Olha o que estão preparando para os shows de despedida do Jon Lord:
"Segundo as últimas informações, Don Airey vai tocar a primeira parte do show toda noite e começar 'Perfect Strangers'. Durante a música, as luzes vão se apagar, e quando elas voltarem Jon Lord vai estar atrás do Hammond. Ele, então, vai conduzir a parte final do show, com 'Lazy', 'Speed King', 'Hush' e 'Highway Star' como as músicas possíveis."
segunda-feira, 26 de agosto de 2002
quinta-feira, 22 de agosto de 2002
Simon Says
Simon Robinson afirma, no Q & A sobre a megacaixa do Purple que a EMI está lançando, que há pistas sobre as fitas das sessões em que o disco "Come Taste the Band" foi gravado. Diz que pode haver DUAS músicas instrumentais inéditas.
quarta-feira, 21 de agosto de 2002
segunda-feira, 19 de agosto de 2002
Cultura inútil
Deep Purple, a música que deu o nome à banda (favorita da avó de Ritche Blackmore), chegou a ser sucesso no Brasil. Em 1939, na voz de Larry Clinton.
domingo, 18 de agosto de 2002
De quem é?
"Hey Joe, where you going with that gun in your hand?" Já ouviu isso? Pois é. A música ficou famosa na voz do Jimi Hendrix em 1967, mas não é dele. Hendrix dava crédito a Billy Roberts, que a registrou em 1962, mas a música já foi atribuída a um certo Chet Powers. Até chegar ao Hendrix, era uma música popular, e só. Depois, virou uma música "de guitarrista", e vários dos bons fizeram cover dela: do Deep Purple, em seu primeiro disco, até o Joe Satriani. Hoje chineleou, e até o Rappa e Type O Negative (black, black, black, black, number one) fazem cover disso. A Sinfônica de Londres também deu seu pitaco.
A música se tornou popular por causa da letra de macho ("minha mulher me trocou por outro, vou meter uma azeitona na cabeça dela") e da irresistível progressão de acordes. Lester Bangs disse que, por isso e pelo fato de ser incerto o autor, todo mundo não só gravava a música como também dizia ser o autor. Por essas e outras, há várias letras diferentes (e não me venha falar de ah irmão tá com essa arma aí na mão, vaitifudê).
Mas quem é o Joe? Joe é um fulano. Depois da segunda guerra mundial, um fulano passou a ser chamado "average Joe". Para Michael Hicks, que escreveu um livro sobre o rock dos anos 60, a música "é uma balada sobre crime, no formato de pergunta e resposta, contando uma série de encontros entre o cantor e o Joe".
Conheça o intrigante mundo da música "Hey Joe" neste site. Acredita que eles catalogaram 400 versões da música, em uma lista provavelmente incompleta? Até versões dos Nativus e de O Rappa com Planet Hemp estão na lista.
A música se tornou popular por causa da letra de macho ("minha mulher me trocou por outro, vou meter uma azeitona na cabeça dela") e da irresistível progressão de acordes. Lester Bangs disse que, por isso e pelo fato de ser incerto o autor, todo mundo não só gravava a música como também dizia ser o autor. Por essas e outras, há várias letras diferentes (e não me venha falar de ah irmão tá com essa arma aí na mão, vaitifudê).
Mas quem é o Joe? Joe é um fulano. Depois da segunda guerra mundial, um fulano passou a ser chamado "average Joe". Para Michael Hicks, que escreveu um livro sobre o rock dos anos 60, a música "é uma balada sobre crime, no formato de pergunta e resposta, contando uma série de encontros entre o cantor e o Joe".
Conheça o intrigante mundo da música "Hey Joe" neste site. Acredita que eles catalogaram 400 versões da música, em uma lista provavelmente incompleta? Até versões dos Nativus e de O Rappa com Planet Hemp estão na lista.
O sonho do Jon Lord
Deu na Total Rock:
"Jon Lord, o ex-mestre dos teclados do Deep Purple, disse à Total Rock que gostaria de reunir todos os membros vivos do Deep Purple para um evento único. Isso ocorreria em frente de uma audiência de convidados, num estúdio, e traria virtualmente todas as encarnações da banda tocando alguns números, que seriam filmados. E Lord acredita que isso é factível. Quer saber mais? Se ligue no programa Doom & Co., no sábado 24, para um especial sobre o Deep Purple."
O Doom & Co começa a partir das 18h de lá (três da tarde aqui). EU não vou perder.
A idéia dele acabaria parecendo mais ou menos com a capa do CD "In Profile" - esse aí do lado, com entrevistas e trechos de músicas. Só duvido que o Homem de Preto concorde em dividir o palco com o Gogó de Prata nesse show dos sonhos do Jon Lord... mas seria no mínimo interessante rever a Mark 3 reunida no palco (a Mark 2 eu já vi reunida até vezes demais).
"Jon Lord, o ex-mestre dos teclados do Deep Purple, disse à Total Rock que gostaria de reunir todos os membros vivos do Deep Purple para um evento único. Isso ocorreria em frente de uma audiência de convidados, num estúdio, e traria virtualmente todas as encarnações da banda tocando alguns números, que seriam filmados. E Lord acredita que isso é factível. Quer saber mais? Se ligue no programa Doom & Co., no sábado 24, para um especial sobre o Deep Purple."
O Doom & Co começa a partir das 18h de lá (três da tarde aqui). EU não vou perder.
A idéia dele acabaria parecendo mais ou menos com a capa do CD "In Profile" - esse aí do lado, com entrevistas e trechos de músicas. Só duvido que o Homem de Preto concorde em dividir o palco com o Gogó de Prata nesse show dos sonhos do Jon Lord... mas seria no mínimo interessante rever a Mark 3 reunida no palco (a Mark 2 eu já vi reunida até vezes demais).
quarta-feira, 14 de agosto de 2002
Por que Jon Lord se aposentou
Jon Lord, o mestre dos teclados, deu uma entrevista de quatro páginas à revista inglesa Classic Rock, falando sobre os motivos de ter saído do Purple. Fala pouco sobre o que vai fazer agora, mas fala com muito carinho da forma como saiu do Purple. Não vou traduzir agora por falta de tempo, mas abaixo vão alguns trechos:
Why did you decide to retire?
"I'd seriously been considering the idea of leaving for a couple of years. In fact, I started to think about it since the 'Concerto' anniversary tour. I began thinking that I'd be 60 soon, and that might be a good time to finish. The main reason was the travelling. Nothing will ever come close to the joy that I've had playing on stage with that band. I've always enjoyed it and I'll take away some truly great memories"
......
Did you indicate to the rest of the members of Deep Purple how you were feeling
"I'd actually gone to the band three years ago and suggested that we all took a little more time for personal projects; I told them that I wasn't comfortable with the amount of touring that was being discussed. And the response I got back was a very friendly one, but it was : "Jon, that's not how we see it". So I soldiered on for a bit longer.
But then I injured my knee. And in a way it almost turned out providentially, because it gave me some time at home while the rest of the guys were out on the road. It was like a little snapshot of what things would be like [if I quit]. And it wasn't all that bad. But it was quite weird. At about nine o'clock each night my fingers started twitching and I ran around the house looking for a Hammond [organ] to play"
...
What about the claim that you'd looked "bored and disinterested" during Purple's last UK tour?
That was absolutely untrue. And I saw some responses to it on the internet from people wanting to know where that description had appeared. I wasn't bored and disinterested, I was actually having a whale of a time. The only problem was that I also had the virus that eventually brought the tour to an end, so for about five or six of the concerts that eventually ended at Hammersmith I was going on stage with a temperature of 102 degrees and feeling like complete crap. So I'd plead that in my defence. The knowledge that it was to be my Purple swansong made it a little bit sad, but it also brought a certain poignancy that I found myself enjoying it in a rather odd way.
Did the rest of the band know by then?
Oh yes. At the beginning of the last tour, in Dublin in February, we had a stunning first night, one of our best ever. I was sitting in the bar afterwards with some Irish friends, and Ian Gillan came over and gave me a big hug. He said 'Listen, I know this is gonna be your last tour, but if you ever change your mind you can [come back].' I told him 'No Ian, I think this is it.' And he said: 'Well, do what you feel you have to do and we'll always love you.' So that was a nice emotional moment.
Why did you decide to retire?
"I'd seriously been considering the idea of leaving for a couple of years. In fact, I started to think about it since the 'Concerto' anniversary tour. I began thinking that I'd be 60 soon, and that might be a good time to finish. The main reason was the travelling. Nothing will ever come close to the joy that I've had playing on stage with that band. I've always enjoyed it and I'll take away some truly great memories"
......
Did you indicate to the rest of the members of Deep Purple how you were feeling
"I'd actually gone to the band three years ago and suggested that we all took a little more time for personal projects; I told them that I wasn't comfortable with the amount of touring that was being discussed. And the response I got back was a very friendly one, but it was : "Jon, that's not how we see it". So I soldiered on for a bit longer.
But then I injured my knee. And in a way it almost turned out providentially, because it gave me some time at home while the rest of the guys were out on the road. It was like a little snapshot of what things would be like [if I quit]. And it wasn't all that bad. But it was quite weird. At about nine o'clock each night my fingers started twitching and I ran around the house looking for a Hammond [organ] to play"
...
What about the claim that you'd looked "bored and disinterested" during Purple's last UK tour?
That was absolutely untrue. And I saw some responses to it on the internet from people wanting to know where that description had appeared. I wasn't bored and disinterested, I was actually having a whale of a time. The only problem was that I also had the virus that eventually brought the tour to an end, so for about five or six of the concerts that eventually ended at Hammersmith I was going on stage with a temperature of 102 degrees and feeling like complete crap. So I'd plead that in my defence. The knowledge that it was to be my Purple swansong made it a little bit sad, but it also brought a certain poignancy that I found myself enjoying it in a rather odd way.
Did the rest of the band know by then?
Oh yes. At the beginning of the last tour, in Dublin in February, we had a stunning first night, one of our best ever. I was sitting in the bar afterwards with some Irish friends, and Ian Gillan came over and gave me a big hug. He said 'Listen, I know this is gonna be your last tour, but if you ever change your mind you can [come back].' I told him 'No Ian, I think this is it.' And he said: 'Well, do what you feel you have to do and we'll always love you.' So that was a nice emotional moment.
sábado, 10 de agosto de 2002
HTP toca Stormbringer, Mistreated e King of Dreams
Lembram do Hughes-Turner Project, o HTP? Aquele, o que reúne Glenn "obviamente duvidando da minha masculinidade" Hughes e Joe Lynn "menos voz que a Xuxa" Turner? É um projeto paralelo do projeto Voices of Classic Rock, o dos dinos que o rock esqueceu. Pois é. Eles lançaram um disco ao vivo, informa meu xará Marcelo Moreira. Do Purple, eles tocam duas músicas e meia: "Stormbringer" e "Mistreated" (da Mark 3) e "King of Dreams" (da Mark 5).
quinta-feira, 8 de agosto de 2002
Ô, ooô, ooô, ooôoo, ôo, ô-oh!
Do site não-oficial do Roger Glover:
"Quando fizemos In Rock, a gravadora insistiu em que tínhamos que fazer também um single. Achávamos que não éramos comerciais e que tínhamos que ser levados a sério, então tentamos recusar: 'Somos uma banda de álbuns, não queremos fazer singles.' De qualquer forma, a empresa insistiu em que tínhamos que fazer algo que a BBC e outras estações de rádio pudessem tocar.
Fomos para o estúdio sem inspiração nenhuma, e tentamos de tudo mas nada parecia funcionar. Finalmente fomos comer algo num pub. Claro que acabamos bebendo incontroladamente. Ficamos no pub até fechar e no final estávamos todos completamente bebuns. Ritchie e eu fomos os primeiros a chegar ao estúdio. Ritchie pegou a guitarra e tocou um riff, que pareceu genial para mim. 'Cara, cê conseguiu, vai ser esse nosso single', eu me empolguei, mas Ritchie disse 'Absolutamente, de jeito nenhum, isso é Summertime, do Ricky Nelson'. Bebum teimoso, guardei a idéia e fui para o meu lado.
Tocamos tudo o que veio à cabeça, e menos de uma hora depois Gillan e eu inventamos todas as letras estúpidas que podíamos. O nome 'Black Night' foi roubado de uma música do Episode Six, e então ficamos criando rimas bestas: night, bright, right - o que saísse tava bom. No outro dia os caras da gravadora ficaram empolgadíssimos com o belo single que fizemos para eles. Dissemos para eles não serem ridículos."
"Quando fizemos In Rock, a gravadora insistiu em que tínhamos que fazer também um single. Achávamos que não éramos comerciais e que tínhamos que ser levados a sério, então tentamos recusar: 'Somos uma banda de álbuns, não queremos fazer singles.' De qualquer forma, a empresa insistiu em que tínhamos que fazer algo que a BBC e outras estações de rádio pudessem tocar.
Fomos para o estúdio sem inspiração nenhuma, e tentamos de tudo mas nada parecia funcionar. Finalmente fomos comer algo num pub. Claro que acabamos bebendo incontroladamente. Ficamos no pub até fechar e no final estávamos todos completamente bebuns. Ritchie e eu fomos os primeiros a chegar ao estúdio. Ritchie pegou a guitarra e tocou um riff, que pareceu genial para mim. 'Cara, cê conseguiu, vai ser esse nosso single', eu me empolguei, mas Ritchie disse 'Absolutamente, de jeito nenhum, isso é Summertime, do Ricky Nelson'. Bebum teimoso, guardei a idéia e fui para o meu lado.
Tocamos tudo o que veio à cabeça, e menos de uma hora depois Gillan e eu inventamos todas as letras estúpidas que podíamos. O nome 'Black Night' foi roubado de uma música do Episode Six, e então ficamos criando rimas bestas: night, bright, right - o que saísse tava bom. No outro dia os caras da gravadora ficaram empolgadíssimos com o belo single que fizemos para eles. Dissemos para eles não serem ridículos."
Snapshot
Esse é o título do próximo álbum solo do Roger Glover, que deve ser lançado em setembro lá fora (aqui, como de costume, não deve sair). É um disco "de compositor", não "de baixista", como Roger disse outro dia. Diz a Deep Purple Appreciation Society que o disco lembra um pouco de Dire Straits, Ry Cooder, Fleetwood Mac e Roxy Music do tempo de "Avalon". Roger canta em uma faixa: "Burn me Up Slowly".
Ao todo são 14 faixas, e a banda de apoio não tem mais ninguém do Deep Purple - de conhecidos, só uma gatinha chamada Gillian Glover nos backing vocais. Sim, é filha dele. Algumas das músicas são compostas em parceria com Randall Bramblett, um cantor/compositor/homem-dos-sete-instrumentos que já tocou com Steve Winwood.
Ao todo são 14 faixas, e a banda de apoio não tem mais ninguém do Deep Purple - de conhecidos, só uma gatinha chamada Gillian Glover nos backing vocais. Sim, é filha dele. Algumas das músicas são compostas em parceria com Randall Bramblett, um cantor/compositor/homem-dos-sete-instrumentos que já tocou com Steve Winwood.
terça-feira, 6 de agosto de 2002
Made in Japan, 30 anos depois
Daqui a dez dias, fazem 30 anos que foi gravado um dos melhores discos ao vivo de todos os tempos: Made in Japan. Na verdade, a Rolling Stone classificou o álbum como "simplesmente o melhor disco ao vivo já lançado". Em comemoração a ele, o The Highway Star colocou no ar um especial sobre aquela bela turnê (clique no link acima).
Os três shows em Osaka, no Japão, entre 15 e 17 de agosto de 1972 renderam três lançamentos, na verdade. Primeiro o clássico "Made in Japan" (1973). Vinte anos depois, foi lançado "Live in Japan", com 3 CDs contendo a íntegra dos três shows, de onde foram selecionadas as músicas para o clássico. Gillan está em sua melhor forma. Os agudos de Child in Time nesse disco já foram classificados como "celestiais". E é impagável quando chega "The Mule" e ele pede para deixar tudo "mais alto que todo o resto".
Em 1998, foi lançada e edição de 25 anos do Made in Japan, dupla e com faixas bônus: uma impagável versão de Speed King, além de Black Night (uma versão que já havia saído em Powerhouse) e Lucille. Essa versão é encontrável com alguma facilidade nas chamadas melhores casas do ramo.
Os competentíssimos caras do The Highway Star botaram no ar inclusive resenhas de quem esteve nos shows na época. Por acaso, um japonês que era baterista de uma banda local. E o que mais sobressai no Made in Japan é sem dúvida o trabalho do Ian Paice. Até hoje, Paice diz que MiJ é o melhor disco que já gravou (ouça em especial o solo dele em "The Mule" para saber por quê).
Os shows que o Purple fez no Japão em sua primeira fase foram especialmente marcantes. O primeiro de todos rendeu o melhor disco ao vivo de todos os tempos, além da inspiração para escrever "Woman From Tokyo", do disco de estúdio que viria a seguir. A segunda passagem pelo Japão, em 1973, marcou o fim da mais vigorosa formação do Deep Purple. E a seguinte, em 1975, marcou o fim da Mark 4, com Tommy Bolin completamente chapado e sem conseguir tocar direito.
Veja abaixo todas as capas de Made in Japan. Adivinha se eu não estou ouvindo o disco agora...
O lançamento clássico. Originalmente em vinil duplo, depois um só CD.
A caixa com três CDs, lançada nos vinte anos do original.
A edição de 25 anos, que um dia ainda vou comprar.
Os três shows em Osaka, no Japão, entre 15 e 17 de agosto de 1972 renderam três lançamentos, na verdade. Primeiro o clássico "Made in Japan" (1973). Vinte anos depois, foi lançado "Live in Japan", com 3 CDs contendo a íntegra dos três shows, de onde foram selecionadas as músicas para o clássico. Gillan está em sua melhor forma. Os agudos de Child in Time nesse disco já foram classificados como "celestiais". E é impagável quando chega "The Mule" e ele pede para deixar tudo "mais alto que todo o resto".
Em 1998, foi lançada e edição de 25 anos do Made in Japan, dupla e com faixas bônus: uma impagável versão de Speed King, além de Black Night (uma versão que já havia saído em Powerhouse) e Lucille. Essa versão é encontrável com alguma facilidade nas chamadas melhores casas do ramo.
Os competentíssimos caras do The Highway Star botaram no ar inclusive resenhas de quem esteve nos shows na época. Por acaso, um japonês que era baterista de uma banda local. E o que mais sobressai no Made in Japan é sem dúvida o trabalho do Ian Paice. Até hoje, Paice diz que MiJ é o melhor disco que já gravou (ouça em especial o solo dele em "The Mule" para saber por quê).
Os shows que o Purple fez no Japão em sua primeira fase foram especialmente marcantes. O primeiro de todos rendeu o melhor disco ao vivo de todos os tempos, além da inspiração para escrever "Woman From Tokyo", do disco de estúdio que viria a seguir. A segunda passagem pelo Japão, em 1973, marcou o fim da mais vigorosa formação do Deep Purple. E a seguinte, em 1975, marcou o fim da Mark 4, com Tommy Bolin completamente chapado e sem conseguir tocar direito.
Veja abaixo todas as capas de Made in Japan. Adivinha se eu não estou ouvindo o disco agora...
O lançamento clássico. Originalmente em vinil duplo, depois um só CD.
A caixa com três CDs, lançada nos vinte anos do original.
A edição de 25 anos, que um dia ainda vou comprar.
quinta-feira, 1 de agosto de 2002
Steve Morse e Joe Satriani juntos no palco
Dois dos maiores guitarristas do mundo estiveram juntos no palco do Deep Purple anteontem, no Reno Hilton Amphitheatre, nos EUA. Um dos ex-guitarristas do Deep Purple subiu ao palco para tocar com Steve Morse e os meus velhos algumas músicas.
Quem é o cara? Bom, Tommy Bolin morreu, Blackmore não fala com os caras... nas palavras que Ian Gillan disse no palco: "em 1993 e 94, tivemos o privilégio de tocar com um maravilhoso guitarrista. Ele mora aqui pertinho, e por isso o convidamos para dar uma canja. Senhoras e senhores... JOE SATRIANI!". O carequinha ficou no palco por meia hora, tocando clássicos do Deep Purple e trocando figurinhas com as cordas de Steve Morse.
James D. Strange, que estava lá, afirma: "Era claro que até Steve estava de queixo caído com alguns dos truques que Joe tira de sua guitarra. (...) A versão daquela noite de Highway Star merece uma nota especial. Steve e Joe detonaram uma brilhante improvisação sobre o brilhante solo de Blackmore, e nessa hora fiquei sem palavras com os talentos que passaram pelas cordas do Deep Purple, ontem e hoje. Esse momento musical, acho, foi simbólico da grandeza do Deep Purple. O DP nos deu três décadas de música brilhante, e ainda vem mais aí. Eles são lendas de seu próprio tempo."
De resto, dizem, o show estava fenomenal. Nos solos, Don Airey (o novo tecladista) contrabandeou até um trechinho da música de Guerra nas Estrelas. Gillan imitou Elvis Presley! A banda também apresentou uma nova música, segundo eles composta no dia 29. Com essa, uma instrumental, são três. Novo disco a caminho!
Eu queria ter estado lá. Só me resta esperar o pirata.
Quem é o cara? Bom, Tommy Bolin morreu, Blackmore não fala com os caras... nas palavras que Ian Gillan disse no palco: "em 1993 e 94, tivemos o privilégio de tocar com um maravilhoso guitarrista. Ele mora aqui pertinho, e por isso o convidamos para dar uma canja. Senhoras e senhores... JOE SATRIANI!". O carequinha ficou no palco por meia hora, tocando clássicos do Deep Purple e trocando figurinhas com as cordas de Steve Morse.
James D. Strange, que estava lá, afirma: "Era claro que até Steve estava de queixo caído com alguns dos truques que Joe tira de sua guitarra. (...) A versão daquela noite de Highway Star merece uma nota especial. Steve e Joe detonaram uma brilhante improvisação sobre o brilhante solo de Blackmore, e nessa hora fiquei sem palavras com os talentos que passaram pelas cordas do Deep Purple, ontem e hoje. Esse momento musical, acho, foi simbólico da grandeza do Deep Purple. O DP nos deu três décadas de música brilhante, e ainda vem mais aí. Eles são lendas de seu próprio tempo."
De resto, dizem, o show estava fenomenal. Nos solos, Don Airey (o novo tecladista) contrabandeou até um trechinho da música de Guerra nas Estrelas. Gillan imitou Elvis Presley! A banda também apresentou uma nova música, segundo eles composta no dia 29. Com essa, uma instrumental, são três. Novo disco a caminho!
Eu queria ter estado lá. Só me resta esperar o pirata.
Escute, saiba e siga lendo
A Deep Purple Appreciation Society liberou um preview da caixa Listen, Learn, Read On - seis CDs que vão cobrir toda a primeira metade da carreira do Deep Purple (antes do Purple, depois de 1968 a 1976), com muita coisa selecionada e alguma coisa nova.
Do primeiro CD (Pre-Deep Purple and Mark 1), tenho tudo da Mark 1 e as duas do Episode Six. Ficam me faltando "Keep a Knockin", dos The Outlaws (uma das primeiras bandas do Blackmore), "You'll Never Stop me Loving You" e "Only Time Will Tell", do MI5 (que tinha entre seus membros Ian Paice e Rod Evans, "Send for that girl", de Johnny Kidd & The Pirates (Nick Simper), "Porcupine Juice", do Santa Barbara Machine Head (Jon Lord), "Medusa", do Trapeze (Glenn Hughes), "Does Anybody Really Know What Time It Is", do The Government (David Coverdale) e "See My People Come Together", do Zephyr (Tommy Bolin).
No segundo, que vai da Mark 1 à Mark 2, há coisas bem interessantes. "Ricochet", que é uma das primeiras versões de Speed King, gravada nos estúdios da BBC, nunca tinha sido lançada oficialmente. Tenho pirata. Ian Gillan, em seus primeiros dias no Purple, cantando "The Bird Has Flown" (da Mark 1) na BBC. "Hush" ao vivo, com o Gillan, na abertura do Concerto Para Grupo e Orquestra - só lançada no Powerhouse. "Wring That Neck" ao vivo no cassino de Montreux, em 1969 - e essa nem eu tinha ouvido, e por isso eles botaram um trechinho. "Jam Stew" e "Speed King" gravadas na BBC e uma galinhagem de estúdio deles enquanto gravavam "Flight of the Rat" para o In Rock.
No terceiro CD tem "Mandrake Root" ao vivo em Aachen (1970), "Grabsplatter", gravada especialmente para a BBC, "Child in Time" na BBC, uma entrevista com Jon Lord sobre o sucesso do single "Black Night", em 1970, "Into The Fire" na BBC. O ouro escondido neste CD é uma raridade de estúdio: Ian Gillan improvisando uma letra para "Fools", enquanto a banda compunha o disco Fireball. Essa ficou de fora do remaster de 1996 por "não ter espaço", mas eu tenho certeza de que é por causa dessa caixa.
O quarto CD, da Mark 2 à Mark 3, tem a mais doida versão possível da doidíssima "No No No", gravada para uma TV da Alemanha em 1971 - Gillan está bebíssimo e começa a improvisar com "vocês gostam do Mickey Mouse? No, No, No! Vocês gostam de mim? No, No, No!". Foi dessa sessão que saiu uma das primeiras versões de Highway Star, muitcho louca e toda berrada, ainda sem a progressão bachiana no solo do Blackmore, que passa na MTV às vezes como clipe. Também está no CD. Tem, claro, a "Strange Kind of Woman" do BBC In Concert - coisa muito boa, que passou esta semana na BBC. Uma versão de "Lazy", tocada na turnê japonesa de 1972, que não entrou no Made in Japan clássico, além de um bis inédito com "Black Night"
No quinto, vai muita coisa da Mark 3 - aquela com o Coverdale e o Hughes. Este e o sexto dão uma idéia do que vem por aí nos remasters de Burn, Stormbringer e Come Taste The Band. De novidades, um remaster de "Sail Away", um remaster do single "Coronarias Redig" (instrumental quase desconhecida), "Mistreated" ao vivo em San Diego, inédita, e a também inédita - e MUITO longa - versão de "Space Truckin" ao vivo em Kilburn, daquele show que acabou virando o Live in London. Que a Six Music da BBC também passou neste ano.
O sexto vai do final da Mark 3 ao final do Deep Purple em 1976. Tem mixes quadrafônicos (que não me chamam muito a atenção) de "Stormbringer", "Soldier of Fortune" e "Hold On". Tem uma versão instrumental de "Highball Shooter", boa para brincar de karaokê e mostrando todo o poder da guitarra do Blackmore, ocultada pelos berros do Hughes no original. "The Gypsy" ao vivo na Europa, que já saiu no CD Final Concerts. Um ensaio com "Drifter" e "Dance To The Rock And Roll", que já saiu no Days May Come And Days May Go. Remasters de "This Time Around", "You Keep on Moving" e "Love Child", de Come Taste The Band. Ao vivo, "Wild Dogs" (com Bolin cantando, coisa do Last Concert in Japan), "Lady Luck" e "Getting Tighter".
Em resumo: muita coisa boa, mas quase dispensável. As raridades que saem aí são indispensáveis para purple heads como eu. Mas ainda mais com o dólar do jeito que está, não arrisco muito meus trocados nisso. Infelizmente.
Do primeiro CD (Pre-Deep Purple and Mark 1), tenho tudo da Mark 1 e as duas do Episode Six. Ficam me faltando "Keep a Knockin", dos The Outlaws (uma das primeiras bandas do Blackmore), "You'll Never Stop me Loving You" e "Only Time Will Tell", do MI5 (que tinha entre seus membros Ian Paice e Rod Evans, "Send for that girl", de Johnny Kidd & The Pirates (Nick Simper), "Porcupine Juice", do Santa Barbara Machine Head (Jon Lord), "Medusa", do Trapeze (Glenn Hughes), "Does Anybody Really Know What Time It Is", do The Government (David Coverdale) e "See My People Come Together", do Zephyr (Tommy Bolin).
No segundo, que vai da Mark 1 à Mark 2, há coisas bem interessantes. "Ricochet", que é uma das primeiras versões de Speed King, gravada nos estúdios da BBC, nunca tinha sido lançada oficialmente. Tenho pirata. Ian Gillan, em seus primeiros dias no Purple, cantando "The Bird Has Flown" (da Mark 1) na BBC. "Hush" ao vivo, com o Gillan, na abertura do Concerto Para Grupo e Orquestra - só lançada no Powerhouse. "Wring That Neck" ao vivo no cassino de Montreux, em 1969 - e essa nem eu tinha ouvido, e por isso eles botaram um trechinho. "Jam Stew" e "Speed King" gravadas na BBC e uma galinhagem de estúdio deles enquanto gravavam "Flight of the Rat" para o In Rock.
No terceiro CD tem "Mandrake Root" ao vivo em Aachen (1970), "Grabsplatter", gravada especialmente para a BBC, "Child in Time" na BBC, uma entrevista com Jon Lord sobre o sucesso do single "Black Night", em 1970, "Into The Fire" na BBC. O ouro escondido neste CD é uma raridade de estúdio: Ian Gillan improvisando uma letra para "Fools", enquanto a banda compunha o disco Fireball. Essa ficou de fora do remaster de 1996 por "não ter espaço", mas eu tenho certeza de que é por causa dessa caixa.
O quarto CD, da Mark 2 à Mark 3, tem a mais doida versão possível da doidíssima "No No No", gravada para uma TV da Alemanha em 1971 - Gillan está bebíssimo e começa a improvisar com "vocês gostam do Mickey Mouse? No, No, No! Vocês gostam de mim? No, No, No!". Foi dessa sessão que saiu uma das primeiras versões de Highway Star, muitcho louca e toda berrada, ainda sem a progressão bachiana no solo do Blackmore, que passa na MTV às vezes como clipe. Também está no CD. Tem, claro, a "Strange Kind of Woman" do BBC In Concert - coisa muito boa, que passou esta semana na BBC. Uma versão de "Lazy", tocada na turnê japonesa de 1972, que não entrou no Made in Japan clássico, além de um bis inédito com "Black Night"
No quinto, vai muita coisa da Mark 3 - aquela com o Coverdale e o Hughes. Este e o sexto dão uma idéia do que vem por aí nos remasters de Burn, Stormbringer e Come Taste The Band. De novidades, um remaster de "Sail Away", um remaster do single "Coronarias Redig" (instrumental quase desconhecida), "Mistreated" ao vivo em San Diego, inédita, e a também inédita - e MUITO longa - versão de "Space Truckin" ao vivo em Kilburn, daquele show que acabou virando o Live in London. Que a Six Music da BBC também passou neste ano.
O sexto vai do final da Mark 3 ao final do Deep Purple em 1976. Tem mixes quadrafônicos (que não me chamam muito a atenção) de "Stormbringer", "Soldier of Fortune" e "Hold On". Tem uma versão instrumental de "Highball Shooter", boa para brincar de karaokê e mostrando todo o poder da guitarra do Blackmore, ocultada pelos berros do Hughes no original. "The Gypsy" ao vivo na Europa, que já saiu no CD Final Concerts. Um ensaio com "Drifter" e "Dance To The Rock And Roll", que já saiu no Days May Come And Days May Go. Remasters de "This Time Around", "You Keep on Moving" e "Love Child", de Come Taste The Band. Ao vivo, "Wild Dogs" (com Bolin cantando, coisa do Last Concert in Japan), "Lady Luck" e "Getting Tighter".
Em resumo: muita coisa boa, mas quase dispensável. As raridades que saem aí são indispensáveis para purple heads como eu. Mas ainda mais com o dólar do jeito que está, não arrisco muito meus trocados nisso. Infelizmente.
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