Há algum tempo, o colunista do JT Diogo Salles
escreveu um artigo fazendo um elogio do brega no rock. Agora, o jornal publica uma
resposta escrita por Zezé Di Camargo que, convenhamos, me surpreendeu:
Para finalizar, você, como roqueiro e fã de Whitesnake, há de convir que o David Coverdale quando veio do Deep Purple e fundou o Whitesnake, deu um tratamento (como diriam?) brega para as letras da banda. Aliás, em termos de letras, é o grupo que mais fala de amor. Não precisa ir muito. Basta analisar os títulos das músicas (Is This love, Looking for love). Mas uma coisa é certa, e isso prova que, de amor, o Brasil entende bem. Em 1985, substituindo o Def Leppard no Rock In Rio, o Whitesnake passou a se consagrar no nosso país com esta apresentação. Sendo assim, dou a mão à plamatória: Diogo e tantos outros que ainda estampam a camiseta do preconceito, vamos vestir a camiseta dos ‘bregas’, se assim preferirem rotular, ou dos puros, como prefiro chamar. E cantar "É o Amor" em todos os sons e tons. Não acredito que as 25 milhões de pessoas que compraram nossos CDs até hoje estejam todas erradas.
Zezé sabe do que fala, talvez por ser leitor do Purpendicular. No ano passado, fiz as contas e descobri que 70,23% das canções do Whitesnake têm a palavra "love" no título.
Não é a primeira vez nos últimos tempos em que um cantor sertanejo me surpreende citando o Deep Purple. Edson, da dupla Edson & Hudson,
também andou falando isso recentemente.
Nas comunidades sobre o Deep Purple no Orkut, quando postei a informação, o pessoal comentou que pode ser a influência dos duetos entre Coverdale e Hughes. Sem falar na indumentária do Ritchie Blackmore.
Continuando desse jeito, dia desses o Coverdale vai processar o Wando por uso indevido da letra inédita de "Fire'n'Passion".
E você, o que acha? Tirando "Anyone's Daughter", o que o Deep Purple tem a ver com o sertanejo? O que "Is This Love" tem a ver com "É o Amor"?
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