domingo, 29 de abril de 2012

Glover em Veneza


Roger Glover andou tocando na Itália neste final de semana, com o guitarrista Tolo Marton. Foi em Veneza, num clima super descontraído. Ele até tocou coisas solo, inéditas ao vivo.

Veja estes vídeos. Os primeiros são do Hard Rock Café, na noite de 27/4. Os outros são do Teatro Corso Mestre, na noite de 28/4.

Lazy (Purple):


Stone Free (Hendrix):


When Life Gets to the Bone (minha favorita do "If Life Was Easy", seu último disco solo):


Highway Star (Purple):

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O que realmente houve?

Que bagunça essa do festival Metal Open Air, no Maranhão. Houve desorganização e calote confirmados, da parte do festival. Na impossibilidade de saber a história inteira, reproduzo abaixo as duas notas oficiais, da banda Rock'n'Roll All-Stars e da organização do festival.

A da banda não fala na questão do pagamento. Diz apenas que eles largaram porque muitas outras bandas deixaram o evento.

Rock N’ Roll Allstars are saddened to annouce the cancellation of our performance at Metal Open Air Festival in Sao Luis, Brazil.
We regret not being able to attend. We are in South America and are ready to rock, but the circumstances are beyond our control: We were informed before flying to Brazil today that many other artists have pulled out of the event, as well as local security. We are very concerned for the safety of the fans and artists whom are already at the festival.
We are receiving confirmed reports from other bands and friends on the ground that the event is dangerous and a disaster. Please be safe, and we look forward to rocking for you in the future.
A do evento acusa a banda de quebrar o contrato, exigindo mais hospedagens do que o combinado, e de dizer que sem Charlie Sheen apresentando eles não tocariam.
"A Banda Rock and Roll All Stars quebrou contrato com a produção do MOA, maior festival de rock das Américas, que acontece até este domingo, em São Luís, e cancelou sua participação no evento. A banda se apresentaria neste sábado e era a principal atração do evento neste sábado. A produção se surpreendeu com a decisão do grupo e lamenta o fato, já que muitos aguardavam ansiosos por essa apresentação.De acordo com a Natanael Júnior, produtor e proprietário da empresa Lamparina, responsável pela produção do evento, a dois dias do evento eles foram informados que o ator Charlie Sheen não viria mais. Ele seria o apresentador e uma das atrações principais deste sábado. Pelo contrato, a produção local teria direito a substituir o artista ou reduzir o valor contratual, o que não aceito pela banda.
Além disso, segundo Natanael, a banda fez exigências que não estavam previstas em contrato, que envolviam quantidade de hospedagens, por exemplo. 'Temos o contrato assinado e a prova de que ele foi quebrado. Lamentamos muito e pedimos desculpas aos fãs que esperavam ansiosos pela apresentação', disse o produtor.
De acordo com Natanael Júnior, a programação deste sábado está confirmada e oficialmente apenas duas bandas teriam cancelado sua apresentação em São Luís. Natanael disse que a produção enfrentou alguns problemas, mas que todos estão sendo contornados".

Acho estranho isso, porque o Glenn Hughes me disse não saber de Sheen, quando anunciaram o ator como mestre de cerimônias. Como membro da banda, ele certamente saberia. 
Estou tentando conversar com os empresários da banda e com os organizadores do show, para chegar a uma versão mais apurada sobre o que houve.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Bagunça na Sarneylândia

A banda Rock'n'Roll All-Stars, que tem Glenn Hughes e outros grandes astros do rock, tomou o maior cano dos produtores do festival Metal Open Air, no Maranhão.

Seria um grande festival na Sarneylândia depois dos gritos de "ei, Sarney, vá tomar no *" no Rock in Rio. Seria.

A banda inclusive desmarcou o show que faria em São Paulo para se concentrar lá. Pena que não rolou.

No Twitter, a mulher de Gene Simmons reclamou:

"Não conseguimos localizar a produção do evento no Brasil, então não podemos pagar a equipe, os músicos, os pilotos etc e não faremos o show!"

Não foi a única banda a cancelar sua participação no festival na Sarneylândia. O Venom não conseguiu visto, o Saxon tomou cano da produção 

O festival ficou muito popular nas redes sociais ao prometer a presença do comediante Charlie Sheen como mestre de cerimônias. Recentemente, Sheen gravou um vídeo confirmando a presença. Mas, segundo a reportagem, ele também ainda não apareceu.

Dois guitarristas do Purple no Brasil em outubro

Joe Satriani e Steve Morse virão ao Brasil com a turnê do G3, informa o Guia da Folha. O terceiro guitarrista desta formação do G3 é John Petrucci.

Eles devem tocar no Rio no dia 11 de outubro e em São Paulo no dia 12 de outubro. Feriado! Vai ter pré-venda de 7 a 13 de maio, mas os preços ainda não foram anunciados.

Em julho, o trio de ligeirinhos vai tocar na Europa.

Fiquei um pouco apreensivo ao ver as datas em outubro. Até lá, o novo disco do Deep Purple já deve estar lançado, e a turnê deveria estar começando. Mas as primeiras datas anunciadas para os shows da nova turnê são só para novembro.

(A dica foi do ligadíssimo Castanheira, pauteiro deste blog.)

Tantas emoções

Vi uma foto hoje e fiquei empolgado: uau, o que o Coverdale tá fazendo na capa de um portal hoje? Não era o Coverdale, era o Roberto Carlos comemorando 71 anos. Mas até dá pra confundir, né?



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Strange Kind of Donna

O Castanheira garimpou do YouTube o vídeo de um programa gravado na TV estatal italiana, a RAI, em 1971. O nome do programa é Blob. A primeira banda a se apresentar é o Deep Purple, tocando Strange Kind of Woman. Eu nunca tinha visto.

domingo, 15 de abril de 2012

A estrada da glória de Mick Underwood


Há alguns dias, o baterista Mick Underwood me adicionou a um grupo no Facebook - "Mick Underwood's Glory Road". É a nova banda do baterista que tocou com Blackmore nos Outlaws, com Gillan e Glover no Episode Six, esteve no Quatermass e fez parte da fase mais divertida da banda Gillan. Veja o site oficial aqui.

É uma banda de tributo, mais ou menos. Toca material da Gillan (incluindo coisas que eles nunca tocaram ao vivo, como "She Tears Me Down") e da Quatermass, além de "Whole Lotta Love" e uma nova música chamada "Glory Road". O primeiro show foi há uma semana.

Este foi o setlist, segundo Peter Mair, colaborador da DPAS:

Trouble
Sleeping on the Job
She Tears Me Down (clique pra ver o vídeo!)
Living for the City
Mutually Asssured Destruction
[Quartermass number I wasn't familiar with]
Mr Universe
Glory Road (new song)
Vengeance
On the Rocks
Whole lotta Love ~ Drum solo.
Encore: New Orleans

Estou curioso pra ver pessoalmente ao vivo.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Contrataram o produtor de "The Wall", do Pink Floyd????


A DPAS catou de passagem numa entrevista do Steve Morse a informação de que o Deep Purple teria contratado Bob Ezrin como produtor do novo disco.

Simon Robinson diz que isso é um indicativo de que a banda está levando muito a sério o trabalho, porque Ezrin já produziu discos de Pink Floyd, Kiss e outros comercialmente bem-sucedidos. Mas quais? No artigo sobre Ezrin na Wikipedia constam vários que eu não sei avaliar, todos os grandes discos do Alice Cooper, três de uma boa fase do Kiss, aquele do Aerosmith em que eles gravaram "Train Kept A-Rollin" e... "The Wall", do Pink Floyd.

Os grandes discos do Deep Purple nos anos 70, incluindo "Machine Head", foram produzidos por Martin Birch, mas ele não está mais com a banda há algum tempo.

De "Perfect Strangers" até "Abandon", quem produziu foi Roger Glover, vindo de uma experiência produzindo outras bandas. Nada a reparar - ele é um bom produtor. Mas, quando Michael Bradford assumiu a produção de "Bananas" e "Rapture of the Deep", o baixo de Glover apareceu bem mais. Acho que é pela modéstia do Glover.

Quando Bradford foi anunciado, eu fiquei com o pé atrás. Dá pra ver aqui nos arquivos do blog. Poxa, ele estava gravando com o Charlie Brown Jr. Mas aí o cara é tão gente boa, respondendo e-mails inclusive durante os trabalhos de mixagem, e o "Bananas" ficou tão legal, que achei fabuloso. Gostei da ideia de trazerem um produtor de fora.

Os remasters também se beneficiaram de um produtor externo. "Stormbringer" e "Come Taste the Band" tiveram o dedo de Kevin Shirley, que produz os discos do Black Country Communion. Soam que é uma maravilha. 

Então, se for Ezrin mesmo, que seja muito bem-vindo.

Mal posso esperar pelo novo disco. Eu já não podia antes, agora posso ainda menos.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Um minuto de silêncio: Jim Marshall morreu


Fiquei sabendo agora pela manhã, no Facebook do guitarrista Bernie Torme, que Jim Marshall morreu. Uma lástima. Há uma página no Facebook para postar condolências.

Não existe som mais bonito, no rock, que o de uma Fender Stratocaster amplificada por um Marshall valvulado. Talvez só o de um Hammond amplificado por um Marshall se compare. A graça do Deep Purple desde o início era combinar os dois. Mas não só eles. Boa parte do rock britânico dos anos 60 e 70 deve sua existência e genialidade a Marshall.


Marshall era baterista de uma big band antes de abrir uma loja de instrumentos em Hanwell, no comecinho dos anos 60. Músicos de toda a região do Oeste de Londres se encontravam lá pra bater papo, testar equipamento, comprar fiado e, todo sábado, dar canjas. Mais ou menos como as que costumavam rolar numa das lojas da Teodoro Sampaio. (Entrevistado para uma biografia do Blackmore, Marshall disse que não lembrava das canjas.)

O Oeste de Londres é pertinho da região onde cresceram Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Jimmy Page e outros gênios. Heathrow, onde fica o aeroporto internacional, é um pouco adiante - o que significa que esse povo precisava TOCAR ALTO pra ser ouvido. Belo lugar pra surgirem guitarristas, vocalistas e os melhores amplificadores do mundo.

Jim Marshall era amigo de Bert Kirby, professor de música de Nick Simper. Foi na loja dele que Simper comprou sua primeira guitarra - fiado.  Custava 20 libras, e ele parcelou em uma libra por semana. Quando metade das prestações estava quitada, Marshall escreveu no cartão: "PAGO".

Simper não era o único agraciado por essa generosidade. Mais tarde, quando Marshall começou a construir amplificadores, essa generosidade se traduziu em uma clientela leal formada pelos lisos do passado. Parte dela ficou famosa, amplificando a fama de seus equipamentos para o mundo inteiro.


Três momentos cruciais de Marshall com o Deep Purple:
  • Em 1968, quando a primeira formação do Deep Purple estava sendo criada, os empresários bancaram a compra de 7 mil libras em equipamentos na loja de Jim Marshall. Isso incluía o primeiro Hammond próprio de Jon Lord e, claro, os amplificadores.
  • No ano seguinte, os empresários do Deep Purple toparam a ideia excêntrica de Jon Lord de fazer um concerto juntando banda de rock e orquestra. Marcaram uma data no Royal Albert Hall para isso. Além do problema da composição, havia um outro: como fazer para que TODOS fossem ouvidos? A acústica do RAH dava conta da orquestra, mas com a amplificação da banda poderia ser impossível ouvir os instrumentos sinfônicos. Por acaso, Jim Marshall tinha acabado de criar um sistema de mixagem de 600 watts. Ele colocou um anúncio nos jornais ingleses informando que o show seria a "World Premiere" do seu novo sistema. O resultado? Este:

  • Em 1973, quando Blackmore não pôde tocar num show lotado em Amsterdã e a banda deixou o bis de lado, a plateia ficou tão violenta que detonou os amplificadores que estavam no palco.  Para poder fazer o show seguinte em Copenhagen, dali a três dias, eles estariam em apuros se não fosse a agilidade de Marshall para fazer a entrega - com toda a precariedade de comunicações do começo dos anos 70. 
Minhas mais sinceras condolências, portanto.

E, caso algum leitor do Purpendicular ganhe na Mega-Sena um dia, aceito como presente um frigobar assim:

terça-feira, 3 de abril de 2012

Senhoras e senhores...

"Bem vindos a uma noite de depravação e decadência musical. Todos os celulares devem ser desligados; enviar mensagens de texto durante o show faz você parecer o maior cuzão."
DAVID COVERDALE, emprestando a voz ao aviso de desligar celulares do musical da Broadway Rock of Ages, segundo o Wall Street Journal. Algumas músicas do Whitesnake estão no repertório.