sábado, 10 de março de 2012

Steve Morse: gravaremos novo disco em junho e julho


Em entrevista ao Classic Rock Revisited, Steve Morse deu datas para a gravação do sucessor de Rapture of the Deep:
"O jeito como fazemos é gravar algumas ideias sem vocais e apresentá-las ao Ian [Gillan]. Tem mais sessões de composição marcadas pra maio, e aí vamos começar a gravar em junho e julho."
Na mesma entrevista, o guitarrista manifestou uma leve frustração com o ritmo de trabalho do Deep Purple. Nada preocupante: ele só queria ter definições das datas com um pouco mais de antecedência pra poder encaixar alguns shows solo.
"Não acho que o Deep Purple possa manter pra sempre esse ritmo de turnês que fazemos. Eu sempre os pressionei, às vezes até demais, pra ter algum controle do calendário, pra que eu possa marcar coisas quando tiver um intervalo. O problema que eu sempre encontro é que, quando aparece um intervalo, está tarde demais pra marcar shows do meu material solo. Não fico sabendo sobre datas completamente abertas até bem tarde no jogo. Essa é minha única reclamação sobre o Deep Purple: eu queria ter mais controle das datas. Acho que de alguma maneira isso vai naturalmente desacelerar."
Entendo a frustração do Steve. O problema, porém, é que nos países em desenvolvimento - Brasil incluído - os shows são marcados muito em cima da hora. E boa parte dos shows das longas turnês da banda passam por esses países. A frequência do Deep Purple no Brasil virou até piada em alguns sites.

Apenas para comparar, estão à venda desde o ano passado os ingressos dos shows que o Deep Purple vai fazer na Europa no final de 2012. Mas no ano passado só anunciaram as datas dos shows da banda em São Paulo poucas semanas antes. Todo ano é assim. Não vai longe: a turnê "Rock'n'Roll All Stars", que vai trazer o Glenn Hughes ao Brasil em abril, passaria por São Paulo (no Credicard Hall), mas agora só vai rolar no Maranhão. Isso foi definido faltando mais ou menos um mês para o show.

Acho que tem mais a ver com a estrutura das casas de espetáculo de países em desenvolvimento do que com a organização da banda. Ninguém quer se comprometer hoje a fazer um show do Deep Purple em outubro se corre o risco de daqui a dois meses aparecer o Michel Teló (ou o sucessor dele surgido de última hora) querendo a mesma data e prometendo lotar a casa muito mais do que o Deep Purple, pagando mais. Ou um João Gilberto, querendo cobrar um ingresso que custa seis vezes o preço do ingresso do Deep Purple.

No ainda incipiente mercado de espetáculos do Brasil, onde tem chance de ganhar mais grana o povo se atira mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário