Boa parte do rock inglês passou por aqueles estúdios, e é claro que grandes momentos do Purple estiveram lá. Foi na BBC que eles tocaram publicamente pela primeira vez na Inglaterra com a Mk1, por exemplo, uma semana depois de gravarem o Shades of Deep Purple. Houve um show antes, na Dinamarca, em que eles anunciaram que "Roundabout é o caralho, nosso nome agora é Deep Purple, porra".
Foi na BBC que o Deep Purple tocou Kneel and Pray, em 29 de agosto de 1969, poucos dias depois de a música ser tocada em Amsterdã, num dos mais antigos piratas conhecidos da Mk2. Era assim:
- You were good
I was bad
I just want everything you had
Good loving is meant for two
A bit for me and a bit for you
Oh please, set me free
Stop my misery - OH!
Dois meses depois, em 31 de outubro, eles voltam aos estúdios pra tocar a mesma música com uma nova letra. Vocês conhecem:
- Good Golly, said the little miss Molly
While she was rocking in the house of blue light
Tutti Frutti was oh, so rooty
When whe was rocking to the east and west
Come on baby, drive me crazy
Do it, do it - AAAAAAAAHHHH!!!!
Nesse meio tempo, eles já haviam estreado a nova letra no festival de jazz de Montreux, em 4 de outubro. O Gillan não fazia idéia de que ritmo queria dar à música, nem tinha escrito direito a letra, mas matou a pau. No dia 14, eles estavam no estúdio batendo ponto pra gravar a versão com o piano, homenageando Jerry Lee Lewis.
No dia em que eles tocaram a nova música no estúdio da BBC, eles também tocaram uma "nova" música - John Stew. Por acaso, muito parecida com What Do You Want, dos Yardbirds.
Também foi na BBC, em 9 de setembro de 1970, que o Deep Purple estreou o single Black Night. E, no dia 23 daquele mês, o locutor pediu pra eles entrarem no estúdio e trazerem uma coisa nova. Trouxeram Grabsplatter, uma instrumental que saiu no The Anthology (1985) e que tinha tudo a ver com uma faixa gravada pelo Blackmore e pelo Paice no disco "Green Bullfrog", gravado em fevereiro.
Hoje, a rádio está bem diferente. Não toca nenhum tipo de música que me agrade. Mas claro: ela toca o que tem de mais novo na música britânica, e o que me agrada era o que havia de mais novo alguns anos antes de eu nascer.
De qualquer forma, os 40 anos da Radio One merecem ser celebrados por todo fã da pegada inglesa sobre o rock.
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