Durante toda sua carreira, Lord foi um cara que demonstrou na prática que não existe esse negócio de gêneros musicais: existe música boa e existe música ruim, e ele só faz música do primeiro tipo. Ao longo de sua passagem pelo Deep Purple, Lord tocava seu Hammond até com os joelhos e pés. Em 2002, aposentou-se para se dedicar à composição de música orquestral. Sua primeira aventura nesse campo foi com o Concerto, em 1969, em que ele fundia guitarras e oboés no Royal Albert Hall.
No novo trabalho, ele evoca Bach, o jazz e um poema de D.H.Lawrence chamado "Piano":
- vejo uma criança sentada debaixo do piano, na explosão do prurido das cordas
E pressionando os pequenos, suspensos pés de uma mãe que sorri enquanto ela canta.
Na entrevista abaixo, dá para ouvir a explosão do prurido das cordas entre uma fala e outra. Bom proveito.
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