sexta-feira, 2 de janeiro de 2004

Para abrir o ano com o pé direito

A rádio inglesa BBC2 abriu o ano em grande estilo, com um rockumentário sobre a história do Deep Purple, apresentado pelo Bruce Dickinson (está no ar por uma semana). O vocalista do Iron Maiden está há um bom tempo na folha de pagamento da maior glória do império britânico: ele apresenta todo sábado o programa Freak Show, na rádio digital Six Music, também da Beeb. A seleção musical é competentíssima. Mas só fui ver o quanto o Dickinson manja de rádio depois que ouvi o documentário sobre o Purple.

Dickinson ganhou meus ouvidos direto na abertura do programa. Realmente não seria nada parecido com outros rockumentários sobre o Purple (como o In Profile). Já na abertura tinha aquele teclado calminho da metade final da introdução de Speed King no In Rock enquanto ele falava algo como isto:

--Eu queria ser o pé esquerdo do baterista. Eu queria gritar feito uma banshee. Eu queria maltratar as cordas de uma guitarra e fazê-la chorar. Tudo começou quando eu passei pela frente de uma porta fechada de estúdio e de trás dela ouvi isto:

(entra a letra na música: "Good golly, said the little miss Molly, while she was rockin' in the house of blue light...")


Tem entrevistas com quase todos os membros do Purple, e é sensacional ouvir o Jon Lord dizendo "ninguém poderia esperar que nosso membro mais bem-sucedido na carreira musical seria David Coverdale". O primeiro entrevistado é Don Airey, o atual tecladista do Purple, dizendo que foi o som de Jon Lord que o levou a começar a tocar teclado.

Para os registros: é a primeira vez em que um rockumentário sobre o Purple reconhece de cara que Black Night foi roubada de "Summertime" e Child in Time foi roubada de "Bombay Calling", da banda It's a Beautiful Day (inclusive a música aparece num trecho). Também é o primeiro que sugere terem sido as constantes bebedeiras de todos a causa das brigas que levaram ao fim da fase mais gloriosa do Purple em 1973.

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