terça-feira, 4 de maio de 2004

Duas notícias recentes sobre o Deep Purple

Não esqueci vocês. É que eu estou de mudança pra São Paulo muito em breve (no sábado à noite), então perdoem a baixa freqüência.

Dez notícias recentes sobre o Purple, pra tirar atraso:

1) Mais de 2 mil leitores da revista inglesa Top Guitar votaram no maior riff de guitarra de todos os tempos. Ganhou Sweet Child O'Mine, mas Smoke on the Water ficou em quarto lugar. Perdeu pra Smells Like Teen Spirit (segundo) e Whole Lotta Love (terceiro).

2) O site indiano Webindia publicou observações de Gillan e Glover sobre como a televisão e a tecnologia mudaram a música. "Estamos num mundo diferente; a tecnologia e a televisão mudaram muita coisa, tiraram o romance. A indústria está detonada, é gananciosa, nunca se importou com a música", disse o Gillan. "Somos expostos à música pela televisão, porque tudo é orientado pela imagem. O pessoal quer tocar pelas razões erradas", disse o Glover. O que explica os dois primeiros lugares da parada acima.

3) No mesmo site indiano, o Gillan revela o que é para os velhos roqueiros o que um dia foi o sexo, drogas e roquenrôu: "Eu aprecio acordar de manhã e fazer as palavras cruzadas, ou sentar à noite com uma garrafa de vinho pra comer gorduras com os amigos", disse ele. Com minha própria garrafa de vinho aberta, cheers para o mestre.

4) Entre 13 de agosto e 10 de setembro, Joe Satriani vai fazer uma turnê com o Deep Purple e o Thin Lizzy nos EUA, acabando em Seattle. Satriani, lembrem, substituiu o Blackmore no Deep Purple, subindo ao palco com os mestres pela primeira vez em 8.dez.1993. Ele já foi convidado a acompanhar o Steve Morse duas vezes nos últimos quatro anos, e honrosamente faz parte da família do Purple.

5) "Estivemos conversando outro dia e eu acho que esta é a melhor formação que já tivemos, sem dúvida. Com o nosso nível de trabalho, nossa musicalidade é o que nos mantém de pé. O maior desafio é nos mantermos novos em folha". Palavras de Ian Gillan ao New Zealand Herald. Ele esteve no país vinte anos antes, lançando Perfect Strangers, mas não lembra de nada porque estava bêbado até não poder mais.

6) Também ao jornal neozelandês, ele minimizou o grau de influência do Deep Purple sobre bandas mais jovens. "Como tudo mais, a música é um processo evolucionário. Durante os anos das nossas formações, copiamos todo mundo, de Chuck Berry a Ella Fitzgerald, de Ray Charles a Marvin Gaye. Foi esse o começo do nosso desenvolvimento musical. Mas você não vai além da mediocridade se não tiver aquele algo mais. Para capturar boa música, você deve ser mais do que um bom artesão."

7) Um colunista australiano foi ao show do Deep Purple, curtiu pra caraco mas apontou que as letras do grupo não fazem sentido. De fato, é preciso conhecer a história por trás delas pra entender o que algumas significam. Strange Kind of Woman, por exemplo, eu só entendi direito depois de ler a biografia do Ian Gillan.

8) O jornal australiano The Age tem uma interessante reportagem sobre as bandas experientes cujas formações são irreconhecíveis pra quem não está acompanhando de perto. Comete a injustiça de dizer que não sobrou nenhum membro original do Deep Purple. Claro, um argumento de especialista colocaria o Chris Curtis nas baquetas antes do Ian Paice, mas o Curtis não chegou nem a ensaiar com o Purple.

9) Interessante ler esta matéria sobre como o rock pesado, "alternativo", virou mainstream. Ela comete a injustiça de dizer que "bandas como o Deep Purple, Black Sabbath e Led Zeppelin ficaram fascinadas pelo misticismo e pelo ocultismo", mas é um bom artigo.

10) Tô devendo uma notinha sobre o Living Loud, mas isso vai mais adiante assim que eu ouvir o disco deles.

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