quarta-feira, 31 de maio de 2006

Cuidado com o que diz

Trecho de uma entrevista do Gillan a um site grego:

Rockpages.gr: Você acha que a carreira do Deep Purple foi negligenciada em comparação com, digamos, a do Led Zeppelin?

Ian Gillan: Bom, o Led Zeppelin e o Black Sabbath tiveram a vantagem de terem acabado. E quando eles terminam, não são mais ameaça para ninguém. A indústria da música odeia coisas que não pode controlar. Isso são negócios. Se você é um bom empresário, tem que controlar seu produto, e é por isso que há uma relação de amor e ódio entre músicos e empresários. Um não pode existir sem o outro. Tem que entrar no circo. (...) Acho que, aos olhos da mídia também, nós nunca jogamos o jogo. Nunca nos preocupamos com as roupas que usávamos, nem com a nossa imagem. Até certo ponto, estávamos um pouco depois do Led Zeppelin e um pouquinho antes do Black Sabbath, mais ou menos ali no meio. Um dia eu vi um vídeo e pensei "meu deus, esse é o Ritchie Blackmore", mas não era! Não era o Ritchie! Você vê lá um cara vestido de preto fazendo aquilo tudo, mas foi exatamente o Jimmy Page que fez aquilo primeiro! E eu pensei "Meu deus!" E aí eu olho pra mim mesmo: eu copiei o Elvis Presley. Todos nós copiamos. Todos evoluímos... nós discordamos de todo mundo, incluindo nossos empresários, incluindo nós mesmos, incluindo certamente a mídia. Nós não fazemos esse jogo, e você pode chamar isso de respeito se quiser, ou de qualquer outra coisa. Não acho necessariamente que merecíamos porque eles, como um plano de longo prazo, se quiser, não sabíamos na época, mas era uma política de longo prazo, e chegamos perto de morrer como família em uma ou duas ocasiões, mas nós ainda...

(As luzes da sala do hotel piscam.)

Perdoe-me por dizer essas coisas! (rindo)

Rockpages.gr: Deve ter sido aquele comentário sobre o Ritchie Blackmore...

Ian Gillan: Não... ele não é tão poderoso assim! Ele é bom, mas não tanto assim! (rindo)

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