water" - foi aquela em que a fricção entre Gillan e Blackmore fez surgir o fogo. Ou a água, se preferirem. Blackmore entrou no palco na metade de Highway Star e sumiu no começo de Black Night. Jogou água no câmera. O homem estava com a macaca.

Nos últimos cinco anos, este blog juntou todas as versões que encontrou a respeito daquela noite fatídica. Em setembro, cheguei a conversar, em Copenhagen, com o megafã Rasmus Heide, autor de uma completa e empolgante, porém triste resenha feita para o The Highway Star. Ele estava lá naquela noite. E foi ele quem viu a cena que eu li pela primeira vez quando foi escrita pelo Gillan em sua autobiografia:

    When Blackmore finally did appear, it was only to leave the venue. He was disguised in his roadie's medieval peasant's outfit (which has since formed the basis of his dress code with Blackmore's Night!) and his girlfriend lead him to the door by way of a dog collar and leash. Very strange.

No ano passado, traduzi neste blog três versões sobre o caso da água. Uma era da autobiografia de Ian Gillan; outra, do website de Candice Night (possivelmente a moça que puxava Blackmore pela coleira); a terceira, do Darker Than Blue, fanzine da DPAS.

Eu tenho o vídeo (em VHS) e o CD daquela noite. Está longe de ser minha performance favorita do Deep Purple. O DVD é editado com entrevistas em que os quatro remanescentes falam mal do Blackmore - algo como a mais comentada do que vista edição do debate do Lula com o Collor em 1989.

A EMI tentou relançar o CD com o show completo, mas em fevereiro do ano passado o Ian Gillan chiou a respeito. Disse ele à BBC:

    "Foi um dos pontos mais baixos da minha vida. De todas as nossas vidas, aliás. De fato, aquela formação só durou cinco ou seis shows depois daquele de Birmingham. Aí, o Ritchie saiu da banda. Desde então, temos 13 anos de estabilidade."

O protesto do Gillan fez efeito. Hoje, você não encontra o DVD de "Come Hell or High Water", novo, por menos de R$ 60 nas principais lojas especializadas. O CD desapareceu feito fumaça. E o CD com o show completo, só em ponta de estoque. No site da Livraria Cultura, custa R$ 90.

Desde a primeira vez em que vi o show, apenas uma parte dele me abre um largo sorriso. Não é nenhuma música do próprio Deep Purple, e sim dos Rolling Stones: "Paint it Black". Eles tocavam isso no início dos anos 70 para o Paice fazer um longo solo de bateria e os outros descansarem um pouco ou talvez irem pra baixo do piano com alguma fã mais empolgada. Em 1993, a música virou uma vitrine dos talentos de cada um dos mestres.

Blackmore esmerilha sua guitarra. Lord põe seus dedos pra dançar sobre o teclado de seu brinquedo favorito. Gillan sorri enquanto surra as congas. Glover, sempre discreto, toca as mesmas duas notas que tocava aos 25 anos pra garantir uma base firme pra piração dos amigos. E Paice bota pra trabalhar os pigmeus percussionistas que traz escondidos sob sua manga. Vá lá que o Blackmore desapareça durante a maior parte do tempo, quando devia trocar solos com o Lord, e volte só no final. Mas aí todos eles estão completamente à vontade fazendo o que sabem fazer melhor.

É esse o Deep Purple para o qual eu tiro o chapéu desde a adolescência:

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Novidades no calendário

Acrescentei ontem algumas datas novas no calendário da história do Deep Purple. Estão lá marcados os aniversários do primeiro e do último show de todas as formações, por exemplo, além de alguns fatos importantes como a morte do Tommy Bolin, a saída do Jon Lord, o California Jam, o incêndio no cassino de Montreux e o famoso caso da água jogada em Come Hell or High Water.

(Algumas coisas bizarras. A Mk4 fez seu primeiro show no dia de Finados. Tommy Bolin morreu no aniversário do incêndio do cassino. A primeira vinda do Deep Purple ao Brasil coincidiu com os aniversários de 19 anos dos shows que deram origem ao Made in Japan - e os dois ex-membros que aniversariavam no período não estavam mais na banda. Quer mais uma? O último show da segunda formação com o Gillan aconteceu exatamente três anos antes do último show da formação com o Turner.)

Também procurei colocar os endereços. Assim, se você abrir os detalhes da data - especialmente se for de um show - vai encontrar um link para o mapa mostrando onde tudo aconteceu.

Em algumas das datas, como a de Come Hell e a do incêndio, já coloquei textos resumindo e links apontando para tudo o que eu já escrevi a respeito neste blog. Não tenho como escrever em tudo agora, mas posso garantir que no dia do aniversário da data os textos estarão no lugar.

Também acrescentei duas datas de shows de uma banda que faz tributo ao Deep Purple em Belo Horizonte (MG), chamada In Rock. Se você também faz tributos ao Deep Purple em algum ponto do Brasil, Entre em contato e me avise que eu coloco lá a data.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O aniversariante do dia: Nick Simper

Se você olhou a agenda do Purpendicular, já viu que o aniversariante de hoje (junto com meu irmão mais novo) é o Nick Simper, primeiro baixista do Deep Purple. Este é o perfil dele que eu escrevi para a agenda:

    Nicolas David Simper (Londres, 1945) foi o primeiro baixista a participar do Deep Purple, tendo sido convidado pelo guitarrista Ritchie Blackmore - com quem tocou na banda "Lord Sutch and the Savages". Em julho de 1969, porém, foi substituído por Roger Glover sem ser avisado anteriormente. Até hoje, ele guarda mágoas em relação a isso. Após sair do Deep Purple, simper participou das bandas Warhorse e Fandango. Atualmente, toca em seu tempo livre com a Good Old Boys e neste ano participou de alguns tributos ao Deep Purple na Europa.

Veja abaixo ele tocando "Emmaretta" (!!!!) em maio, em Viena. Relevem os trejeitos e tropeços do vocalista, porque desde 1968 ninguém do Purple tocava isso:


Este é mais recente: em setembro, ele toca "Hush" como convidado da banda 24 Carat Purple, em Londres - com direito a um "lacraia" pulando na frente da câmera:

domingo, 2 de novembro de 2008

O calendário do Deep Purple

Veja aqui ao lado o calendário exclusivo criado pelo blog Purpendicular com todos os eventos relevantes do Deep Purple: aniversários, casamentos (como o do Blackmore, mês passado), shows da banda e de ex-membros no Brasil, shows interessantes fora do país e até as datas das turnês antigas da banda, se você tiver paciência de buscar até 1991.

Se você tem um Google Calendar, você pode adicionar essas datas todas à sua agenda usando este link.

Se você tem uma banda que faz tributo ao Deep Purple em algum lugar do Brasil e quiser colocar seu show neste calendário, avise aqui nos comentários.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Como comprar da DPAS

O Bruno perguntou como ele faz para encomendar o Stormbringer também.

Simples: entre no site da Purple Records e clique em "Forthcoming Titles". Na lista de lançamentos já no forno, o quarto é o de Stormbringer. Clique em "Pre-Order". Clique em "ADD". Dê seus dados, incluindo número de cartão de crédito internacional. E aguarde.

Outra coisa legal no site da Purple Records - que pra mim, pelo menos é nova - é a seção "Purple Download".

Ali, você pode comprar o download legalizado de vários discos da gravadora que, de outra forma, dificilmente chegarão ao Brasil, como "First of the Big Bands", do Tony Ashton e Jon Lord, e o "Gemini Suite" que o Lord gravou SEM o Purple e com letra diferente da molecagem do Gillan ("How I wish... that I wasn't here..."). O preço é bem mais em conta do que a versão física: o mais caro dá uns R$ 28, pelo câmbio de ontem.

Você pode argumentar que pode baixar o MP3 de graça em outros sites - e é verdade. Mas baixar pagando garante fôlego à Purple Records pra garimpar e lançar mais coisas. O catálogo deles conta com 587 títulos até agora.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Agora é oficial: VAI SAIR!

Já tem data pra sair na Europa o remaster de Stormbringer: 19 de janeiro de 2009. Bastante apropriado: nada mais justo que a versão melhorada do primeiro disco do Purple que eu ouvi na minha vida sair um dia antes do meu aniversário.

Eu já encomendei o meu.

Segundo a DPAS:

    Haverá uma edição limitada, com 2 CDs e capa externa, com os mixes quadrafônicos originais e outros acepipes, incluindo o excelente trabalho de remixagem do Glenn, elementos em vídeo e mais. Está planejada uma edição dupla em vinil, também limitada. ambas estão disponíveis para reserva com a DPAS. Assim que acabar a edição limitada com 2 CDs, o disco será relançado como uma edição mais barata, com um só disco, incluindo o álbum, os remixes e alguns outros itens. Parece que a velha versão em CD vai sair de catálogo. (...) Glenn contribuiu com textos para o encarte, e uma transparência supergrande da pintura original da capa foi desencavada na América para usar na nova capa.

As faixas:

DISCO 1:

01. Stormbringer 4.03
02. Love Dont Mean A Thing 4.24
03. Holy Man 4.37
04. Hold On 5.08
05. Lady Double Dealer 3.17
06. You Cant Do It Right 3.25
07. High Ball Shooter 4.24
08. The Gypsy 4.10
09. Soldier Of Fortune 3.12
10. Holy Man 4.38 remix
11. You Cant Do It Right 3.53 remix
12. Love Dont Mean A Thing 5.21 remix
13. Hold On 5.23 remix
14. Soldier Of Fortune 3.12 remix
15. High Ball Shooter (instrumental) 4.30

DISCO 2:

01. Stormbringer 4.03 Quad 4.1
02. Love Dont Mean A Thing 4.24 Quad 4.1
03. Holy Man 4.37 Quad 4.1
04. Hold On 5.08 Quad 4.1
05. Lady Double Dealer 3.17 Quad 4.1
06. You Cant Do It Right 3.25 Quad 4.1
07. High Ball Shooter 4.24 Quad 4.1
08. The Gypsy 4.10 Quad 4.1
09. Soldier Of Fortune 3.12 Quad 4.1
10. Stormbringer 4.03 Quad 2.0
11. Love Dont Mean A Thing 4.24 Quad 2.0
12. Holy Man 4.37 Quad 2.0
13. Hold On 5.08 Quad 2.0
14. Lady Double Dealer 3.17 Quad 2.0
15. You Cant Do It Right 3.25 Quad 2.0
16. High Ball Shooter 4.24 Quad 2.0
17. The Gypsy 4.10 Quad 2.0
18. Soldier Of Fortune 3.12 Quad 2.0
19. Stormbringer video footage

terça-feira, 14 de outubro de 2008

E o homem de preto casou mesmo

Quer ver o homem de preto sorrindo naturalmente? Então veja esta foto do dia do casamento dele:



Apenas Zé Ramalho explica. Acho até que cabia uma estrofe a mais nessa música só pra incluir a mudança do Blackmore.

Cobertura fotográfica completa do casório aqui.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Deep Muppets



Esta é a Red Band, que vai abrir o show do Deep Purple em Israel. Não, você não precisa trocar de óculos: eles são fantoches tipo Muppets, mesmo. A banda existe basicamente num programa de TV israelense.

Olha o que são os caras. Pena que iídiche pra mim é grego:

sábado, 23 de agosto de 2008

'Cause it's coming our way, ay-ay!


Esta, mais ou menos, deve ser a cara da "slipcase" (capa de cartolina que envolve o CD) do remaster de Stormbringer. Por dentro, a capa do encarte deve ser a mesma do CD. Vai ser um CD duplo. No encarte, vai ter também um texto do Hughes. Também vai sair em vinil duplo.

Nada foi dito sobre datas e preços. Eu chuto uns R$ 120 pela brincadeira toda. Mas nunca na vida estive tão doido pra gastar uma grana assim.

Quem me conhece, e conhece minha história com o Deep Purple, sabe o quanto o Stormbringer significa pra mim. Tenho melhores lembranças da adolescência tocando guitarra no ar em Lady Double Dealer do que cantando o solo de Highway Star. Simples: porque Stormbringer eu conheci aos 13 anos, enquanto só botei as mãos no Machine Head aos 15. Adolescente pobre é uma desgraça.

Com vocês, Lady Double Dealer ao vivo no último show do Blackmore com a Mk3. Como não existe vídeo disso, um gênio botou as moças de Kill Bill e outras cenas de mulheres lutando:

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sem Mickey Mouse

Um colaborador do The Highway Star descobriu uma pérola no YouTube: um vídeo de No No No, daquela mesma sessão em que eles tocaram no Beat Club, em 1971, só que sem aqueles defeitos especiais no fundo e sem o "Do you like me? No, No, No! Do you like Mickey Mouse? No, no, no!" É um take de ensaio da música, que aparentemente foi achado nos arquivos da emissora.

O fundo de tela é azul forte, vívido. Faz sentido. Aqueles defeitos especiais do Beat Club são feitos em chroma-key. Pra isso, precisa ter um fundo chapadão, tipo azul ou verde (o do estúdio de TV da minha faculdade de jornalismo era azul). O Homem-Cromaqui do programa Quinta Categoria, da MTV, usa uma roupa verde por causa disso, pra poder refletir os efeitos especiais. O filme "300" foi todo feito com essa tecnologia.

Compare abaixo os dois vídeos. Especial atenção para o solo do Lord no do ensaio, que é o primeiro.



sábado, 9 de agosto de 2008

O descanso dos guerreiros

O Deep Purple tem shows marcados até o dia 18, na Letônia. No dia seguinte é aniversário do Gillan, e eles não trabalham. Só voltam ao batente dia 5 de setembro, na Rússia.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

E continua a saga de Stormbringer

O lançamento do remaster de Stormbringer já está quase tão mitológico quanto o animal que adorna sua capa. Sendo otimista, acho que ele será lançado como edição dos 35 anos do disco. Já se sabe que será duplo e que terá mixes quadrafônicos. Já se falou em publicar como um livro de capa dura e do tamanho de um CD, tipo os da coleção Folha. Mas ainda não se falou em data.

Em junho, o problema era conseguir restaurar a capa do disco - a arte estava perdida. Aí, parece que a EMI conseguiu uma transparência que daria uma impressão de alta qualidade. Aí, foi encontrada uma pintura de 1927 em que a capa se baseou.

Agora, foram encontradas mais fitas da gravação do disco, além das que o Glenn Hughes trouxe de casa no ano passado. A EMI está vendo se essas fitas têm alguma novidade. Então, vai demorar mais um pouco.

Esse remaster está em produção pelo menos desde 2003. Foi inicialmente anunciado para o começo de 2005, depois para meados de 2006, foi reprogramado algumas vezes e ainda não rolou, entre idas e vindas. Mas já é lucro, porque está sendo produzido: em 2002, sequer se sabia se rolaria esse remaster, até que foram encontradas algumas fitas master do disco, há muito perdidas (em maio daquele ano).

Apenas para ter uma idéia, veja como foram lançados os outros remasters do Deep Purple:

    Junho de 1995: Inaugura-se a série, com a edição de 25 anos de In Rock. Capa autografada, trechos bem sacados de papo de estúdio, faixas extras. Só faltou Hallellujah pra ficar completo, mas tudo bem: eu tenho o Singles A's & B's. E ganhamos no mesmo disco TRÊS versões de Speed King, sendo uma delas a do piano que eu também tinha no Singles. O encarte, com um texto cuidadoso do Simon Robinson, imagens difíceis e reminiscências de praticamente todos os membros do Purple, me pirou o cabeção. Criou um alto padrão que se repetiria nos seguintes. 1996: Na seqüência, vem o remaster de 25 anos de Fireball. Meu disco favorito do Deep Purple vinha pela primeira vez em sua existência com Demon's Eye E Strange Kind of Woman no mesmo disco (antes, se o vinil seguia a Inglaterra vinha D'sE e se seguia os EUA vinha SKOW). Mais ainda: embora não tivesse papo de estúdio como o anterior, tinha a galinhagem "The Noise Abatement Society Tapes". Não coube o Gillan improvisando letra para Fools - que entrou numa caixa, depois - e salvo engano foi o Jon Lord quem não deixou entrar um "Show me the Way to Go Home" etílico. 8 de setembro de 1997: sai o remaster duplo de Machine Head, também mantendo o intervalo de 25 anos. Fora os gloriosos solos alternativos e a abstenção do corte em algumas faixas do disco extra, não tinha tantos petiscos de estúdio. Mas não tinha problema - é muito legal que tenha saído um disco semelhante ao que tínhamos junto com um disco como ele podia ter sido. Também se juntou pela primeira vez When a Blind Man Cries ao restante do disco, sem falar nas versões quadrafônicas (que nunca consegui ouvir em todo seu esplendor por falta de caixas de som). Fevereiro de 1998: vai às lojas lá fora o remaster duplo de 25 anos e uns meses de Made in Japan. É o disco que conhecemos, com um extra de apenas três faixas. Mas vale muito a pena. É um disco raçudo. Pena que cortou boa parte do papo do Gillan entre as músicas (todo transcrito, anteriormente, nas letras do The Highway Star). Fevereiro de 2000: saem de uma só vez os remasters da Mk1: Shades of Deep Purple, The Book of Taliesyn e Deep Purple. Coisa fina, interessante, abrindo os ouvidos dos fãs para a novidade do Deep Purple pré-Gillan. Os extras vinham principalmente da BBC, mas também do programa de TV do Hugh Hefner. O encarte é mais modesto do que os dos outros remasters, mas compensa. Pelo menos o do terceiro disco foi produzido na época dos seus 30 anos. 2000: é lançado o remaster de Who do We Think We Are, evitando chamar atenção sobre sua data comemorativa. Não eram mais 25 anos, e sim 27. Mas a faixa First Day Jam e a introdução de guitarra do Blackmore para Rat Bat Blue compensaram tanto a demora quanto a grana absurda que eu paguei por ele. Ralei durante meses, para encontrá-lo apenas numa edição sueca. Nem na Galeria do Rock tinha. 2002: vai às lojas, surpreendentemente até no Brasil, o remaster do Concerto for Group and Orchestra, nas versões CD e DVD. No CD, além do concerto inteiro, tem o bis resumindo o terceiro movimento e um CD extra com o set do Deep Purple antes de começar o concerto. Quem tinha o Powerhouse já conhecia, mas mesmo assim, pela primeira vez, o pré-set e o próprio concerto estavam juntos reunidos. No DVD, a leve decepção era em ver que o vídeo começava com o som já rolando. 2004: sai a edição de 30 anos de Burn. Eu, pessoalmente, fiquei babando quando saiu. Comprei na Amazon assim que vi anunciada. Achei que era um ótimo negócio, mas fui obrigado a perder minha inocência a respeito quando a Receita me garfou metade do preço do disco em impostos. Em termos de extras, nem tanto. Mas os duetos entre o Coverdale e o Hughes ficaram bem mais nítidos, o que pra mim foi uma epifania. Uma coisa de que não gostei foi a versão "modernosa" de Coronarias Redig. Não tem a versão "careta" da música - cuja introdução eu prefiro. E tem um barulhinho chato antes de You Fool No One. De qualquer forma, o disco valeu - embora tenha saído mais caro do que o anterior, no fim das contas.

terça-feira, 29 de julho de 2008

É o amor

Ritchie Blackmore e Candice Night vão casar. Em outubro, num castelo. Segundo a Music Mirror, eles já estão juntos há 15 anos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Come back where you belong

O amigo Karlan disponibilizou o link para um show que eu vinha procurando há séculos: o do primeiro reencontro de Gillan e Blackmore no palco após o mestre sair do Deep Purple.

Então, senta que lá vem história.

No natal de 1978, a campainha da casa do Ian Gillan tocou. Nevava. Era tarde. Quando o mestre abriu a porta, viu um vulto de chapéu pontudo, a três passos da porta.

-- O que você quer?

-- Estou procurando um cantor.

-- Ora, então pode entrar!

-- Tudo bem se eu trouxer minha namorada?

-- Cadê ela?

Estava no final da rua, esperando um sinal. Blackmore havia pedido que ela ficasse lá para o caso de dar briga.

Lá dentro, eles passaram algumas horas bebendo vodca. Ao final, Blackmore pergunta se o Gillan topa cantar no Rainbow. Ele diz que não, e convida o homem de preto para tocar na Gillan. É nessa hora que Blackmore diz a frase-chave:

-- Não... não, Ian. Você está fazendo tudo errado. Devia estar tocando nos grandes estádios.

Eles se cumprimentaram e Gillan convidou Blackmore para tocar no dia 27 de dezembro, no Marquee. Ele foi tocar Lucille. Deu isto aqui:




O que eu NÃO sabia, e que descobri a partir da pesquisa para este post, é que o segundo show linkado pelo Karlan não é um erro de data: realmente o Blackmore voltou a tocar com o Gillan, em março de 1980. Foi dali que saiu esta foto:




Bernie Torme, entrevistado, explicou: "Ritchie estava tentando convidar o Gillan para a volta do Deep Purple." Na brincadeira toda, tocou este medley do rock'n'roll:




Torme ficou na banda até junho de 1981, sendo substituído por Jannick Gers. A Gillan durou até dezembro de 1982, quando mestre Ian pediu licença pra operar a garganta. Em agosto de 1983, porém, ele começa a sua turnê com o Black Sabbath - o que fez os ex-membros da banda se sentirem caloteados e chamarem o cara de mentiroso.

A turnê histórica com o Black Sabbath procede até março de 1984. No começo de abril, o Deep Purple se reúne em Vermont para a gravação de Perfect Strangers e o casamento do Ian Gillan. O resto vocês já sabem.

O que ninguém sabe é quando o Gillan vai retribuir ao Blackmore a cortesia de chamá-lo de volta aos grandes estádios.

domingo, 29 de junho de 2008

Made in Japan

Não havia câmeras apontadas para o palco em Osaka, nas noites de 15 e 16 de agosto de 1972, e nem em Tóquio, na noite seguinte. Por isso, a performance ao vivo mais conhecida e admirada do Deep Purple - a do disco Made in Japan - nunca foi vista por olhos ocidentais.

[EDITADO: Havia, sim.]

Por engenho e arte do amigo Iuri, da comunidade Profundo Papo, Roxos de Rir, tive acesso a este vídeo bem divertido de uma banda cover japonesa, vestida a caráter como os mestres se vestiam na época, tentando reconstruir uma daquelas noites. O alvo é Black Night, tocada nota por nota como se ouve no segundo disco do remaster. O vocalista deixa um tanto a desejar, mas a banda não faz feio.

Fica aí como minha modesta homenagem aos 100 anos da imigração japonesa em São Paulo.

domingo, 22 de junho de 2008

Arco-íris violeta



Acaba de surgir uma nova banda na família Purple, com um nome muito criativo:

PURPLE RAINBOW.

A iniciativa, segundo o Blabbermouth, é do onipresente vocalista Joe Lynn Turner, que reuniu estes amigos:

Bobby Rondinelli (RAINBOW, BLACK SABBATH) - Bateria
Tony Carey (RAINBOW, PLANET P. PROJECT) - Teclado
Craig Goldy (DIO) - Guitarra

No repertório, "Man on the Silver Mountain", "Stone Cold", "Stargazer", "Long Live Rock 'n' Roll", "Street of Dreams", "Smoke on the Water", "Highway Star", "Burn" e muito mais. A banda sai em turnê a partir de 2009.

Mas atenção (1). Não se trata desta banda-tributo holandesa. Nem esta outra banda-tributo. Também não é esta empresa de comunicações. Muito menos esta fundação de apoio a crianças transgênero.

Mas atenção (2). Não é com essa banda que Turner vai tocar no Manifesto na semana que vem, ao lado do Tony Martin. Também não é a volta do Rainbow de que Turner cogitou em fevereiro. Relevem o trecho dessa entrevista em que o Turner fala:

    Uma noite, nós estávamos cambaleando pelo chão bêbados, e eu disse pra ele "nós não vamos durar muito, porque eu tenho medo de intimidade". Ritchie respondeu: "E estamos ficando muito amigos". Eu só disse "Melhor nós aproveitarmos enquanto dura".

domingo, 15 de junho de 2008

Revelado o motivo

Finalmente foi revelado, por vias tortas, o motivo pelo qual o Deep Purple cancelou o show que eles fariam em Manaus no dia 7.

Desde março, o Roger Glover estava de licença, cuidando de sua mãe no interior da Inglaterra. Ela sofria de câncer e morreu dia 10, aos 86 anos. O mestre escreveu um texto em homenagem a ela, onde agradece os colegas assim: "Tenho uma dívida profunda com meus colegas de banda por me permitirem esta licença."

O último show feito pelos mestres foi em 8 de março, em Caracas. O próximo está anunciado para 22 de julho, em Zaragoza. Eles têm quase dois meses sem nada marcado em setembro e outubro, e depois agenda cheia até 18 de novembro.

Eu não fazia idéia de que esse podia ser o motivo. Mas as mães deles estão velhinhas, e já dizia o Jorge Luis Borges que "morir es una costumbre que sabe tener la gente". Meus sinceros respeitos à memória de dona Brenda Glover, esta senhorinha simpática aqui embaixo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mary Long, quem diria, deixa saudades hoje



A música "Mary Long", do Who Do We Think We Are, é uma crítica a dois paladinos do moralismo britânico nos anos 70, Mary Whitehouse e Lord Longford. Pois a vida de Mary Whitehouse, essa tia aí em cima, virou tema de uma telessérie da BBC2. O blog Comment is Free, do The Guardian, pergunta:

    Numa época em que piadas sexuais na televisão são um dado, em que músicas como "promiscuous girl" tornam-se sucessos imediatos ou em que um blog de fofocas picantes atrai milhões de acessos todo dia, perguntamos: será que precisamos de outra Mary Whitehouse? Será que aceitar a transmissão de conteúdos arriscados foi um erro ou deveríamos ter cuidado com qualquer tentativa de censurar a mídia?

Eu, pessoalmente, acho que brincar com a liberdade de expressão é um perigo: tanto em termos de abusar dela quanto em termos de querer controlá-la demais. Mas acho que a promíscua tem o direito de cantar sua promiscuidade, desde que quem não gosta tenha o direito de desligar o rádio ou não comprar o disco.

Mandei um e-mail para o Gillan perguntando o que ele acha do docudrama sobre a velhota. Vamos ver o que ele diz.

Mary Whitehouse morreu em novembro de 2001, pouco tempo antes de este Purpendicular ser criado. Tinha 91 anos. Quando soube disso, escrevi um "Clássicos Purpendicular" contando a história da tia:

    Morreu em novembro a professora britânica Mary Whitehouse, uma ferrenha moralista inglesa dos anos 70. Aos 91 anos, informava o "The Guardian" de 24/11. A, hã, simpática vovó aí em cima foi a fundadora da "National Viewers and Listeners Association", uma Senhoras de Santana inglesa. Para terem uma idéia da simpatia da véia, vejam o subtítulo do editorial do Guardian sobre a morte: "Nós não merecíamos Mary Whitehouse".

    "Mary Long é uma hipócrita. Ela faz todas as coisas que diz para não fazermos." Esse era o começo da letra de "Mary Long", gravada em 1973. A canção era um libelo contra a censura moralista da Inglaterra do começo dos anos 70. O nome era composto por MARY Whitehouse e Lord LONGford. "Auto-escolhidos guardiães da moral pública", classifica Ian Gillan, o compositor da música. Gillan, na letra, chegava ao requinte de fazer uma sugestão sobre o que ela deveria fazer: "vai procurar teu amigo caralho, cava um buraco em ti e pula em cima dele". A tradução é livre.

    A segunda metade da letra, lorde Frank Longford, morreu em agosto do ano passado, aos 95 anos, e também mereceu um obituário do Guardian, sem editorial. Para vocês terem uma idéia de quem era a figura, Longford foi padrinho de casamento do sequestrador Charles Bronson e tinha o costume de visitar prisões desde os anos 30. Não, não como hóspede: ele lutava pelo direito de os presos incompreendidos serem ouvidos. Até hoje permanece inédito um manuscrito escrito por esse tiozinho aí da foto, cujo singelo título é "Hitler -- ele não pode ter sido tão mau, pode?" Apesar disso, ele se dizia socialista e católico, fervoroso em ambas as crenças como um certo governador bigodudo que eu conheço.

    "Eles eram os fascistas politicamente corretos e conscientes da publicidade naqueles dias; não mudou muito hoje, exceto pelo fato de os atuais soldadinhos do passo certo usarem a palavra 'não-apropriado'", escreveu Gillan em uma explicação da letra. Ele termina a explicação com a melhor frase sobre moralismo que já li na vida: "há e sempre houve um sinistro bafo de hipocrisia emanando do púlpito dos pios." Tanto pios de direita quanto pios de esquerda; tanto os religiosos como os laicos, percebam --púlpito nem sempre é um palco na frente da cruz.

    Mary e Long metiam o dedo em tudo. Principalmente nos roteiros da BBC, emissora pública britânica (Mary told Johnny not to write such trash, she said it was a waste of public money...). Mrs. Whitehouse ficou na ativa até o ano passado, apesar de estar oficialmente aposentada desde 1984 (juro que é só coincidência, acho). Lord Longford também continuou cumprindo sua tarefa cristã de visitar os presos até meses antes de sua morte, e até lançou um diário sobre suas andanças pelo mundo do sol quadrado.

    Não seria exagero, acho, dizer que eles abriram o caminho do conservadorismo de Maggie Thatcher (Thatcher! Thatcher! Milk snatcher!), outra professorinha sinistra que passou a tomar conta do país a partir de 1979.

    Mas a figura mais odiada era a tia Whitehouse. Na descrição do Guardian, ela era "uma personalidade pública única, que brilhantemente usou e manipulou a BBC e outros meios de comunicação, apenas para castigá-los. Seu sorriso metálico e benevolente, óculos barrocos e frases prontas a tornaram mais conhecida que muitos ministros de Estado."

    Ela começou a agir em 1963. Professora de artes e de educação sexual, ficou escandalizada quando viu um casal de alunos fazendo de conta que estava trepando. "Eles disseram a ela que estavam imitando Christine Keeler e Mandy Rice-Davis, que haviam visto na TV." O Guardian, em artigo de Richard Hoggart, afirma que os argumentos válidos dela se perdiam em uma obsessão por sexo.

    Dave Hodgkinson, editor do site oficial do Deep Purple, ao registrar a morte de Mary Whitehouse, informou: o lorde Frank Longford, que inspirou a segunda metade de "Mary Long", morreu aos 95 anos em agosto de 2001.

    No texto matreiro do Dave:

    "Há algumas semanas, Mary Whitehouse, terror dos pornógrafos e praticamente qualquer um que não se enquadrasse em sua conformidade de mente estreita, levou sua última reclamação a seu criador aos 91 anos. Lord Longford, a outra metade da música, bateu as botas aos 95 anos em agosto. Eles viveram muito ou foi só impressão?"

    Em homenagem a esses personagens da infame história da censura, o Purpendicular publica a letra completa de Mary Long, no original. Adeus, Mary. Adeus, Long. Já vão tarde.

    Mary Long
    (Blackmore, Gillan, Glover, Lord, Paice)

    Mary Long is a hypocrite
    She does all the things that she tells us not to do
    Selling filth from a corner shop
    And knitting patterns to the high street queue
    She paints roses even makes 'em smell good
    And then she draws titties on the khazi wall
    Drowns kittens just to get a thrill
    And writes sermons in the Sunday Chronicle

    How did you lose your virginity, Mary Long?
    When will you lose your stupidity, Mary Long?

    Mary told Johnny not to write such trash
    Said it was a waste of public money
    She made a fuss they made apologies
    But everybody thought the show was funny
    When the nation knew you had children
    It came as such a surprise
    We really didn't know you'd had it in you
    How you did it we can only surmise

    How did you lose your virginity, Mary Long?
    When will you lose your stupidity, Mary Long?

    Mary Long you're not alone
    But you're a long way behind our times
    What we do in full frontal view
    Is more honest than your clean up mind
    What I'm saying Mary Long is
    When you can spare a minute
    Go find your friend the Porny Lord
    Dig yourself a hole and jump in it

    How did you lose your virginity, Mary Long?
    When will you lose your stupidity, Mary Long?

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Por caridade, Jon Lord volta ao Purple

Calma. Ele vai se juntar aos velhos amigos em 25 de setembro para um show beneficiente, a Sunflower Jam, organizada pela sua patroa e pela do concunhado Ian Paice. O evento anual é organizado pelo Sam Buxton Sunflower Healing Trust, uma entidade que apóia pacientes de câncer e suas famílias no Reino Unido. A Sunflower Jam já tem perfil no Myspace.

A notícia é do Blabbermouth.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Não temos mais do que nos queixar

O Led Zeppelin deixou de ter o monopólio de ser alvo de paranóias, ora vivas.

Os ouvidores de música ao contrário, informa o Diogo Mainardi em seu podcast, descobriram menções ao demônio ouvindo Black Night ao contrário (baixe aqui o trecho de frente pra trás e de trás pra frente). Se, depois de ouvir, você não notou menção nenhuma, esta é a transcrição: "Oh demon that is leading from hell, we believe".

(Vamos lá: embora Black Night no sentido original faça tanto sentido quanto o trecho de "if there's a bustle in your hedgerow" em Stairway to Heaven, o "my sweet satan" da teoria conspiratória do Led Zeppelin é bem mais audível e mais comprido.)

Como paranóia pouca é bobagem, o Deep Purple também consta de um site de mensagens subliminares por conta da capa de Abandon.

Para eles, aquele troço de homem pulando de prédio seria uma incitação subliminar ao suicídio. Pra mim, porém, o conceito de subliminar é claro: trata-se de mensagens colocadas abaixo do limite da percepção. No caso de Abandon, o que eles encontraram foi um jeito de atribuir uma intenção manipulatória a uma imagem.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Show em Manaus fica para o ano que vem

Depois de uma dica de um leitor, comecei a apurar o que houve com o show de Manaus, que ocorreria no começo de junho e foi cancelado. Entrei em contato com a produção do show aqui e com os empresários do Deep Purple. Ainda não recebi resposta destes.

A produtora M1, que estava organizando o evento, recebeu no dia 22, da produtora argentina, um aviso de que o Deep Purple pretende vir à América Latina só em fevereiro/março de 2009. Possivelmente, como já tinha havido uma turnê na América Latina em fevereiro, que incluiu o Brasil, eles preferiram colocar o show amazônico na próxima turnê.

Coisa semelhante ocorreu no Uruguai, em 2006. Uma produtora local anunciou o show. O anúncio foi feito isoladamente, sem estar dentro de uma turnê. Em pouco tempo, a banda negava em seu site oficial que tivesse havido qualquer negociação. Na turnê de novembro de 2006, porém, o show passou pelo Uruguai, inaugurando o país na rota da banda.

Estou aguardando apenas a resposta dos empresários do Deep Purple para saber 100% o que houve. Mas, a princípio, há aí uma boa notícia para todos nós: tem show mais ou menos na época do carnaval, no ano que vem.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

A explosão do prurido das cordas

A prestigiada revista de música orquestral Audiophile publicou uma nota sobre o novo trabalho do compositor Jon Lord: "The Boom of the Tingling Strings". O disco mereceu cinco estrelinhas.

Durante toda sua carreira, Lord foi um cara que demonstrou na prática que não existe esse negócio de gêneros musicais: existe música boa e existe música ruim, e ele só faz música do primeiro tipo. Ao longo de sua passagem pelo Deep Purple, Lord tocava seu Hammond até com os joelhos e pés. Em 2002, aposentou-se para se dedicar à composição de música orquestral. Sua primeira aventura nesse campo foi com o Concerto, em 1969, em que ele fundia guitarras e oboés no Royal Albert Hall.

No novo trabalho, ele evoca Bach, o jazz e um poema de D.H.Lawrence chamado "Piano":

    vejo uma criança sentada debaixo do piano, na explosão do prurido das cordas
    E pressionando os pequenos, suspensos pés de uma mãe que sorri enquanto ela canta.

Na entrevista abaixo, dá para ouvir a explosão do prurido das cordas entre uma fala e outra. Bom proveito.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Oficializada a farra da carteirinha

Pois o Deep Purple vai tocar em Manaus no dia 7 de junho, um sábado. Lendo a notícia no Notícias 24 Horas, achei baratos os ingressos. Mas aí vi a ressalva: "para estudantes". Ou seja: a bandalha já tá tanta que nem adianta anunciar o preço oficial.

    Para pista, os ingressos custam R$ 50 (estudante). Lugar nas frisas será R$ 70 (estudante). Cada cadeira numerada sairá por R$ 60 (estudante) e os ingressos para o camarote (com venda exclusiva na Japurá Pneus) custam R$ 90 (estudante), cada. Os camarotes para o show são de 10, 14 e 16 lugares. Com exceção da pista, os demais ingressos poderão ser parcelados em até duas vezes, no cartão Visa.

sábado, 10 de maio de 2008

Parece que vai rolar o Led

Preparem os bolsos.

Diz o Daily Mirror hoje que o Led Zeppelin venceu as resistências do Robert Plant e vai fazer uma turnê mundial de R$ 1 bilhão. Uma fonte, em off, disse ao jornal que talvez role no final deste ano ou no começo de 2009.

O Mirror ouviu o David Coverdale a respeito.

    Estou esperando um telefonema do Jimmy (Page) qualquer dia destes, pedindo pro Whitesnake abrir pra eles na turnê mundial. Se eu estou nessa? Pode crer. Provavelmente vai valer bilhões! Ao invés de arrastar as cadeiras de rodas com a enésima turnê mundial dos Rolling Stones, uma turnê do Led Zeppelin será incrível!

Coverdale tocou ontem em São Paulo e antes tocou no Rio com a turnê do Whitesnake. O Luciano, na comunidade Profundo Papo, Roxos de Rir, não ficou lá muito empolgado com o show:

    eu fui ao show no rio.....posso dizer que o show em si é bem devedor.não pela voz ou pela banda,mas pelo repertório que, como o purple, eles não recicla.Coverdale,me parece que quer esquecer que existiu whitesnake antes de 1982...sim porque tirando a baba,aint no love in a heart of the city e fool for your loving(regravada no slip of the tongue)ele não toca mais nada dos discos anteriores.uma pena.Os guitarristas(me desculpem quem gosta do aldrich)são mais" pose "do que músicos.Na música snake dance que seria pra ser o grande solo dos dois,eles ficaram mais fazendo ruidos e distorções do que propriamente solos(chaaaaato...)ao solo de bateria então?deu pena.Pra uma banda que já teve ian paice e cozy powell esse cara foi bem aquem.
    Fora isso foi um desfile de hits e babas:is this love,love ain't no stranger,depper of love,gimme all your love e outros "loves"a mais...

    Valeu pelo bis!Soldier of fortune a capelae Burn(com medley de stormbringer)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Uma volta e um casamento

Há 24 anos, o Deep Purple tinha voltado e se reunido em Vermont pra gravar o Perfect Strangers. Ian Gillan aproveitou a grande ocasião pra celebrar seu casamento com Bron, até hoje sua digníssima. Já tava na hora de ele deixar de enrolar a mulher: eles já moravam juntos desde que o Gillan estava quebrado e sua filha, Grace, tinha nascido no final de 1983. O bandolinista Todd Charles foi convidado pra tocar na cerimônia. É do site dele a foto abaixo, uma rara imagem que mostra Blackmore ao lado do Gillan numa situação social. Veja que até o Roger Glover pegou emprestada a cartola do homem de preto. Todd é o cavalheiro ao lado do Blackmore.



Depois disso, Gillan casou mais duas vezes com a mesma mulher. Numa delas, ele a tinha levado numa turnê ao Leste Europeu. Aí, teria resolvido que era um bom momento pra casar de novo. É uma figura, esse Gillan.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Duas notícias da DPAS

1) Não sou o único. Simon Robinson, o maior purpleólogo do mundo, cansou de publicar resenhas de shows atuais no Darker Than Blue, o fanzine da DPAS. Na voz do homem: "Acho que todo mundo está se enchendo de tanta gente escrevendo 'ótima/razoável/legal performance, pena só o set', então vamos parar um pouco de tentar cobrir cada show atual e falar mais da grande história do grupo em todas as suas várias facetas. Então, esperem mais ar-condicionado e Coverdale de algemas!"

2) Vai sair mais uma edição especial de Shades of Deep Purple: a dos 40 anos. Então, se você já tinha o vinil com a guitarra no sol nascente e comprou depois o remaster de 2000, prepare o bolso: tem gente boa ouvindo as fitas originais das gravações, cuidadosamente gravadas pelo produtor Derek Lawrence, pra ver o que sai.

domingo, 4 de maio de 2008

Cobra branca no Mofodeu e o amor do Coverdale


Com a proximidade do show do Whitesnake, o profeta Vitor Banana Benvindo manda o seguinte aviso:

    O MOFODEU, o Programa que tira o MOFO do ROCK, fará um especial "Whitesnake: Early Years" no dia 06 de maio. O objetivo é celebrar a vinda da banda ao Brasil e tocar algumas canções esquecidas no tempo.

    Elegeremos canções do disco Northwinds (1978) até o Saints & Sinners (1982), discos não muito valorizados, mas que na nossa opinião são o auge da banda.

    Queremos a ajuda de nossos ouvintes para escolher as músicas.

    Para dar sua sugestão de música é só deixar um comentário no nosso blog.

    www.programamofodeu.blogspot.com

    MOFODEU
    O Programa que tira o MOFO do ROCK
    www.programamofodeu.blogspot.com

Concordo plenamente em que aquele era o auge da banda, embora o sucesso na FM tenha vindo só depois. Era blues na veia. Era três quintos da Mk3 do Deep Purple.

E ele pergunta: qual é a estatística de músicas do Whitesnake que têm amor no título? Vamos atualizar com o disco atual.

Os 12 discos de estúdio do Whitesnake têm 121 faixas únicas, incluindo as bônus. Descontei as que são versões ao vivo, mas mantive as regravações. Dessas 121 faixas, 27 têm "Love" ou "Lovin'" no título. Com isso, 22,3% das faixas do Whitesnake têm amor.

Disco a disco, o mais cheio de amor é "Slide it In", de 1984. Das 11 faixas, 4 têm amor. Isso dá 36,4%. O único que não tem amor nenhum no título é o "Come An'Get it" (1981).

Mas o amor no título se divide com regularidade no antes e depois da fase gloriosa apontada pelo Vitor: são 13 em cinco discos até o "Saints & Sinners" e 14 em cinco discos depois.

Esta é a lista de percentagens de amor:

    Slide it In (1984) - 36,4%
    Ready an' willing (1980) - 30,0%
    Whitesnake (1987) - 27,3%
    Good to be Bad (2008) - 27,3%
    Snakebite (1978) - 25,0%
    Trouble (1978) - 23,1%
    Lovehunter (1979) - 23,1%
    Saints and Sinners (1982) - 20,0%
    Slip of the Tongue (1989) - 20,0%
    Restless Heart (1997) - 14,3%
    Come an' Get It (1981) - 0,0%

sábado, 3 de maio de 2008

O melhor disco e o melhor show


Mestre Ian Gillan não é um sujeito que se preocupa muito com o sucesso em vendas ou em bilheteria. Sua medida de sucesso é outra. Na comunidade Devotos de Ian Gillan, no Orkut, um colega perguntou que disco era esse que o mestre disse ser o melhor de sua carreira numa entrevista no Brasil. Entrei em contato com o homem, via seu site, e ele respondeu:

    Ah, era o Accidentally on Purpose, com o Roger Glover; eu estava falando sobre sucesso. Para a maior parte das pessoas nos negócios ou na mídia, o sucesso, ou qualquer medida do que é melhor, é quantitativo. Pra mim, é qualitativo. Outro exemplo na mesma entrevista foi sobre o melhor show que já fiz na vida. Não foi no Madison Square Garden, nem no Royal Albert Hall, nem no Festival de Reading, nem os 200 mil que juntamos na Bretanha recentemente. Não, foi no Speakeasy, na Margaret Street, em Londres, em agosto de 69 [na verdade, foi em 10 de julho de 69], minha primeira vez com o Deep Purple. O Roger Glover e eu olhamos um pro outro e pensamos: '...é este!' Não devia ter mais de 30 pessoas lá dentro - ou talvez 50, se contar o Keith Moon.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Stormbringer coming...

Quatro anos após os 30 anos de Stormbringer, parece que finalmente vai sair o disco. O site da DPAS sugere que vai ser algo tipo o que foi feito em Machine Head. Acho que vai sair uns R$ 150 agora...:

    Parece que a roda está girando de novo sobre o remaster de Stormbringer. Agora, ele está se desenvolvendo para virar um lançamento em CD duplo. O CD 1 será o álbum original remasterizado, mais os novos mixes de Glenn Hughes e Pete Mew. O CD 2 trará os mixes quadrafônicos originais em 4.1 e estéreo. É provável que o lançamento saia com uma edição especial, que pediram a Simon (Robinson) para produzir 'Estou pensando em um livro de capa dura no tamanho de um CD, com extras incluindo reproduções perfeitas do cartaz de publicidade que era colocado nas lojas americanas e outras delícias'. Ainda não há data de lançamento confirmada, mas agora parece estar muito mais próximo.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Coverdale: é preciso prestar mais atenção na política

Em entrevista ao jornal inglês The Independent, David Coverdale surpreende por seu interesse em política:

    Eu gostaria que as pessoas se preocupassem mais com ... Política, porque é algo que diretamente afeta as vidas de todos. As pessoas realmente precisam prestar mais atenção no que está rolando. Por mais chato e insidioso que pareça ser, às vezes, há coisas terríveis sendo feitas, no mundo inteiro, em nome do povo - e é preciso tentar impedir.

Autopromoção descarada: se o leitor do Purpendicular quiser saber mais sobre política, pode visitar meu outro blog: o E Você Com Isso?.

O cantor do Whitesnake também dá duas palinhas completamente Whitesnake:

    Um engano comum sobre mim é... O pessoal pensa que eu não gosto de mulheres. Percebi que depois de eu fazer uma série de sucessos sobre corações partidos, o pessoal confundia o significado das letras, pensando que elas eram sexistas quando eu achava que eram sexy. Resumindo bem, minha filosofia é esta... Tudo tem a ver com o amor.

Em homenagem ao homem da cobra branca que visita o Brasil daqui a poucos dias, segue Coverdale e Vandenberg tocando "Soldier of Fortune", do Stormbringer.

domingo, 27 de abril de 2008

A grande família

O Deep Purple teve o juízo de sempre contar com grandes músicos. Mesmo os de nível menos elevado eram bons para rock em geral. Antes ou depois de passarem pelo Deep Purple, fizeram grandes trabalhos em nome do rock, gerando uma das mais espetaculares árvores genealógicas já vistas. Vamos conhecer abaixo algumas dessas bandas.

1963 - "LAW AND DISORDER", THE OUTLAWS
Ritchie Blackmore é o rapaz serelepe com uma enorme Gibson a tiracolo.



1964 - "KEEP LOOKING", THE ARTWOODS
Jon Lord tocava nesta banda. Esta é minha faixa favorita deles. Claro, não há exatamente um vídeo. Mas um gênio fez o favor de nos mostrar o vinil. Aumente o volume e saia dançando pela casa.



1967 - "I HEAR TRUMPETS BLOW", EPISODE SIX
Dois anos antes de Gillan e Glover entrarem no Deep Purple, eles cantavam nesta ótima banda londrina. Vejam o que era a qualidade dos rapazes.



1970 - "RITUAL", WARHORSE
Nick Simper, trocado pelo Glover, criou esta banda.



1972 - "DANCING MADLY BACKWARDS", CAPTAIN BEYOND
Rod Evans, o primeiro vocalista do Deep Purple, criou esta belíssima banda depois de ser trocado pelo Gillan. Vale a pena ouvir.



1973 - "STRATUS", BILLY COBHAM
Tommy Bolin toca guitarra aqui. Cobham foi o baterista do Miles Davis em "Bitches Brew". Ótima companhia, não?



1975 - "BEHIND THE SMILE", BUTTERFLY BALL
Roger Glover, o amigão de todos os membros do Deep Purple, conseguiu reunir vários amigos para tocar o Baile da Borboleta. Foi a primeira aparição pública do Ian Gillan depois de o mestre se aposentar do Purple. Neste vídeo, vocês podem ver Glover tocando ao lado do David Coverdale.



1976 - "TEASER", TOMMY BOLIN
Esta foi pouco antes de o cara morrer. Não é um vídeo. Vale a música.



1977 - "LONG LIVE ROCK'N'ROLL", RAINBOW
Blackmore saiu do Deep Purple e montou o Rainbow. Abaixo, Ronnie James Dio em toda sua glória.



1978 - "LEPRECHAUN PROMENADE", DIXIE DREGS
Steve Morse no Festival de Jazz de Montreaux.



1978 - "LOVEHUNTER", WHITESNAKE
Três quintos da Mk3: Coverdale, Lord e Paice. É a melhor fase do Whitesnake.



1980 - "SMOKE ON THE WATER", BOGUS DEEP PURPLE
O Deep Purple tinha acabado em 1976. Aí, alguém convenceu o Rod Evans a criar um novo Deep Purple. O resultado, além desse desastre aí embaixo, foi o fato de o Evans ter perdido todo o direito a qualquer direito autoral sobre o que gravou com o Purple. Crianças, não façam isso em casa.



1981 - "TROUBLE", GILLAN
É a banda metaleira do Ian Gillan tocando Elvis Presley na BBC. Fabuloso.



1982 - "DEATH ALLEY DRIVER", RAINBOW
Três quintos da Mk5, dois quintos da Mk8. Relevem o teatrinho todo.



1983 - "WAR PIGS", BLACK SABBATH
É o mestre Ian Gillan detonando com o Black Sabbath. Atenção para o que ele faz sobre a guitarra.



1985 - "LOVE AIN'T NO STRANGER" - WHITESNAKE
David Coverdale no Rock in Rio: o primeiro ex-membro do Deep Purple a pisar no Brasil.



1988 - "SHE TOOK MY BREATH AWAY" - GILLAN & GLOVER
É pra puxar a mulher mais próxima pra dançar. Isto o Gillan gravou pouco antes de ser chutado pra fora do Deep Purple.



1990 - "TUMENI NOTES" - STEVE MORSE
Olha o homem aí.



1991 - "SUMMER SONG" - JOE SATRIANI
Mal sabia o Satch que viria a ser parte do Purple.



1992 - "NO GOOD LUCK" - IAN GILLAN
O mestre bancando o galã de padaria no Rio de Janeiro. Imperdível.



1993 - "BLACK DOG" - COVERDALE/PAGE
Hey hey mama, I said the way you moooove, gonna make you sweat, gonna make you groove!



1996 - "YOU ARE THE MUSIC, WE ARE THE BAND", GLENN HUGHES
A música é do Trapeze.



1997 - GOOD OLD BOYS
É a banda atual de Nick Simper, o ex-baixista do Deep Purple.



1998 - "HEAVEN TONIGHT" - YINGWIE MALMSTEEN
Com Joe Lynn Turner.



1999 - "STORMBRINGER" - GLENN HUGHES
Acho que foi a primeira vez em que um ex-Deep Purple tocou isso no Brasil.



2001 (?) - "SOLDIER OF FORTUNE" - BLACKMORE'S NIGHT
Ou Plastic Night Band.



2004 - "LOSING MY HEAD" - HUGHES TURNER PROJECT

domingo, 20 de abril de 2008

40 - the best of

Em 20 de abril de 1968, uma banda inglesa nova chamada Roundabout foi tocar um cover dos Beatles num programa de TV dinamarquês. Na última hora, avisaram a produção de que o nome tinha mudado: a partir dali, seria Deep Purple. Desde então, eles foram e voltaram e mudaram nove vezes a formação e fizeram 2.014 shows - dos quais 49 foram no Brasil.

Vida longa e próspera aos mestres. Abaixo, alguns vídeos - vários deles bem raros - pra relembrar os grandes momentos da nossa banda favorita, quase ano a ano.

1968 (Mk1) - KENTUCKY WOMAN, ao vivo em Los Angeles.
A qualidade do vídeo é uma bosta - a fita se deteriorou muito ao longo dos anos -, mas é um dos poucos registros da Mk1 ao vivo tocando algo além de Hush.



1968 (Mk1) - AND THE ADDRESS, ao vivo na Mansão Playboy
Todo mundo quase só conhece o vídeo de Hush. Mas eles também tocaram na abertura do programa. Destaque para Hugh Hefner ainda antes da mania do robe de chambre. Olhe para o Rod Evans e cante: "VAI LACRAIA, VAI LACRAIA"!



1969 (Mk2) - WRING THAT NECK, ao vivo no Bilzen Jazz Festival.
Raridade das boas. Aqui, eles estão no auge da improvisação.



1970 (Mk2) - MANDRAKE ROOT, ao vivo no South Bank Summer Festival
Mais uma vez, uma improvisação de cair o queixo.



1971 (Mk2) - DEMON'S EYE, ao vivo em Berlim
Este é o mais antigo vídeo que mostra o duelo entre Gillan e Blackmore que se tornaria famoso em Strange Kind of Woman.



1972 (Mk2) - CHILD IN TIME, ao vivo em Copenhagen
Vocês já conhecem esta versão. Mas eu não podia deixar passar sem Child in Time.



1973 (Mk2) - SMOKE ON THE WATER, ao vivo na Universidade de Hofstra, nos EUA
Único registro conhecido em vídeo da verdadeira Mk2 da Era de Prata Amigos tocando a música que se tornou a mais famosa do grupo.



1974 (Mk3) - BLACKMORE DETONA O PALCO, no California Jam
Vocês também conhecem isto aqui.



1975 (Mk4) - YOU KEEP ON MOVING, ao vivo no Budokan, no Japão
Hughes e Coverdale fazendo dueto. É de arrepiar os pêlos do braço.



Terminada a Mk4, terminou o Deep Purple. Eles ficaram oito anos parados e voltaram em 1984. No segundo show, tiveram um convidado ilustre.

1984 (Mk2a) - LUCILLE, ao vivo na Austrália com George Harrison
Filmado atrás do palco.



1985 (Mk2a) - GYPSY'S KISS, ao vivo no Rockpalast
Eles não tocam mais essas músicas.



1987 (Mk2a) - HARD LOVIN'WOMAN, ao vivo em Viena
Eles não tocam mais essas músicas.



1988 (Mk2a) - HUSH, ao vivo em Copenhagen
É a versão regravada em estúdio no disco Nobody's Perfect.



1991 (Mk5) - THE CUT RUNS DEEP, ao vivo em São Paulo
Era a primeira vez em que o Deep Purple vinha ao Brasil. Com Joe Lynn Turner. Uma das melhores faixas de Slaves & Masters. Destaques: Turner errando sua própria letra (sem falar na de Hush), Blackmore e Glover rebolando de costas um para o outro e o tango do Turner com o Glover. Paice arrebenta na bateria e Lord destroça o teclado.



1993 (Mk2b) - THE BATTLE RAGES ON, ao vivo em Birmingham
É o famoso show de Come Hell or High Water.



1994 (Mk6) - WHEN A BLIND MAN CRIES, ao vivo em Saarbrucken
Ritchie Blackmore se recusava a tocar essa música, gravada nas sessões do Machine Head. Desde 1991, porém, o Gillan já a tinha colocado em seu setlist solo. Quando Blackmore saiu e Satriani entrou, a música veio junto.



1995 (Mk7) - BLACK NIGHT, ao vivo em Bombaim, na Índia
Um dos mais antigos shows conhecidos em vídeo com Steve Morse. Ainda era mais ou menos o mesmo setlist do Satriani, que era mais ou menos o mesmo setlist do Blackmore.



1996 (Mk7) - THE AVIATOR, ao vivo em Chicago, nos EUA
Esta faixa do disco Purpendicular, feita em homenagem a Steve Morse, que além de guitarrista é piloto de aviões, infelizmente sumiu dos setlists. Repare que o Gillan está sentado na borda do palco, do lado da galera, e ninguém sequer toca nele. Se fosse no Brasil, ele teria saído sem roupa.



1997 (Mk7) - CASCADES (I'M NOT YOUR LOVER NOW), ao vivo em São Paulo
A segunda vinda do Deep Purple ao Brasil foi emocionante. Foi a primeira do Purple com o Gillan por estas terras. E foi quando eu aprendi a confiar no Steve Morse. Outra bela faixa que sumiu dos setlists.



1998 (Mk7) - FINGERS TO THE BONE, ao vivo em Sófia, na Bulgária
Hoje em dia, nenhuma música do Abandon sobrevive no setlist. Mas vejam que preciosidade esta.



1999 (Mk7) - WATCHING THE SKY, com a Orquestra Sinfônica de Londres
Esta é uma das minhas músicas favoritas do Abandon. No tratamento da orquestra, ficou genial.



2000 (Mk7) - FOOLS, ao vivo na Transilvânia
Levou quase 30 anos para o Deep Purple incluir esta gloriosa faixa de Fireball em seu setlist.



2001 (Mk7) - NESSUN DORMA, com Luciano Pavarotti, em Módena (Itália)
Pavarotti dizia que os melhores tenores do mundo têm algum receio em cantar essa música. Ian Gillan não apenas mergulhou nela como também traduziu a letra.



2002 (Mk8) - CHILD IN TIME, ao vivo na Rússia
Em janeiro, a Mk7 fez metade de sua última turnê, na Inglaterra. Seria a despedida de Jon Lord, embora eles demorassem a confirmar. Para comemorar, Child in Time foi incluída no setlist, mas Ian Gillan caiu doente depois de poucos dias de shows. No recesso, Jon Lord confirmou que sairia da banda. Ao voltar, eles iriam à Rússia - mas com Don Airey, substituto do TOMATO. Foi nessa fase que começou este blog. Naquelas terras geladas, onde Child in Time tem um significado especial, Ian Gillan topou cantar a música pelas últimas vezes. Esta é uma delas.



2003 (Mk8) - HOUSE OF PAIN, no Casseta e Planeta
O Deep Purple ficou pop quando veio ao Brasil daquela vez, na turnê de Bananas. Eu queria ter achado o vídeo de Fucker & Sucker, mas não achei. Fica pra próxima. De qualquer forma, eles estão ali no meio da fuzarca toda.



2004 (Mk8) - BLACK NIGHT, ao vivo na Califórnia
No palco, dois dos grandes guitarristas que já passaram pelo Deep Purple: Steve Morse e Joe Satriani.



2005 (Mk8) - I'VE GOT YOUR NUMBER, ao vivo em Londres
O que eu acho genial nesse show é que o palco do Hard Rock Café londrino não é muito maior que o do Café Piu-Piu paulistano. A música é do Bananas, mas a turnê já é do Rapture of the Deep.



2006 (Mk8) - HIGHWAY STAR, ao vivo em São Paulo
Nesse show, um imbecil mijou na minha perna.



2007 (Mk8) - PICTURES OF HOME, ao vivo em Glasgow, na Escócia
Salvo engano, aqui eles estavam tocando todo o Machine Head.



2008 (Mk8) - SMOKE ON THE WATER, ao vivo no Kremlin, na Rússia
O show mais polêmico do ano do quarentenário da banda.