segunda-feira, 26 de março de 2012

Opa, por acaso estava por aqui, posso dar uma canja?

Sexta-feira, a banda-tributo suíça Purpendicular teve uma surpresa.

Estava marcado que Ian Paice ia tocar com eles. Marcado e anunciado. Mas eles acabaram tendo, ao invés de um quinto, DOIS quintos da banda no palco: Roger Glover subiu pra ajudar. Sabe como é: ele mora na Suíça, calhou de estar em férias, por acaso estava por perto e foi prestigiar o colega e quem prestigiava seu trabalho.

Achei dois vídeos, ambos só com o Paice:





A banda já havia tocado antes com Paice. Dos ex-membros do Deep Purple, Joe Lynn Turner já esteve com eles, e o baterista da banda tocou com Jon Lord.

É nessas horas que meu amigo Abdalla Kilsam (vocalista dos mais competentes tributos ao Deep Purple que já vi no Brasil) deve ter um dó imenso de ser brasileiro.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Morse toca com o G3; Glover, com Tolo Marton

O placar da procrastinação cada vez aumenta mais.

O Deep Purple está em férias, para descansar um pouco antes de gravar o novo disco. Isso deve rolar em maio e junho, e os primeiros shows do começo da nova turnê estão marcados para outubro.

Enquanto isso, Steve Morse se prepara para encontrar seu antecessor imediato no Purple, Joe Satriani, e Steve Vai para uma turnê do G3 em julho e agosto. Até agora só estão anunciadas cinco datas.

Roger Glover, por sua vez, parte em abril pra fazer um show na Itália com  Tolo Marton. Em seu site, ele promete tocar coisas dos seus dois últimos discos solo, "Snapshot" e "If Life Was Easy" - coisas que nunca apresentou ao vivo antes.

Veja como estão as atividades paralelas com que os membros se comprometeram:

Steve Morse
  • Tributo a Tommy Bolin (Glenn Hughes também estará lá) 
  • Flying Colors 
  • Tributo ao Supertramp
  • Breve turnê com o G3 na Alemanha, Hungria e Rússia (21 de julho a 5 de agosto)
Ian Gillan 
  • Tributo a Dio (Glenn Hughes também estará lá) 
  • Rock the House
Don Airey 
  • Homenagem às vítimas do tsunami no Japão 
Ian Paice 
  • Álbum em trio com Rick Wakeman e Tony Levin
Roger Glover
  • Show com Tolo Marton na Itália (28 de abril)

terça-feira, 20 de março de 2012

Tungcast Deep Purple, parte 1

No final do ano passado, o grande Diogo Salles me convidou pra gravar um Tungcast especial sobre o Deep Purple. Passamos uma tarde num estúdio em Perdizes batendo papo sobre um dos meus assuntos favoritos e o resultado foi muito legal.

A primeira metade foi ao ar hoje. Em pouco mais de uma hora, está lá a primeira vinda do Deep Purple, de 1968 a 1976, em toda a glória de suas quatro formações. Muitas curiosidades e muitos trechos pouco óbvios de músicas do Deep Purple.

Aliás, se você reparar bem, não toca Smoke on the Water nem uma vez. Se você sentir falta, é só ligar em qualquer rádio de classic rock e esperar meia hora.

Para ouvir e baixar o Tungcast, clique aqui.

sábado, 17 de março de 2012

Há 10 anos, Airey se tornava o titular do teclado


Referências a Guerra nas Estrelas e um show de luzes durante o solo de teclado - além de um sorriso aberto, simpático e inconfundível - fazem parte de todos os shows do Deep Purple desde 17 de março de 2002, quando Don Airey entrou para o time titular. Ele havia coberto uma licença de Jon Lord em 2001, e estava a postos quando o mestre se aposentou. 

Estava inaugurada a Mk8 do Deep Purple, cuja primeira foto oficial foi essa aí em cima.

Em 2009, eu e ele fizemos um duelo de máquinas fotográficas. Quem disparasse primeiro ganhava. 

Ele ganhou. 

Billy Cobham tocará no Brasil em junho


O baterista de jazz Billy Cobham - com quem Tommy Bolin gravou o disco que impressionou David Coverdale ao procurar um sucessor para Ritchie Blackmore - vai tocar em junho na décima edição do festival Rio das Ostras Jazz & Blues.

Cobham tem pedigree profissional. Em 1969, fez parte do grupo de Miles Davis que gravou o disco "Bitches Brew".

É o segundo disco mais bem-sucedido do trumpetista, escancarando sua abertura para uma fase em que ele não queria saber de encaixar sua música numa "gaveta" de estilo. Especialmente na gaveta do jazz, que ele já havia sacudido várias vezes nos 20 anos anteriores.

Por essa época, Davis já ouvia Jimi Hendrix, Sly Stone, James Brown. Queria fazer algo mais pra esse lado, sem deixar de lado o maior tesão do jazz - improvisar dentro de uma estrutura mínima, com músicos talentosos se ouvindo e improvisando de volta. Não importava quantos minutos durasse.

Não é muito diferente do que o Deep Purple fazia ao vivo nessa mesma época, em números como "Wring That Neck" e "Mandrake Root". Muita improvisação genial, com um ritmo marcado para segurar enquanto os outros piravam.

Com o guitarrista John McLaughlin, que também participou de "Bitches Brew", Cobham fez uma participação em 1970 na Mahavishnu Orchestra e gravou "Inner Mounting Flame".

Foi em 1973 que Cobham gravou seu primeiro disco solo, "Spectrum". O grande atrativo do disco é a bateria furiosa de Cobham e uma guitarra ácida, distorcida, completamente pirada, tentando acompanhar.

Os dedos que comandavam aquela guitarra eram os de um moleque de 22 anos chamado Tommy Bolin. Deles saíam coisas assim:



"Spectrum" foi o vinil que David Coverdale jogou nas mãos de Jon Lord quando estava insistindo com ele e Ian Paice que procurassem um sucessor para Ritchie Blackmore. "Se esse aí não for bom o bastante, ninguém é", disse Coverdale.

Talvez por influência desse disco, Paice fez uma jam especial com Bolin enquanto ensaiavam o Come Taste the Band. Só os dois. Essa jam saiu no remaster do único disco de estúdio da Mk4. Saca só.



Vou tentar ir a esse festival. Os shows são de graça, o maior trabalho é chegar lá (e talvez achar hospedagem). De certa maneira, devo a Billy Cobham a ampliação dos meus horizontes musicais. Só fui atrás do Miles Davis elétrico depois que registrei a conexão. Hoje em dia, meu hobby musical favorito é explorar as gravações ao vivo dessa fase de Miles Davis.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Homenageie Ritchie Blackmore tocando em vídeo


Pelo segundo ano, abre dia 20 de março o concurso "Ritchie Blackmore Protégé Shred Off".

É mundial, e visa apoiar a indicação do genial e genioso fundador do Deep Purple para o Hall of Fame do rock, segundo o BraveWords. O vencedor, que vai ganhar uma placa comemorativa, será anunciado dia 14 de abril, aniversário de 67 anos do guitarrista.

Para participar, você precisa gravar um vídeo com uma banda e baixar o santo de Ritchie Blackmore nos estilos do Deep Purple, Rainbow ou Blackmore's Night. Mas atenção: tem que ser coisa própria, não pode ser cover.

(Acho, porém, que vale fazer interpretação de músicas dos outros em estilo do Blackmore, tipo tocar Brasileirinho como o Blackmore fez com a Nona do Beethoven.)

Grave seu vídeo, suba para o YouTube e poste nesta página do Facebook até dia 7 de abril - que, aliás, é aniversário do dia em que o Blackmore deixou o Deep Purple pela primeira vez, em 1975.

Participe. Grana não tem na jogada, mas a Candice Night está toda hora no Twitter, possivelmente tuitando enquanto o mestre lava a louça. Vai que você ganha, ela assiste, acha genial e mostra para o mestre. Uma oportunidade e tanto, não?


Se você postar o link do seu vídeo aqui nos comentários, posto aqui no Purpendicular também!

sábado, 10 de março de 2012

Steve Morse: gravaremos novo disco em junho e julho


Em entrevista ao Classic Rock Revisited, Steve Morse deu datas para a gravação do sucessor de Rapture of the Deep:
"O jeito como fazemos é gravar algumas ideias sem vocais e apresentá-las ao Ian [Gillan]. Tem mais sessões de composição marcadas pra maio, e aí vamos começar a gravar em junho e julho."
Na mesma entrevista, o guitarrista manifestou uma leve frustração com o ritmo de trabalho do Deep Purple. Nada preocupante: ele só queria ter definições das datas com um pouco mais de antecedência pra poder encaixar alguns shows solo.
"Não acho que o Deep Purple possa manter pra sempre esse ritmo de turnês que fazemos. Eu sempre os pressionei, às vezes até demais, pra ter algum controle do calendário, pra que eu possa marcar coisas quando tiver um intervalo. O problema que eu sempre encontro é que, quando aparece um intervalo, está tarde demais pra marcar shows do meu material solo. Não fico sabendo sobre datas completamente abertas até bem tarde no jogo. Essa é minha única reclamação sobre o Deep Purple: eu queria ter mais controle das datas. Acho que de alguma maneira isso vai naturalmente desacelerar."
Entendo a frustração do Steve. O problema, porém, é que nos países em desenvolvimento - Brasil incluído - os shows são marcados muito em cima da hora. E boa parte dos shows das longas turnês da banda passam por esses países. A frequência do Deep Purple no Brasil virou até piada em alguns sites.

Apenas para comparar, estão à venda desde o ano passado os ingressos dos shows que o Deep Purple vai fazer na Europa no final de 2012. Mas no ano passado só anunciaram as datas dos shows da banda em São Paulo poucas semanas antes. Todo ano é assim. Não vai longe: a turnê "Rock'n'Roll All Stars", que vai trazer o Glenn Hughes ao Brasil em abril, passaria por São Paulo (no Credicard Hall), mas agora só vai rolar no Maranhão. Isso foi definido faltando mais ou menos um mês para o show.

Acho que tem mais a ver com a estrutura das casas de espetáculo de países em desenvolvimento do que com a organização da banda. Ninguém quer se comprometer hoje a fazer um show do Deep Purple em outubro se corre o risco de daqui a dois meses aparecer o Michel Teló (ou o sucessor dele surgido de última hora) querendo a mesma data e prometendo lotar a casa muito mais do que o Deep Purple, pagando mais. Ou um João Gilberto, querendo cobrar um ingresso que custa seis vezes o preço do ingresso do Deep Purple.

No ainda incipiente mercado de espetáculos do Brasil, onde tem chance de ganhar mais grana o povo se atira mesmo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Whitesnake em recesso

A banda do David Coverdale está dando um tempo até o final do ano. Segundo o site oficial, eles estão preparando a mixagem de material ao vivo, incluindo um possível DVD, e alguns membros da banda vão gravar projetos paralelos. Pode ter coisa nova de estúdio, mas dificilmente um disco novo.

sábado, 3 de março de 2012

Hughes só em outubro em São Paulo?

Acabo de ser informado de que aparentemente a banda Rock'n'Roll All Stars, que marcou shows no Brasil em abril, não vem a São Paulo. Mestre Glenn Hughes, portanto, viria em outubro com sua banda solo. O único show da banda no Brasil será no... Maranhão.

Tem outra história meio doida nessa turnê que reúne ex-membros de várias bandas. Ontem, o G1 falou que Charlie Sheen apresentaria o show no Maranhão. Perguntei para essa mesma fonte, altamente posicionada na banda. Segundo ele, não teria como - Sheen está ocupado gravando um novo programa de TV.

Não é a primeira mudança de última hora. A banda antes se chamava "Titans of Rock", mas de repente mudou de nome. Originalmente ela também teria Jason Newsted, do Metallica, mas ele disse que nunca assinou contrato.

E agora, o que será que vai rolar? Qualquer coisa que role será épica, possivelmente. Mas quanto do prometido inicialmente vai rolar de fato?