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Te liga na introdução de Lazy e vê se não é de ficar roendo as unhas e rasgando folha de calendário. Aquilo é blues com pilha alcalina e ligado na tomada ainda por cima. A química Morse/Airey funciona como nunca, e o Gillan certamente aprendeu a tocar muito melhor a harmônica. Funcionava com o Lord, diga-se. Mas era muito menos ousado do que é hoje.
Dá um arrepio o Ian pedindo o respeito do pessoal antes de o Steve tocar Contact Lost. E é tocante a forma como o Steve faz a passagem para Haunted. Parece o solo que introduzia When a Blind Man Cries até recentemente. E depois de Contact Lost, a letra do single faz sentido bastante arrepiante. Especialmente sabendo que tudo o que o Gillan lembrava quando via a explosão da nave era do largo sorriso da Kalpana Chawla. All that's left is the ghost of your smile. It stays a while, and then fades away. Não sei se é impressão, mas o Gillan fazia cara de quem quase chora enquanto cantava. Nota minha: faz falta a voz da Beth Hart ao fundo. O Morse fazendo a melodia na guitarra não é o mesmo.
Em Bananas, realmente faz falta o Gillan tocar harmônica entre cada verso. Ao vivo só dá pra tocar entre estrofes.
Não repare no Gillan "colando" as letras novas num caderninho. Ele acerta mais que as antigas. Brabo é quando ele começa a ganhar confiança no palco e pára de colar. Ao cantar Bananas, ele escorrega na letra na parte do "I studied mathematics/graduated without honors". Ele só faz um "eeee...without honors. everyone has gone bananas". Não leve a sério o fato de que tu conheces melhor a letra de House of Pain que o próprio Gillan. Não repare também que Roger e Steve demoram a lembrar que eles é que têm que gritar "BACK TO THE HOUSE OF PAIN!" no refrão. É que é complicado mesmo coordenar baixo e berro. E o som tá ducacete.
Depois do grandioso solo do Airey num teclado Kurtzweil, con direito a citações a Guerra nas Estrelas, ele sobe ao Hammond, estrategicamente colocado no centro do palco, e manda a introdução de Perfect Strangers. Sim. Mudou o mestre das teclinhas, mas a "voz" do teclado é a mesma. Perfeita. A diferença é muito mais sutil que na mudança do Blackmore para o Morse. O Morse acrescentou floreios, enquanto o Airey é reverente à tradição nos trechos em que o teclado reina sozinho - diferente de Lazy, que é um diálogo e nele o Don ousa mais.
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