sábado, 28 de fevereiro de 2004

Morre o primeiro Judas de JCS



Esta saiu primeiro no Cabide, mas suponho ser de interesse público pra nós aqui.

Morreu na segunda-feira o ator e cantor Carl Anderson, que fez o papel de Judas no musical Jesus Christ Superstar (1973). Anderson tinha leucemia e morreu aos 58 anos. Ele também participou do filme "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg. A informação é da Folha Online.

Anderson tinha uma voz poderosa. Em JCS, seu personagem rouba o filme com sua performance. Isso não ficava tão evidente no álbum conceitual de dois anos antes (onde Judas - cantado por Murray Head - era o fio condutor, mas não roubava tanto a cena). O script de JCS, pra mim, lembra muito a interpretação que José Saramago deu à mesma história. E, sim, ouvi as duas primeiras versões de JCS com atenção porque o Gillan deu voz ao personagem-título no álbum conceitual.

Em memória a Carl Anderson, o Judas Superstar que atuou no papel pelo menos até o ano passado sempre roubando a cena, posto abaixo a letra de "Heaven on their Minds", música-tema de Judas, que abre o musical e tem seu riff citado todas as vezes em que o personagem aparece em outras músicas.


My mind is clearer now -- at last all too well
I can see where we all soon will be
If you strip away the myth from the man
you will see where we all soon will be
Jesus! You started to believe
The things they said of you
You really do believe
This talk of God is true
And all the good you've done
Will soon get swept away
You've begun to matter more
Than the things you say

Listen Jesus I don't like what I see
All I ask is that you listen to me
And remember -- I've been your right hand man all along
You have set them all on fire
They think they've found the new Messiah
And they'll hurt you when they find they're wrong

I remember when this whole thing began
No talk of God then -- we called you a man
And believe me -- my admiration for you hasn't died
But every word you say today
Gets twisted round some other way
And they'll hurt you if they think you've lied

Nazareth your famous son should have stayed a great unknown
Like his father carving wood -- he'd have made good
Tables chairs and oaken chests would have suited Jesus best
He'd have caused nobody harm -- no-one alarm

Listen Jesus do you care for your race?
Don't you see we must keep in our place?
We are occupied -- have you forgotten how put down we are?
I am frightened by the crowd
For we are getting much too loud
And they'll crush us if we go too far

Listen Jesus to the warnings I give
Please remember that I want us to live
But it's sad to see our chances weakening with every hour
All your followers are blind
Too much Heaven on their minds
It was beautiful but now it's sour
Yes it's all gone sour

Everybody knows he's him



Finalmente consegui ouvir o show do Jon Lord na Austrália com os The Hoochie Coochie Men e o Jimmy Barnes, em 7 de fevereiro do ano passado. Pra quem gosta de blues do bom, é material de primeira. Foi lançado nos EUA em novembro.

Jon Lord havia ido pra lá pra apresentar seu novo concerto pra piano, The Boom of the Tingling Strings, mas estava com o dedão ferrado e deixou outro tocar por ele. Mas o velho Hammond ele podia tocar, e organizou essa jam pra mostrar tudo o que sabe. Tem belas intervenções com ele contando histórias, tem solos que lembram momentos inspirados do Deep Purple ao vivo, tem cover da música do Willie Dixon que o Led Zeppelin chupou pra Whole Lotta Love, tem uma cover de When a Blind Man Cries com um vocal que não faz jus ao Gillan. Tirando esse ponto baixo, o material é sensacional.

Tá pra ser lançado na Europa só em abril. Como é pela EMI, acho que rola por aqui.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2004

As raízes do Deep Purple

Em 1991, quando eu comecei a ir seriamente atrás dos discos do Deep Purple, passei por uma banca e encontrei uma revista-pôster que contava a história da banda. Era a segunda de duas lançadas pela revista Somtrês nos anos 80 (apenas recentemente consegui a primeira), e além de contar a história do grupo ela também tinha no pôster uma gigantesca árvore genealógica do Deep Purple.

Essa árvore mostrava de onde vieram e pra onde foram os membros do grupo, e que bandas estiveram envolvidas com eles. Era basicamente um mapa rodoviário do rock inglês. Mapa esse que sigo até hoje. De vez em quando eu tropeço no nome de alguma coisa completamente aleatória e vejo traços de Deep Purple. Tudo porque aos 14 anos eu quase decorei aquela árvore.

Agora, a DPAS está lançando uma versão online da árvore genealógica, começando pela Mark 1. E que recurso. Que recurso. Tem a história da primeira formação, as biografias de cada um dos membros do Deep Purple, a discografia, videografia, letras, resenhas da época, MP3 de algumas músicas.

Pra ler de pé, com a mão no peito.

sábado, 21 de fevereiro de 2004

Para os curiosos

PARA OS CURIOSOS

Achei um site que tem as posições do Purple nas paradas em quase todos seus discos. É o Rockdetector, que também tem uma bela biografia do grupo e informações sobre trocentas outras bandas (foi lá que encontrei dados sobre a Zephyr, uma banda sensacional de que o Tommy Bolin fez parte; já entro nisso). Coloquei os dados no Excel. Se alguém quiser, entre em contato por email.

Ando cavocando novas antiguidades. Encontrei os dois discos da Zephyr, a banda que o Tommy Bolin tinha no Colorado. E que preciosidade! É blues-rock da melhor qualidade. A vocalista, Candy Givens, calca a voz no que a Janis Joplin fazia. No primeiro (Zephyr, 1969), ela está meio gritona, quase estridente, mas tem momentos sublimes. No segundo (Going Back to Colorado, 1971), a banda inteira está em ponto de bala. Tem interlúdios jazzísticos, com aquele walking bass bem marcado e o povo solando em cima. E o sensacional é que, em 1969, o Tommy Bolin tinha apenas 18 anos. Era um piá, já era a terceira banda dele e ele já tocava tudo aquilo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004

Back to the house of pai

No sábado (14/02), o Deep Purple tocou em Los Angeles, onde há um ano terminava de gravar o disco Bananas. Subiram ao palco Michael Bradford (produtor do disco e guitarrista nas horas vagas) e Beth Hart (que faz o backing vocal de Haunted), pra tocar House of Pain. Bradford também voltou no bis pra tocar Hush.

Quem souber de pirataria disso, favor dar um grito. Adoro a voz da Beth desde que ouvi ela cantar o backing de Haunted.

Outra pirataria que eu adoraria seria a do dia 11/02, em San Francisco. Joe Satriani - que substituiu o Blackmore no final da turnê de 1993 - subiu ao palco com o Purple dez anos depois de deixar a banda pra tocar um medley de Hit the Road, Jack e Black Night.

domingo, 15 de fevereiro de 2004

Para os arqueólogos do Deep Purple

O produtor Mike Thorne, que trabalhou no Fireball, conta nesta página sobre o ruído do ar condicionado que abre a música-título do disco e outros detalhes de estúdio. Vale muito a pena.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

O clipe trash de Trashed

Acabo de ver o clipe de Trashed, gravado pelo Black Sabbath com o Gillan. Gosto do disco Born Again, mas sempre achei a capa meio tosca. Depois de ver o clipe, descobri que não é só a capa. Tem umas cenas que parecem de filme de terror classe Z. O que o Tony Iommi andava tomando?

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

Machine Head inteiro no show

O primeiro show da turnê norte-americana do Purple, ocorrido no domingo em Vancouver (Canadá), foi dividido em dois.

A primeira metade abria com Silver Tongue e seguia: Woman From Tokyo / I Got Your Number / Strange Kind Of Woman / Bananas / Knocking At Your Back Door / Contact Lost / Well Dressed Guitar / House Of Pain / Perfect Strangers.

Para abrir a segunda metade do show, fotos antigas da banda foram projetadas numa tela e eles passaram a tacar fogo em TODO o repertório do Machine Head, uma por uma, sem parar pra apresentar a música seguinte: Highway Star/Maybe I'm a Leo/Pictures of Home/Never Before/Smoke on the Water/Lazy/Space Truckin'/When a Blind Man Cries.

No bis, Hush e Black Night.

Fazia tempo que os shows do Purple eram na prática divididos entre Machine Head e o resto, mas embaralhado. Agora, é oficial.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2004

Um show histórico

O Deep Purple vai ser a primeira banda de rock ocidental a tocar na China. É ou não é de se orgulhar?

Desatualizados, os promotores locais anunciaram o Homem de Preto como guitarrista da banda. Mas, óbvio, não é. O Highway Star chama atenção a esse ponto.