Uma matéria da New York Times Magazine lembra os dias de glória do Starship 1, o avião usado por todas as grandes bandas entre 1973 e 1976 - palco e símbolo de toda espécie de excessos por parte das bandas. (Certa vez, no documentário Os Anos do Heavy Metal, perguntaram ao Steve Tyler, do Aerosmith, o que acontecera com o avião deles. "Subiu pelo nariz", ele respondeu.) Entre outros luxos, ele era equipado com uma suíte com cama queen-size e colchão d'água, lareira, telão, bar com teclado, cadeiras com assento de couro e duas aeromoças totosas chamadas Suzee e Bianca.
O Deep Purple também usou o avião, na turnê de 1974 (de California Jam), e não podia faltar na matéria. É a primeira vez em que vejo uma menção à banda no New York Times desde 1997, mas posso estar enganado. Os dois trechos em que os mestres aparecem são estes:
"Para os membros do Deep Purple e seus roadies, a maior vantagem era assistir filmes pornô no monitor de vídeo de último tipo e usar o Starship para atiçar as groupies ["atiradoras de elite", segundo o Tiago]. 'As meninas entravam no avião e voavam até onde quer que fosse o próximo show', lembra Bruce Payne, o empresário do grupo. 'Pais dentro do perímetro de dois Estados ligavam para a polícia'. Mas o baterista do Deep Purple, Ian Paice, não se arrepende. 'O Starship era um belo lugar para entrar para o clube da alta milhagem', diz."
"Paice tem boas lembranças de estar em Miami e, de repente, voar para Boston para jantar lagostas. 'Era um tempo em que tudo era factível', diz. 'E não tínhamos vergonha de gastar a grana'. Bruce Payne, o empresário da banda, rugia: 'Esse jantar provavelmente nos custou US$ 11 mil'."
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