domingo, 29 de dezembro de 2002

Manancial de entrevistas

Achei um site ótimo, o Firerock. Tem um arquivo com entrevistas com o Deep Purple e com ex-membros, além de fotos daquele show que eu perdi no Via Funchal, em setembro de 2000 (sim, esta aqui do lado é uma delas). A entrevista com o Steve Morse, logo abaixo, foi feita pelo Ciro Visconti. Esse cara toca guitarra feito um doido, tem colunas (ou tinha) na revista Guitar Class e tem uma banda genial chamada Purpendicular, que toca só covers adivinhem de quem. Certa vez fui a um show deles em São Paulo, no Dinossauros Rock Bar, e fiquei impressionado com a qualidade do som deles. O Visconti toca o Made in Japan nota por nota, e simplesmente conversou de igual para igual com o Steve Morse. Bom, vamos às entrevistas.

Olha os tesouros que tem lá:

Steve Morse - "Quando eu me juntei à banda, eles estavam fazendo músicas com muito sintetizador, e o uso do órgão não fazia mais parte do som banda como antigamente. Quando entrei, eu disse: Eu adoro o Machine Head! Que tal fazermos um som mais próximo daquele disco? Então o Jon (Lord – tecladista) voltou a ligar seu órgão em amplificadores, o que os deixa com um som mais agressivo. Além disso, eu e ele temos tocados mais frases juntos, você sabe, guitarra e órgão sempre foram a marca do Deep Purple, e é o que eu sempre admirei na banda. Como eu disse, eu só tentei deixar a banda soando como antigamente, pelo menos como eu lembrava (risos)."

Deep Purple - "Gillan - Esse show de São Paulo (o de março de 1999) será o primeiro desde novembro, então nós teremos dificuldades até de lembrar como se anda no palco, porém se acertássemos toda a parte técnica antes, não haveria nenhum problema.
Firerock - Porque vocês ficaram todo esse tempo sem tocar? Estavam de férias?
Gillan - Na verdade não foram bem férias, porque minha esposa tinha um lista grande de trabalhos caseiros pra eu fazer (risos)."

"Firerock - Vocês têm algum projeto de lançar um disco acústico?
Paice - Eu não acredito que o Deep Purple seja uma banda pra tocar acústico, mesmo porque é muito difícil pra um baterista de uma banda de rock n´roll tocar acústico (risos), o mais legal é tocar bem alto, senão perde a graça.
Gillan - Na verdade não existe um projeto de fazer algum trabalho acústico, mas se acontecesse de incluir alguma música nesse estilo num álbum futuro, seria legal. Em um show na África do Sul, eu, o Lord e o Steve Morse fizemos Smoke on the Water, e ficou muito legal sem o baixo e bateria. Isso nos mostrou um outro lado da música. No Fireball, nós gravamos Anyone's Daughter, que é acústica. O problema maior foi tirar o Paice da bateria, porque ele não sabia fazer mais nada além de tocar bateria, no final ele acabou usando um tamborim e um bumbo. Existe uma nova dinâmica pra nossa vida musical agora, então, daqui pra frente nós não iremos fazer, necessariamente, um álbum característico do Deep Purple, isso pode variar de um álbum extremamente pesado, ou mais melódico e emocional, nós entramos numa fase onde as coisas devem caminhar de uma forma diferente, além disso, nós não queremos repetir com o Morse o que já fizemos com o Blackmore."


Glenn Hughes - "Quando o David Coverdale entrou para o Deep Purple eu senti que ele era um cara de talento. Foi engraçado porque eu havia pedido para o resto da banda sair, para comer algo, enquanto isso eu e o David compusemos uma linda musica no piano e, quando os caras voltaram eles ficaram super entusiasmado com a criatividade de David. Posso dizer com muito orgulho de que David Coverdale e Glenn Hughes formam um grande time. É muito bom ouvir nós dois juntos. A respeito da divisão de vocais, nós nos entendíamos super bem, David e eu temos a mente super aberta somos acima de tudo muito profissionais cada um respeitava o espaço do outro."

David Coverdale - "De todos os músicos com quem eu toquei até hoje, Jon Lord é o que me faz mais falta, é uma grande pessoa, e um excelente músico."

Joe Satriani - "Eu mencionei aos jornalistas, que me perguntaram incessantemente sobre isso, durante aquela tour, 'eu acho que eu estou celebrando o legado de Deep Purple com o público enquanto eu estou lá no palco. Acreditem, eu sou um de você, porém, eu tive sorte de ter uma chance de estar no palco e tocar com a banda'. Eu quero dizer eu não estava roubando o lugar de Ritchie Blackmore, e eu não tinha nenhuma intenção de ficar, mas os caras precisavam de um guitarrista, e eles estavam no processo de se desmama do Blackmore e achar um novo membro permanente, que se mostrou ser o Steve Morse. Mas na ocasião eles realmente não sabiam o que fazer."

Ian Paice - "O Glenn (Hughes) é um cara muito mais ligado ao groove da música negra como funk e soul music, e isso fazia com que eu tivesse que prestar muito mais atenção nele, do que me preocupar em tocar, isso me limitava um pouco. O Roger (Glover) é um baixista mais livre, ele toca com a alma, e além do mais ele é muito mais rock'n' roll o que me possibilita muito ter mais 'abertura' na hora de tocar. Eu só toco desse jeito no Deep Purple, pela forma que o Roger toca."
"Ganhei minha primeira bateria quando tinha 15 anos, mas três anos antes eu já estava destruindo toda a mobília da minha casa com um par de baquetas, daí meu pai achou que seria mais barato me comprar uma bateria, assim eu não iria destruir mais nada em casa."
"Eu tentei em estúdio tocar (Fireball) só com um bumbo, e apesar de eu ter conseguido a velocidade, o impacto não era o mesmo. Eu fiquei tentando a noite toda sem sucesso, no outro dia de gravação o The Who, estava alternando os horários de estúdio com a gente, e a bateria do Keith Moon, que tinha dois bumbos, estava num canto, eu fui lá peguei um bumbo do Keith e coloquei na minha bateria, e fiz tudo o que eu conseguia fazer com os dois bumbos."
"Quando a Burn estava sendo elaborada, eu achei que se eu trabalhasse ela como eu vinha trabalhando as outras músicas rápidas, ela seria somente mais uma 'música rápida'. Enquanto o Ritchie [Blackmore] e o Roger [Glover] estavam criando em cima dela eu fiquei meio de 'saco cheio' e resolvi tocar em cima qualquer coisa que eu conseguia tocar, comecei a brincar e fazer meio que um solo, e eles de repente falaram "Isso mesmo, essa é a levada". Essa é mais uma história do Deep Purple, e foi assim que a Burn nasceu."
"O Ritchie (Blackmore) toca muito alto, então eu tinha que 'descer o braço' e tocar muito alto também. Já com o Steve (Morse), eu posso tocar num volume mais controlado, e dá pra usar baquetas mais leves e ter mais técnica, porque quando você toca muito alto você perde a sensibilidade da música."

sábado, 28 de dezembro de 2002

Os pecados do bolso

Cometi um pequeno granicídio, ainda que em duas vezes com juros modestos. Comprei o DVD "Classic albums - Machine Head", que saiu no Brasil agora. Lá fora, saiu não faz um mês - está sendo enviado da Inglaterra para o mundo apenas desde o dia 4. Eu já falei sobre esse material antes, estava empolgado, mas não pensava ainda em comprar.

Esse DVD contém um documentário feito para a TV britânica (apresentado dia 27 de novembro último) sobre como foi feito o disco mais famoso do Deep Purple. Com uma diferença: o documentário da TV tinha 50 minutos, o DVD tem 95. É interessantíssimo, porque é um disco que tem história. Foi gravado com a unidade móvel dos Rolling Stones. Ia ser gravado no cassino de Montreux, na Suíça, mas o cassino pegou fogo durante um show do Frank Zappa (que eu tenho aqui em MP3). Daí o "smoke on the water, fire in the sky". Acabaram gravando num hotel vazio. Escrevi sobre isso nos primeiros dias deste blog, no terceiro Clássicos Purpendicular.

Todos os membros do Deep Purple e os produtores da época são entrevistados para contar faixa a faixa (saltando Lazy e menosprezando Maybe I'm a Leo) como o disco foi composto. Até o antipático Ritchie Blackmore, o Homem de Preto, deu entrevista. Para mostrar os riffs d'antanho, usou um violão. Roger Glover e Jon Lord mostram como tocavam partes das músicas. E tem o único registro em vídeo do Deep Purple tocando Smoke on the Water nos anos 70. Foi na Hosfra University, em Nova York, no dia 28 de maio de 1973. E diz que lá pelas tantas o Blackmore revela que o riff de uma das músicas de Machine Head foi inspirado no tema do seriado Batman. Provavelmente é Highway Star. Ainda não vi o DVD, preciso ir à casa de uma tia para ver (ainda não tenho o aparelho em casa).

Image originally from the DPAS ArchiveOlha o que são os extras: "Onde há fumaça, há fogo" (provavelmente com a história do incêndio do hotel), "O teclado de Jon Lord" (pois é!), "Tudo mais alto..." (referência ao que Ian Gillan disse no Made in Japan: "can we have everything louder than everything else?"), "Black Night" (clip de 1970), "Space Truckin'", "O ritmo de Maybe I'm a Leo" (algo que eu sempre achei interessante, até reproduzo na guitarra, mas não sei explicar por que ele muda permanecendo igual), "Quebre a perna, Frank" (Frank Zappa, diga-se), "Machine Head" (acho que é o Highway Star viajandão gravado na Alemanha em 1971), "Never Before" (clip original de 1972).

Leia resenhas desse DVD no The Highway Star.

Estreou o novo site oficial do Deep Purple



O endereço http://www.deep-purple.com, que pertencia ao The Highway Star, agora é dos empresários do Deep Purple. Tem notícias sobre os últimos desenvolvimentos do Purple. O Highway Star continua sendo o site dos fãs e o melhor site de música que conheço.

Está bem legal a biografia da banda apresentada no novo site, embora ela seja meio stalinista com o Blackmore. Mas, cá entre nós, o nosso admirado homem de preto fez por merecer.

Agora, pode alguém me explicar o que significa aquele símbolo de banana descascada que aparece no site e na mão da mamãe noel do Purple (esta aqui do lado)?

quarta-feira, 25 de dezembro de 2002

Gillan e o novo disco

"We have started the new Deep Purple record and we are in the writing
phase. In January we shall commence recording. We are all in a good
mood and that's all I'm going to say about this project until it's
finished. There will be no progress reports, no hints or clues, no
teasers no details. This time I'm going to wait until it's done. I've
been hoist by my own Sergeant Petard before, and this time, No Sir,
that's it, the final word on the subject."

terça-feira, 24 de dezembro de 2002

Glover: artista

Roger Glover, o homem do baixo do Deep Purple, é também um pusta artista plástico, daqueles que vão do figurativo ao abstrato numa pincelada. Ele não faz exposições e nem vende seus quadros, mas agora resolveu botar alguns em seu site. Olhem os thumbnails abaixo:

segunda-feira, 23 de dezembro de 2002

Tour 2003

Saíram as datas da primeira turnê do Deep Purple em 2003. Vai ser na Europa, entre o final de maio e o final de junho. Sim, vai demorar tudo isso. O que indica que eles vão se atirar de cabeça na gravação do disco novo. Se tu pretendes ir à Europa no ano que vem, as datas estão aqui.

Homenagem colorida

O fotógrafo alemão Dieter "Didi" Zill esteve sempre lá. Desde 1970, ele acompanhou o Deep Purple clicando vários shows. Inicialmente para a revista Bravo, depois para a banda. Pegou tudo: o humor por vezes inconsequente do Ian Gillan, o mau humor do Blackmore, o cavalheirismo do Lord, as sacadas do Glover, a simpatia do Paice. Pegou as guerrinhas do Blackmore com o Gillan em cima do palco e a destruição do Budokan, em Osaka, quando Gillan anunciou o fim da banda em 1973. Ele viu tudo. Ele clicou tudo.

Pois agora ele acaba de lançar lá na Alemanha um livro com SEISCENTAS fotos do Deep Purple, vistas de seu ponto de vista privilegiado. É um tesouro, e o The Highway Star pôs no ar um especial com uma seleção dessas fotos. Saca só algumas:


Copenhagen, 1973. Pouco antes do fim.


Quer ver a foca ficar feliz? É pôr uma bola no seu nariz. Paice mostrando habilidades sem as baquetas


Ian Gillan garantindo o calor humano para sua família


O fim, em Osaka. Triste.


O melhor grupo do mundo, em 1970

domingo, 22 de dezembro de 2002

No estúdio

Abaixo vão algumas das fotos das sessões de composição do próximo disco do Deep Purple, colocadas no Roger Glover - the official website:


Trocando idéias


Michael Bradford, o produtor


Don Airey, o tecladeiro das trevas


Papeando com Michael Bradford


Gênio criando


Novatos o caralho, nosso nome agora é dupla dinâmica


Não dá nada, calça floreada!


"Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial..."


Cerveja: combustível internacional da criação

Purple Christmas

Nosso amigo aquele postou fotos das primeiras sessões de gravação do novo disco do Deep Purple (na próxima nota) e deixou outro recado em seu site:

AQUI E DE SAÍDA

O ano está caminhando para seu final, mas eu queria contar pra vocês que pra mim foi um ano realmente bom. Desejo desejar que todos os desejos que vocês desejam se tornem realidade. Mas cuidado com o que desejam!

Foi outro ano triunfante para o Deep Purple; nós sobrevivemos. Nossas turnês foram uma alegria - mais uma vez tivemos as boas vindas de vários lugares ao redor do planeta, e fico feliz com todo o apoio que vocês nos deram. Obrigado.

Snapshot [o novo disco solo dele] finalmente escapou, e me agrada que os que ouviram gostaram. Não sou eu que vou reclamar, hã, bom, é, eu vou, mas uma ou duas resenhas no Reino Unido até que seriam boas, mesmo que fossem ruins. O disco parece ter sido recebido com um muro de indiferença, provavelmente porque eu não estou exibindo partes da anatomia e nem tenho menos de 15 anos. Em outros países foi um pouco melhor, e a gravadora americana está planejando boa promoção no próximo mês, e estou esperando por isso. Também espero fazer um par de shows no ano novo, se o tempo e tudo mais deixarem.

O rogerglover.com está de pé e rolando. É um trabalho contínuo, claro. Tim Weeks fez um grande design, e o esforçadíssimo Andi Thul o mantém. Mais coisas estarão lá em breve, então por favor entre de vez em quando. Ou mais. Parte do meu trabaho artístico estará lá em alguns dias. Com o andar do ano, vou vasculhar minha velha caixa de fotografias e postar uma ou outra memória.

Este ano marca outro ponto de virada para nós; Jon Lord saindo e Don Airei chegando. É impossível pôr em palavras o que Jon significa para este bando de gente, e particularmente para mim. Quando entrei na banda em 1969, fiquei impressionado e estimulado pelo bigode, intelecto e musicianship desmedida de Jon, e ele me ajudou a crescer ao longo dos anos. Tive o privilégio de conhecê-lo, ainda mais de trabalhar com ele. Desejo a ele toda a sorte em suas futuras empreitadas. Sinto que a música que há nele virá para fora com graça e estilo, duas de suas várias marcas registradas. Sou fã, e espero por isso com tanta sede quanto todos.

Claro que a banda nunca será a mesma, e qualquer um que espere que seja vai sem dúvida ficar infeliz. Entretanto, como Steve, Don Airey chega à banda substituindo alguém cuja sombra é grande, mas tenho fé nele e creio que ele pousará sua própria e impressionante sombra. Ele é um músico consumado, um velho amigo e um cara adorável, e tenho certeza de que teremos ótimos momentos. Para o alto, e avante.

Completamos uma sessão de composição e ensaio numa sala enorme em Los Angeles. Havia espaço suficiente para nós detonarmos sem ser muito alto e claustrofóbico, e tivemos momentos muito construtivos. Qualquer um que tente adivinhar os verdadeiros significados por trás de declarações ambíguas, como aquelas ditas depois de encontros de líderes políticos, terá um trabalhão com a palavra 'construtivo'. De qualquer forma, foi muito construtivo e há cerca de 20 idéias na mesa, nove das quais nós já devoramos até agora. E ainda temos fome.

Michael Bradford [o produtor do próximo disco] é um cara muito legal e uma grande figura para se trabalhar. Ele tem o talento de extrair o melhor das pessoas, o que o torna um bom produtor logo de saída. Qualquer um que esteja se perguntando como será o som do Deep Purple com ele no controle vai ter que continuar se perguntando, porque a) ainda não começamos a gravar, só a escrever, e b) não é nada que possa ser colocado em palavras. Basta dizer que estamos muito otimistas. Falando como produtor, é emocionante que ele esteja envolvido.

Voltamos no ano que vem para um breve ensaio antes de realmente ir para o estúdio para começar a gravar as faixas. A palavra é...sonics!!

Valeu, boa sorte e bon voyage,

RG"

sábado, 21 de dezembro de 2002

O Concerto e David Brubeck

A idéia do Concerto for Group and Orchestra, do Deep Purple, não veio a Jon Lord do nada. Ele havia escutado o disco "Brubeck Plays Bernstein Plays Brubeck" (de 1959), que juntava o pianista de jazz Dave Brubeck e o grande maestro Leonard Bernstein. A informação está na matéria da Mojo Magazine sobre a formação do Deep Purple, reproduzida no site da DPAS.

Interessado no assunto que sou, instigado por uma conversa recente lá no Hapax Legomenon, fui atrás de mais detalhes:

O irmão de Brubeck, Howard, havia composto uma peça chamada Dialogues for Jazz Combo and Orchestra, em quatro movimentos: Allegro, Andante (balada), Adagio (balada) e Allegro (blues). Isso foi tocado com a Orquestra Filarmônica de Nova York. Foi o trabalho pioneiro da fusão de jazz com clássicos.

Em 1999, na época em que Jon Lord reapresentava o Concerto, Brubeck foi nomeado mestre em jazz pela National Endowment of the Arts. Tinha 79 anos. Ainda tem 19 anos para o Jon Lord ganhar algo do gênero.

Tá na mão

A DPAS já botou no ar o artigo da Mojo Magazine sobre o Deep Purple. Tá aqui: On The Roundabout With Deep Purple

quinta-feira, 19 de dezembro de 2002

O paradeiro de um mestre

Para todos vocês que estavam se perguntando que fim levou Jon Lord, ele vai estar na Austrália três dias depois do meu aniversário. Vai estar em duas apresentações do Concerto for Group and Orchestra com uma banda australiana chamada "George". Miller Anderson (que cantou "Pictured Within" na reapresentação do Concerto em 1999), vai junto. Em fevereiro, Lord vai apresentar em várias cidades australianas um espetáculo com partes do Concerto, partes de Gemini Suite e partes de Pictured Within. Para quem quiser conferir, a apresentação do dia 7/02, no The Basement, em Sydney, será transmitida pela internet.

No dia 16 de fevereiro, será apresentada a nova obra do mestre: "Boom of the Tingling Strings" (algo como "a explosão das cordas tilintantes"). Segundo o maestro Paul Mann, que vai reger a obra, é uma peça de 34 minutos, ao piano, em quatro seções distintas.

"Apesar de não ser, estritamente falando, um concerto de piano como tal, contém uma substancial parte virtuose para piano solo, que será tocada na estréia por um dos mais renomados virtuoses do piano da Austrália, Michael Kieran Harvey. Jon estará assistindo à apresentação", escreveu o maestro.

E longa vida ao Lord.

Eles na fita

A edição de janeiro da Mojo Magazine, uma das maiores revistas britânicas sobre música pop, traz uma matéria imensa sobre o Deep Purple. Na chamada deles:

"A história completa por trás do monstro sagrado dos anos 70 - ego, bebida, riffs, ego, negócios, pompa e ego."

O site da DPAS promete publicar a matéria inteira depois do natal. Se alguém achar essa revista na banca e não souber o que me dar de presente de natal, não fico NEM UM POUCO triste.

terça-feira, 10 de dezembro de 2002

Trem lento

Subj: Slow Train
From: IG
To: RG

Hi Rugged,

Do you know anything about a song called 'Slow Train'?

Cheers matey, ig

Subj: Re: Slow Train
From: RG
To: IG

Hi IG,

You wrote and recorded it, along with the rest of us.

Slow Train is on the 25th anniversary release of Fireball. It was recorded at the same time as The Mule and I'm Alone at Olympic Studios but never used. Miraculously, it wasn't discovered and exploited by the old management/record company, therefore was real gem for the anniversary edition.

Hope this helps.

Good luck,
RG

Subj: Re: Slow Train
From: IG
To: RG

Hello Rog,

In the words of the Pink Panther....'Yes, I knew that'

Cheers for now, ig

segunda-feira, 2 de dezembro de 2002

Um crássico

A Warner internacional vai relançar em janeiro, agora em DVD (área 2), o "crássico" Heavy Metal Pioneers, um documentário de 1991 com a história do Deep Purple. Ele é malvisto pela maioria do pessoal por ser da fase Turner, mas no auge dos meus quinze anos eu vi o vídeo pelo menos trinta vezes até a fita arrebentar. Eu não conhecia muito de Deep Purple então, e o vídeo foi uma bela apresentação à banda. Hoje, eu faria bem melhor, especialmente porque tenho umas noções de vídeo.

A DPAS descreve assim o material:

"Na época, ele se mostrou uma história profundamente desapontadora da banda em 60 minutos, que prometia um monte de imagens raras mas na verdade era muito pouco interessante. Havia entrevistas então recentes de Paice, Lord, Glover, Blackmore, Turner e Gillan, entremeadas com clips mal editados de imagens já disponíveis, como California Jam 74 e Copenhagen 72. As únicas raridades eram um clip de Hush no Playboy After Dark, em 1968 (toscamente editado), e um minuto da MK4 ao vivo (dublando uma faixa de estúdio da MK3). Aproxime-se com cuidado!"

quarta-feira, 27 de novembro de 2002

Gillan acompanha STS-107

Saiba tudo sobre a missão espacial STS-107 no site do Ian Gillan. Não, não é brincadeira e nem promoção de disco. É que os tripulantes da missão vão acordar todo dia ouvindo a música "Space Truckin", do Deep Purple. A música foi gravada no disco Machine Head, de 1972. Foi escolhida para despertador porque o final dela é repetitivo (quando eu a ouvi pela primeira vez, no tempo do vinil, achei que o disco estava arranhado por causa da grande habilidade do Ian Paice em quebrar o ritmo da bateria).

O marido de uma das tripulantes vai mandar notícias direto para o site do Gillan conforme a missão for progredindo.

domingo, 24 de novembro de 2002

Tá sobrando grana?

A sucursal européia da BMG está lançando uma caixa com três dos mais recentes e mais criticados discos do Deep Purple: "Slaves & Masters", "The Battle Rages On" e "Abandon". (Dos três, meu favorito é Abandon, mas nem todo mundo concorda comigo.) A caixinha tem a famosa imagem do dragão dentro do D e do P, capa de The Battle Rages On.

Por que comprar: Há anos não lançam "Slaves & Masters" em CD.
Por que não comprar: Aparentemente, não tem nenhum material extra. E tu comprarias "Slaves & Masters" em CD?

Na França, a EMI está lançando uma caixa com Burn e Stormbringer, os dois discos de estúdio lançados pela terceira formação do Purple. A caixinha tem a imagem das velas esculpidas com o rosto dos membros do Purple, capa de Burn.

Por que comprar: Se tu não tens os discos, de repente valia a pena.
Por que não comprar: É fácil achá-los por vinte pila nas boas lojas do ramo, em impressão nacional. Além do mais, ambos estão para ser lançados até o final do ano em versão remasterizada, com faixas extras e o escambau. Se quer gastar uns trocos com uma versão importada deles, espere mais um pouco. Aparentemente essa versão francesa não tem extras. Se tivesse "Come Taste the Band" era uma boa (há anos não lançam em CD), mas não tem.

Sim, é caça-níqueis. A EMI fez um mais competente (embora caro) há alguns anos:

sábado, 23 de novembro de 2002

Recado de um amigo nosso

Esse amigo nosso aqui do lado mandou este recado para todos nós:

"Quarta 26 de novembro, na ITV, é quando vai passar The Making of Machine Head. Às 11h45 da noite, me disseram, mas verifiquem por via das dúvidas. Já vi o DVD, e é maravilhoso. Não sei se vai ser editado para a TV, mas o DVD tem muito material extra. A parte mais empolgante são as imagens em vídeo feitas com a gente nos anos 70, na Universidade de Hosfra em Long Island, Nova York, tocando Smoke - até onde eu saiba, é o ÚNICO filme/vídeo que mostra a gente tocando essa música. Grande material. O dono é Dick Clark. Martin Smith, que arrumou o documentário, até negociou mas só pôde usar coisa de um minuto das imagens. Dick Clark não vende, parece.

Mas isso é passado, vamos à próxima fase...

A sessão que faríamos em novembro para compor foi adiada porque Michael Bradford, nosso produtor, não conseguiu estar lá a tempo, então vamos todos nos reunir em Los Angeles em dezembro.

Fiquem tranquilos, pois tudo o que está passando na cabeça de vocês sobre o que vai sair disso também está passando na nossa, e mais - o nível de antecipação está alto.

É um primeiro em vários pontos; escrever com Don; trabalhar com Michael; estar em LA. Depois do feriado de natal nós vamos, se tudo sair bem, estar no estúdio gravando o que criamos em dezembro. Conforme os primeiros meses do ano novo passarem, já deveremos ter feito enormes incursões no álbum. Beberei a isso.

Mal posso esperar.

Boa sorte,

RG November 2002"

sexta-feira, 22 de novembro de 2002

Deep Purple no rádio

Simon Robinson avisa: dia 27, os mestres estarão às 6:20 da tarde londrina (4:20 da tarde aqui) no Top of the Pops 2, na BBC2.

quinta-feira, 21 de novembro de 2002

So far away from the garden we love...

Ian Gillan pôs no Wordography uma explicação sobre a gênese de Woman From Tokyo:

"As palavras são eufemísticas... a música não é sobre uma mulher, mas sobre o entusiasmo e antecipação de nossa primeira viagem ao Japão, que acabou por ser uma grande aventura num tempo em que as culturas eram menos diluídas pelas facilidades de transporte e comunicação que conhecemos hoje. Foi uma jornada exótica e pioneira, que nunca será esquecida. Nesse contexto, as palavras da música são bastante auto-explicativas. Woman from Tokyo foi uma das duas únicas músicas gravadas e lançadas numa longa e difícil sessão em Roma. A outra foi Painted Horse"

Por "longa e difícil sessão", leia-se brigas internas (especialmente entre o Gillan e o Blackmore) e calor intenso. No encarte da versão remasterizada de aniversário de Who Do We Think We Are, há fotos do Gillan compondo com o Glover, com as vergonhas cobertas apenas pelo caderninho e pelo baixo. Painted Horse, diga-se, não entrou no disco original, e saiu pela primeira vez no disco "Powerhouse", de 1977. Foi incluída no remasterizado.

segunda-feira, 18 de novembro de 2002

Agora tem data

O Deep Purple entra no estúdio agora, no dia primeiro de dezembro, para começar a gravar o novo disco. Deve ser lançado lá por maio/junho de 2003.

terça-feira, 12 de novembro de 2002

The Lord Hath Spoken

Outro dia, perguntaram no site do Gillan qual era a conexão entre o Deep Purple e os Bee Gees. Mestre Ian não soube, mandou um email para o Roger Glover pra saber qual era. O Roger não respondeu, mas um monte de gente respondeu. Inclusive um simpático cavalheiro chamado "Jon":

"Oi Ian

Não é que os Bee Gees escreveram 'Only One Woman', que foi um sucesso de um grupo chamado - acho - Marbles, cujo cantor era Graham Bonnet, que certa vez cantou no Rainbow, cujo guitarrista era um tal de Ritchie.......................?? ...........e o osso do joelho se conecta ao osso da coxa, agora ouça a palavra do Senhor ("The Lord").

Tons o'luv
Jon "

sábado, 9 de novembro de 2002

John & George

Não sei se cheguei a pendurar aqui no Purpendicular a notícia de que Jon Lord tocaria piano numa das faixas do CD póstumo de George Harrison, chamado "Brainwash". Lord toca na faixa título. O CD só sai dia 18, mas estou baixando aqui a tal faixa.

sexta-feira, 8 de novembro de 2002

Hi, this is John Peel...

"I think I covered the John Peel 'attitude' problem before, but briefly he was all over us when we started but hated us when we became successful, because he thought success was automatically corrupting. For example we got a bigger car when we could afford it so the six of us (inc. driver) could actually have a seat each on our long journeys. We had an argument over this at a service station on the M1. He said we were being image conscious (I think 'Black Night' was in the charts at the time) I pointed out that only someone either very image conscious (in the category 'reverse snobbery') or very stupid would regularly embark on journeys from London to arrive and drive around Liverpool in a clapped out Land Rover. That was the last time I ever shared a thousand on a raft (beans on toast) with the man, who has carved out a career for himself dumping artists once they have become successful."

sábado, 2 de novembro de 2002

Gillan sobre o Concerto

O Ian Gillan fala, no mais recente Wordography, sobre a letra do segundo movimento do Concerto para Grupo e Orquestra, de 1969. Ele tinha 24 anos; Jon Lord, o compositor do grande concerto, tinha 28.

"Não havia muito entusiasmo com, nem muito entendimento do que fosse, a obra prima de Jon Lord em 1969. Nós, do Deep Purple, estávamos mais interessados em lançar de uma vez o Deep Purple In Rock (o primeiro disco da fase clássica deles, lançado em 1970)... nossas mentes estavam em outro lugar até o último minuto.

Essas palavras, ou a maior parte delas, foram escritas num guardanapo de um restaurante italiano perto do Royal Albert Hall, pouco antes do último ensaio. Foi a paciência encorajadora de Jon que extraiu de mim essas linhas introvertidas e vagamente incongruentes.

Fico feliz que tenhamos tido a chance de nos redimirmos trinta anos depois, quando a performance de aniversário foi feita com muito mais entusiasmo e compreensão, tanto pelo grupo quanto pela orquestra.

Obrigado, Jon."



Second Movement 5/4 Section
(Gillan, Lord)

How can I see when the light has gone out
How can I hear when you speak so silently
More than enough is never too much
Hold out a hand I'm so out of touch

Do unto me as your heart would have you do
Words in my head can I get the message through
Sword in my hand can cut through the wood
Peace in my heart can soften the mood


Second Movement 6/8 Section
(Gillan, Lord)

What shall I do when they stand smiling at me
Look at the floor and be oh so cool

How shall I know when to start singing my song
What shall I do if they all go wrong

What shall I do when they stand laughing at me
Walk through the door and be oh so cool

How shall I know when to stop singing my song
What shall I do when it all goes wrong

Space Truckin' - trilha sonora espacial

A música Space Truckin', do Deep Purple, vai ser usada como toque de despertar para os tripulantes da missão espacial STS-107, que decola a partir de 16 de janeiro de 2003.

A missão espacial, de 16 dias, será dedicada à pesquisa, especialmente médica, mas também ambiental e de materiais. "O vôo vai servir como uma ponte entre as pesquisas feitas a bordo do ônibus espacial nos anos 80 e 90 e o trabalho de longo prazo planejado para a Estação Espacial Internacional quando estiver pronta", diz o site da missão.

Em setembro, o Ian Gillan já tinha anunciado isso num show, mas todo mundo achou que ele estava de sarro. Agora tu imaginas os caras passando pelo espaço e acordando ao som destas palavras:

Space Truckin'
(Blackmore/Gillan/Glover/Lord/Paice)

We had a lot of luck on Venus
We always had a ball on Mars
Meeting all the groovey people
We've rocked the Milky Way so far
We danced around with Borealice
We're space truckin' round the the stars
Come on! Come on! Come on!
Let's go Space Truckin'
Come on! Come on! Come on!
Space Truckin'!

Remember when we did the moonshot
And Pony Trekker led the way
We'd move to the Canaveral moonstop
And everynaut would dance and sway
We got music in our solar system
We're space truckin' round the stars
Come on! Come on! Come on!
Let's go Space Truckin'
Come on! Come on! Come on!
Space Truckin'!

The fireball that we rode was moving
But now we've got a new machine
Yeah Yeah Yeah Yeah the freaks said
Man those cats can really swing
They got music in their solar system
They've rocked around the Milky Way
They dance around the Borealice
They're Space Truckin' everyday
Come on! Come on! Come on!
Let's go Space Truckin'
Come on! Come on! Come on!
Space Truckin'!

Yeah, yeah, yeah, space truckin'!
Yeah, yeah, yeah, space truckin'!
Yeah, yeah, yeah, space truckin'!

quinta-feira, 31 de outubro de 2002

Novo CD de Blackmore's Night

Lembram da Blackmore's Night, aquela banda do Blackmore tocando violão com a mulher dele, que mistura Anya com Enya? Pois eles estão lançando um emocionante CD ao vivo, duplo, chamado "Past Times With Good Company". Uma edição limitada vem numa capa de couro e com duas faixas extras, sendo uma em grego. Pois é. A única música do Deep Purple é Soldier of Fortune (de Stormbringer). Até agora, só foi lançado na Alemanha e no Japão. Os shows deles atraem uma quantidade imensa de marmanjos e marmanjas fantasiados de cavaleiros e damas medievais. Sério.

A quem interessar possa: vi ontem o primeiro CD da Blackmore's Night, "Shadow of the Moon", à venda por R$ 9,90 numa loja aqui de Porto Alegre. É esse o CD que mistura Anya (a música do Deep Purple) com Enya (a cantora de música de elevador) numa versão de Greensleeves (uma canção do trovadorismo inglês medieval). E mistura Tchaikowsky com Technotronic.

Se eu ouvi cinco vezes esse CD, em dois anos que o tenho, foi muito.

quarta-feira, 23 de outubro de 2002

Rumores sobre datas de estúdio

Uma fonte aparentemente bem informada e talvez ligada ao Deep Purple (estou checando para descobrir quem é) falou no fórum do Purple sobre o possível e atrasadíssimo novo disco do grupo:

"O Deep Purple não está assustado. Logística tem sido um problema, já que tanto a banda quanto o produtor têm carreiras ativas e compromissos já agendados, que exigem muitas viagens. As demoras ocorrem simplesmente devido aos problemas em colocar tanta gente ocupada no mesmo lugar ao mesmo tempo.

Todos vão se reunir nos EUA em dezembro para escrever, tocar e ensaiar. As gravações mesmo devem ser entre janeiro e fevereiro. Se tudo correr bem, o disco estará pronto em março de 2003. O lançamento, claro, fica a cargo das empresas e seus calendários.

Todo mundo está louco pra botar a mão na massa. Sei que alguns de vocês estão pensando 'já ouvi isso antes', mas é verdade."

Oh, Mister Miracle, You saved me from some pain...

O Black Sabbath está lançando um DVD que inclui cenas oficialmente inéditas da turnê que o Gillan fez com eles, em 1983. Nada ao vivo dessa época tinha sido lançado ainda, embora cópias piratas (especialmente de áudio) sejam bastante comuns. O DVD inclui uma entrevista com mestre Ian e interpretações de "Trashed" e "Zero the Hero".

segunda-feira, 21 de outubro de 2002

Quando lendas se encontram

Jon Lord é um dos artistas convidados do disco póstumo de George Harrison, que deve ser lançado lá fora em 18 de novembro. Há coisa de um ano e meio, bem antes de Harrison morrer, Ian Paice também havia tocado com ele: uma versão chinfrim de Anna Julia num disco de Jim Capaldi.

quarta-feira, 16 de outubro de 2002

Deep Purple no estúdio

Diz o site australiano do Deep Purple que eles vão ao estúdio em novembro para gravar o novo disco. Turnê no Brasil, então...

segunda-feira, 7 de outubro de 2002

Três boas notícias

Uau, faz uma semana, já, que não escrevo aqui. Bom, vamos lá.

1) Os shows de despedida do Jon Lord - Ipswitch, sem dúvida, e também aquele em que o pessoal do Iron Maiden participou - foram gravados em áudio e vídeo. Provavelmente sairá alguma coisa futuramente.

2) Por falar no Tomato, o Jon Lord vai à Austrália com o maestro Paul Mann, em janeiro do ano que vem, para apresentar o Concerto. Enquanto isso, ele está compondo um concerto para piano e orquestra - coisa que o Mann disse estar entre as melhores que Jon já compôs. Será apresentado em fevereiro.

3) O Ian Gillan gravou em vídeo muitos shows, platéia e bastidores desde 2000. Pretende fazer um documentário. Ian Paice já entrou na farra com ele.

sexta-feira, 27 de setembro de 2002

Inspirações

Nem só de Gershwin se inspirou o Deep Purple. Veja outras inspirações quase insuspeitas, tiradas de um site japonês (e retiradas as covers):

PRELUDE:HAPPINESS
Scherazade, Op.35, Symphonic Suite - 4th Mov.: Festival at Baghdad-The Sea-Shipwreck / RIMSKY-KORSAKOV
MANDRAKE ROOT
Foxy Lady / JIMI HENDRIX
WRING THAT NECK (HARD ROAD)
Don And Dewey / IT'S A BEAUTIFUL DAY
EXPOSITION
Symphony No.7 In A Major, Op.92 - 2nd Mov. / BEETHOVEN
Romeo And Juliet, Fantasy Overture / TCHAIKOVSKY
RIVER DEEP, MOUNTAIN HIGH
Also Sprach Zarathustra, Op.30, Symphonic Poem - Opening / RICHRD STRAUSS (o tema de 2001: Uma Odisséia no Espaço)
River Deep, Mountain High / IKE AND TINA TURNER
HALLELUJAH
I Am The Preacher / THE DEREK LAWRENCE STATEMENT
BLACK NIGHT
Summertime / RICK NELSON
(We Ain't Got) Nothing Yet / STATUS QUO
SPEED KING
Fire / JIMI HENDRIX
Stone Free / JIMI HENDRIX
CHILD IN TIME
Bombay Calling / IT'S A BEAUTIFUL DAY
STRANGE KIND OF WOMAN
Tobacco Road / THE NASHVILLE TEENS
LAZY
Hideaway(Steppin' Out) / CREAM
SPACE TRUCKIN'
Back In Time / WARHORSE
WOMAN FROM TOKYO
Cat's Squirrel / CREAM
PAINTED HORSE
Rhapsody In Blue / GEORGE GERSHWIN
BURN
Fascinating Rhythm / GEORGE GERSHWIN
MISTREATED
Heartbreaker / FREE
STROMBRINGER
Going Down / FREADY KING
UNDER THE GUN
Pomp & Circumstance March No.1 In D Major, Op.39-1 / ELGAR
FIRE IN THE BASEMENT
Wring That Neck / DEEP PURPLE
THE BATTLE RAGES ON
Fire Dance / Rainbow
ANYA
Stranded / Rainbow
RAMSHACKLE MAN
Green Onions / BOOKER T. & THE MG'S

Quer mais? Olha esta análise de um cara da música clássica sobre citações clássicas feitas até ao vivo.

"O Deep Purple é legal agora", disse Grace Gillan

Em entrevista ao jornal Gulf News, de Dubai, o mestre Ian Gillan anunciou uma nova e gloriosa fase para o Deep Purple, com a nova formação e a gravação de um novo disco. Um trecho:

Ian Gillan, o vocalista, disse que segundo sua filha "o Deep Purple é legal agora", então a audiência de suas turnês mundiais tende a reunir quase três gerações. [Grace Gillan, a filha, tem 17 ou 18 anos.] "Temos vários jovens de 18 anos vindo ouvir porque hoje em dia poucas bandas tocam 100% ao vivo. É novidade pra eles", disse. "Mesmo que tenhamos tocado as mesmas músicas várias vezes, cada vez é diferente. Não é que nem um show da Broadway, que é a mesma coisa toda noite." (...) Gillan disse que, apesar de a banda ser velha, eles estão voltando ao topo e planejaram lançar um novo álbum no ano que vem. "A indústria musical está de olho em nós, e podemos sentir o apoio. Então, estamos empolgados com o novo álbum."

Último show

O Purple fez na terça e na quarta, em Atenas, os dois últimos shows da gigantesca megaturnê mundial em que eles andaram metidos, sem parar para gravar, nos últimos dois anos. Agora eles vão para o estúdio, gravar o novo CD com a nova formação. Confio no bom resultado, mas quero OUVIR o bom resultado.

quarta-feira, 25 de setembro de 2002

Ritmo fascinante

Estou ouvindo agora a música "Fascinating Rhythm", do George Gershwin - na voz do Harry Connick Jr. A música foi composta em 1924 pelo criador do clássico do jazz Porgy & Bess. O que tem a ver com o Deep Purple? Bom, daí é que, 50 anos depois da composição de Gershwin, Ritchie Blackmore tirou o riff de Burn. Fred Astaire, o espantalho de "O Mágico de Oz", também gravou. Um site italiano colocou MP3 de trechos de ambas, Burn e Fascinating Rhythm para o leitor ouvir e tirar suas conclusões. Não foi a primeira música que eles "roubaram" de Gershwin. Em 1973, Blackmore já havia copiado parte de Rhapsody in Blue para fazer o riff de Painted Horse (um outtake de Who do We Think We Are).

A letra completa de "Fascinating Rhythm", de Gershwin, vai abaixo. Conheça mais sobre Gershwin (esse cara aí do lado) e sua música neste site.

Fascinating Rhythm
--George & Ira Gershwin
from Lady, Be Good! (1924)

Got a little rhythm, a rhythm, a rhythm
That pit-apats through my brain;
So darn persistent,
The day isn't distant
When it'll drive me insane.
Comes in the morning
Without any warning,
And hangs around me all day.
I'll have to sneak up to it
Someday, and speak up to it.
I hope it listens when I say:

Fascinating Rhythm,
You've got me on the go!
Fascinating Rhythm,
I'm all a-quiver.

What a mess you're making!
The neighbors want to know
Why I'm always shaking
Just like a flivver.

Each morning I get up with the sun --
Start a-hopping,
Never stopping --
To find at night no work has been done.

I know that
Once it didn't matter --
But now you're doing wrong;
When you start to patter
I'm so unhappy.

Won't you take a day off?
Decide to run along
Somewhere far away off --
And make it snappy!

Oh, how I long to be the man I used to be!
Fascinating Rhythm,
Oh, won't you stop picking on me?

segunda-feira, 23 de setembro de 2002

Respondendo a um e-mail

O Emerson Felipe mandou um e-mail perguntando sobre a cotação de um Shades of Deep Purple, de vinil e de 1968, no mercado. Tchê, eu te escrevi de volta e deu problema com teu endereço, então respondo aqui.

Olha, não faço idéia do valor de mercado desse disco. É uma raridade, e nos EUA teria um valor muito bom. No Brasil a coisa é muito complicada, porque mercado aqui é uma abstração. Mudou a tecnologia, aviltou o preço (vinil hoje, por mais raro que seja, sai por preços obscenamente baixos). Tenho um In Rock da primeira impressão brasileira, de 1973, e nunca tive coragem de vendê-lo.

Uma dica: tu podes fazer uma bela cotação de preço botando num site gringo de leilão, tipo eBay, e acompanhando os lances dados. (Ainda que retires do leilão antes de vender, vale pelo leilão em si, pra "medir a febre".)

Já ouviste o Shades of Deep Purple remasterizado? Tem uma versão de Hush ao vivo na Mansão da Playboy, que é sensacional. O vídeo disso (com as coelhinhas dançando em torno da banda e eles com esse cabelo simpático aí do lado) está em Heavy Metal Pioneers, um vídeo da época do Joe Lynn Turner mas ainda assim uma história bem honesta da melhor banda do mundo.

Conheça no site da Deep Purple Appreciation Society a discografia completa do Shades of Deep Purple, do primeiro vinil ao mais recente CD.

Aliás, as capas vieram desse site. A primeira deste post é a primeira capa do Shades que vi no Brasil. É de 1977, apesar de o disco ser de 1968. A segunda é a que o disco teve na Inglaterra. A terceira é a dos EUA.

domingo, 22 de setembro de 2002

Saudações do mestre



Leiam agora as resenhas de Peter Judd e Greg Harrop sobre o último show do Jon Lord no Deep Purple, publicadas no site da DPAS.

sábado, 21 de setembro de 2002

Homenagem a um mestre

Esta é pela aposentadoria do Jon Lord. Vai demorar pra baixar, mas vale a pena. São fotos de toda a carreira dele no Deep Purple. Para saber mais sobre a carreira dele, clique no linque. Leia a homenagem que os fãs fizeram para ele tão logo foi anunciada a aposentadoria, no começo do ano (a mnha é a primeira da página 10). Conheça o Pictured Within, o mais recente disco solo do Jon Lord. E, se tem alguma dúvida do tamanho do talento do Lord, imprima este artigo para saber mais. O cara é um mestre MESMO.