Na Argentina, o Deep Purple está sendo chamado de "VIP Purple" por conta dos preços cobrados para os shows de Buenos Aires. Eles vão de 90 a 220 pesos argentinos. Isso, em reais, dá algo entre R$ 59 e R$ 144. No festival Cosquín Rock, o ingresso custa 68 pesos, ou R$ 44.
No Brasil, os preços vão de R$ 120 a R$ 300. Não vi nenhuma notícia criticando - mas fãs, sim. Não que os mestres não mereçam ser bem pagos, mas o bolso dos fãs costuma ter fundo.
Gosto desse espírito contestador argentino. Quando estive em Buenos Aires, em 2007, vi que todas as pichações da cidade tinham um viés reivindicatório. No século passado, no meu primeiro emprego em jornal, calhou de uma vez dar uma onda de protestos na Argentina, onde se queimava carros, quebrava vidros, batia panela e tudo mais. Um mestre, então, me dizia que a diferença entre o Brasil e a Argentina tinha a ver com a diferença nas touradas portuguesa e espanhola.
Segundo ele, que morou em Portugal por muitos anos, enquanto na Espanha o toureiro mata o boi, em terras lusas ele fica só driblando.
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