Por obra e graça do mestre Abdalla, fui parar no início da noite de sexta em uma loja de discos numa galeria da 7 de abril, em São Paulo. Chama-se Mafer Records. É uma disneylândia purpleana: eles têm pilhas de vinis raros do Purple, importados de toda parte do mundo. Pior: muitos autografados. Pior: tem Episode Six assinado pelo Gillan e pelo Glover, Artwoods assinado pelo Lord, um vinil raro de Gemini Suite com a Yvonne Elliman nos vocais, uma pilha imensa de Gillan e Gillan Band e singles do Purple, Gillan, Rainbow e Jon Lord solo. Se eu fosse comprar tudo que me deu vontade, teria morrido em mais de mil reais. Por sorte, não tenho como tocar vinis em casa, porque senão teria comprado alguma coisa de R$ 30 ou R$ 40.
Conta o meu xará dono da loja que o tio dele costumava ser o maior colecionador de Deep Purple no Brasil. Largou de mão há alguns anos, depois de casado, com filhos, essa coisa toda. Conhece os caras do verdadeiro Deep Purple da era de prata pessoalmente, já pegou autógrafo de todos eles uma carrada de vezes em discos brasileiros, americanos, ingleses, japoneses, russos e outros.
Juro: desde que substituí meus vinis pelos CDs comemorativos de In Rock, Fireball, Machine Head e Who Do We Think We Are na Galeria do Rock, em 2001, nunca me senti tão propenso ao granicídio. Por sorte, eu não tinha nem dinheiro e nem onde tocar os vinis.
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