sábado, 28 de dezembro de 2002

Os pecados do bolso

Cometi um pequeno granicídio, ainda que em duas vezes com juros modestos. Comprei o DVD "Classic albums - Machine Head", que saiu no Brasil agora. Lá fora, saiu não faz um mês - está sendo enviado da Inglaterra para o mundo apenas desde o dia 4. Eu já falei sobre esse material antes, estava empolgado, mas não pensava ainda em comprar.

Esse DVD contém um documentário feito para a TV britânica (apresentado dia 27 de novembro último) sobre como foi feito o disco mais famoso do Deep Purple. Com uma diferença: o documentário da TV tinha 50 minutos, o DVD tem 95. É interessantíssimo, porque é um disco que tem história. Foi gravado com a unidade móvel dos Rolling Stones. Ia ser gravado no cassino de Montreux, na Suíça, mas o cassino pegou fogo durante um show do Frank Zappa (que eu tenho aqui em MP3). Daí o "smoke on the water, fire in the sky". Acabaram gravando num hotel vazio. Escrevi sobre isso nos primeiros dias deste blog, no terceiro Clássicos Purpendicular.

Todos os membros do Deep Purple e os produtores da época são entrevistados para contar faixa a faixa (saltando Lazy e menosprezando Maybe I'm a Leo) como o disco foi composto. Até o antipático Ritchie Blackmore, o Homem de Preto, deu entrevista. Para mostrar os riffs d'antanho, usou um violão. Roger Glover e Jon Lord mostram como tocavam partes das músicas. E tem o único registro em vídeo do Deep Purple tocando Smoke on the Water nos anos 70. Foi na Hosfra University, em Nova York, no dia 28 de maio de 1973. E diz que lá pelas tantas o Blackmore revela que o riff de uma das músicas de Machine Head foi inspirado no tema do seriado Batman. Provavelmente é Highway Star. Ainda não vi o DVD, preciso ir à casa de uma tia para ver (ainda não tenho o aparelho em casa).

Image originally from the DPAS ArchiveOlha o que são os extras: "Onde há fumaça, há fogo" (provavelmente com a história do incêndio do hotel), "O teclado de Jon Lord" (pois é!), "Tudo mais alto..." (referência ao que Ian Gillan disse no Made in Japan: "can we have everything louder than everything else?"), "Black Night" (clip de 1970), "Space Truckin'", "O ritmo de Maybe I'm a Leo" (algo que eu sempre achei interessante, até reproduzo na guitarra, mas não sei explicar por que ele muda permanecendo igual), "Quebre a perna, Frank" (Frank Zappa, diga-se), "Machine Head" (acho que é o Highway Star viajandão gravado na Alemanha em 1971), "Never Before" (clip original de 1972).

Leia resenhas desse DVD no The Highway Star.

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