O Estadão resenha o show paulista, sem poupar elogios aos Hellacopters. O jornal aponta, com exatidão, que a escolha do mix de bandas foi "esquizofrênica". Acho que Hellacopters abrindo pro Deep Purple dava bem. Hellacopters abrindo pro Sepultura não fazia feio. Mas o Sepultura no meio não tinha nada a ver, embora muita gente goste de tudo isso.
Ao Deep Purple, são reservados alguns parágrafos meio irônicos. Grifos meus:
"À 0h17, entra a cereja do bolo, o Deep Purple. Tiozinhos vitaminados, têm energia e um hit parade para segurar qualquer show. O cantor Ian Gillan é o primeiro a entrar, filmando o público com sua câmera de vídeo. 'Vocês são inacreditáveis', ele diz. Gillan se veste que nem o Agustinho, de A Grande Família, as camisas excessivamente engomadas e o visual de cafa de periferia. É um grande boa-praça, e a voz ainda segura uma grande onda.
Com um solo vigoroso do 'dono da banda', o baixista Roger Glover, o Purple ataca Highway Star, e começa um outro show, com outro patamar de qualidade sonora - técnica, bem-entendido. O guitarrista Steve Morse brincou com citações de guitarra, tocando introduções de músicas dos Beatles ou Stairway to Heaven, do Led Zeppelin, passando por Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.
Canções como Woman from Tokyo, Smoke on the Water, Black Night e Hush pagam o preço do ingresso. Hora de ir para casa, acabou a missa. "
Nenhum comentário:
Postar um comentário