Estava revendo hoje o vídeo Heavy Metal Pioneers, o primeiro que assisti do Deep Purple, ainda na época em que foi lançado (92). Incrível como o tempo dá perspectiva às coisas. Primeiro: eu achava na época que entendia o que tinha ouvido. Estava errado. Me surpreendi com o quanto eu ouvi de "novidade". Segundo: embora a primeira metade tenha me trazido boas lembranças, o pedaço que conta da reunião do Purple até a entrada do Joe Lynn Turner engasgou.
Esse vídeo tem grandes semelhanças com o "Come Hell or High Water", apesar da óbvia diferença de um ser um show e outro ser um documentário. Ambos são feitos com a intenção de jogar uma pá de cal sobre o mais recente saído do grupo.
Em HMP, o Judas a ser malhado é o Ian Gillan. O trecho com ele cantando Perfect Strangers parece ter sido escolhido a dedo: rouco, esquecendo as letras, inventando partes, saltando trechos, o Blackmore fazendo caretas e gesticulando. Já em CHOHW, a "vítima" é o Blackmore. O show escolhido é exatamente aquele em que o homem de preto se embromou pra subir ao palco (chegou só na metade da primeira estrofe de Highway Star), jogou água no câmera e acertou a mulher do Gillan, etc. Nas entrevistas, os ex-colegas do cara lembram seus momentos de maluquice e dizem que Blackmore "vive em um mundo particular".
São vídeos importantes, muito embora a política interna do grupo influa muito em ambos. Some à equação o California Jam (acho a MK3 áspera demais ao vivo, e o espetáculo do palco em chamas é deprimente, embora poderoso) e o melhor DVD do Purple disponível em todos os tempos é Classic Albums: Machine Head. Melhor até mesmo que o genial Black Night in Denmark (vulgo Machine Head Live 72) e que os VHS Rises Over Japan (pobre Bolin) e o sensacional Doing Their Thing.
Ainda não vi Bombay Calling e nem o da turnê de Abandon na Austrália. Mas parece que, desde a chegada do Steve Morse, as coisas mudaram muito lá dentro. Um indicador positivo disso parece ser a ausência de vídeos pra "vingar" a saída do Jon Lord.
sábado, 31 de janeiro de 2004
Everybody gotta live together..
Mestre Roger Glover disse ao programa Rockline que está pensando em, daqui a um ano, um ano e meio, remontar sua ópera-rock Butterfly Ball no Royal Albert Hall. Pra quem não conhece, são pequenas composições calcadas em um livro de fábulas lançado em 73 na Inglaterra, feito a partir de um poema de 1806.
Na apresentação original, em 1975, ele conseguiu praticamente fazer o que o Jon Lord queria para homenagear o Deep Purple: botou no palco David Coverdale, Glenn Hughes, Tony Ashton, Ronnie James Dio e até sua própria namorada de então. Era um desfile da árvore genealógica do Deep Purple, e foi a primeira vez em que o Ian Gillan cantou em público desde que saíra do Deep Purple dois anos antes. Foi uma apresentação só, e ele cobria o Ronnie Dio, mas foi aplaudido de pé, interrompendo o narrador.
São desse disco duas das músicas que o Dio cantou no Concerto for Group and Orchestra em 1999: "Love is All" e "Sitting in a Dream". Mas o disco inteiro é uma preciosidade, uma delícia de ouvir. Na versão relançada em 1999, tem inclusive um videozinho de Love is All. Olha o que era o panteão:
Dawn (instrumental - Glover)
Get Ready (Glover) - lead vocals Glenn Hughes
Saffron Dormouse & Lizzy Bee (Glover) - lead vocals Helen Chappelle and Barry St. John
Harlequin Hare (Glover/Dio/Soule) - lead vocals Neil Lancaster
Old Blind Mole (Glover) - lead vocals John Goodison
Magician Moth (Glover)
No Solution (Glover) - lead vocals Mickey Lee Soule
Behind The Smile (Glover) - lead vocals David Coverdale
Fly Away (Glover) - lead vocals Lisa Strike
Aranea (Glover) - lead vocals Judy Kuhl (noiva do Roger na época)
Sitting In A Dream (Glover) - lead vocals Ronnie James Dio
Waiting (Glover) - lead vocals Jimmy Helms
Sir Maximus Mouse (Glover) - lead vocals Eddie Hardin
Dreams of Sir Bedivere (Glover) - Instrumental
Together Again (Glover/Dio/Soule) - lead vocals by Tony Ashton
Watch Out For The Bat (Glover) - lead vocals John Gustafson
Little Chalk Blue (Glover/Hardin) - lead vocals John Lawton
The Feast (Glover) - Instrumental
Love Is All (Glover/Hardin) - lead vocals Ronnie James Dio
Homeward (Glover/Hardin) - lead vocals Ronnie James Dio
Na apresentação original, em 1975, ele conseguiu praticamente fazer o que o Jon Lord queria para homenagear o Deep Purple: botou no palco David Coverdale, Glenn Hughes, Tony Ashton, Ronnie James Dio e até sua própria namorada de então. Era um desfile da árvore genealógica do Deep Purple, e foi a primeira vez em que o Ian Gillan cantou em público desde que saíra do Deep Purple dois anos antes. Foi uma apresentação só, e ele cobria o Ronnie Dio, mas foi aplaudido de pé, interrompendo o narrador.
São desse disco duas das músicas que o Dio cantou no Concerto for Group and Orchestra em 1999: "Love is All" e "Sitting in a Dream". Mas o disco inteiro é uma preciosidade, uma delícia de ouvir. Na versão relançada em 1999, tem inclusive um videozinho de Love is All. Olha o que era o panteão:
Dawn (instrumental - Glover)
Get Ready (Glover) - lead vocals Glenn Hughes
Saffron Dormouse & Lizzy Bee (Glover) - lead vocals Helen Chappelle and Barry St. John
Harlequin Hare (Glover/Dio/Soule) - lead vocals Neil Lancaster
Old Blind Mole (Glover) - lead vocals John Goodison
Magician Moth (Glover)
No Solution (Glover) - lead vocals Mickey Lee Soule
Behind The Smile (Glover) - lead vocals David Coverdale
Fly Away (Glover) - lead vocals Lisa Strike
Aranea (Glover) - lead vocals Judy Kuhl (noiva do Roger na época)
Sitting In A Dream (Glover) - lead vocals Ronnie James Dio
Waiting (Glover) - lead vocals Jimmy Helms
Sir Maximus Mouse (Glover) - lead vocals Eddie Hardin
Dreams of Sir Bedivere (Glover) - Instrumental
Together Again (Glover/Dio/Soule) - lead vocals by Tony Ashton
Watch Out For The Bat (Glover) - lead vocals John Gustafson
Little Chalk Blue (Glover/Hardin) - lead vocals John Lawton
The Feast (Glover) - Instrumental
Love Is All (Glover/Hardin) - lead vocals Ronnie James Dio
Homeward (Glover/Hardin) - lead vocals Ronnie James Dio
quarta-feira, 21 de janeiro de 2004
Nos 50 anos da Playboy
O Deep Purple teve sua pequena participação na história da Playboy, que completa 50 anos este ano. Em 1959, Hugh Hefner - o dono da revista - criou um programa chamado Playboy's Penthouse. Basicamente, ele enchia a mansão de coelhinhas, chamava convidados gente-boa e deixava a festa rolar. O programa voltou ao ar em 1968, com o nome "Playboy After Dark".
Em 23 de outubro daquele ano, o Deep Purple tocou lá. Era a primeira turnê da banda nos EUA. Acabo de rever, depois de anos, a íntegra do clipe do Deep Purple tocando "Hush" no programa. É a primeira formação, com Rod Evans no vocal e Nick Simper no baixo. Mas esse clipe é muito legal porque é o único registro em vídeo, nítido, que restou dessa formação. A gravação em áudio veio como bônus da versão remasterizada do Shades of Deep Purple. Eles também teriam tocado "River Deep, Mountain High".
É certo que no início do show eles tocaram "And the Address", abertura-padrão de seus shows naquele ano. Tenho o vídeo do início. Um longo acorde do Lord no teclado enquanto Hef apresenta a coelhinha e o garçom de plantão.
Só vendo os caras em vídeo é que a gente vê por que diabos a primeira formação do Deep Purple não vingou: Rod Evans antecipando a coreografia da Lacraia; Ritchie Blackmore parecendo o Mister Bean de peruca e camisa de seda azul; Nick Simper não sabia se prestava atenção no baixo ou nas coelhinhas; Jon Lord dando uma entrevista e dizendo que os cinco tentaram alugar uma casa juntos mas não deu certo porque a casa era assombrada. "Vi com meus próprios... óculos", disse Lord. No início de Hush, Hef pede pro Blackmore ensinar um ou dois acordes pra ele na guitarra. E o home de preto se presta!!! Hef faz a maior balaca, com um cachimbo no canto da boca.
É uma curiosidade arqueológica, apenas isso. Está no vídeo "Heavy Metal Pioneers" e circula em cópia digital pirata pelos programas P2P. De qualquer forma, vale a pena ver.
Curiosidade: segundo Jon Lord, esse não foi o único mico que eles pagaram na TV americana daquela vez. Ele próprio foi concorrente de um programa estilo Namoro na TV. Eram dois rapazes: um estudante e ele, apresentado como "Jon, um músico da Inglaterra". Lá pelas tantas, a menina fez a seguinte pergunta a ele: "Se você fosse me buscar em casa e meu pai viesse à porta e dissesse pra você cortar o cabelo, você cortaria por mim?" Jon disse que não, porque queria que ela gostasse dele do jeito que ele é. "Fiquei buzina porque ela não me escolheu, era muito bonita a garota", disse ele.
Em 23 de outubro daquele ano, o Deep Purple tocou lá. Era a primeira turnê da banda nos EUA. Acabo de rever, depois de anos, a íntegra do clipe do Deep Purple tocando "Hush" no programa. É a primeira formação, com Rod Evans no vocal e Nick Simper no baixo. Mas esse clipe é muito legal porque é o único registro em vídeo, nítido, que restou dessa formação. A gravação em áudio veio como bônus da versão remasterizada do Shades of Deep Purple. Eles também teriam tocado "River Deep, Mountain High".
É certo que no início do show eles tocaram "And the Address", abertura-padrão de seus shows naquele ano. Tenho o vídeo do início. Um longo acorde do Lord no teclado enquanto Hef apresenta a coelhinha e o garçom de plantão.
Só vendo os caras em vídeo é que a gente vê por que diabos a primeira formação do Deep Purple não vingou: Rod Evans antecipando a coreografia da Lacraia; Ritchie Blackmore parecendo o Mister Bean de peruca e camisa de seda azul; Nick Simper não sabia se prestava atenção no baixo ou nas coelhinhas; Jon Lord dando uma entrevista e dizendo que os cinco tentaram alugar uma casa juntos mas não deu certo porque a casa era assombrada. "Vi com meus próprios... óculos", disse Lord. No início de Hush, Hef pede pro Blackmore ensinar um ou dois acordes pra ele na guitarra. E o home de preto se presta!!! Hef faz a maior balaca, com um cachimbo no canto da boca.
É uma curiosidade arqueológica, apenas isso. Está no vídeo "Heavy Metal Pioneers" e circula em cópia digital pirata pelos programas P2P. De qualquer forma, vale a pena ver.
Curiosidade: segundo Jon Lord, esse não foi o único mico que eles pagaram na TV americana daquela vez. Ele próprio foi concorrente de um programa estilo Namoro na TV. Eram dois rapazes: um estudante e ele, apresentado como "Jon, um músico da Inglaterra". Lá pelas tantas, a menina fez a seguinte pergunta a ele: "Se você fosse me buscar em casa e meu pai viesse à porta e dissesse pra você cortar o cabelo, você cortaria por mim?" Jon disse que não, porque queria que ela gostasse dele do jeito que ele é. "Fiquei buzina porque ela não me escolheu, era muito bonita a garota", disse ele.
Callas Forever
Outro dia a Belisa quis ver o filme "Callas Forever", sobre a cantora de ópera Maria Callas. O filme não é lá grande coisa, tirando algumas belas sacadas e a lindíssima Fanny Ardant no papel-título. Mas de lá eu tirei alguns raciocínios bem interessantes.
Por aí, e até mesmo por aqui, sempre tem alguém que vem dizer que o Gillan "não canta mais nada" desde 1983, quando gravou seus últimos agudos prolongados com o Black Sabbath (em Toolbox - de 92 - ele fez uns agudos longuinhos, diga-se). Entendo o que esses caras querem dizer, embora não concorde.
Maria Callas tinha um problema parecido. Com mais de 50 anos de idade, ela não alcançava mais os agudos da juventude. E isso, para uma cantora lírica, é fatal. O público dela esperava aqueles agudos. E as óperas são compostas para exatamente aqueles agudos.
O Gillan, embora tenha o mesmo problema que a Maria Callas teve, não precisou se esconder em casa. Desenvolveu os tons médios. Desenvolveu os graves. Ao vivo, as músicas antigas são tocadas alguns tons mais graves que o original. Sim, a voz do Ian Gillan não é mais a mesma, mas ninguém volta a ter 25 anos.
Em 1970, auge do mestre, nunca imaginaríamos que um dia ele cantaria "No More Cane on the Brazos", especialmente aquela parte do "why don't you rise up, you dead men, help me drive my road, oh, drive my road". A música "Never a Word", do Bananas, nunca seria gravada - e ali ele brinca com a voz, faz dueto consigo mesmo em dois tons diferentes, parece coisa do MPB 4.
Sim, o Gillan não canta mais "Child in Time". Mas acho que ele hoje é um cantor muito mais completo. Acho muito mais honesto da parte dele compor para a voz que tem do que usar recursos heterodoxos como a ajudinha da guitarra para os agudos de Child in Time, que se ouviu em Come Hell and High Water.
No filme, dada a oportunidade a Maria Callas de dublar, já coroa, sua voz jovem, ela inicialmente aceita... mas depois salta fora. Aquela voz não era mais dela, e a Callas que o público queria estava morta.
Dada oportunidade semelhante ao Ian Gillan, ele prefere desenvolver os tons médios e graves e continuar cantando. Temos dois cantores ótimos assim: o jovem Gillan e o Gillan maduro.
Eu acho que o Gillan é muito mais sábio nesse sentido. É algo que a música popular lhe faculta, mas ainda assim eu tiro meu chapéu.
Por aí, e até mesmo por aqui, sempre tem alguém que vem dizer que o Gillan "não canta mais nada" desde 1983, quando gravou seus últimos agudos prolongados com o Black Sabbath (em Toolbox - de 92 - ele fez uns agudos longuinhos, diga-se). Entendo o que esses caras querem dizer, embora não concorde.
Maria Callas tinha um problema parecido. Com mais de 50 anos de idade, ela não alcançava mais os agudos da juventude. E isso, para uma cantora lírica, é fatal. O público dela esperava aqueles agudos. E as óperas são compostas para exatamente aqueles agudos.
O Gillan, embora tenha o mesmo problema que a Maria Callas teve, não precisou se esconder em casa. Desenvolveu os tons médios. Desenvolveu os graves. Ao vivo, as músicas antigas são tocadas alguns tons mais graves que o original. Sim, a voz do Ian Gillan não é mais a mesma, mas ninguém volta a ter 25 anos.
Em 1970, auge do mestre, nunca imaginaríamos que um dia ele cantaria "No More Cane on the Brazos", especialmente aquela parte do "why don't you rise up, you dead men, help me drive my road, oh, drive my road". A música "Never a Word", do Bananas, nunca seria gravada - e ali ele brinca com a voz, faz dueto consigo mesmo em dois tons diferentes, parece coisa do MPB 4.
Sim, o Gillan não canta mais "Child in Time". Mas acho que ele hoje é um cantor muito mais completo. Acho muito mais honesto da parte dele compor para a voz que tem do que usar recursos heterodoxos como a ajudinha da guitarra para os agudos de Child in Time, que se ouviu em Come Hell and High Water.
No filme, dada a oportunidade a Maria Callas de dublar, já coroa, sua voz jovem, ela inicialmente aceita... mas depois salta fora. Aquela voz não era mais dela, e a Callas que o público queria estava morta.
Dada oportunidade semelhante ao Ian Gillan, ele prefere desenvolver os tons médios e graves e continuar cantando. Temos dois cantores ótimos assim: o jovem Gillan e o Gillan maduro.
Eu acho que o Gillan é muito mais sábio nesse sentido. É algo que a música popular lhe faculta, mas ainda assim eu tiro meu chapéu.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2004
Turner em dueto com Candice
Ritchie Blackmore teria convidado Joe Lynn Turner pra cantar um dueto com a Candice Night. A informação foi dada pelo próprio "Menos-Voz-Que-A-Xuxa" em entrevista ao programa de rádio americano Rockline.
sábado, 17 de janeiro de 2004
Doumentário sobre Machine Head na GNT
Neste domingo, às 21h, passa no GNT o imperdível documentário Classic Albums: Machine Head. Nele, cada um dos membros da Mark 2 do Deep Purple, além de produtores e jornalistas, conta como foi a composição de quase todas as músicas do disco mais famoso do grupo. Lazy e Maybe I'm a Leo não estão incluídas.
Isso já saiu em DVD no Brasil, e alguns de nós já têm (eu me dei isso de presente de aniversário no ano passado). Na TV inglesa, o documentário foi apresentado em 27 de novembro de 2002. A versão televisiva tem 50 minutos. O DVD, com os extras, tem 95 e olhe lá.
Destaques:
- Ritchie Blackmore, ao violão, explicando a maneira certa de tocar o riff de Smoke on the Water (ele também diz que ele mesmo demorou pra acertar os acordes de acompanhamento do refrão).
- Jon Lord mostrando como se abre a jaula do monstro do Hammond em Highway Star
- Roger Glover na mesa de mixagem, no estúdio, separando os instrumentos pra mostrar como às vezes a genialidade vem da mistura de coisas simples; em Pictures of Home, espiem só como ele acompanha com as mãos e o rosto o solo do Lord;
- Os dois Ians sentados na mesma sala e contando causos da época
Show de bola. Vale muito a pena ver. Depois passem aqui pra comentar!
Isso já saiu em DVD no Brasil, e alguns de nós já têm (eu me dei isso de presente de aniversário no ano passado). Na TV inglesa, o documentário foi apresentado em 27 de novembro de 2002. A versão televisiva tem 50 minutos. O DVD, com os extras, tem 95 e olhe lá.
Destaques:
- Ritchie Blackmore, ao violão, explicando a maneira certa de tocar o riff de Smoke on the Water (ele também diz que ele mesmo demorou pra acertar os acordes de acompanhamento do refrão).
- Jon Lord mostrando como se abre a jaula do monstro do Hammond em Highway Star
- Roger Glover na mesa de mixagem, no estúdio, separando os instrumentos pra mostrar como às vezes a genialidade vem da mistura de coisas simples; em Pictures of Home, espiem só como ele acompanha com as mãos e o rosto o solo do Lord;
- Os dois Ians sentados na mesma sala e contando causos da época
Show de bola. Vale muito a pena ver. Depois passem aqui pra comentar!
sábado, 10 de janeiro de 2004
sexta-feira, 9 de janeiro de 2004
Posteridade
A Deep Purple Appreciation Society botou no ar uma galeria de pôsteres especialíssima, com belezas do Purple e das bandas conexas e especialmente da Alemanha. Tem coisas curiosas, como este pôster de um show em Hannover (Alemanha), em 9 de maio de 1972:
E que tal este, da Paice, Ashton & Lord, em março de 1977? (O show não rolou, foi cancelado.)
Tenho em casa o pôster da turnê de 1991, com o Turner, e o do show do Gillan em Porto Alegre, em 1992. Pena que não tenho como escanear.
E que tal este, da Paice, Ashton & Lord, em março de 1977? (O show não rolou, foi cancelado.)
Tenho em casa o pôster da turnê de 1991, com o Turner, e o do show do Gillan em Porto Alegre, em 1992. Pena que não tenho como escanear.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2004
Para abrir o ano com o pé direito
A rádio inglesa BBC2 abriu o ano em grande estilo, com um rockumentário sobre a história do Deep Purple, apresentado pelo Bruce Dickinson (está no ar por uma semana). O vocalista do Iron Maiden está há um bom tempo na folha de pagamento da maior glória do império britânico: ele apresenta todo sábado o programa Freak Show, na rádio digital Six Music, também da Beeb. A seleção musical é competentíssima. Mas só fui ver o quanto o Dickinson manja de rádio depois que ouvi o documentário sobre o Purple.
Dickinson ganhou meus ouvidos direto na abertura do programa. Realmente não seria nada parecido com outros rockumentários sobre o Purple (como o In Profile). Já na abertura tinha aquele teclado calminho da metade final da introdução de Speed King no In Rock enquanto ele falava algo como isto:
--Eu queria ser o pé esquerdo do baterista. Eu queria gritar feito uma banshee. Eu queria maltratar as cordas de uma guitarra e fazê-la chorar. Tudo começou quando eu passei pela frente de uma porta fechada de estúdio e de trás dela ouvi isto:
(entra a letra na música: "Good golly, said the little miss Molly, while she was rockin' in the house of blue light...")
Tem entrevistas com quase todos os membros do Purple, e é sensacional ouvir o Jon Lord dizendo "ninguém poderia esperar que nosso membro mais bem-sucedido na carreira musical seria David Coverdale". O primeiro entrevistado é Don Airey, o atual tecladista do Purple, dizendo que foi o som de Jon Lord que o levou a começar a tocar teclado.
Para os registros: é a primeira vez em que um rockumentário sobre o Purple reconhece de cara que Black Night foi roubada de "Summertime" e Child in Time foi roubada de "Bombay Calling", da banda It's a Beautiful Day (inclusive a música aparece num trecho). Também é o primeiro que sugere terem sido as constantes bebedeiras de todos a causa das brigas que levaram ao fim da fase mais gloriosa do Purple em 1973.
Dickinson ganhou meus ouvidos direto na abertura do programa. Realmente não seria nada parecido com outros rockumentários sobre o Purple (como o In Profile). Já na abertura tinha aquele teclado calminho da metade final da introdução de Speed King no In Rock enquanto ele falava algo como isto:
--Eu queria ser o pé esquerdo do baterista. Eu queria gritar feito uma banshee. Eu queria maltratar as cordas de uma guitarra e fazê-la chorar. Tudo começou quando eu passei pela frente de uma porta fechada de estúdio e de trás dela ouvi isto:
(entra a letra na música: "Good golly, said the little miss Molly, while she was rockin' in the house of blue light...")
Tem entrevistas com quase todos os membros do Purple, e é sensacional ouvir o Jon Lord dizendo "ninguém poderia esperar que nosso membro mais bem-sucedido na carreira musical seria David Coverdale". O primeiro entrevistado é Don Airey, o atual tecladista do Purple, dizendo que foi o som de Jon Lord que o levou a começar a tocar teclado.
Para os registros: é a primeira vez em que um rockumentário sobre o Purple reconhece de cara que Black Night foi roubada de "Summertime" e Child in Time foi roubada de "Bombay Calling", da banda It's a Beautiful Day (inclusive a música aparece num trecho). Também é o primeiro que sugere terem sido as constantes bebedeiras de todos a causa das brigas que levaram ao fim da fase mais gloriosa do Purple em 1973.
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