O povo do The Highway Star conseguiu: colocaram no ar um vídeo do Deep Purple Tabajara de 1980, aquele Bogus Deep Purple do Rod Evans, tocando Smoke on the Water. Pena que meu computador de casa não abre. Mas vou correndo a um cibercafé.
Pra saber mais sobre o Bogus Deep Purple, tem um link direto pra seção especial do THS sobre ele aqui ao lado.
sábado, 24 de dezembro de 2005
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
Que fim levou Ritchie Blackmore?
No café da manhã, abri o Estadão e lá estava uma baita foto do Ritchie Blackmore, encimada pelo título "Que Fim Levou Ritchie Blackmore?" Pois o jornalista Artur Dapieve, do No Mínimo, escreveu uma belíssima resenha do DVD duplo da banda do mestre com sua patroa.
Talvez o primeiro impulso do velho fã do Purple seja pensar: “Deus, o que não se faz por um belo rabo de saia?” Depois de se assistir às quase quatro horas de “Castles & Dreams”, porém, a pergunta muda para: “Blackmore não estará sendo mais honesto que seus ex-companheiros de banda?” Ele não os menciona, mas diz, num dos muitos extras do DVD duplo, se sentir mais honesto tocando música antiga do que antigas músicas.
Blackmore, ao menos, parece de fato feliz. Nos bastidores, ao lado de Candice, vinte e oito anos mais nova que ele, sessentão desde abril último. Nos palcos, ao lado dela e de uma trupe de músicos que atende por nomes como Bard David of Larchmont (teclados), Squire Malcolm of Lumley (bateria), Sir Robert of Normandie (baixo), Tudor Rose (rabeca e flautas) e as Sisters of the Moon, Lady Madeline e Lady Nancy, gêmeas vocalistas.
Na verdade, Blackmore prefere o termo menestréis a músicos. Sua trupe se apresenta em cidades medievais – os shows fundidos que ocupam quase todo o primeiro DVD foram gravados em Burg Veldenstein e em Burg Neuhaus, Alemanha, em 2004 – carregando nas costas toda a infra-estrutura: eletricidade, luz, som, palco, cenários etc. O conceito das excursões, portanto, também remete aos artistas itinerantes que se apresentavam em feiras.
E o espectador brasileiro, longe dos castelos europeus e até dos seis CDs da Blackmore’s Night, inéditos aqui? Ele se diverte? Se desarmar o espírito roqueiro e entrar na onda da banda, sim. Afinal, o grande guitarrista não esqueceu como se toca. Apenas prefere tocar mais baixo. As músicas instrumentais, como “Queen for a day” ou “Minstrel hall”, são delicadas e evocativas. E as cantadas fluem bem, desde que não se preste atenção às letras.
Porque, até para manter-se fiel ao espírito da banda, Candice desenvolveu toda uma criação de fadas, luares e momentos mágicos. Mas, ei, alguém aí já parou para realmente prestar atenção às letras do Deep Purple?! Procedente mesmo talvez seja um certo incômodo com o seu sotaque: faz-se necessária uma certa “suspensão da descrença” para aceitar uma americana de Long Island cantando a Idade Média.
(...)“Castles & Dreams” é o registro de uma união feliz. Não apenas a de Blackmore e Candice, coisa lá deles. Também a do guitarrista com sua própria consciência. Quantos colegas não declararam que esperavam morrer antes de ficar velhos ou que não suportariam tocar “Satisfaction” aos 60 anos? O guitarrista envelheceu, mas não precisa mais tocar “Smoke in the water”, a não ser que queira e, suponho, num arranjo com bandolim.
Talvez o primeiro impulso do velho fã do Purple seja pensar: “Deus, o que não se faz por um belo rabo de saia?” Depois de se assistir às quase quatro horas de “Castles & Dreams”, porém, a pergunta muda para: “Blackmore não estará sendo mais honesto que seus ex-companheiros de banda?” Ele não os menciona, mas diz, num dos muitos extras do DVD duplo, se sentir mais honesto tocando música antiga do que antigas músicas.
Blackmore, ao menos, parece de fato feliz. Nos bastidores, ao lado de Candice, vinte e oito anos mais nova que ele, sessentão desde abril último. Nos palcos, ao lado dela e de uma trupe de músicos que atende por nomes como Bard David of Larchmont (teclados), Squire Malcolm of Lumley (bateria), Sir Robert of Normandie (baixo), Tudor Rose (rabeca e flautas) e as Sisters of the Moon, Lady Madeline e Lady Nancy, gêmeas vocalistas.
Na verdade, Blackmore prefere o termo menestréis a músicos. Sua trupe se apresenta em cidades medievais – os shows fundidos que ocupam quase todo o primeiro DVD foram gravados em Burg Veldenstein e em Burg Neuhaus, Alemanha, em 2004 – carregando nas costas toda a infra-estrutura: eletricidade, luz, som, palco, cenários etc. O conceito das excursões, portanto, também remete aos artistas itinerantes que se apresentavam em feiras.
E o espectador brasileiro, longe dos castelos europeus e até dos seis CDs da Blackmore’s Night, inéditos aqui? Ele se diverte? Se desarmar o espírito roqueiro e entrar na onda da banda, sim. Afinal, o grande guitarrista não esqueceu como se toca. Apenas prefere tocar mais baixo. As músicas instrumentais, como “Queen for a day” ou “Minstrel hall”, são delicadas e evocativas. E as cantadas fluem bem, desde que não se preste atenção às letras.
Porque, até para manter-se fiel ao espírito da banda, Candice desenvolveu toda uma criação de fadas, luares e momentos mágicos. Mas, ei, alguém aí já parou para realmente prestar atenção às letras do Deep Purple?! Procedente mesmo talvez seja um certo incômodo com o seu sotaque: faz-se necessária uma certa “suspensão da descrença” para aceitar uma americana de Long Island cantando a Idade Média.
(...)“Castles & Dreams” é o registro de uma união feliz. Não apenas a de Blackmore e Candice, coisa lá deles. Também a do guitarrista com sua própria consciência. Quantos colegas não declararam que esperavam morrer antes de ficar velhos ou que não suportariam tocar “Satisfaction” aos 60 anos? O guitarrista envelheceu, mas não precisa mais tocar “Smoke in the water”, a não ser que queira e, suponho, num arranjo com bandolim.
terça-feira, 6 de dezembro de 2005
Convite ao granicídio
Olha o que vem por aí no ano que vem, segundo a DPAS:
1) Deep Purple
Live In London (CD) : pela primeira vez, lançado oficialmente em CD. Ah, você tem? Eu também. Mas é um semipirata nipo-brasileiro.
Stormbringer (CD) : remasterizado, remixado. Diz o Simon Robinson que Hold On tá de babar. É principalmente voltado a malucos como eu, que já tiveram o vinil e o CD normal e que estão gradualmente substituindo a coleção convencional pela aditivada dos remasters comemorativos.
Live In Europe 1993 (4CD) : a íntegra dos shows editados para o CD de Come Hell or High Water, com os últimos registros do Blackmore na banda. Quatro discos. Facada!!!
Live In Aachen 1970 (CD) : isso já tinha sido lançado, mas com uma capa feia pra caraco e saiu de catálogo. É o meu show favorito do Deep Purple, de julho de 1970. Mestre Gillan quase não canta, mas o instrumental é de pirar o cabeção.
Archive Collection (DVD) : vem mais coisa boa aí, além de 72/73 e California Jam. "Deve incluir um monte de material raro, incluindo coisas que os pirateiros perderam", diz o Simon Robinson.
Amsterdam Paradiso 1969: um dos primeiros shows do Purple que circularam em pirataria pode sair pela Purple Records. Esse ainda tem Kneel and Pray com a letra original ("You were good/I was bad/I wanted the things you had").
Scotland 1974: O Nigel Young não conhecia nem pirataria dos quatro shows feitos pelo Purple na terra de Macbeth em abril de 74. O primeiro show dessa perna da turnê do Coverdale/Hughes foi feito logo após a pirotécnica passagem dos mestres pela California (também pela Purple records)
2) Rainbow
German Tour 1976 (CD) : três shows, numa caixinha que deve sair no Japão em abril e separadamente na Europa a partir de março.
Rockpalast 1977 (DVD) : show gravado em outubro de 1977 na TV alemã. Primeiro DVD oficial da banda do Homem de Preto.
Promos (DVD) : todos os clipes oficiais da banda.
3) Blackmore's Night
Village Lantern : o novo álbum de estúdio deles, que sai no final de janeiro. Pra quem curte, beleza. A DPAS perdeu a conta, acha que é o sétimo de estúdio; acho que é o quinto de estúdio e sétimo no geral.
4) Paice, Ashton & Lord
Live In London (DVD) : nunca antes lançado em vídeo.
Tony Ashton / Testimonial (CD - DVD) : show em homenagem ao parceiro de Paice e Lord, gravado em 2000. Além do Tony, há John Entwhistle, Whitesnake (com Lord e Paice mas sem Coverdale) e PAL - a única reunião deles ao vivo depois dos anos 70.
5) Ian Gillan
Gillan's Inn 40th Anniversary CD : cheio de convidados. Todos estamos babando e já existe um preview de Smoke on the Water no ar. Deve sair em fevereiro.
Gillan / Live (CD) : shows ao vivo dos anos 80 das bandas solo do mestre!
6) Whitesnake
Live In The Still Of The Night (DVD / CD) : filmado em Londres, em 2004. Sai junto o DVD e o CD, em março - separado, não rola. Quando eu disse que essa turnê era caça-níqueis, me criticaram.
Whitesnake remasters (CD) : tão anunciando há tempos, mas nada certo.
7) Tommy Bolin
Tommy Bolin / Masters Series (CD) : coisas raras, coisas remixadas. É pra trazer novos fãs.
8) Steve Morse
Dixie Dregs Live In Montreux (DVD) : Steve bem novinho, recém-saído da faculdade, tocando no festival de jazz de Montreux em 1978.
9) Glenn Hughes
Glenn Hughes / Studio album (CD) : disco novo e possível retrospectiva na Austrália.
10) Jon Lord
Gemini Suite de estúdio: pela primeira vez em CD, é basicamente Jon Lord e convidados. Yvonne Elliman (a Maria Madalena de Jesus Christ Superstar) canta no lugar do Ian Gillan, uma letra completamente diferente do "how I wish that I wasn't here"
Windows (DVD): Sim, Jon Lord solo, com convidados! Em vídeo! Tudo sai pela Purple Records.
1) Deep Purple
Live In London (CD) : pela primeira vez, lançado oficialmente em CD. Ah, você tem? Eu também. Mas é um semipirata nipo-brasileiro.
Stormbringer (CD) : remasterizado, remixado. Diz o Simon Robinson que Hold On tá de babar. É principalmente voltado a malucos como eu, que já tiveram o vinil e o CD normal e que estão gradualmente substituindo a coleção convencional pela aditivada dos remasters comemorativos.
Live In Europe 1993 (4CD) : a íntegra dos shows editados para o CD de Come Hell or High Water, com os últimos registros do Blackmore na banda. Quatro discos. Facada!!!
Live In Aachen 1970 (CD) : isso já tinha sido lançado, mas com uma capa feia pra caraco e saiu de catálogo. É o meu show favorito do Deep Purple, de julho de 1970. Mestre Gillan quase não canta, mas o instrumental é de pirar o cabeção.
Archive Collection (DVD) : vem mais coisa boa aí, além de 72/73 e California Jam. "Deve incluir um monte de material raro, incluindo coisas que os pirateiros perderam", diz o Simon Robinson.
Amsterdam Paradiso 1969: um dos primeiros shows do Purple que circularam em pirataria pode sair pela Purple Records. Esse ainda tem Kneel and Pray com a letra original ("You were good/I was bad/I wanted the things you had").
Scotland 1974: O Nigel Young não conhecia nem pirataria dos quatro shows feitos pelo Purple na terra de Macbeth em abril de 74. O primeiro show dessa perna da turnê do Coverdale/Hughes foi feito logo após a pirotécnica passagem dos mestres pela California (também pela Purple records)
2) Rainbow
German Tour 1976 (CD) : três shows, numa caixinha que deve sair no Japão em abril e separadamente na Europa a partir de março.
Rockpalast 1977 (DVD) : show gravado em outubro de 1977 na TV alemã. Primeiro DVD oficial da banda do Homem de Preto.
Promos (DVD) : todos os clipes oficiais da banda.
3) Blackmore's Night
Village Lantern : o novo álbum de estúdio deles, que sai no final de janeiro. Pra quem curte, beleza. A DPAS perdeu a conta, acha que é o sétimo de estúdio; acho que é o quinto de estúdio e sétimo no geral.
4) Paice, Ashton & Lord
Live In London (DVD) : nunca antes lançado em vídeo.
Tony Ashton / Testimonial (CD - DVD) : show em homenagem ao parceiro de Paice e Lord, gravado em 2000. Além do Tony, há John Entwhistle, Whitesnake (com Lord e Paice mas sem Coverdale) e PAL - a única reunião deles ao vivo depois dos anos 70.
5) Ian Gillan
Gillan's Inn 40th Anniversary CD : cheio de convidados. Todos estamos babando e já existe um preview de Smoke on the Water no ar. Deve sair em fevereiro.
Gillan / Live (CD) : shows ao vivo dos anos 80 das bandas solo do mestre!
6) Whitesnake
Live In The Still Of The Night (DVD / CD) : filmado em Londres, em 2004. Sai junto o DVD e o CD, em março - separado, não rola. Quando eu disse que essa turnê era caça-níqueis, me criticaram.
Whitesnake remasters (CD) : tão anunciando há tempos, mas nada certo.
7) Tommy Bolin
Tommy Bolin / Masters Series (CD) : coisas raras, coisas remixadas. É pra trazer novos fãs.
8) Steve Morse
Dixie Dregs Live In Montreux (DVD) : Steve bem novinho, recém-saído da faculdade, tocando no festival de jazz de Montreux em 1978.
9) Glenn Hughes
Glenn Hughes / Studio album (CD) : disco novo e possível retrospectiva na Austrália.
10) Jon Lord
Gemini Suite de estúdio: pela primeira vez em CD, é basicamente Jon Lord e convidados. Yvonne Elliman (a Maria Madalena de Jesus Christ Superstar) canta no lugar do Ian Gillan, uma letra completamente diferente do "how I wish that I wasn't here"
Windows (DVD): Sim, Jon Lord solo, com convidados! Em vídeo! Tudo sai pela Purple Records.
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