Foram seis horas em pé - três delas esperando o pessoal do Tom Brasil encontrar meu passe. Que estava havia muito tempo me esperando na bilheteria, mas só descobriram cinco minutos antes do show. Por causa disso, não consegui ir ao backstage, como havia sido convidado para ir. Desorganização da casa é a única explicação em que consigo pensar pra definir o que aconteceu. Não pretendo voltar a pisar naquela lonjura sem um motivo muito bom.
O show em si foi muito bom. Acho que nunca vi o Gillan cantando tão claramente num show em que eu estivesse presente. Já vi em DVD, já vi em pirataria. Pessoalmente, não. O repertório foi quase o mesmo do ano passado e exatamente o mesmo de Porto Alegre. É muito engessado o setlist do Deep Purple, varia pouco além da meia dúzia de músicas do Machine Head, uma ou duas de Fireball, uma ou duas do In Rock, uma ou duas do Perfect Strangers e três do disco da vez. Mas, embora varie pouco o repertório, a interpretação é sempre muito boa e varia bem.
Os cinco estavam completamente à vontade. Don Airey estava em casa, não tinha mais aquele jeito calouro de quem pede licença pra entrar. O Ian Paice aumentou a quantidade de pigmeus escondidos em suas mangas, em relação ao ano passado. Glover cada vez mais rouba a cena quando faz seus solos. Coordena bem com o Steve Morse, que voltou a fazer homenagens a riffs famosos em seu solo. Desta vez, foram Whole Lotta Love, Sweet Child O'Mine e Little Wing. Só que esse "riff parade" não acontece mais antes de Smoke on the Water, e sim entre Contact Lost e Well-Dressed Guitar. A única foto que tirei e ficou boa foi esta, do Morse tocando Contact Lost:
Eu estava ao lado do Abdalla, vocalista da banda Fireball, que faz tributo ao Deep Purple. Deu orgulho: presenciei mais de 20 pessoas vindo cumprimentar meu amigo. O público entrou aos borbotões e todos os que pude ver adoraram cada segundo. Claro que havia os imbecis de sempre - perto de onde eu estava, um sujeito soltou a bexiga no chão. Deve ter pago no mínimo R$ 100, e mesmo assim cometeu tal porquice. Ridículo, mas azar o dele. Não chamei a atenção do porco - tinha coisa muito mais interessante pra olhar no palco. E como tinha.
Show do Deep Purple é sempre pra mim como final de campeonato do meu time favorito, com a diferença de que ninguém perde.
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