sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Turner também vem ao Brasil

Depois do Glenn Hughes, o Joe Lynn Turner anunciou sua turnê pelo Brasil. A dica é do Marco Almada:

30 de novembro - "Opera 1", Curitiba
01 de dezembro - "Teatro Rival", Rio de Janeiro
02 de dezembro - "Victoria Hall", São Paulo

O Victoria Hall fica em São Caetano, pelo que eu consegui pesquisar. O Teatro Rival, no Rio, me parece o mais legal de todos: fica na Cinelândia, perto da Biblioteca Nacional. Um dos lugares de que tenho as melhores memórias no Rio.

Preparem seu bolso, trabalhem dobrado, joguem na loto: este final de ano será cruel com os fãs do Deep Purple.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Poupe seus dólares

Sabe aquele disco ao vivo do Deep Purple que você andava louco pra comprar mas só existia em versão importada? Não sacrifique seu cartão de crédito tão rapidamente. A Biplane Records está lançando no Brasil três novos discos do Purple ao vivo, lançados pela Purple Records, que só se conseguia importado.

Todos eles são versões mais completas de discos que já eram conhecidos e reverenciados pelos fãs brasileiros:

Stockholm 70 - É a versão remasterizada do disco antigamente conhecido como Scandinavian Nights, gravado na Suécia durante a turnê de In Rock. Tem versões gloriosamente longas de Child in Time, Wring That Neck e Mandrake Root. Algumas dessas versões você pode encontrar num CDzinho tabajara italiano, de capa preta, vendido em lojas por aí a menos de R$ 10. Prefira esta. (Aliás, não tenho certeza sobre se Scandinavian Nights chegou a ser lançado oficialmente no Brasil. Só lembro de ver em vinil e CD importados.)

Paris 75 - É a íntegra, remasterizada, do último show com o Ritchie Blackmore na Mark 3. Partes dessa performance já saíram anteriormente nos discos Made in Europe e The Final Concerts. Apesar de ser o último dia da terceira formação do Purple, é um de seus melhores momentos ao vivo: o Coverdale não estava mais tão verde quanto no California Jam e no Live in London, sem falar que tem Lady Double Dealer (OBA!). Pra não ficar só nos elogios, eu certamente dispenso a versão de Highway Star que é tocada aí. Tem meia hora de material nunca antes lançado, segundo a DPAS.

This Time Around - É a versão completa, remasterizada e sem edições canhestras daquilo que os fãs mais antigos conheciam como Last Concert in Japan. Vale a pena para conhecer melhor a fase que tem o Tommy Bolin. Embora o guitarrista estivesse num mau momento, o resto da banda estava com todo o gás. Com Bolin travadão, restou ao Lord fazer o riff de Burn, por exemplo - e segurou imensamente bem. Salvo engano, é o primeiro lançamento oficial da Mk4 em CD no Brasil. (O Days May Come and Days May Go que andou circulando há poucos anos nas lojas brasileiras era tabajara.)

Serão edições limitadas, com 1.500 cópias. Não se preocupem: sobrarão 1.499 de cada um para vocês. No site da Biplane, cada um custa R$ 49,90. Já solicitei mais informações.

Mas comprem mesmo: possivelmente, se o selo se empolgar com os lançamentos, pode ter mais coisas a caminho. Lá fora está para sair uma versão integral de Live in London. Sem falar que já foram lançados outros shows ótimos, como Montreux 1969, Perks and Tit (um show antes do California Jam) e Space 1970 (que tem um dos melhores instrumentais do Purple que já ouvi).

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Glenn Hughes a caminho

Já estão confirmados os shows do Glenn Hughes em outubro em São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Falta confirmar o que vai rolar em Curitiba. A princípio, as datas são as que vão abaixo. Aguardem novas informações.

24 de outubro - Master Hall, Curitiba (PR)
26 de outubro - Hakka Eventos (festa Hard'N'Heavy), São Paulo (SP)
27 de outubro - Local a confirmar, Santos (SP)
28 de outubro - Circo Voador, Rio de Janeiro (RJ)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Blackmore como convidado do Gillan, em 1981

Pesquisando as tretas da banda Gillan, descobri esta raridade que é parte de algo que há muito tempo procuro:



Na foto, estão Bernie Torme, Ritchie Blackmore e Ian Gillan. Ou seja: é aquele show feito depois do natal de 1981, quando Blackmore procurou Gillan pra convidá-lo a participar do Rainbow e Gillan devolveu-lhe o convite. Isso abriu as portas para uma canja e para a futura reformação do Deep Purple. Nunca consegui pirataria desse show.

A foto saiu desta entrevista com Torme, de sete anos atrás. Nela, ele também revela que o Ian Paice fez teste para ser baterista da banda do Gillan. Desistiu porque as músicas eram muito rápidas e ele, além de só ter um pulmão (eu não sabia disso), andava fora de prática havia um ano na época. Depois disso, convidado pelo Jon Lord, foi tocar com o Whitesnake.

O calote do mestre



O DVD recente do Ian Gillan, que eu recomendo, é uma das auto-homenagens mais sinceras e autocríticas que já vi. Muita gente boa fala do problema do Gillan com a marvada da Kátia e tira sarro da briga dele com o Blackmore. Até Colin Towns, tecladista da banda Gillan, é entrevistado - e abre a boca sobre o lado financeiro da banda em que tocou. Ele acusa o mestre de ter dado o calote na banda inteira.

Recapitulando: o Ian Gillan saiu do Deep Purple em 1973. Em 1975, convidado pelo Roger Glover, cantou "Sitting in a Dream" no Butterfly Ball. O disco do show foi gravado no estúdio que Gillan havia comprado, o Kingsway Studio (hoje no lugar do estúdio funciona uma farmácia). Como o mestre se empolgou com os aplausos que recebeu, aproveitou a banda que tocou no disco composto pelo Glover pra compor sua própria banda, a Ian Gillan Band.

Em 1978, a banda trocou de nome para Gillan - e contava com músicos poderosíssimos, como o próprio Towns (a partir de 1973) e o guitarrista Bernie Torme. Teve praticamente uma formação por ano e acabou em 1982. A coisa já estava feia dentro da banda, com as brigas por causa de grana. Os músicos viam a banda tocando pra caramba e não viam o saldo da conta crescer. Apenas Ian Gillan estava contente. Mas quebrado: segundo a mulher dele, o mestre vivia num apartamento onde não cabia sequer um gato.

Nessa época, Gillan dizia estar mal das cordas vocais e que teria de deixar de cantar por um tempo. Em 1983, sai o disco "Born Again", do Black Sabbath, com o Gillan esmerilhando o gogó. Os colegas da banda solo reclamaram: um deles gravou uma música chamada "Because you Lied" (Porque você mentiu). O baterista Mick Underwood, que tocou com Gillan no Episode Six e indicou o vocalista ao amigo Ritchie Blackmore em 1969, não fala com Ian desde essa época.

Recentemente, ex-membros da banda Gillan têm aberto a boca sobre isso em entrevistas. Já li acusações de que Gillan usaria a renda da banda solo pra pagar os altos impostos que deixou de pagar quando cantava no Deep Purple. Bernie Torme e John McCoy acabam de gravar um disco onde, mais uma vez, descascam o mestre. No DVD, Gillan reconhece a burrada e lembra que ele mesmo sofreu com isso. E acha que o negócio é bola pra frente, que isso é passado.

Entendo os motivos dos que sofreram com o caso todo pra continuar putos da vida com o Gillan, embora fique meio mal porque admiro demais o cara. E vocês, o que acham?