- Estive no estúdio, em Abbey Road, há uns três meses pra fazer a mixagem de "Holy Man", e fiz bem rápido. Pus a fita de 24 pistas de 1974 e o som era tão bom que eu mixei. Mixei mais algumas músicas. Mixei "Holy Man", "You Can't Do It Right", "Love Don't Mean a Thing". Mixei tudo de tarde. Fiz uma mixagem um pouco diferente do que você já ouviu, com um vocal meio cru, provavelmente com mais funk nessas faixas, mais do que você deve lembrar. Acrescentei algumas coisas de guitarra que a gente não tinha no original. E coloquei um novo vocal em "Hold On", então o mix ficou bem interessante.
sexta-feira, 30 de março de 2007
Stormbringer coming... time to die!
Vai ser hora de morrer com uns cem paus quando sair o remaster de Stormbringer. Vejam só o que o Hughes diz a respeito, em entrevista ao Music Street Journal:
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quinta-feira, 29 de março de 2007
O lorde das teclas
Nos anos 70, a TV alemã tinha um programa onde música clássica e rock se encontravam. Calhou de Jon Lord passar por lá em 1974, com a turnê de Windows, um dos seus discos solo que misturavam as duas linguagens. Ele e o maestro Eberhard Schoener, co-autor de Windows, foram convidados a participar.
Não deixaram de levar consigo alguns amigos, que participaram da turnê de Windows: Tony Ashton, David Coverdale, Glenn Hughes, Ray Fenwick e Pete York. A TV entrou com a Orquestra de Câmara de Ópera de Munique e com o Coral de Meninos de Toelz. Vejam abaixo o resultado, com trechos da Missa da Coroação, de Mozart:
Não deixaram de levar consigo alguns amigos, que participaram da turnê de Windows: Tony Ashton, David Coverdale, Glenn Hughes, Ray Fenwick e Pete York. A TV entrou com a Orquestra de Câmara de Ópera de Munique e com o Coral de Meninos de Toelz. Vejam abaixo o resultado, com trechos da Missa da Coroação, de Mozart:
sábado, 24 de março de 2007
Vai assistir Blackmore's Night? Veja estas dicas.
O guitarrista Jim Brodie, fã de Blackmore e que mantém o site God of Guitar, com dicas para guitarristas, fez um vídeo muito legal com orientações para fãs de Deep Purple e Rainbow que vão aos shows de Blackmore's Night.
A legenda é a seguinte:
"Jim Brodie apresenta um vídeo de utilidade pública para a comunidade Renaissance Rock."
"Conselhos para os fãs de Deep Purple e Rainbow que forem assistir a um show de Blackmore's Night."
"Geralmente você vai ver isto. (Perceba a reação da platéia.)"
"Mas às vezes você vai ver isto!"
"Nota: você NÃO deve reagir como essa platéia!"
"Porque senão o bis pode ser assim..."
A legenda é a seguinte:
"Jim Brodie apresenta um vídeo de utilidade pública para a comunidade Renaissance Rock."
"Conselhos para os fãs de Deep Purple e Rainbow que forem assistir a um show de Blackmore's Night."
"Geralmente você vai ver isto. (Perceba a reação da platéia.)"
"Mas às vezes você vai ver isto!"
"Nota: você NÃO deve reagir como essa platéia!"
"Porque senão o bis pode ser assim..."
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Prova documental
Estou me preparando para entrevistar o Turner, então procurei no YouTube alguns vídeos da passagem dele pelo Deep Purple. Por mais que a gente queira olhar a sério, alguns acabam sendo involuntariamente vídeos de comédia. Vejam a cara dele quando começa a cantar Burn, na abertura de um dos shows em São Paulo:
Claro que o som do lugar não ajudou (o Glover está inaudível e os outros flutuam), mas é impagável ver a pose com que ele chegou ao palco e contrastar com a cara que ele faz olhando pro microfone.
Ontem, conversando sobre o Turner com o Abdalla, cheguei a uma metáfora sobre o estilo do sujeito. Turner não é um mau cantor. Pelo contrário. Em estúdio, ele manda muito bem. Ao vivo, vacila. Disse ao Abdalla: "ele parece um guri de cinco anos que vestiu o paletó do pai e quer fazer a barba".
Claro que o som do lugar não ajudou (o Glover está inaudível e os outros flutuam), mas é impagável ver a pose com que ele chegou ao palco e contrastar com a cara que ele faz olhando pro microfone.
Ontem, conversando sobre o Turner com o Abdalla, cheguei a uma metáfora sobre o estilo do sujeito. Turner não é um mau cantor. Pelo contrário. Em estúdio, ele manda muito bem. Ao vivo, vacila. Disse ao Abdalla: "ele parece um guri de cinco anos que vestiu o paletó do pai e quer fazer a barba".
quarta-feira, 21 de março de 2007
Telefone sem fio
No Blabbermouth, Coverdale afirma:
"Glenn (Hughes) e eu estivemos em contato recentemente, e ele me contou sobre sua turnê na Rússia. Ele disse que existe um grande interesse por lá numa reunião da Mk3 do Deep Purple."
Na versão do Whiplash:
"Segundo David, ele e Hughes conversaram recentemente, quando Glenn lhe contou sobre sua turnê na Rússia e sobre seu interesse em uma reunião da formação Mk.3 do DEEP PURPLE."
De concreto, porém, só a vontade abstrata.
"Glenn (Hughes) e eu estivemos em contato recentemente, e ele me contou sobre sua turnê na Rússia. Ele disse que existe um grande interesse por lá numa reunião da Mk3 do Deep Purple."
Na versão do Whiplash:
"Segundo David, ele e Hughes conversaram recentemente, quando Glenn lhe contou sobre sua turnê na Rússia e sobre seu interesse em uma reunião da formação Mk.3 do DEEP PURPLE."
De concreto, porém, só a vontade abstrata.
terça-feira, 13 de março de 2007
The Battle Rages On entra no setlist
Os italianos colocaram no Youtube o vídeo de "The Battle Rages On", gravado no show de Parma dia 7. Foi a primeira vez em que a banda tocou a música pelo menos desde 1995. Minhas impressões: o ritmo está mais lento (parece mais pesado) e o Gillan canta a música em tom mais grave.
sexta-feira, 9 de março de 2007
Velhas novidades no setlist
Parece que o setlist do Deep Purple está desengessando. Não é um fenômeno novo - costuma acontecer especialmente depois do primeiro ano de turnê de um disco sem o lançamento de outro novo. (A turnê de Abandon, que durou praticamente cinco anos, foi pródiga em variações do setlist.)
"The Battle Rages On" reestreou no setlist, depois de 12 anos, no show de Parma, anteontem (7). Isso cumpre a promessa que Ian Paice fez quando andou tocando na Itália com uma banda de tributo ao Deep Purple. Ele mencionou que havia a possibilidade de a banda incluir "The Battle Rages On" ou alguma coisa do disco Purpendicular no setlist.
O site do fã-clube italiano do Deep Purple conseguiu e mandou pro The Highway Star a lista de músicas que seriam tocadas ou que poderiam ser tocadas naquele show. Ela não foi seguida à risca - não rolou Into the Fire, que foi trocada por The Battle Rages On -, mas anotações no pé dela diziam:
- Screamin'
- Ted
- Battle Rages On
De resto, o show teve mais ou menos a mesma composição dos shows brasileiros de novembro:
Pictures Of Home/Things I Never Said/The Battle Rages On/Strange Kind Of A Woman/Rapture Of The Deep/Fireball/Wrong Man/Steve Morse Solo/The Well Dressed Guitar/When A Blind Man Cries/Lazy/Kiss Tomorrow Goodbye/Don Airey Solo/Perfect Strangers/Space Truckin’/Highway Star/Smoke On The Water, e no bis Hush (with Ian Paice solo)/Black Night
Os italianos estão botando aos poucos os vídeos no YouTube. Assim que rolar vídeo da velha música nova, boto aqui.
"The Battle Rages On" reestreou no setlist, depois de 12 anos, no show de Parma, anteontem (7). Isso cumpre a promessa que Ian Paice fez quando andou tocando na Itália com uma banda de tributo ao Deep Purple. Ele mencionou que havia a possibilidade de a banda incluir "The Battle Rages On" ou alguma coisa do disco Purpendicular no setlist.
O site do fã-clube italiano do Deep Purple conseguiu e mandou pro The Highway Star a lista de músicas que seriam tocadas ou que poderiam ser tocadas naquele show. Ela não foi seguida à risca - não rolou Into the Fire, que foi trocada por The Battle Rages On -, mas anotações no pé dela diziam:
- Screamin'
- Ted
- Battle Rages On
De resto, o show teve mais ou menos a mesma composição dos shows brasileiros de novembro:
Pictures Of Home/Things I Never Said/The Battle Rages On/Strange Kind Of A Woman/Rapture Of The Deep/Fireball/Wrong Man/Steve Morse Solo/The Well Dressed Guitar/When A Blind Man Cries/Lazy/Kiss Tomorrow Goodbye/Don Airey Solo/Perfect Strangers/Space Truckin’/Highway Star/Smoke On The Water, e no bis Hush (with Ian Paice solo)/Black Night
Os italianos estão botando aos poucos os vídeos no YouTube. Assim que rolar vídeo da velha música nova, boto aqui.
quinta-feira, 8 de março de 2007
Desmontando notícias
Jornalistas de música, como dizia o saudoso Frank, são caras que não sabem escrever entrevistando gente que não sabe falar para gente que não sabe ler. Quem acompanha as notícias sobre música seguido tropeça em boatos que não se confirmam e outras bizarrias do gênero.
Dois ex-membros do Deep Purple são pródigos em aparecer em sites como o Whiplash com notícias bombásticas: Glenn Hughes e Joe Lynn Turner. Sempre que Hughes dá uma entrevista, ele dá um jeito de dizer que seria ótimo se um dia pudesse haver uma reunião da Mk3. Existe uma intenção boa o suficiente pra eu poder garantir que venderia até a mãe pra ir assistir, mas de concreto absolutamente nada. Aí é batata: quem dá a notícia coloca no título algo como "Glenn Hughes anuncia volta da Mk3".
Na semana passada, aconteceu outro desses boatos: Blackmore e Glover em CD de Joe Lynn Turner. O novo disco do vocalista mais polêmico da minha banda favorita tem uma faixa cuja autoria inclui os dois ex-colegas dele no Purple e o tecladista Jim Peterick - que compôs na banda Survivor o tema de Rocky 4.
Como é? Blackmore e Glover participaram do CD? Blackmore e Glover se reuniram com Turner para compor? Nada disso.
Nas sessões de composição do disco que seria o sucessor do Slaves & Masters, várias músicas ficaram de fora e não chegaram sequer a ser gravadas em demo. Caso tivessem sido, estariam no The Battle of Slaves & Masters. Foram simplesmente desconsideradas.
Elas incluem "Bloodline" (já gravada por Turner no disco JLT), "Lost in the Machine" e "Stroke of Midnight". Esta última é que foi gravada agora pelo Turner.
Em entrevista dada há um ou dois anos ao site Virtuosityone.com, ele disse a respeito: "Realmente não sei como os outros caras do Purple reagiriam se tirássemos essas músicas do baú, e não preciso de nenhuma repercussão. Tenho um bom relacionamento com eles hoje."
É interessante observar o comportamento do mestre Jon Lord na Mk5. Ele não tocou no show de apresentação do Turner, em 1989, no Red Fox Inn. Era só Blackmore, Turner, Glover e Paice. Não tocou, também, na música gravada para um filme palha do Roger Moore ("Fire, Ice and Dynamite"). Salvo engano, o Glover resolveu a parada. Na hora de compor essa coisa que o Turner gravou, o tecladista era o cara do Survivor.
Tudo o que merece ser lido merece ser lido com cuidado e atenção.
Dois ex-membros do Deep Purple são pródigos em aparecer em sites como o Whiplash com notícias bombásticas: Glenn Hughes e Joe Lynn Turner. Sempre que Hughes dá uma entrevista, ele dá um jeito de dizer que seria ótimo se um dia pudesse haver uma reunião da Mk3. Existe uma intenção boa o suficiente pra eu poder garantir que venderia até a mãe pra ir assistir, mas de concreto absolutamente nada. Aí é batata: quem dá a notícia coloca no título algo como "Glenn Hughes anuncia volta da Mk3".
Na semana passada, aconteceu outro desses boatos: Blackmore e Glover em CD de Joe Lynn Turner. O novo disco do vocalista mais polêmico da minha banda favorita tem uma faixa cuja autoria inclui os dois ex-colegas dele no Purple e o tecladista Jim Peterick - que compôs na banda Survivor o tema de Rocky 4.
Como é? Blackmore e Glover participaram do CD? Blackmore e Glover se reuniram com Turner para compor? Nada disso.
Nas sessões de composição do disco que seria o sucessor do Slaves & Masters, várias músicas ficaram de fora e não chegaram sequer a ser gravadas em demo. Caso tivessem sido, estariam no The Battle of Slaves & Masters. Foram simplesmente desconsideradas.
Elas incluem "Bloodline" (já gravada por Turner no disco JLT), "Lost in the Machine" e "Stroke of Midnight". Esta última é que foi gravada agora pelo Turner.
Em entrevista dada há um ou dois anos ao site Virtuosityone.com, ele disse a respeito: "Realmente não sei como os outros caras do Purple reagiriam se tirássemos essas músicas do baú, e não preciso de nenhuma repercussão. Tenho um bom relacionamento com eles hoje."
É interessante observar o comportamento do mestre Jon Lord na Mk5. Ele não tocou no show de apresentação do Turner, em 1989, no Red Fox Inn. Era só Blackmore, Turner, Glover e Paice. Não tocou, também, na música gravada para um filme palha do Roger Moore ("Fire, Ice and Dynamite"). Salvo engano, o Glover resolveu a parada. Na hora de compor essa coisa que o Turner gravou, o tecladista era o cara do Survivor.
Tudo o que merece ser lido merece ser lido com cuidado e atenção.
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